Sindicato dos Médicos de Pernambuco repudia atitudes discriminatórias contra os profissionais da saúde em condomínios

19/04/20
Por Bruna Oliveira/Jc/blogfolhadosertao.com

‘É inadmissível aceitar que parte da sociedade assuma tais posturas, discriminando médicos, profissionais de saúde e seus familiares em condomínios, espaços abertos de convívio coletivo, entre outras situações’.

FELIPE RIBEIRO/JC IMAGEMProfissionais de saúde devem seguir medidas de proteção ao entrar em contato com um caso suspeito ou confirmado do novo coronavírus – Foto: Felipe Ribeiro/JCImagem

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) publicou, no fim da tarde deste domingo (19), uma nota de repúdio sobre atitudes discriminatórias contra os profissionais médicos que lutam na linha de frente contra o coronavírus.

No comunicado, feito no mesmo dia em que um relato de uma médica viralizou no WhatsApp sobre o preconceito sofrido por ela no prédio em que mora no Recife, o  Simepe disse que é inadmissível que parte da sociedade assuma uma postura discriminatória com médicos e seus familiares em condomínios, espaços abertos de convívio coletivo e outras situações.

Na mensagem viral, a médica informou que havia recebido do prédio uma proposta para separar um elevador apenas para conduzir os profissionais da área de saúde. “No Brasil o preconceito das pessoas em manter qualquer tipo de contato com quem trabalha na área de saúde está passando dos limites, já considero uma agressão ao ser humano. Estou vivenciando isso todos os dias no trabalho e só vem piorando”, diz parte do relato da médica.

A autora do texto ainda finaliza o comunicado dizendo: “Por favor, não vão mais pra varanda bater panelas ou palmas pra os profissionais da área de saúde. Estamos nos sentindo ofendidos, e não homenageados”. em tempo, vale ressaltar que o caso denunciado pela médica foi resolvido. Preferindo manter a discrição, a profissional disse que a mensagem era só pro condomínio e acabou viralizando. “Nem queria criar essa comoção toda, mas acho que valeu o alerta pra toda a população.”

O Sindicato também solicitou que os médicos denunciem qualquer atitude discriminatória, pois todos os casos serão encaminhados para análise do corpo jurídico da Defensoria Médica, que adotará as providências cabíveis diante de cada fato.

Além disso, o órgão fez um pedido à população que vão às janelas aplaudirem os profissionais em demonstração de respeito. “É importante que todas as pessoas que nos aplaudem possam se solidarizar com nossa indignação e coibir em seus ambientes residenciais e de convívio social toda e qualquer atitude discriminatória”, diz trecho do texto.

Bom dia, Mamãe, receba meus parabéns !

19/04/2o

Por Machado Freie

Os filhos de Dona Ninália e o tenente José Freire. Ausentes: Zezinho -que faleceu) e Terezinha, que mora em Petrolina

 

Minha querida Mamãe, Dona Ninália, que se viva você fosse estaria comemorando hoje 98 anos de idade.

Pena, Mamãe, que você partiu para a eternidade quando contava apenas 50 anos, mas deixou seus onze filhos e Papai preparados pra vida, como orfãos de uma grande mulher e exemplo incomparável de Mãe e esposa.

Mamãe querida, você é incomparável mesmol ! Filha de uma educadora (Vovó Clotilde), você teve a preocupação e o zelo de nos alfabetizar antes de sermos matriculados nas escolas -que eram poucas naquele tempo.

Você nos ensinava a cartilha do ABC, e nos dava a condição de “desarnados” (alfabetizados), ensinando-nos, inclusive, a taboada  onde aprendíamos as três operações: somar, multiplicar e dividir.

Católica praticante,  se tornou amiga de Frei Damião (o acolheu em nossa casa por duas vezes, no distrito de Grossos), o suficiente para nos encaminhar  para sermos verdadeiros cristãos, filhos de Deus. Todos onze filhos foram batizados e crismados.

Mamãe e Papai nos ensinavam que deviamos respeitar a todos, deixando bem claro , principalmente, que “aquilo que não é nosso, é alheio !”

Mamãe conviveu com vizinhas muito simples,  que se transformavam em pessoas de nossa famália, tamanha era a facilidade que ela tinha de lidar com estranhos, transformando a comunidade na extensão de nossa casa, e vice-versa.

Então, hoje eu abraço Mamãe, Papai (que não suportou sua ausência e morreu dois anos depois) e meus irmãos Zezinho ( falecido),Terezinha, João Bosco, Milton, Maria do Socorrro, Toinho, Fernando Alberto , Cândido, Maria Elizabete e Francisco Carlos.

Mamãe era pessoa pura, uma criatura de Deus, uma santa em vida e hoje eu choro sua ausência, mas tenho certeza que seu espírito de luz nos guiará para sempre !

Muito obrigado, MAMÃE !