13/04/20
Por Machado Freire
O companheiro Magno tem um gênio forte feito a baraúna e o coração leve/mole que nem a umburana de cambão. Até que o diálogo dure, ou azede de uma vez !
Cara, eu estava pensando em esperar mais um ano para te dar um abraço mais forte nos festejos dos 15 anos, em 2021, quando o Blog estará debutando. Mas lembrei-me que somos perecíveis e não podemos esquecer da danada da “Caetana” de que falava o saudoso escritor Ariano Suassuna. Ele (a Caetana) que levou recentemente dois colegas e queridos amigos nossos, Amin Stepple e seu conterrâneo pajeuzeiro, Inaldo Sampaio, de São José do Egito. São fatos que nos machucam muito, principalmente porque os dois foram meus colegas na Católica e na redação do JC e DP.
Mas, voltando para o objeto desta prosa temos que deixar bem claro (como tantos já o disseram) que o jornalismo ” flor de laranja” não serve nem para coluna social e muito menos para um blog que trata de política e tem como base o Estado de Prnambuco, com um sertanejo do Pajeu no seu comando.
Jornalismo é como chuva e verão: tem consequência, seja seca de rachar o chão ou enxurrada de quebrar paredes dos açudes. Nada de chuva de verão ou neblina no mês de junho no Sertão do Araripe.
Na terrra de Miguel Arraes e de Gregório Bezerra, o jornalismo tem que ser viril, com firmeza, determinação e deixar o leitor certo de que aquele texto é produzido por alguém com compromisso de bem informar ao nosso público, seja em que mídia for. Nada de querer vender “gato por lebre” ou uma simples “conversa de ponta de rua”, como dizia minha avó Mãe Naninha, alí dos Grossos , no municípiio de Verdejante.
Quando o assunto é bom -e gera consequência, deixa de ser “off” e vira offset, doa em quem doer, como bem apredemos nos tempos em que fazíamos os textos na máquins de escrever. E hoje, que utilizamos o computador, com os recursos tecnológicos e a Internet, que muito nos ajudam e nos deixam também um pouco preguiçosos.
Há momentos em que sentimos saudade da velha Olivett 44 e lembramos dos tempos em que nós começamos nossa atividade como correspondente do Diário de Prnambuco, você atuando como correspondente no Pajeú, a partir da tua Afogados da Ingazeira, e eu com base na Salgueiro Grande de Veremundo Soares. Tempos difíceis, mas importantes porque serviram como uma bela iniciação em nossa luta que se esvai e segue por algumas dezenas de anos, embora pareça ter começado ontem.
Você é o “cão chupando manga”, destemido, corajoso e, diferente de mim, não tem medo de avião, o que tornou mais fácil tua longa e primorosa experiência /vivência na grande imprensa de Brasília, onde este matuto pajeuzeiro provou que tem tutano e não se acanha do sotaque de uma gente que não gosta de baixar a cabeça para os poderosos.
Não sou- nem de longe, o Machado que destrói a mata e tu não és, por índole, o maligno (de brincadeira), mas um profissional destemido, próprio de um repórter experiente e comprometido com a arte de bem informar.
E vamos pedir ao Pai Eterno que nos permita celebrar muitos anos para você e seus familiares.
Um forte abraço para todos do Blogdomagno