Cremepe defende proibição de aglomeração em Pernambuco

31/01/22Por Augusto Tenório

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Cremepe pede novas medidas de restrição diante do avanço da nova variante e aumento de casos entre médicos e enfermeiros

 

APU GOMES / AFP
Especialistas destacam que um maior contágio da ômicron pode anular a vantagem de uma variante menos perigosa, gerando hospitalizações – Foto: Apu  Gomes / AFP
 Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (Cremepe) divulgou nota defendendo a proibição de aglomerações no estado. O posicionamento do órgão, presidido por Maurício Matos, acontece diante do aumento exponencial de casos da variante ômicron.

O Cremepe cita a superlotação dos serviços de urgência e emergência e o avanço da doença sobre os médicos e demais profissionais de saúde. Nesse sentido, a entidade “defende que festas, reuniões, cerimônias, formaturas e todo tipo de aglomeração, sejam proibidas pelo governo do Estado como forma de demonstrar coerência neste momento do enfrentamento da covid-19”.

Ainda na nota, o Cremepe pede compreensão da sociedade para evitar participar de eventos com aglomerações, mesmo com a exigência de comprovante de vacinação e testagem prévia dos participantes.

“Os testes para COVID-19 que estão sendo utilizados para permitir esses tipos de aglomerações deveriam ser destinados exclusivamente para o diagnóstico de pacientes com sintomas ou internados e não em pessoas assintomáticas para permitir acesso a eventos privados, conforme apontou recentemente a Organização Pan-Americana da Saúde.

Carnaval: Cremepe defende que festas privadas não sejam permitidas

O Cremepe também argumenta que não se pode proibir o Carnaval de rua enquanto permite-se a realização de festas privadas. “A responsabilidade e o sacrifício devem ser de todos e não apenas para uma parcela da população. Esperamos que o governo do Estado mantenha a coerência que tem sido demonstrada com a população pernambucana desde o início da pandemia”.

Na nota, a entidade encara o momento “mais um encargo imposto a uma categoria já tão esgotada em sua carga de trabalho no enfrentamento da covid-19 nos últimos dois anos”, mas ressalta que os médicos não deixarão de cumprir seu compromisso de bem servir às necessidades da população.

“Contudo, entende que este sacrifício não pode ser feito de forma isolada. Há necessidade de que mais medidas sejam tomadas para reduzir a alta transmissibilidade da variante ômicron em nosso Estado, diminuindo a superlotação de pacientes existentes nas emergências, UPAS e policlínicas”, finaliza.

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