Lava-Jato repatria diamantes e ouro adquiridos por organização criminosa de Cabral

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Material é avaliado em mais de R$ 20 milhões e foi entregue por doleiros que mantinham recursos no exterior para ex-governador
O ex-governador Sérgio Cabral se comprometeu a procurar outras joias e bens de valor ainda ocultos para entregar às autoridades Foto: Geraldo Bubniak / Agência O Globo
O ex-governador Sérgio Cabral se comprometeu a procurar outras joias e bens de valor ainda ocultos para entregar às autoridades Foto: Geraldo Bubniak / Agência O Globo

BRASÍLIA –  Por meio da Procuradoria-Geral da República (PGR), a Lava-Jato do Rio de Janeiro repatriou 27 pedras de diamante e 4,5 kg de ouro adquiridos na Suíça com recursos ilícitos da organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral (MDB). O material é avaliado em mais de R$ 20 milhões, segundo peritos consultados pela PGR.

Procuradores viajaram na terça-feira para Genebra para receber o material e retornaram ao Brasil com escolta policial. O material foi entregue nesta sexta-feira a uma instituição bancária e está à disposição da Justiça Federal do Rio.

A existência do ouro e dos diamantes foi revelada pelo acordo de delação premiada dos irmãos Marcelo e Renato Chebar, que também admitiram manter mais de US$ 100 milhões pertencentes a Cabral em contas no exterior. Após a homologação do acordo, em 2017, o MPF iniciou um processo de cooperação jurídica internacional para recuperar os bens.

Em sua delação premiada recém-assinada com a Polícia Federal, Cabral admitiu que valores de cerca de R$ 380 milhões em posse dos irmãos Chebar pertenciam a ele e foram oriundos de desvios de recursos públicos. No acordo, Cabral também se comprometeu a procurar outras joias e bens de valor ainda ocultos para entregar às autoridades. O acordo foi homologado em fevereiro pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

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