A poesia e o repente sofrem um grande golpe com a morte de Valdir Teles hoje, em Tuparetama

 Valdir Teles é  considerado  um dos maiores repentistas do Nordeste

 Por Fabricia Oliveira /blogfolhadosertao.com

valdir teles - LUTO: Morre Valdir Teles, um dos maiores repentistas do Nordeste

        Morreu neste domingo (22) o poeta Valdir Teles, após sofrer infarto, em sua residência, na cidade de Tuparetama, Pernambuco. A informação da morte de Valdir foi confirmada pelo poeta e companheiro de jornada, Geraldo Amâncio, em suas redes sociais.

       Um relato  sincero e sofrido  de um grande amigo de Valdir Teles, o poeta Geraldo Amâncio : “Uma notícia muito triste para o mundo da viola e da poesia. Estou muito abalado, muito triste, com a notícia do falecimento do cantador mais querido da atualidade, o poeta Valdir Teles acaba de falecer de usm infarto. Até onde me avisaram, faleceu em casa em Tuparetama, Pernambuco. As última cantorias que ele fez foi comigo, na semana passada. A cantoria perde um monstro do repente e eu perco um grande companheiro, meu amigo e defensor. Vou pedir ao supremo pai divino que o acolha no mais belo dos céus”, finalizou Geraldo.

Valdir é filho natural da cidade de Livramento, Paraíba, mas desde muito cedo morava no vizinho município de Tuparetama, na região do Pajeu, no Estado de Pernambuco. O poeta é pai da  advogada e poetisa Mariana Teles.

Confira alguns repentes com a participação do já saudoso Valdir teles:

 

 

Cloroquina pode ser autorizada para pacientes graves até terça-feira

 

O ministério da Saúde pode autorizar, até terça-feira (24), a prescrição da cloroquina e da hidroxicloroquina para casos graves de Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A declaração foi feita há pouco pelo secretário executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis. Até lá, o ministério soltará uma nota com orientações sobre o uso dos medicamentos.

O secretário, no entanto, informou que a eventual liberação dos remédios terá caráter experimental e valerá apenas para pacientes internados em estado grave. Ele reiterou que os dois componentes têm efeitos colaterais fortes e não podem ser estocados para serem usados em caso de eventual gripe.

Hoje, [os medicamentos] são usados em pesquisas clínicas, com autorização dos comitês de ética dos hospitais, em associação com outros medicamentos. Caso o Ministério da Saúde libere a prescrição, poderá ser usado para pacientes graves, internados em hospitais. Não é para ser usado por quem está gripado e acha que se tomar esse medicamento e não vai ter complicações”, destacou Gabbardo.

Nos últimos dias, foi divulgado um estudo realizado na França em que a cloroquina – usada para tratar a malária – e a hidroxicloroquina – prescrita para casos de artrite reumatoide e lúpus – diminuíram a contagem viral. Ontem (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que o governo norte-americano estuda a utilização dos medicamentos no tratamento do novo coronavírus.

Sobre a autorização do presidente Jair Bolsonaro para que o Exército amplie a produção dos medicamentos, o secretário-executivo disse que a medida tem caráter preventivo no caso de um eventual aumento da demanda futura. No Brasil, o produto é fabricado em laboratórios privados, das Forças Armadas e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

“Esses medicamentos já são fabricados no Brasil e existem nas farmácias. Em função da possibilidade da utilização para casos graves de coronavírus, estamos pensando na necessidade de ampliação da produção. É isso que o presidente autorizou: que o Exército possa ampliar a produção de medicamentos”, explicou. Ele lembrou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) restringiu a venda dos remédios com a retenção de atestado apenas para pessoas com as três doenças tratadas pelos medicamentos: malária, lúpus e artrite reumatoide.

Decreto de Paulo Câmara estabelece expediente apenas para serviços essenciais a partir desta segunda-feira

Nas últimas 24 horas, Pernambuco registrou quatro novos casos confirmados de coronavírus, sendo três no Recife e um em Olinda

Governador Paulo Câmara-Imprensa-PE

 

 

Demais atividades funcionarão em modelo remoto ou em sistema de rodízio, a depender da secretaria

Com o objetivo de conter o avanço do coronavírus dentro da própria administração de Pernambuco, o governador Paulo Câmara estabeleceu, neste domingo (22.03), medidas restritivas voltadas para os servidores estaduais, que passam a valer a partir desta segunda-feira (23). Por meio de decreto, o Governo determina que o atendimento presencial prestado por órgãos estaduais deve ser substituído por atendimento remoto, e orienta ainda a adoção do sistema de rodízio no caso dos serviços presenciais necessários às ações de enfrentamento à Covid-19 no Estado. A iniciativa busca reduzir a exposição dos servidores a eventuais fatores de risco.

Prestadores de serviço terceirizados que atuam na administração estadual também estão enquadrados no decreto. As novas determinações, porém, não se aplicam aos serviços públicos essenciais e presenciais, a exemplo das áreas de saúde, segurança pública, prevenção e assistência social, transporte público, infraestrutura e recursos hídricos, abastecimento de água, segurança alimentar, sistema prisional e socioeducativo e defesa do consumidor.

O decreto estabelece ainda que os serviços públicos podem ser acessados pelo Portal do Cidadão, no site www.pecidadao.pe.gov.br, bem como nos endereços eletrônicos dos órgãos responsáveis pela respectiva prestação do serviço desejado. Dúvidas e orientações devem ser encaminhadas à Rede de Ouvidorias do Estado, disponível em www.ouvidoria.pe.gov.br.

NÚMEROS – Nas últimas 24 horas, Pernambuco registrou quatro novos casos confirmados, sendo três no Recife e um em Olinda. Agora, são 37 confirmações, três casos prováveis e 310 casos em investigação. Outros 375 já foram examinados e descartados pelos médicos. Desde a quinta-feira passada, o Estado também já registrou três casos de cura clínica, pessoas que já conseguiram debelar a infecção viral e ficaram em condições de receber alta.

 

Anvisa vetará exportação de hidroxicloroquina e exigirá receita

A Anvisa passará a cobrar que empresas que fabricam cloroquina e hidroxicloroquina peçam aval da agência para exportação dos produtos.
 (Foto: Gerard Julien/AFP)
Foto: Gerard Julien/AFP
As drogas poderão ser alvo de testes para o novo coronavírus e já sumiram das prateleiras de farmácias pelo país, apesar da falta de evidências robustas sobre sua eficácia para tratar Covid-19.
A medida deverá constar de resolução a ser publicada nesta sexta-feira (20). Na prática, porém, todos os pedidos serão vetados.
À reportagem o diretor-presidente da agência, Antonio Barra Torres, disse que a medida visa garantir estoques para fornecimento a pacientes com artrite, malária e lúpus, a quem o remédio é indicado.
Em outra frente, a agência também deverá aumentar a cobrança de receita médica para venda desses produtos em farmácia, como ocorre para antibióticos.
O objetivo é evitar desabastecimento e minimizar riscos à saúde em meio a uma corrida pelo produto desde que surgiram anúncios de que a droga poderia ser testada contra o coronavírus.
“Hoje um cidadão que precisa chega na farmácia e não tem. Qual a medida que estamos adotando hoje? Estamos contendo a exportação da cloroquina. Ela é um produto extremamente barato de se produzir e vender, e a maioria das empresas não se interessam. No Brasil, temos algumas empresas que produzem cloroquina e temos laboratórios militares, como do Exército Brasileiro. O estoque do Brasil é razoável. Mas fruto do que aconteceu ontem, a Anvisa precisa agir como reguladora para colocar a exportação da cloroquina a ser feita somente através de anuência da agência. Antes não era assim. Agora é necessário pedir. E ao pedir, essa anuência não será dada. Ao menos no primeiro momento em que preciso segurar o produto”, afirmou.
A busca pela cloroquina ganhou força após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que a droga poderia ser testada para o novo coronavírus.
Barra, porém, frisa que ainda não há evidências suficientes sobre uma possível ação contra o vírus e que os estudos iniciais são limitados.
Um estudo clínico (em humanos) aberto e não randomizado francês usou a hidroxicloroquina associada a azitromicina em 20 pacientes. Houve redução ou desaparecimento da carga viral. Mas, por ter sido feito com poucos pacientes, as conclusões do estudo sobre a eficácia da combinação são limitadas. A pesquisa também não indica a evolução clínica dos doentes.
Em nota divulgada na quinta, a agência contraindicou o uso e alertou para riscos à saúde. “Não há estudos conclusivos sobre a eficácia, qualidade e segurança da cloroquina em relação à Covid-19. Parece ser promissor, mas vários estudos ainda são necessários”, afirma Barra.
Segundo ele, o veto à exportação visa preservar o fornecimento do remédio no Brasil, sobretudo para o SUS.
“A Anvisa não está avalizando e indo contra o FDA [que afirma que não há evidências]. O que estamos dizendo é que, se de repente algum comprador, sabendo que tem um produto barato, compra, ficamos privados de ter o produto a quem já precisa hoje para malária.”
Ele não descarta, também, um uso futuro para o novo coronavírus. “Obviamente, se amanhã for comprovado que existe uma segurança no uso, ok. Vamos usar para isso também. Mas o motivo nesse momento é proteger quem não tem coronavírus e tem malária, lúpus e outras doenças.”
Segundo Barra, a agência também irá intensificar o alerta de risco a médicos para evitar a indicação do produto a pacientes sem que haja comprovação.
“Também vamos publicar uma resolução em que estamos colocando receita com retenção. Com isso, a pessoa que não tem malária, não tem nada, e está indo só para fazer estoque, não vai conseguir.”
Além da cloroquina, a agência também passará a exigir que empresas que fabricam produtos que possam ser usados contra o coronavírus tenham que pedir aval para exportação, que será negada.
Entram nessa lista equipamentos de ventilação mecânica, como respiradores, e máscaras usadas por profissionais de saúde no atendimento a pacientes.

Governadores do Nordeste pedem à China leitos de UTI e equipamentos de respiração

Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

Os governadores dos nove estados do Nordeste solicitaram à Embaixada da China que o país asiático, primeiro epicentro do novo coronavírus, auxilie a região por meio do envio de materiais, insumos e equipamentos de saúde para auxiliar no combate à covid-19. 

“Em especial, temos necessidade de leitos de UTI e respiradores, pois a projeção dos enfermos indica que haverá um déficit desses equipamentos no momento de pico da pandemia”, dizem os governadores, em carta.

O ofício foi enviado ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, e teve o aval dos governadores Paulo Câmara (Pernambuco), Flávio Dino (Maranhão), Wellington Dias (Piauí), Camilo Santana (Ceará), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), João Azevêdo (Paraíba), Renan Filho (Alagoas), Belivaldo Chagas (Sergipe) e do presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa, governador da Bahia.

“Podemos receber doação, mas, se a China pode vender por um preço justo, podemos comprar para pagamento em prazo compatível, mas aqui no Brasil o governo precisa autorizar”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT).

Justiça proíbe greve de enfermeiros, que se queixam de falta de EPIs contra coronavírus

Se a ordem for descumprida, o sindicato da categoria vai ter que pagar multa diária de R$ 100 mil
A greve começaria nesta segunda-feira (23) – FOTO: PIXABAY

RECIFE – O Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE) emitiu neste sábado (21) uma ordem que proíbe a greve dos enfermeiros que estava programada para começar na próxima segunda-feira (23). A decisão foi expedida pelo desembargador Fábio Eugênio Dantas de Oliveira Lima, com fundamento no art. 300 do CPC/2015. Caso a decisão seja descumprida, o Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (SEEPE) terá que arcar com uma multa fixa de R$ 100 mil, por dia.

Em um trecho da ação, o desembargador aponta que a paralisação da categoria trará prejuízos à população pernambucana, no combate ao surto do novo coronavírus no Brasil. O Estado possui 33 casos confirmados da covid-19.

Ainda de acordo com a ordem expedida pelo TJPE, o Governo de Pernambuco está tomando decisões consideradas “enérgicas” para suprir as necessidades dos equipamentos de proteção individual (máscara, avental, gorro e óculos de proteção), que vinham sendo requisitados pelos enfermeiros.

O que diz o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco?

Em entrevista ao Jornal do Commercio, a presidente do SEEPE, Ludmila Outtes, informou que ainda não foi notificada da decisão, mas pretende recorrer. Outtes apontou que, ao invés de a Justiça notificar o sindicato por conta de uma greve, deveria ordenar ao Governo do Estado a suprir as necessidades dos profissionais de saúde.

“A Justiça deveria fazer o contrário e obrigar o Estado a garantir os EPIs para os profissionais, porque a gente não quer se expôr ao risco. O que a gente está fazendo é protegendo a nossa vida e é obrigação da Justiça também proteger”,afirma  Ludmilla assegurando  ainda que a greve agendada para a próxima segunda (23) está de pé.