Por Machado Freire

   Com antecedência de oito dias, o governador Paulo Câmara (PSB)   fez o anúncio de uma minuta de pauta   que cumprirá  em Petrolina  na próxima sexta-feira (14). Ele marcou   um dia  de trabalho para anunciar ações administrativas, com tempo de um encontro  político com a participação de  vereadores e prefeitos  do seu  partido  de vários municípios da região.

Paulo Câmara  terá a companhia  de um bom número de secretários  e dos deputados Lucas Ramos e Gonzaga Patriota, numa jornada “acelerada”   pela  manhã, tarde e noite  (cujos detalhes ainda vão ser anunciados  no curso as semana).

Sabe-se, até agora, que o governador e equipe  deverão visitar o programa Chapéu de Palha que está inscrevendo trabalhadoras do campo no Centro de Convenções,  e participarão  de um ato no Sindicado dos Trabalhadores Rurais.   Está definido que à  noite, o  governador  comandará um ato político, para filiações de diversas pessoas ao PSB.

Há quem diga que o governador  -e sua administração, principalmente,  precisa se fazer mais presente em Petrolina, principal colégio eleitoral ( mais de  208  mil eleitores)  e município mais importante do Sertão.

O grupo Coelho – que conta com um prefeito, um deputado estadual, um deputado federal  , filhos do senador Fernando Bezerra Coelho (filiado ao MDB)   trabalha dia e noite para reeleger o prefeito Miguel Coelho ( alardeiam, inclusive, que ele vai ganhar no primeiro turno).  O projeto prever que  daqui a dois anos  acontecerá a conquista do Palácio das Princesas, há muito tempo desejado por  FBC.

O currículo de Fernando Bezerra-  dá conta que ele e seu grupo são egressos da Arena, PDS e ele foi eleito senador  com o apoio do ex-governador Eduardo Campos(PSB) . É o  tipo do político que não  tem nenhum acanhamento de mudar de partido e de lado   político  para dar sustentação ao grupo familiar.

FBC  começou sua carreira política ao lado de Roberto Magalhães, a quem traiu de forma brusca, mesmo tendo recebido forte apoio do então governador. O petrolinense    esteve no palanque de José Sarney,  de Lula, Dilma, Michel Temer, Miguel Arraes,  Eduardo Campos e, agora,  mantém um “amor roxo”  com o grupo de Jair Bolsonaro,   onde aposta se manter   com prestigio suficiente para  conseguir votos  em todas as regiões do Estado, tendo a Codevasf  e o governo federal como como  grandes aliados

O governador Paulo Câmara, que não tem aliança com Bolsonaro -vai construindo agendas meramente administrativas com o governo federal, tem deixado  claro  que faz um esforço danado e usa muita criatividade para alocar recursos para o estado que tem uma grande massa de trabalhadores carentes de emprego e renda.

Comenta-se que o governador  poderá  fazer o anúncio   do nome do deputado estadual Lucas Ramos (PSB)  para  prefeito de Petrolina , mas que não é fácil  reconstruir a Frente Popular de Petrolina. É   uma tarefa difícil para o governador, porque o ex-deputado e ex-prefeito Odacy Amorim(PT) , que tem cargo de confiança na Secretaria de Agricultura, estaria desejoso de disputar a prefeitura.  É o que acontece também com o ex-prefeito Júlio Lóssio, que permanece interessado  em  exercer um terceiro mandado de prefeito na “Petrolina dos impossíveis”.

Utilidade pública

Em Pernambuco, várias pessoas já foram vítima e polícia foi informada

Gabriela Hardt, da 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, negou abuso de autoridade citado pela defesa do filho de Lula na Operação Mapa da Mina.

Do Último Segundo

A juíza Gabriela Hardt , da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, defendeu que a investigação de Lulinha , filho do ex-presidente Lula , na Operação Mapa da Mina continue pública pelo “interesse de toda a sociedade” e disse que a condução do caso sem sigilo dá “saudável escrutínio público”. Em sua justificativa, a magistrada citou a “natureza e magnitude dos crimes”. Segundo as investigações, empresas de Lulinha teriam recebido pagamentos de R$ 132 milhões da Oi como propina.

Hardt negou uma representação da defesa de Lulinha para que se investigue abuso de autoridade após reportagens revelarem relatórios da Polícia Federal nas investigações. “A retirada do sigilo tem o condão de propiciar não só o exercício da ampla defesa pelos investigados, mas também o saudável escrutínio público sobre a atuação da Administração Pública e da própria Justiça criminal, o que tem se mostrado importante em operações de relevo como esta, tudo em consonância com a devida ponderação de valores constitucionais”, escreveu a juíza.

Segundo os advogados de defesa do filho do ex-presidente Lula, há indícios de que documentos sigilosos estão sendo divulgados sem autorização a jornalistas e veiculados em canais de notícias. Para a juíza, no entanto, “não se trata de discutir assuntos privados, mas de investigar supostos crimes cuja apuração é de interesse de toda a sociedade”

“Embora evidente, importa ressaltar que não existe nos presentes autos qualquer juízo definitivo sobre os fatos, as provas e as questões de direito envolvidas, algo só viável após o fim das investigações e o exercício do contraditório”, disse Gabriela Hardt.