17/05/20
Jamildo Melo/blogfolhadosertao.com
MP de Bolsonaro anistia todos os gestores públicos – incluindo ele próprio – que tenham cometido crimes com os recursos públicos executados durante a pandemia de Covid-19, uma espécie de salvaguardar para os corruptos
Áureo Cisneiros, presidente do Sinpol. Foto: Arquivo
Áureo Cisneiros, presidente do Sindicato dos policiais civis de Pernambuco (Sinpol) e dirigente do nacional do movimento de policiais antifacismo, protocolou hoje no Tribunal Regional Federal da 5° Região uma ação popular que visa suspender a Medida Provisória 966/2020 editada por Jair Bolsonaro.
“Bolsonaro publicou hoje uma Medida Provisória (MP 966) que anistia todos os gestores públicos – incluindo ele próprio – que tenham cometido crimes com os recursos públicos executados durante a pandemia de Covid-19, uma espécie de salvaguardar para os corruptos. Isso é um escândalo! Depois não adianta ficar postando Fake News para acusar Governadores e Prefeitos por desvio. basta de tanta hipocrisia!!”
“Para quem ganhou a eleição com o discurso de acabar com a Corrupção, instalar a Nova Política e acabar com a mamata, não é nada disso que vem acontecendo, o que se vê é a perpetuação de práticas que antes eram condenadas pelo presidente e sua base”, afirmou Áureo Cisneiros.
Segundo líderes do movimento, a MP de Bolsonaro fere os princípios constitucionais previstos no Art. 37, da moralidade, legalidade e impessoalidade, dessa forma, abre espaço para imputação de improbidade administrativa.
Ainda, destacam que no cenário onde o Brasil soma quase 14.000 mortes e mais de 185 mil casos é absurdo que tamanha inconstitucionalidade seja acatada não apenas pelos parlamentares, como também pela justiça brasileira.
A peça é assinada ainda por Myrella Vitória estudante de Ciências Políticas na Universidade Federal de Pernambuco, Jonata Bruno, Técnico em Enfermagem da rede Estadual de Pernambuco e Anna Karla, mestranda em História, Especialista em Gestão Pública e Co-fundadora da Frente Favela Brasil.