Prefeitura de Afogados da Ingazeira faz barreiras sanitárias nas vias de acesso à cidade

11/04/20
AscomPMAI/blogfolhadosertao.com
Barreiras para prevenir contra o novo coronavírus
As barreiras tem função educativa mas também de monitorar e acompanhar quem chega a Afogados
oriundo de outras cidades, com atenção especial para cidades com grande número de casos de Covid-19,
a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro.
A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde e conta com o apoio do DETRAN-PE, que disponibilizou seu trailler de atendimento para ser utilizado na operação.  A Prefeitura também convocou seguranças privados  e bombeiros civis para auxiliar no trabalho. Quem chega é indagado de onde vem e o que vai fazer na cidade.
Se o veículo  for de fora, a Prefeitura anota nomes e endereços para que as UBS’s de referência na área onde a pessoa vai  ficar possam realizar o acompanhamento do isolamento social dessas pessoas.
Ônibus que fazem transporte de passageiros, sobretudo para o Sul do País, estão proibidos de continuar fazendo o transporte. Todos os proprietários foram orientados. Os que desrespeitarem podem ter seus veículos apreendidos pelas forças de segurança no município, que já estão alertadas.

Menos burocracia:Empresários do Nordeste pedem mais acesso ao crédito a Paulo Guedes

Por DP/blogfolhadosertao.com
Eles apontaram dificuldades de acesso ao crédito e reivindicaram providências que possam atenuar os impactos econômicos da Covid-19. (Foto: Fiepe / Divulgação)
Eles apontaram dificuldades de acesso ao crédito e reivindicaram providências que possam atenuar os impactos econômicos da Covid-19. (Foto: Fiepe / Divulgação)

 

Dirigentes de federações de indústrias e empresários do Nordeste reuniram-se ontem, por videoconferência, com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Eles apontaram dificuldades de acesso ao crédito e reivindicaram providências que possam atenuar os impactos econômicos da Covid-19. Eles argumentaram, por exemplo, que determinadas exigências, por parte dos bancos, acabam por impedir o acesso ao recurso para micros e pequenos negócios. O ministro pediu que os pleitos fossem encaminhados, oficialmente, e prometeu soluções já para o início da próxima semana.
Apesar do anúncio da expansão da oferta de crédito dos bancos públicos, especialmente pelo BNB, o grupo salientou que as empresas enfrentam obstáculos como a exigência de Certidão Negativa de Débitos, Certificado de Regularidade do FGTS, declaração de RAIS Negativa, bem como ausência de registro no CADIN.  Há, ainda, a questão da falta de padronização nas exigências documentais pelos bancos públicos, para obtenção de empréstimos. “Enfrentamos o excesso de burocracia, lentidão nas análises dos pedidos e necessidade de atendimento presencial. Precisamos que tais exigências sejam suspensas pelo período de 90 dias e que sejam adotados processos mais ágeis de avaliação, como o atendimento digital por aplicativos para smartphones”, defendeu o presidente da Fiepe, Ricardo Essinger.
O ministro afirmou que a orientação dada aos bancos é facilitar ao máximo o acesso ao crédito. “Inclusive, para quem já tem a dívida, sugerimos que as entidades façam a rolagem automática nesses três meses”, destacou.  A cobrança dos empresários não se restringiu, entretanto, apenas aos públicos. Para eles, o governo deve interceder juntos aos bancos privados, que operacionalizam a distribuição do crédito com esse intuito. Essinger conta que o ministro solicitou que todos os pedidos fossem encaminhamos, por escrito e com a máxima brevidade. “Ele prometeu analisar a possibilidade de dispensar algumas dessas documentações. Acreditamos que até a próxima segunda (13) ele já comece a tomar providências oficiais junto aos bancos”, afirma. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, também presente no encontro, adiantou que, também na próxima semana, será votada a PEC-10, que aborda a dispensa da Certidão Negativa de Débito.
Além do ministro da Economia, Paulo Guedes, do presidente da FIEPE, Ricardo Essinger,  e do líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, participaram da reunião os presidentes das federações das indústrias da Paraíba, Francisco Gadelha; do Rio Grande do Norte, Amaro Sales; da Bahia, Ricardo Alban; do Piauí, José Filho; do Ceará, Ricardo Cavalcante; e os empresários de todos os estados da Região.
Situação das indústrias do Nordeste
A região conta, atualmente, com cerca de 83 mil estabelecimentos industriais, que geram 1.433.000 empregos. Em Pernambuco, são cerca de 15 mil que resultam em 286 mil ocupações. Ricardo Essinger conta que os recursos existem, mas poucas conseguem acessar. “É preciso fazer pressão junto aos bancos privados para que eles também coloquem parte do seu lucro numa operação de risco para salvar algumas destas empresas. Vamos trabalhar ao máximo para que nenhuma deles feche suas portas e ainda saiam ainda mais fortalecidas após a pandemia”, afirma.
 Ele exemplifica, dentre as que enfrentam situações mais adversas, as do setor de construção civil e as que integram o polo de confecções de Caruaru e Santa Cruz do Capibaribe. “A Feira da Sulanca foi fechada e muitos dos pequenos empresários que ali atual não tem matéria-prima ou capital de giro”, detalha, contando que muitas estão se reinventando, produzindo EPIs. “É uma situação atípica e cada um está buscando sua maneira de sobreviver. Para nós, entretanto, até mesmo o contato com elas está difícil. Antes, as visitávamos sempre. Agora, muitas vezes nem conseguimos falar por telefone. Não há, portanto, como ter um dimensionamento da real situação. E, na verdade, nem adianta porque amanhã tudo pode ser diferente”, relata.

Bolsonaro TENTA romper isolamento político


11/04/20

O presidente sempre aparece em encontros com apoiadores  no meio da rua

Enquanto segue com o gesto de descumprir orientações para manter o distanciamento social, o presidente Jair Bolsonaro passou a agir também para romper o isolamento político agravado pelo embate com governadores e com seu próprio ministro da Saúde sobre medidas de enfrentamento ao novo coronavírus. Após líderes partidários serem recebidos no Palácio do Planalto durante essa semana, Bolsonaro tentará uma reaproximação com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), durante uma visita, marcada para hoje, a um hospital de campanha no município goiano de Águas Lindas.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), com quem protagoniza uma guerra fria sobre a condução do enfrentamento à covid-19, também acompanhará a agenda. Mandetta ganhou o cargo no governo Bolsonaro justamente com o apoio de Caiado. Então aliado, o governador de Goiás, que é médico, rompeu com o presidente no mês passado, após o chefe do Executivo minimizar o coronavírus, chamada por ele de “gripezinha”, e incentivar a população retomar suas rotinas, contrariando medidas de isolamento adotadas pelos Estados.

Na sexta-feira, 10, Bolsonaro andou novamente por áreas comerciais e residenciais de Brasília, apesar de orientações das autoridades sanitárias de que a população mantenha o isolamento social para diminuir o ritmo de transmissão do coronavírus. Na rua, houve manifestações de apoio ao presidente, mas pessoas também bateram panelas em suas janelas e gritaram palavras de ordem contra Bolsonaro.

Já a estratégia de quebrar o isolamento político tem um objetivo de neutralizar o DEM, que ganhou protagonismo durante a crise e recuperar espaço no jogo político. Além de Caiado e Mandetta terem confrontado o presidente, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, também integrantes do DEM, criticaram medidas defendidas por Bolsonaro durante a crise.

No entorno do presidente, a avaliação é a de que o coronavírus se transformou num palanque político para o DEM. A popularidade do ministro Mandetta – que, segundo recentes pesquisas, supera a de Bolsonaro – ajudou a acender o alerta entre aliados políticos do presidente. O grupo ligado ao escritor Olavo de Carvalho passou a pregar também que existe um projeto de poder do DEM que é necessário sufocar.

Mudança de estratégia do governo

A iniciativa de receber líderes partidários do chamado Centrão no Planalto, articulada pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), marca também uma mudança de estratégia do governo. Desde o início da gestão Bolsonaro, o Executivo estabeleceu privilegiar a cúpula do Congresso nas negociações, ignorando as lideranças partidárias. A tática ia ao encontro do discurso de Bolsonaro que, desde a campanha, afirmou que não cederia à pressão do “Centrão” e ao chamado “toma lá, dá cá.”

Agora, o Planalto quer driblar a barreira de Maia e Alcolumbre. Nesta semana, Bolsonaro recebeu em o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e o presidente do PRB, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP). Também estiveram no gabinete presidencial o deputado Wellington Roberto (PB) e o senador Jorginho Mello (SC), líderes do PL.

Na quinta-feira, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e Vitor Hugo se reuniram com líderes do PP, MDB, PL, PSD, PROS, Cidadania, Patriota e Republicanos por videoconferência. O DEM não participou. Uma nova reunião está marcada para a manhã da próxima segunda-feira.