‘Bolsonaro quer dar um golpe de estado’, afirma desembargador do TJPE

Foto: Alan Santos/Presidência da República
Foto: Alan Santos/Presidência da República
por jamildo 

O desembargador Bartolomeu Bueno, do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE), foi às redes sociais para dizer que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), na opinião do magistrado, “quer dar um golpe de Estado”.

O magistrado, também presidente da Associação Nacional de Desembargadores (ANDES), mencionou que se “não houver reação dos democratas é o que ocorrerá”.

O desembargador pediu expressamente que suas críticas ao presidente fossem replicadas nas redes sociais.

“Não podemos ser omissos e passivos. Estejamos juntos no dia 15 de março contra essa sandice e crime de responsabilidade do Presidente da República. Repliquem e reverberem nas redes sociais essa postagem”, pediu o magistrado.

Não é a primeira vez que o desembargador do TJPE faz considerações sobre a pessoa do presidente da República.

Em agosto de 2019, o magistrado pediu a “interdição” de Bolsonaro, por supostos “problemas mentais”. A sugestão do desembargador, na época, virou matéria em sites nacionais, após divulgação no Blog.

Acabou a agonia (e as criticas também): Paulo Câmara entregou a ponte de Bodocó

 Alívio total !

Por  SEI/blogfolhadosertao.com

Foto: Heudes Regis

BODOCÓ–  Em uma ação normal, como gestor público, o governador Paulo Câmara inaugurou hoje (9),  a ponte sobre o Rio Pequi, em Bodocó,  que foi destruída pelas enchentes de abril de 2018.  A iniciativa beneficia uma população de mais de 330 mil pessoas na região, sendo 47%, moradores da zona rural, além de fomentar a economia local, cuja principal atividade é a exploração da gipsita no Polo Gesseiro, responsável por 95% da produção brasileira de gesso.   Alé  de aliviar os problemas   e dar melhor condição de trafegabilidade à população, a nova ponte também acaba de uma vez as críticas da oposição  protagonizadas pelo prefeito de  Bodocó, Túlio Alves .

 “Esta ponte que está sendo entregue hoje foi feita para durar anos, com a sua devida manutenção. Foi feita num tamanho maior, dentro de uma técnica de Engenharia que chamou a atenção de muitos estudiosos. Está agora servindo à população, dando a ela a condição de ir e vir, inclusive aos pedestres, com segurança. E é isso que a gente quer continuar fazendo aqui em Pernambuco: obras estruturadoras que possam garantir o desenvolvimento das regiões”, assegurou Paulo Câmara.

A estrutura tem como objetivo restabelecer a trafegabilidade entre as cidades de Bodocó e Ouricuri, por meio da rodovia PE-545. A obra, que contou com um investimento de aproximadamente R$ 4,6 milhões, em recursos próprios da administração estadual, foi erguida em concreto armado, com 60 metros de cumprimento por 10,80 metros de largura.

A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, destacou o compromisso assumido pelo Governo de Pernambuco para melhorar a mobilidade dos moradores do Sertão do Estado.“O governador, conforme prometido, colocou todos os recursos e as equipes, dedicadas, conseguiram atingir essa meta de melhorar a mobilidade da região. Fico muito feliz com a priorização do governador em Infraestrutura. Estamos trabalhando com muitas obras no Estado, os ritmos estão avançados, os recursos estão garantidos e o objetivo é que possamos fazer cada vez mais entregas como essa”, afirmou a secretária.

Expedito Alves da Silva, criador de gado e morador de Bodocó, aprovou a nova ponte. “Antes a gente tinha que passar a pé. Tinha que deixar a moto para atravessar, era muito ruim. Tenho um filho que trabalha como taxista e muitas vezes chegava aqui e não tinha como passar, aí acabava perdendo passageiro. Minha filha também faz faculdade em Ouricuri e perdia aula por essa questão da dificuldade na passagem”, contou. “Era um prejuízo, um fracasso, mas agora a mobilidade melhorou 100%. Está de parabéns o governador”, completou o morador. – .

Estiveram presentes à solenidade o deputado federal Tadeu Alencar, o deputado estadual Antônio Fernando, os secretários estaduais Rodrigo Novaes (Turismo e Lazer), Dilson Peixoto (Desenvolvimento Agrário) e Antônio Limeira (executivo da Casa Civil), além de autoridades da região.

Campanha contra discriminação de mulheres no trabalho foi lançada ontem pelo MPT

Direitos iguais para todos !
Foto: Agência Brasil / Arquivo

 O Ministério Publico do Trabalho (MPT) lançou ontem (8), em comemoração ao Dia Internacional de Mulher, uma campanha de conscientização sobre a promoção da igualdade no mercado de trabalho e para estimular denúncias de discriminação e violência. A campanha foi batizada com o nome Lugar de Mulher é Onde Ela Quiser.

Durante o mês de março, serão distribuídos materiais informativos nas redes sociais do MPT e promovidas ações presenciais em diversos estados. Também serão lançados vídeos produzidos em homenagem ao trabalho da mulher e com histórias reais de mulheres que ocuparam espaços em cargos dominados por homens e chegaram a posições de liderança.

De acordo com o MPT, casos de assédio sexual e desigualdade salarial estão entre os problemas mais relatados pelas trabalhadoras. Nos últimos cinco anos, as denúncias de assedio sexual aumentaram 63,7%. No ano passado, 442 denúncias foram processadas pelo órgão.

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostram que, em 2019, o rendimento de mulheres foi 22% menor do que o salário dos homens que tinham as mesmas atribuições. Em todo o Brasil, a pesquisa revelou que mulheres com curso superior ganham 38% menos que os homens com a mesma escolaridade.

O MPT possui uma cartilha que retrata a violência contra as mulheres. Nela, o órgão aborda situações de violência física, psicológica, moral e dá dicas sobre como denunciar situações discriminatórias.

Municípios têm R$29,1 bilhões para receber do Governo Federal

E os municípios com o “pires na mão”!

Por José Matheus Santos 

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) — com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) — estima que, no início de 2020, a soma de Restos a Pagar (RAPs) pendentes de repasses para os cofres municipais ultrapassa R$ 29,1 bilhões.

Do total, R$ 20,974 bilhões (72%) são de valores não processados. Segundo relatório publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o total de Restos a Pagar inscritos no Orçamento Geral da União (OGU) em 2020 é de R$ 181,5 bilhões.

A entidade acompanha ao longo dos anos o volume de empenhos destinados aos Municípios e sem pagamento no exercício. Nos últimos 10 anos, 2016 alcançou o patamar mais alto, com R$ 38,15 bilhões de Restos a Pagar.

Em comparação a 2019, quando o volume foi de R$ 33,77 bilhões, ocorreu uma queda de 13,8% em relação a 2020. No entanto, o estudo alerta que, nesse período, houve uma mudança de legislação e muitos empenhos de exercícios anteriores foram cancelados. Ainda assim, segue elevado, quase em R$ 30 bilhões, o valor que o governo federal deve aos Municípios em 2020.

Os Restos a Pagar (RAPs) são despesas empenhadas, mas não pagas até 31 de dezembro de cada ano. Eles estão relacionados aos estágios da despesa pública — empenho, liquidação e pagamento.

A CNM destaca que os empenhos representam obras ou aquisições de equipamentos que foram validados pelos ministérios e que estão pendentes de verificação por parte do concedente ou em execução.

Os processados é quando ocorreu a liquidação e apenas se aguarda o pagamento. Já os não processados, em tese, são de ações e obras que ainda não começaram, mas, na prática, cerca de 77% tiveram início no Município.

Assim, o presidente da CNM, Glademir Aroldi, ressalta o impacto negativo que o resto a pagar têm nos Entes locais.

“A cada ano, vemos este volume enorme de recursos que foram prometidos, projetos que foram realizados pelos gestores municipais, mas que os recursos não chegam na ponta. Muitas obras estão paradas, os Municípios são processados pelas empresas por falta de pagamento e a população não recebe o serviço como deveria”, argumenta.

Por Estado, os Municípios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os que possuem mais valores pendentes de pagamento, correspondendo a 23,3%. Mais de 90% dos RAPs destinados a Municípios se concentram em seis ministérios. Entre eles, os Ministérios da Educação, da Saúde e o da Integração Nacional somam mais de R$ 23,6 bilhões, ou seja, 79% do total.

Segundo a confederação, os Municípios podem enfrentar problemas “porque os recursos provenientes dos RAPs seguem um cronograma de execução política, com um volume muito maior de empenhos do que o valor equivalente em recursos reais para realizar efetivamente os pagamentos”.