Mais uma do presidente : STF abre inquérito contra Bolsonaro por declaração que relaciona vacina à aids

04/12/21
Estadão Conteúdo
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O ministro Alexandre e Moraes também suspendeu o acesso do presidente às redes sociais por 15 dias; é o quinto inquérito aberto contra Bolsonaro desde que ele assumiu o governo
REPRODUÇÃO DE VÍDEO
Bolsonaro fez afirmação falsa sobre vacina e aids durante live – Foto: Reprodução de vídeo

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai investigar a conduta do presidente da República, Jair Bolsonaro, por conta de live na qual associou vacinação contra covid-19 a um risco ampliado de desenvolver aids. A decisão é do ministro Alexandre de Moraes e atende a um pedido feito pela CPI da Covid. Esse é o quinto inquérito contra Bolsonaro na Corte desde que ele assumiu a presidência e veio acompanhado pela suspensão das redes sociais pelo prazo de 15 dias.

Em sua live semanal em 21 de outubro, exatamente um dia após o relatório da CPI da Covid ter sido lido no Senado, o presidente citou uma notícia falsa sobre pessoas que tomaram duas doses da vacina contra o novo coronavírus no Reino Unido e passaram a desenvolver aids. Cientistas do mundo todo desmentiram as declarações do presidente. As redes sociais Instagram, Facebook e Youtube determinaram a remoção do vídeo de todas as plataformas. No dia anterior à transmissão, foi apresentado o pedido o indiciamento de Bolsonaro por 11 crimes relacionado a sua postura no enfrentamento à pandemia.

“Não há dúvidas de que as condutas noticiadas do Presidente da República, no sentido de propagação de notícias fraudulentas acerca da vacinação contra o Covid-19 utilizam-se do modus operandi de esquemas de divulgação em massa nas redes sociais, revelando-se imprescindível a adoção de medidas que elucidem os fatos investigados, especialmente diante da existência de uma organização criminosa”, escreveu Moraes na decisão.

O ministro associou as declarações de Bolsonaro à atuação da organização criminosa investigada no inquérito das fake news no Supremo, no qual o presidente também é alvo. A investigação foi instaurada a pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que encaminhou o requerimento ao Supremo na reta final da pandemia para que averiguasse as declarações do presidente por, segundo ele, fazerem parte de um “contexto bastante mais amplo de sucessivas e reiteradas manifestações criminosas”.

Antes de ser convertida em inquérito, a ação no Supremo também analisava o pedido do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), para instaurar uma investigação policial contra o presidente com o objetivo de avançar nas apurações dos crimes apontados pelo relatório final da comissão, assim como garantir a aplicação de medidas cautelares na esfera penal contra Bolsonaro e suspender suas redes sociais.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, chegou a se manifestar contra os pedidos dos senadores por considerar que as exigências não seriam cabíveis com o fim da CPI e por fugir da alçada da investigação parlamentar. A PGR chegou a investigar de forma preliminar uma notícia-crime apresentada por PDT e PSOL sobre a live do presidente, mas recusou a abertura de inquérito

Na decisão de hoje, Moraes afirmou que a comissão “tem legitimidade para pleitear a apuração” e que “é indispensável que sejam informados e apresentados no âmbito do procedimento que aqui (STF) tramita, documentos que apontem em quais circunstâncias as investigações estão sendo conduzidas, com a indicação das apurações preliminares e eventuais diligências que já foram e serão realizadas.

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Rebaixado, Sport empata com Flamento na Arena de Pernambuco

04/12/21

 Leia Já- por Luan Amaral

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Leão saiu atrás do placar, mas buscou o empate com um gol de Gustavo

 

Anderson Stevens/Sport RecifeGustavo foi o autor do gol do empate do SportAnderson Stevens/Sport Recife

 

O duelo entre Sport e Flamengo, na Arena de Pernambuco, nesta sexta-feira (3), terminou com empate entre as equipes. Mas em campo o que se viu foi um jogo aberto e franco de dois times, que não disputam mais nada na Série A. O gols foram de Gustavo para os pernambucanos e Michael para os cariocas.

O início foi com várias chances para os dois times. Vitinho aos 2 ganhou de Sabino e cruzou para Michael que não alcançou. Aos seis, Mikael cruzou e Hernanes obrigou Hugo a boa defesa na resposta do Sport. Pedro aos 9 tentou encobrir Mailson que se recuperou. Depois disso o jogo baixou o ritmo.

O Flamengo rondava mais a área buscando espaço nas pontas. O Sport ia ao ataque menos vezes explorando as costas da defesa. Aos 22, Mikael que pegou sobra de escanteio e mandou uma bomba que Hugo salvou. Na resposta, uma bola que estava viva na área do Leão sobrou para Michael que na cara do gol errou. Mas já perto dos 40 o atacante se recuperou e livre nas costas do Ewerthon mandou para o fundo das redes abrindo o placar.

Sport em cima

Aos cinco Matheusinho afastou errado, a bola sobrou para Gustavo que carregou invadiu a área e empatou o jogo. O Flamengo foi para cima e seguia achando buracos pelos lados do campo, mas o Sport ia se defendendo e vez ou outra espetava lá frente assim como foi na primeira etapa.

E aos 28, Mikael subiu muito alto e testou firme, mas Hugo salvou novamente e evitou a virada. O Flamengo seguia por cima, mas também não criava tanto assim, quem chegava era o Sport que aos 37 quase virou, mas David Luiz mais uma vez evitou a derrota flamenguista. Mesmo com Leão tendo mais chances o empate foi mantido.

Equipes de Extensão Tecnológica da Univasf visitam o polo gesseiro do Araripe

04/12/21

AscomUnivasf

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Estudantes das Engenharias conhecem cadeia produtiva do gesso. /Fotos: Arquivo dos projetos

Durante três dias, estudantes e professores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) percorreram três cidades do Polo Gesseiro do Araripe, em Pernambuco, em visitas técnicas a mineradoras, calcinadoras e fábricas de pré-moldados. A viagem de campo ocorreu de 17 a 19 de novembro, como parte das atividades de cinco Projetos de Extensão Tecnológica (PET) da Univasf, que contam com apoio da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) para, entre outros benefícios, aproximar a Universidade e o setor produtivo, fortalecendo tanto a atividade econômica quanto a formação dos estudantes.

Participaram da visita técnica cerca de 35 bolsistas PET de diversos cursos de Engenharia e os professores Alan Christie da Silva Dantas, do Colegiado de Engenharia Mecânica (Cenmec); Edson Leite Araújo, do Colegiado de Engenharia Civil (Ccivil); e Lino Marcos da Silva, do Colegiado de Engenharia Elétrica (Cenel). As visitas também contaram com a participação da presidente do Sindicato da Indústria do Gesso do Estado de Pernambuco (Sindugesso), Ceissa Costa, e de empresários do polo, que reúne em torno de 170 indústrias calcinadoras, 30 mineradoras e mais de 400 fábricas de pré-moldados e gera mais de 13 mil empregos.

Os visitantes estiveram nas cidades de Araripina, Ipubi e Trindade, onde acompanharam todo o processo de fabricação do gesso, desde a extração do minério gipsita, passando pela calcinação e produção do gesso e seus derivados, até a etapa de embalagem, armazenamento e distribuição. Também estiveram nos laboratórios do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Araripina. A atenção do grupo estava voltada não apenas para conhecer cada etapa dessa cadeia produtiva, mas principalmente às possibilidades de contribuição que podem ser implementadas para a melhoria dos processos.

A atividade, de acordo com o professor Lino Silva, coordenador do projeto “Explorando a Ciências de Dados no Polo Gesseiro do Araripe”, proporcionou aos participantes contato direto com a cadeia produtiva e a oportunidade de conhecer uma promissora área de atuação durante, na forma de estágios e projetos, e após a graduação, já como profissionais. “Foi uma experiência enriquecedora, porque permitiu aos estudantes conhecer de perto toda a cadeia produtiva do gesso, identificar problemas e oportunidades nas várias etapas do processo de produção, trocar informações com empresários e funcionários para, na próxima etapa do projeto, propor soluções, principalmente no sentido da inovação e modernização do setor”, relata.

Esse potencial do polo gesseiro foi identificado pela estudante de Engenharia Elétrica Gilmaiane Porto Silva, uma das bolsistas PET que participou da visita técnica. “A viagem me possibilitou observar de perto as necessidades e dificuldades enfrentadas no polo. Além disso, deixou evidente que existe uma cadeia riquíssima, que precisa ser melhor explorada, pois possui potencial de gerar mais emprego e renda na cidade de Araripina e seus arredores”, diz a discente, que está no 4º período do curso.

Para ela, participar do PET coordenado pelo professor Lino Silva já trouxe alguns ganhos, entre eles a confirmação da importância da pesquisa e da educação para mudar a realidade. “Percebi que a minha formação é muito necessária para ajudar a melhorar o processo fabril do gesso. É uma janela que se abre e espero ter oportunidade de contribuir ainda mais. Ademais, o fato de poder perceber a aplicação dos assuntos que venho estudando durante esses quatro semestres na graduação também foi muito enriquecedor”, revela.

O coordenador do projeto “Implementando técnicas de Engenharia de Manutenção nas indústrias do polo gesseiro do Araripe”, Alan Dantas, destaca que atividades deste tipo são fundamentais para estreitar as relações da Universidade com as empresas regionais. “Os alunos foram com missões específicas traçadas pelos projetos PET-Facepe dos quais participavam. Acredito que todos saíram com uma impressão interessante da realidade, vendo que o seu papel social é muito maior do que pensavam. Eles puderam constatar que a partir de ações localizadas de engenharia é possível otimizar o processo produtivo, e de forma lenta e gradual, modificar a realidade das empresas da região e, consequentemente, das cidades e região como um todo”, analisa.

A presidente do Sindugesso, Ceissa Costa, que também é presidente da Câmara Setorial do Gesso de Pernambuco e vice-presidente da Federação da Indústria de Pernambuco (Fiepe), endossa as palavras do professor Dantas. “A visita foi fundamental para que os alunos pudessem conhecer de perto a problemática das empresas do setor e assim procurar métodos de melhoria do sistema produtivo, no desenvolvimento de novos produtos e na busca por soluções que melhorem a qualidade de vida dos colaboradores, bem como da sustentabilidade dessas empresas”, afirma. Na opinião dela, os projetos PET são importantes para a formação de mão de obra técnica qualificada e podem contribuir para o desenvolvimento do polo gesseiro do Araripe nas áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação.

A complexidade da cadeia produtiva do gesso chamou a atenção do estudante de Engenharia Mecânica Eliel Júlio Soares da Silva, que identificou várias possibilidades de atuação na indústria gesseira, tanto na trajetória acadêmica quanto com possíveis empreendimentos no futuro. Segundo ele, a participação no projeto PET tem sido importante para sua formação profissional. “O curso de ciências de dados é apontado por muitos como fundamental para o engenheiro, e ter esse contato com um ramo em transição para indústria 4.0 permite que tenhamos uma visão mais clara do futuro e das necessidades do mercado”, afirma o discente, que integra o PET “Explorando a Ciências de Dados no Polo Gesseiro do Araripe”.

Também estiveram presentes à atividade estudantes dos projetos “Química Verde na gestão de resíduos de gesso na indústria gesseira do Polo de Araripe”, da professora Andrea de Vasconcelos Ferraz, do Cenel; “Capacitação de Mão de Obra do Polo Gesseiro do Araripe para Indústria 4.0”, do professor Rômulo Câmara, do Colegiado de Engenharia da Computação (Cecomp); e “Rotinas para Avaliação da Qualidade do de Construção, Produzido no Polo Gesseiro do Araripe”, do professor Getúlio Sousa, do CCivil. Todos integram o Programa de Extensão Tecnológica da Facepe. Esses cinco projetos realizados junto ao polo gesseiro fazem parte do Centro de Estudos Tecnológicos Avançado sobre Gesso (Cetag), um projeto mais amplo coordenado pelo professor Isnaldo Coêlho, do Cenel, que visa à implementação de um Lócus de Inovação para a cadeia produtiva do gesso e também conta com apoio da Facepe.