16/11/22
O Antagonista
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Presidente do Senado disse que os parlamentares têm sensibilidade quanto a aprovação da PEC da Transição, já que os mais necessitados dependem do auxílio do programa social
Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – FOTO: Ricardo Stuckert / divulgação
Aproveitando a viagem para o Egito, onde participa da 27ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP 27), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou tempo, nesta terça-feira (15), para discutir outros assuntos com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Em conversa reservada, o tema principal entre os dois foi o valor do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família, programa social criado no governo petista).
Durante poucos minutos de diálogo, Lula teria defendido ao presidente do Senado que o programa social seja retirado do teto de gastos – uma regra que limita o aumento das despesas à inflação – nos próximos quatro anos. Isso acontecendo, o governo federal teria condições de manter o valor de R$ 600 para os beneficiários, quantia que só está prevista até dezembro.
Entretanto, o Rodrigo Pacheco entende que a fixação do teto de gastos é uma “conquista” da nação, além de que o Congresso também compartilharia do entendimento pela manutenção da regra fiscal que existe.
Mesmo com os parlamentares sendo defensores do respeito ao teto de gastos, Pacheco teria deixado em aberto a possibilidade da retirada do valor do Bolsa Família do teto de gastos. Isso porque, segundo ele, seus colegas do Congresso estariam sensíveis a aprovar a PEC da Transição diante da dificuldade econômica que o Brasil atravessa, principalmente, os mais necessitados e que dependem do auxílio do programa social.
Além disso, os próprios parlamentares estariam inclinados a aprovarem a retirada do valor do Bolsa Família do teto nos próximos quatro anos pelo fato de tal proposta ter sido defendida pelas duas campanhas que disputaram à eleição para presidente no segundo turno: Lula e Bolsonaro (derrotado nas urnas).