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Ao mesmo tempo, o governador disse que atos violentos são inaceitáveis
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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil |
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Ex-ministro da Defesa disse, no entanto, que considera inadequada a expressão terrorismo

14/01/23
Além de se comprometer em reformar o HR, a governadora de Pernambuco pretende avançar na descentralização da saúde do Estado

A governadora de Pernambuco Raquel Lyra (PSDB), visitou, na tarde desta sexta-feira (13), o Hospital da Restauração, no bairro do Derby, na região central do Recife. Além de discutir sobre as prioridades da unidade com servidores, pacientes e acompanhantes, a chefe do Executivo estadual conheceu as emergências adulto e pediátrica, a unidade de queimados e o setor de imagem.
O diretor-geral da unidade, Petrus Andrade, recebeu Raquel Lyra, que foi acompanhada por sua vice-governadora, Priscila Krause, e da secretária de Saúde, Zilda do Rego Cavalcanti. “Conforme nos comprometemos em estar perto de quem mais precisa em Pernambuco, viemos visitar o Hospital da Restauração. Aqui, a gente vê que o prédio precisa de muitos cuidados para atender à população“, disse a governadora, que informou que sua gestão já está analisando as possibilidades legais para autorizar melhorias no hospital. “Nós estamos fazendo um diagnóstico do contrato referente à obra que está em andamento para colocar de pé o hospital que é a maior referência do Norte e Nordeste brasileiro. Vamos avançar com os mutirões de cirurgias e avançar na descentralização da saúde”, afirmou.


Durante a visita, a comitiva do governo ouviu as demandas de médicos, enfermeiros, servidores, pacientes e acompanhantes sobre as melhorias mais urgentes que devem ser feitas na unidade. “Viemos ver de perto a situação do hospital, andamos pelo setor de queimados, pediatria e emergências, e confirmamos que a necessidade do cuidado, de manutenção e descentralização dos serviços para atender também o interior do Estado”, reforçou a vice-governadora Priscila Krause.
Já a secretária de Saúde, Zilda do Rego Cavalcanti, acredita que é preciso manter os leitos de retaguarda que já existem, mas também criar novos em outras regiões para descentralizar a enorme demanda do Hospital da Restauração. “Atualmente, a Restauração é o único hospital que atende urgência e emergência 24h em todo o estado. Precisamos estabelecer uma rede de referência, construindo novos hospitais pelo estado, mas também referenciando aqueles que já existem para as áreas que são críticas dentro do HR, como neurocirurgia, por exemplo”, apontou.
Petrus Andrade, diretor-geral da unidade, ressaltou a importância do Hospital da Restauração para a população pernambucana. “Sem dúvida, o HR é o principal hospital da rede de saúde de Pernambuco e concentra algumas especialidades que são referências em todo o Estado, como neurocirurgia, neurologia e cirurgia pediátrica”, comentou.
Fundado em 1969, o Hospital da Restauração concentra mais de 800 leitos, sendo uma referência para atender casos de queimaduras graves, intoxicação exógena e por animais peçonhentos, vítimas de violência e acidentes de trânsito. A emergência geral recebe, em média, 70 pacientes graves por dia oriundos de todos os municípios do Estado.
Ao todo, trabalham na unidade quase quatro mil servidores, sendo três mil profissionais de saúde, que realizam cerca de sete mil atendimentos ambulatoriais por mês. Na unidade, também são realizados em média seis mil atendimentos de emergência (clínica, geral e pediátrica), além de 800 cirurgias, sendo 300 eletivas e 500 de emergência.
14/01/23
14/01/23
Agência O Globo
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Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, foi preso ao desembarcar em Brasília neste sábado ao chegar dos Estados Unidos e se entregar à Polícia Federal. A sua prisão preventiva foi decretada na última terça-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito das investigações sobre os ataques às sedes dos três poderes no domingo por terroristas bolsonaristas.
Torres estava de férias com a família nos EUA e foi exonerado do posto de Secretário de Segurança do DF, logo após o atentado golpista na sede dos Três Poderes, no último domingo. De acordo com informações de Flávio Dino, ministro da Justiça, o plano para a proteção de Brasília foi alterado horas antes dos protestos, com uma forte redução do esquema de segurança e números de policiais que vigiariam a Esplanada dos Ministério.
Além disso, a Polícia Federal apreendeu na quinta-feira na residência de Torres uma minuta de decreto presidencial que visava a interferência federal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para abrir caminho à alteração do resultado das eleições de 2022. O documento está sendo chamado de “minuta do golpe” e é considerado inconstitucional por juristas. Em uma rede social, Torres afirmou que “provavelmente” o documento estava na pilha de papéis que seriam descartados.
Prisão
Na última terça-feira, Alexandre de Moraes, ministro do STF, determinou a prisão preventiva de Anderson Torres, bem como a detenção do coronel ex-comandante da Polícia Militar do DF, Fábio Vieira. Por 9 votos a 2, a determinação de ambos foi referendada pelo plenário do Supremo.
Acusado de favorecer Bolsonaro
}No governo Bolsonaro, Anderson Torres se tornou uma espécie de braço-direito do então presidente em episódios controversos. Em julho de 2021, pouco após assumir como ministro, Torres participou com Bolsonaro de uma live na qual o ex-presidente atacou o sistema eleitoral com dados falsos e distorcidos.
Na ocasião, o então ministro endossou as suspeitas infundadas levantadas por Bolsonaro sobre o sistema eletrônico ao citar um relatório da PF sobre as eleições municipais de 2016 que, sem apontar fraudes na votação, teria sugerido um “aperfeiçoamento” do processo eleitoral com a adoção do voto impresso. O relatório, no entanto, apontava que a inclusão de um sistema impresso acoplado à urna eletrônica encarecia “bastante” o processo eleitoral, com “maior possibilidade de falha mecânica”.
Por conta do episódio, Torres prestou depoimento ao TSE, como testemunha, em um inquérito administrativo que apura os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas. O caso segue em andamento.
14/01/23
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Ministro da Justiça afirmou ao 247 que o esquecimento do que foi feito no dia 8 de janeiro não é uma opção. Assista

O ‘esquecimento’ do que foi feito seria um ‘erro histórico’, disse Dino
“Só nos move uma coisa, o senso de responsabilidade com esse país e com a democracia brasileira. Nós não merecemos isso, o povo brasileiro simples e humilde não merece isso. Isso é uma traição, uma vergonha. Pessoas que estão vivendo bem, enganando o povo, iludindo e querendo dar golpe de estado numa altura dessas… Me perguntaram outro dia o que eu tinha sentido quando eu cheguei na janela do gabinete e olhei aquela cena. Primeiro eu me espantei, surpreso, é claro, porque é uma cena inesperada, mas sobretudo uma profunda indignação. Eu agi durante doze horas ininterruptas, de três da tarde a três da manhã sem parar, doze horas em pé, exatamente porque sabia que estava acontecendo na minha frente uma tentativa vil, mas que fracassou”.
Não é por vingança
“Tem coisas, aspectos que não me cabem contar. Há muitas outras pessoas que atuaram no caso e há coisas que vão aparecer nas investigações que não me cabem antecipar. Mas o que eu posso afirmar, o que me cabe afirmar é que elas vão acontecer. Não por vingança, não por justiçamento, mas por senso de justiça e por uma dimensão preventiva. Eu sou da paz, mas só há paz duradoura cumprindo a lei. Não sou de ajeitamento, não sou de jeitinho, não me convidem para jeitinho, porque só haverá paz no país quando todo mundo se convencer de que a lei seja cumprida”, disse o ministro.
“Estou falando de mais ou menos todas essas pessoas, que não sei se estão em instituições ou fora de instituições, na sociedade civil, não importa. Só estou afirmando que, às vezes, há um discurso, fácil, da pacificação nacional. Eu sou a favor da pacificação nacional, e por isso eu defendo a lei. É isso que eu consignar. O Brasil não merece esse clima de conflagração em que jogaram o país. Tem uma entrevista que eu dei em 2016 no impeachment. Eu disse: ‘não tirem o demônio do fascismo da garrafa, porque ele não volta’. Anos e anos de ilegalidades e chegamos no 8 de janeiro. Só há um jeito de pacificar o país, cumprindo a lei, fortalecendo a democracia e fortalecendo a Constituição. Isso é paz. Agora, o resto é dizer: ‘não, vamos esquecer’. Não, não pode. Porque se esquecer acontece de novo, por isso que não se pode esquecer. Com serenidade, com tranquilidade, com respeito à lei, sem perder o foco do principal, que é governar o país, cuidar do povo. Mas não pode esquecer. Isso é um erro histórico grave que eu acho que a nossa geração não deve cometer”.
13/01/23
Mirella Araújo/ Conteúdo Estadão
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As publicações feitas pelos parlamentares, segundo a PGR, estimularam as ações criminosas extremistas na Praça dos Três Poderes

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Os três deputados federais diplomados acusados de incitar os atos golpistas registrados em Brasília, no dia 8 de janeiro, poderão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de abertura de inquérito foi protocolado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), nessa quarta-feira (11), citando os deputados André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE), Silvia Waiãpi (PL-AP).
André Fernandes
O cearense de 25 anos começou sua carreira política como deputado estadual, eleito em 2018 com 109 mil votos. André já era conhecido anteriormente pelos vídeos de humor e políticos que publicava na internet, com apoio ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Quatro anos depois, conquistou uma cadeira como deputado federal pelo Ceará, com 229 mil votos.
André Fernandes divulgou, no dia 6 de janeiro, o ato que resultou na invasão do Palácio do Planalto e dos prédios do STF e do Congresso Nacional. “Neste final de semana acontecerá, na Praça dos Três Poderes, o primeiro ato contra o governo Lula. Estaremos Lá”, disse. Ele também compartilhou uma foto da porta do armário de togas do ministro Alexandre de Moraes, arrancada pelos vândalos, com a legenda: “Quem rir vai preso”.
Clarissa Tércio
Clarissa foi eleita pela primeira vez em 2018 como deputada estadual de Pernambuco em 2018 com 50 mil votos. Quatro anos depois, a parlamentar se tornou a segunda deputada mais votada em Pernambuco na eleição para a Câmara dos Deputados de 2022, com 240 mil votos. Clarissa e o seu marido, Junior Tércio (PP-PE), que foi o mais votado para a Assembleia Legislativa, são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A deputada divulgou no Instagram um vídeo da invasão ao Congresso Nacional: “Acabamos de tomar o poder. Estamos dentro do Congresso. Todo povo está aqui em cima. Isso vai ficar para a história, a história dos meus netos, dos meus bisnetos.”
Sobre o pedido da PGR, Clarissa publicou em suas redes sociais: “Postar um vídeo pedindo oração pelo meu País é considerado incitação a atos de terrorismo? Se for, esse é meu crime!”, disse.
Silvia Waiãpi
Primeira mulher indígena a ingressar no Exército Brasileiro, Silvia foi uma das quatro mulheres integrantes do grupo de transição anunciado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda em 2018. No ano seguinte, assumiu sua segunda posição no governo como secretária de Saúde Indígena do Ministério da Saúde sob indicação do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta.
Em fevereiro de 2021, passou a ser a conselheira do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), órgão vinculado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que tinha como liderança a ex-ministra Damares Alves.
Nas eleições de 2022, Sílvia foi ativa na campanha de reeleição do ex-presidente Bolsonaro. Ela conquistou um cargo como deputada federal pelo Amapá com 5 mil votos.
Segundo a PGR, Silvia Waiãpi divulgou vídeo das invasões com legendas que “endossavam” a ação dos extremistas e “fomentavam” os atos. “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”, escreveu.

Jair Bolsonaro (PL) e deputada eleita Silvia Waiãpi (PL-AP). – Reprodução
13/01/23
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