Mais de 2.000 voos são cancelados no mundo por expansão da ômicron

25/12/21

Por AFP
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Cerca de 25% dos cancelamentos foram nos Estados Unidos
United Airlines cancelou mais de 180 voos nesta sexta-feira
United Airlines cancelou mais de 180 voos nesta sexta-feira – Foto: Daniel Slim/AFP

As companhias aéreas cancelaram mais de 2.000 voos em todo mundo, 25% deles nos Estados Unidos, devido à expansão da variante ômicron da covid-19.

De acordo com o site Flightaware, às 15h50 (horário de Brasília) desta sexta-feira (24), houve pelo menos 2.272 cancelamentos de voos. Deste total, 585 são viagens vinculadas aos Estados Unidos, entre internacionais e domésticas.

Segundo a mesma fonte, até quinta-feira, o número de cancelamentos chegava a 2.231.

A maioria dos voos foi programada antes do surto de ômicron, variante que está se espalhando em grande velocidade e é mais contagiosa do que as anteriores.

Inúmeras empresas ouvidas pela AFP mencionaram como causa a nova onda da pandemia, que afeta, em especial, as tripulações.

Conforme a Flightaware, a United Airlines teve de cancelar mais de 180 voos nesta sexta-feira, o correspondente a 8% dos programados.

“O pico de casos de ômicron em todo país esta semana teve um impacto direto nas nossas tripulações e nas pessoas que dirigem nossas operações”, relatou a empresa, que disse estar trabalhando para encontrar soluções para os passageiros afetados.

A Delta Air Lines cancelou 163 voos, de acordo com a Flightaware, por causa da ômicron e, em menor medida, devido a condições climáticas adversas.

“As equipes da Delta esgotaram todas as opções e recursos” antes de chegar a esses cancelamentos, ressaltou a companhia aérea.

Mais de dez voos da Alaska Airlines foram cancelados, depois que alguns de seus funcionários relataram terem sido “potencialmente expostos ao vírus” e tiveram de se isolar.

Según estimativas da Associação Americana do Automóvel (AAA), mais de 109 milhões de americanos devem deixar sua área imediata de avião, trem, ou carro, entre 23 de dezembro e 2 de janeiro, um aumento de 34% em relação ao ano passado.

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Bolsonaro fecha 2021 despencando no Facebook

25/12/21

Augusto Tenório

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Colosso na rede social, página de Jair Bolsonaro vem despencando na interação com os usuários

 

Presidente Jair Bolsonaro (arquivo)

Dados colhidos pelo Blog de Jamildo no Facebook mostram Jair Bolsonaro (PL), outrora um colosso na rede social, cada vez menor no número de interações na sua página. Com a queda, o presidente já se aproxima de Lula (PT), seu principal adversário nas eleições de 2022.

O último mês de alta de Jair Bolsonaro no Facebook foi julho, quando fechou o período com 19,27% mais interações que junho. Desde então, vem somando consecutivas quedas, principalmente em outubro (-38,33%) e dezembro (-45,36% até o momento).

Recentemente, atritos na equipe de comunicações de Jair Bolsonaro foram reveladas por Carlos Bolsonaro (Republicanos) no Twitter. O filho do presidente, visto como comandante do “gabinete do ódio” e articulador digital do então candidato em 2018, reclamou sobre tentativas falhas para implementação de mudanças nas lives do pai.

O presidente, em julho deste ano, atingiu 26 milhões de interações no Facebook. Neste dezembro, apresenta 6,8 milhões. O número ainda é maior que o pico de Lula, atingido em agosto, de 6,6 milhões. Em dezembro, o ex-presidente apresenta 2,7 milhões.

Sergio Moro (Podemos), que rodou o país para lançar seu livro e fazer pré-campanha, é um caso a parte. Sua página não entrou nas métricas da rede social até novembro, quando marcou 264 mil interações. Em dezembro, marca 481 mil, representando alta de 82%.

Consideram-se interações no Facebook os likes, reações, comentários e compartilhamentos que usuários da rede fazem com o conteúdo publicado na plataforma.

Secretários estaduais dizem que não exigirão receita médica para vacinar crianças contra covid-19

25/12/21

Por   Cinthya Leite

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Decisão é comunicada pelo presidente do Conass, Carlos Lula, em carta dedicada às crianças brasileiras

 

OSCAR DEL POZO/AFP
Imunização de crianças contra covid-19 já foi iniciada em vários países – FOTO: OSCAR DEL POZO/AFP
Dias após o presidente Jair Bolsonaro comunicar que pediu ao ministro Marcelo Queiroga que os pais e responsáveis de menores de 12 anos assinem um termo de responsabilidade para vacinar as crianças, além de apresentarem exigência de receita médica, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), que congrega os Secretários de Estado da Saúde, decide que não cumprirá a exigência de receita médica para imunizar crianças contra covid-19. A decisão é anunciada, nesta véspera de Natal (24), pelo presidente do Conass, Carlos Lula, em carta dedicada às crianças brasileiras.

“É este recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá. A fraternidade vencerá. A medicina vencerá, e vocês estarão protegidos”, escreve Carlos Lula.

Na carta, ele também ratifica a segurança e a eficácia das vacinas para o público infantil. “Eu sei que ninguém gosta de agulhas, mas vocês não precisam ter medo! Os cientistas do mundo inteiro apontam a segurança e eficácia da vacina para crianças! Ela, inclusive, já começou a ser aplicada em meninos e meninas de vários países do mundo. Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas, com o Zé Gotinha, já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos.”

Crianças, covid-19 e vacina

O acometimento das crianças com covid-19 é de menor impacto quando comparado a adulto, sendo estimado que número de casos na faixa etária pediátrica seja de 1% a 5% do total de casos confirmados. Embora apresentem formas clínicas mais leves ou assintomáticas, as crianças não estão isentas da ocorrência de formas mais graves, como a síndrome respiratória aguda grave (srag) e a síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica associada à covid-19. Ressalta-se ainda que existe o risco de covid-19 longa e todas as suas consequências, especialmente em relação a aspectos cognitivos, nutricionais e de segurança.

Em artigo publicado neste JC, o pediatra Eduardo Jorge da Fonseca Lima reafirma que há razões para justificar a vacinação de crianças. “Os estudos das vacinas contra covid-19, neste grupo, tiveram os mesmos requisitos exigidos para o licenciamento de uma vacina, ou seja, imunogenicidade, eficácia e segurança. Os EUA já aplicaram mais de 5 milhões de doses da vacina da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos, demonstrando segurança com a apresentação pediátrica, que utiliza um terço da dose da vacina padrão. Importante destacar que nenhum caso notificado de miocardite foi relatado neste grupo. O Canadá também tem vacinado todas as crianças acima de 5 anos, com controle rigoroso de adventos adversos, demonstrado segurança”, diz.

No Brasil, até o momento, a única vacina licenciada pela Anvisa e em uso nos adolescentes maiores de 12 anos é a produzida pelo laboratório Pfizer. Em relação às crianças, a Anvisa autorizou, na quinta-feira (16), o uso da apresentação pediátrica da vacina Pfizer para crianças de 5 a 11 anos. “É uma grande vitória para esse público. Agora, é necessária a compra desta apresentação pelo Ministério da Saúde”, escreve Eduardo Jorge.

Ele destaca que, com a progressão da vacinação completa de adultos, os casos graves (hospitalizações e mortes) de covid-19 tendem a se concentrar em populações não vacinadas, ocorrendo um natural desvio de faixa etária, com aumento percentual de casos na população pediátrica. “Assim, a vacinação das crianças será fundamental para o efetivo controle da pandemia. Será uma nova luta que travaremos com fé, esperança e trabalho”, acrescenta Eduardo Jorge.