Estado investiga mais 13 mortes suspeitas de covid-19 e outros vírus respiratórios

Por Coluna JC Saúde e  Bem-Estar
 25/03/2020 às 18:06
O Estado  tem 14 óbitos (srag), cuja causa pode estar associada a vários agentes, como o novo coronavírus. Nove dessas mortes fazem parte da faixa etária a partir dos 60 anos
YACY RIBEIRO/JC IMAGEM
Hospital Universitário Oswaldo Cruz é uma das unidades da rede estadual que são referência em assistência aos pacientes infectados pelo novo coronavírus – Foto: Yacy Ribeiro/JC imagem  

            Após ser  confirmada, no início da tarde  de ontem (25), a primeira morte causada pelo novo coronavírus em Pernambuco, o secretário Estadual de Saúde, André Longo, informou que há outros 13 óbitos suspeitas de covid-19 e outros vírus respiratórios em investigação.

          As análises mostram que são casos de síndrome respiratória aguda grave (srag), que podem ter como causa a infecção pelo novo coronavírus ou o adoecimento por outros agentes, como os vírus da gripe. A primeira vítima fatal, em Pernambuco, é um idoso de 85 anos, que estava internado no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), em Santo Amaro, área central do Recife, referência para o acompanhamento dos casos de covid-19 na rede estadual.

        “Ao todo, o Estado registra, até o momento, 14 óbitos por srag, e nove deles fazem parte da faixa etária a partir dos 60 anos. Vários vírus podem causar essa síndrome, incluindo o novo coronavírus. Estamos, então, atentos à possibilidade de covid-19 (nesses casos de srag)”, destacou André Longo, que pediu atenção especial para os idosos durante coletiva de imprensa online realizada pelo Governo de Pernambuco e iniciada no fim da tarde desta quarta-feira (25).

     De acordo com o secretário, a taxa de letalidade associada à covid-19 aumenta ao longo do envelhecimento. “A mortalidade é superior a 3% entre 60 e 70 anos, maior do que 8% dos 70 a 80 anos e maior do que 14,5% a partir dos 80 anos. Neste momento (da pandemia), o essencial é cuidar das vidas das pessoas mais vulneráveis, incluindo os mais idosos”, frisou o gestor.

Justiça decide que policiais e bombeiros militares de grupo de risco realizam trabalho remoto

Ascom TJPE /blogfolhadosertao.com
 25/03/20
Bombeiros têm risco reconhecido (arquivo)
 O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) acatou, nesta quarta-feira (25/3), o pedido da Associação de Praças dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (ASPRA-PE/PMBM) para garantir aos policiais e bombeiros militares do Estado de Pernambuco  que componham o grupo de risco da Covid- 19, a realização de trabalho remoto.
Na decisão liminar, concedida por meio de Mandado de Segurança, o desembargador Jones Figueiredo Alves considerou que não há razão para que os militares e bombeiros estaduais, enquadrados nos grupos de risco de vulnerabilidade ao coronavírus, sejam excepcionados das medidas protetivas determinadas pelo Governo do Estado, estabelecidas no Decreto nº 48.809/2020, embora determinada a exceção para profissionais das áreas de saúde, defesa social e serviços de abastecimento de água.

O magistrado argumentou que, uma vez expostos à convivência social em momento de enfrentamento da pandemia, esses profissionais correm sérios riscos, e enfatizou que a proteção à saúde e à vida é direito constitucionalmente assegurado. De acordo com a decisão, “não se verifica temeridade, a princípio, para a segurança pública em geral, o trabalho remoto dos militares integrantes de grupo de risco, pois, via de regra, o trabalho policial ostensivo, ou seja, o policiamento de rua, há de ser realizado, sempre, pelos militares não anciãos e também por aqueles em condições de saúde mais favoráveis, a garantir, de fato, a segurança da população”, destacou.

 

São considerados grupos de risco para a Covid- 19 pessoas com mais de 60 anos, diabéticos, hipertensos, cardíacos, pacientes com câncer e aqueles acometidos por doenças respiratórias crônicas.

Amupe reage ao pronunciamento de Bolsonaro, em mensagem aos prefeitos

25/03/20

Por blogfolhadosertao.com

José Patriota enviou  mensagem aos Prefeitos e Prefeitas  de Pernambuco  contra pronunciamento feito por Jair Bolsonaro e em defesa da luta dos brasileiros no combate  ao  novo coronavírus

José Patriota, presidente da Amupe

Em nota oficial enviada  hoje aos Prefeitos e Prefeitas  de Pernambuco, o presidente da  Associação Municipalista de Pernambuco – AMUPE, e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota  afirma que ” preocupado  com a disseminação do coronavirus e prejuízos irreparáveis à nossa população, lamenta o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro”.

“Indignados, constatamos que o presidente vai na contramão dos chefes do Executivo e autoridades sanitárias e todo o mundo e é contraditório ao posicionamento que vem adotando o seu próprio Ministro da Saúde, todos preocupados em proteger a população”, afirma.

De acordo com Patriota, “voltar à normalidade hoje, quando o vírus acena fortemente e já atinge inúmeros cidadãos brasileiros, é uma insensatez”, disse, lembrando que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em nota, afirma que este posicionamento é muito grave e que o país necessita de lideranças sérias”.

Para o presidente da Amupe,  “o  momento a ser enfrentado exige sim, equilíbrio e serenidade.Mas acima de tudo, exige forte ação de todas as autoridades, com decisões uniformes, despidas de qualquer ideologia, com um único objetivo: proteger a saúde de todos os brasileiros e brasileiras. É isso que o povo brasileiro espera de seus governantes”.

Patriota encerra a nota afirmando que  “a direção da Amupe conclama todos os prefeitos, prefeitas e população em geral para firmes, seguirmos as medidas adotadas pelo governo do nosso Estado. As medidas preventivas e restritivas adotadas pelas autoridades a nível mundial é a única proteção da nossa vida e da nossa população. Defendamos nosso povo”.

“Sigamos protegendo nossas crianças, nossos jovens e idosos. Foi este o compromisso que assumimos quando eleitos e é isso que nosso povo espera de nós”, vaticina.

 

Presidente Bolsonaro critica fechamento de escolas e ataca Imprensa

Em 25/03/20

Por Folha de São Paulo/blogfolhadosertao

 

Presidente Jair Messias Bolsonaro

 

   Em seu terceiro pronunciamento em rádio e televisão sobre a crise do novo coronavírus, na noite de ontem (24/03/20) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o fechamento de escolas para combater a epidemia, atacou governadores e culpou a imprensa pelo que considera clima de histeria instalado no país.

 “Grande parte dos meios de comunicação foram na contramão. Espalharam a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o grande número de vítimas na Itália”, declarou Bolsonaro. “O que se passa no mundo mostra que o grupo de risco é de pessoas acima de 60 anos. Então, por que fechar escolas?”, questionou Bolsonaro, que voltou a comparar a Covid-19 a uma “gripezinha” ou “resfriadinho”.

Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Senado, criticou o pronunciamento e pediu seriedade e responsabilidade a Bolsonaro, que durante a transmissão foi alvo de panelaços pelo oitavo dia seguido.