Transnordestina: impasses no trecho de Pernambuco e avanço no Ceará.

18/01/24
Por Adriana Guarda
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Ferrovia Trasnordestina Logística demitiu 14 diretores do Sindicato dos Ferroviários, alegando fim das operações no Recife e vai responder na Justiça

O presidente do SINDFER, Luís Cláudio Gomes, conta que os 14 diretores do sindicato foram convocados para uma reunião na quarta-feira (15), onde iriam discutir o dissídio da categoria e, ao final da pauta, foram surpreendidos com a informação das demissões.

DEMISSÃO REPENTINA

“O representante da FTL – Ferrovia Trasnordestina Logística comunicou a demissão de todos, alegando que a empresa estava fechando o escritório no Recife. A legislação diz que se existe atividade econômica no local, a representação sindical deve permanecer. Hoje 360 pessoas trabalham em Salgueiro, na Fábrica de Dormentes de concreto, que fornece material para a ferrovia no Ceará”, afirma Gomes.

Ricardo Stuckert/Divulgação
Fábrica de Dormentes, em Salgueiro, foi inaugurada em 2010 e continua produzindo para a Transnordestina – Ricardo Stuckert/Divulgação

O SINDFER adianta que vai ingressar com ação na ação na Justiça do Trabalho, pedindo a reintegração trabalhista dos demitidos, sob os argumentos de estabilidade sindical e ilegalidade da demissão. O sindicato também já denunciou as divergências com a FTL no Ministério Público Federal (MPF).

ACUSAÇÕES INFUNDADAS?

As lideranças do SINDFER afirmam, ainda, que o sindicato não tem atuação por empresa, mas por toda uma categoria. A FTL e a Transnordestina Logística S.A (TLSA) são empresas do Grupo CSN. Procurada pelo JC, a empresa limitou-se a dizer que “as acusações são infundadas e que a FTL já não opera em Pernambuco há mais de 15 anos”.

Em 1998, a FTL assumiu a concessão da Malha Ferroviária Nordeste Oriental, que conecta os Estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, por um período de 30 anos (até 2028). Portanto, a concessão permanece vigente, embora a malha esteja sem utilização desde 2010, por falta de investimento e manutenção, que deveriam ser realizadas pela concessionária.

No final de 2023, a FTL solicitou à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) a devolução da concessão. “Não é justo a empresa retirar seu CNPJ daqui deixando quatro Estados com uma ferrovia sucateada e sem devolver nada aos cofre públicos pelo prejuízo que causou”, pontua Gomes. Além do sindicato, empresários dos Estados prejudicados têm realizado movimentos e buscado explicações.

SÓ QUERO ESSE

Na cota de problemas da CSN com Pernambuco, além da Malha Nordeste, está a Transnordestina. Projetada para integrar os Estados de Pernambuco, Ceará e Piauí, tornando-se o maior projeto logístico do Nordeste, está em construção desde 2006, prestes a completar 20 anos. A obra atravessou vários governos, tendo a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) como concessionária e a Transnordestina Logística S.A (TLSA), como braço da empresa para o setor.

Nos últimos dias de dezembro de 2022, a CSN e o então governo Bolsonaro fizeram um aditivo de contrato, retirando o trecho de Pernambuco do projeto da Transnordestina, que seguiria de Salgueiro a Suape. Diante de muita polêmica e pressão política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o trecho pernambucano seria mantido, ainda que fosse necessário executar com recursos do Governo Federal.

FERROVIA DE CÁ

Foi anunciado um investimento de R$ 450 milhões para Pernambuco e um aditivo de contrato com a CSN, pelo qual a empresa receberá mais R$ 3,6 bilhões para concluir a ferrovia entre o Piauí e o Ceará. No último dia 7 de janeiro, inclusive, a Sudene liberou R$ 400 milhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para o financiamento de obras da ferrovia cearense.

Em Pernambuco, o processo recomeçou do zero, com a necessidade de contratação de uma empresa de engenharia para elaborar os projetos básico e executivo do trecho Salgueiro-Suape. A Infra S.A., empresa pública vinculada ao Ministério dos Transportes e responsável pelo projeto da ferrovia – fez uma licitação para contratar a empresa, com orçamento de R$ 15,217 milhões.

FINAL DA FILA

Iniciado em maio, o processo foi tumultuado. Seis empresas foram desclassificadas e, por fim, foi homologada a contratação do Consórcio Estratégica – Prosul. Em setembro o contrato foi assinado e o prazo para elaboração dos projetos é de 18 meses. Começar tudo de novo significa colocar Pernambuco no final da fila. Um Estado que mantém uma tradição logística e um porto, como Suape, prepara o com calado profundo para receber grandes navios, que nenhum outro porto público do Nordeste dispõe.

E A CSN?

“Ficamos nos perguntando até quando o governo federal será leniente como essa empresa (a CSN), que assumiu uma concessão ferroviária e abandonou, sem cumprir seu papel, e teve acesso a recursos públicos, sem concluir a obra da Transnordestina, e ainda receberá mais”, critica Gomes.

O representante dos trabalhadores também chama atenção da classe política pernambucana, seja de oposição ou de situação para reclamar agilidade na Transnordestina. “No Ceará e no Piauí estão todos de mãos dadas para que a ferrovia seja concluída. E aqui?”, questiona.

Agora, não tem mais jeito: Bolsonaro recorre e Moraes nega viagem para posse de Trump mais uma vez

18/01/24
Agência Brasil
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Passaporte do ex-presidente está apreendido desde fevereiro de 2024copy sharing button

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A resposta de Moraes foi outra negativa (foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

A resposta de Moraes foi outra negativa (foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Após a negativa do ministro do Alexandre de Moraes, na última quinta-feira (16), a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou recurso da decisão que o impedia de viajar aos Estados Unidos para a posse do presidente Donald Trump. A resposta do magistrado foi outra negativa.

“Mantenho a decisão que indeferiu os pedidos formulados por Jair Messias Bolsonaro por seus próprios fundamentos”, disse Moraes em sua decisão, proferida nesta sexta-feira (17)

No recurso, os advogados do ex-presidente solicitaram devolução do passaporte, apreendido em fevereiro de 2024, alegando que o pedido de viagem é pontual, não se tratando de um pedido de revogação da decisão que reteve o documento. Mas a posição do ministro do STF diante do caso não mudou.

Moraes já havia considerado, na decisão publicada ontem, que os comportamentos recentes do ex-presidente indicam a possibilidade de tentativa de fuga do Brasil, para evitar uma eventual punição.

Bolsonaro queria viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro. Ele e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, alegam que houve convite formal ao ex-presidente, enviado por e-mail. Mas o e-mail, segundo Moraes, se tratava de um “endereço não identificado” e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado. Mesmo sem uma comprovação do convite oficial, o ministro analisou o pedido de devolução do passaporte, negando-o.

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, já havia se manifestado nessa terça-feira (15) contrário ao pedido. Em parecer enviado ao Supremo, o chefe do Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o ex-presidente não demonstrou a necessidade imprescindível nem o interesse público da viagem.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma suposta organização criminosa suspeita de atuar para dar um golpe de Estado e abolir Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de obter vantagens de natureza política, mantendo o ex-presidente no poder.

Inscrições para o Sisu 2025 estão abertas com 1.740 vagas para a Univasf

18/01/24
Ascom Univasf
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Universidade Federal do Vale do São Francisco - Univasf Funcionários, localidade, ex-alunos | LinkedIn

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) oferece 1.740 vagas no processo seletivo do Sistema de Seleção Unificada 2025 (Sisu), cujas inscrições tiveram início hoje (17) e seguirão até terça-feira (21). As vagas disponíveis são para os 33 cursos de graduação presenciais oferecidos nos campi situados em Petrolina e Salgueiro, em Pernambuco; Juazeiro, Senhor do Bonfim e Paulo Afonso, na Bahia; e São Raimundo Nonato, no Piauí. O resultado da Chamada Regular será divulgado no dia 26 de janeiro.

As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas através do Portal Único de Acesso ao Ensino Superior. Para se inscrever no Sisu 2025, é necessário que o estudante tenha o ensino médio completo, tenha participado da edição de 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tenha zerado a prova de redação, conforme a Portaria MEC nº 391/2002. Quem declarou ter participado do Enem 2024 na condição de treineiro, ou seja, quem participou do exame para fins de autoavaliação antes mesmo de concluir o ensino médio, não pode se inscrever.

Em 2025, a edição do Sisu terá somente uma etapa de inscrição de candidatos para as vagas ofertadas pelas instituições participantes. Com isso, os inscritos podem disputar as vagas ofertadas para o ano inteiro, participando da seleção uma única vez. Todos os estudantes selecionados dentro das vagas disponíveis, tanto na chamada regular como por meio da lista de espera, deverão realizar a matrícula na universidade no período de 27 a 31 de janeiro.

Classificação e Cotas – Todos os candidatos inscritos no Sisu serão inicialmente classificados na modalidade de ampla concorrência, de acordo com seu desempenho no Enem 2024. Posteriormente, será feita a reserva de vagas conforme os critérios atualizados da Lei de Cotas, com o intuito de beneficiar os candidatos que necessitam de políticas afirmativas para o acesso ao ensino superior.

A distribuição das vagas reservadas levará em conta a proporção de estudantes de escolas públicas, de baixa renda, com deficiência, além de pretos, pardos, indígenas e quilombolas. Todas as instituições de ensino superior participantes do Sisu 2025 adotarão os dados de distribuição de vagas conforme os percentuais atualizados do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Lista de espera – A lista de espera poderá ser utilizada pelas instituições de educação superior participantes, durante todo o ano, para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular. O candidato que não for selecionado na chamada regular poderá manifestar interesse em participar da lista de espera no período de 26 a 31 de janeiro, também pelo Portal Acesso Único.

Pé-de-Meia Licenciaturas – Estudantes que optarem por ingressar em cursos de licenciatura, por meio do Sisu 2025, com nota igual ou superior a 650 pontos no Enem 2024, poderão concorrer a bolsas de estudo do programa Pé-de-Meia Licenciaturas. O benefício será concedido mensalmente no valor de R$ 1.050,00, sendo R$ 700,00 para saque imediato e R$ 350,00 depositados em poupança, que poderá ser resgatada caso o bolsista comece a lecionar na rede pública de ensino em até cinco anos após a formatura. Para a manutenção da bolsa, é necessário cursar a quantidade de créditos obrigatórios de cada período e, a cada semestre, obter resultados acadêmicos satisfatórios nos créditos matriculados, conforme regulamento.

Cronograma do Sisu 2025:

Inscrições: 17 a 21 de janeiro

Resultado da chamada regular: 26 de janeiro

Matrícula ou registro acadêmico junto à instituição: 27 a 31 de janeiro

Manifestação de interesse na lista de espera: 26 a 31 de janeiro

Prefeitura de Salgueiro retoma transporte para serviço voluntário de equoterapia

18/01/24

Ascom PMS

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Miniatura do anexo

A Prefeitura de Salgueiro retomou este mês o transporte para o serviço de equoterapia oferecido voluntariamente pela fisioterapeuta Jouse Gondim. A Associação de Equoterapia Reviver atende mais de 70 crianças de forma gratuita, porém, vinha enfrentando problemas no transporte dos beneficiários.

“Nós atendemos mais de 70 crianças de forma filantrópica. Disponibilizamos vagas para as crianças, só que como nós ficamos a 6 km do centro de Salgueiro, a gente precisa de transporte. Ano passado a gente sofreu um pouquinho com a dificuldade de transporte, basicamente o no inteiro, e onde se intensificou nos últimos dois meses”, destaca Jouse.

As mães de crianças atendidas pela associação relatam que estavam custeando as despesas do transporte, tanto com mototáxi, individualmente, ou de maneira coletiva, pagando vans. “A doutora Jouse nos ajudou duas vezes, pagando do próprio bolso dela para a gente vir, que ela não queria que nossos filhos perdessem [o atendimento]”, relatou Socorro, mãe de uma das crianças atendidas pelo projeto.

Com o retorno do transporte, essas dificuldades ficaram no passado e as mães agradecem. “Graças a Deus a gente conseguiu novamente o transporte, para trazer a gente novamente para essa terapia tão importante para os nossos filhos”, comemorou Priscila, outra mãe contemplada.

A prefeitura colocou à disposição das famílias atendidas pela associação um microônibus que fará o transporte para as sessões de equoterapia semanalmente. Uma ação que reforça o compromisso do governo com a causa.


Eleição para a Amupe pode gerar novo embate entre João Campos e Raquel Lyra

18/01/24

Betânia Santana
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Dois candidatos que estão no páreo são ligados à governadora, mas PSB quer ocupar espaço
A disputa pela presidência da Associação Municipalista de Pernambuco deve tornar-se também um novo cenário para a medição de força política entre a governadora Raquel Lyra (PSDB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Com eleições previstas para fevereiro,  estão no páreo, hoje, o atual presidente e ex-prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia (Podemos), e o prefeito de Aliança, em seu primeiro mandato, Pedro Ermírio Freitas (PP). Dois nomes de partidos que integram a base da governadora.

Para reforçar a queda de braço, uma terceira via está em construção. A proposta partiu do ex-presidente da Amupe (2011-2012) e ex-prefeito de Carnaíba (2017-2024), no Sertão, Anchieta Patriota. Filiado ao PSB desde 1993, alega que a iniciativa não é apenas uma questão partidária.

“Mas é o conjunto das forças que querem uma Amupe agindo com independência, respeitando todos os prefeitos, fazendo a defesa dos municípios”, argumenta.

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Na condição de ex-presidente, alega ter direito a voto e lamenta que as decisões estejam sendo tomadas apenas pelos que estão na cúpula. Ressalta ser necessário preservar a história de luta do ex-deputado José Patriota, que presidiu a associação por dez anos.

Com um olhar crítico sobre a atual gestão, observa que os deputados não receberam a maioria do valor das emendas impositivas, que deveriam ser repassadas pelo Estado até 30 de dezembro.

Dos R$ 188 milhões, apenas R$ 42 foram pagos. Maior parte seria destinada aos municípios. “Não vi a Amupe dar um pio sobre o assunto”.

Na lista de possíveis candidatos: Ana Célia, ex-prefeita de Surubim; Sandrinho Palmeira, prefeito de Afogados da Ingazeira; Sivaldo Albino, de Garanhuns. Os três do PSB. E a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT).

Exemplo para a concessão

Toritama, no Agreste, pode servir de exemplo em Pernambuco no processo de concessão da Compesa. É nisso que aposta o prefeito Sérgio Colin. Segundo ele, o modelo precisa ajudar a menor cidade do Estado (25 km² de território), conhecida como a Capital do Jeans, a resolver a distribuição de água à população, a cerca de três mil empresas de confecções e 50 lavanderias industriais.

Ensaio

“Não vou repassar o cargo, vou repassar serviço.” Com esse recado,  João Campos anunciou dias de descanso, sem dizer de quanto tempo precisa para recarregar as bateiras. O Recife ficará, pela primeira vez, sob o comando do vice Victor Marques, que será o titular em 2026, caso o prefeito se candidate ao Governo.

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Emergências

O prefeito de Itamaracá, Paulo Galvão, alegou ter priorizado problemas deixados pela gestão anterior para ainda não ter conseguido reunir a equipe da Secretaria de Turismo e Cultura. A nota oficial foi uma resposta a Lia de Itamaracá. Pelas redes sociais, a cirandeira reclamou que o convite para comandar a pasta era fake.

Ministério das Cidades anuncia 360 moradias em Pernambuco

18/01/24

Agência Brasil

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Os imóveis serão construídos em dois conjuntos habitacionais de Olinda, na Região Metropolitana do Recife
Programa Minha Casa Minha Vida
Setecentos e quatro novas unidades habitacionais serão construídas em áreas populosas, já consolidadas ou em expansão, nos estados de Minas Gerais e de Pernambuco.

A estimativa é que com as obras, 2,8 mil pessoas poderão viver em residência própria, como objetiva o programa Minha Casa Minha Vida do governo federal.

De acordo com nota do Ministério das Cidades, 200 moradias serão erguidas em Belo Horizonte e 144 na cidade de Nova Lima, a cerca de 22 quilômetros da capital mineira. Em Pernambuco, 360 imóveis serão construídos em dois conjuntos habitacionais de Olinda, vizinha da capital, Recife.

As casas térreas a serem construídas deverão ter no mínimo 40 metros quadrados (m²) de área. Os apartamentos e as casas sobrepostas deverão medir pelo menos 41,50 m² (incluindo varanda). Serão atendidas famílias com renda de até R$ 2.850.

A previsão de gasto é de R$ 119,2 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), capitalizado com recursos para a construção do Fundo de Arrendamento Residencial.

Rio Grande do Sul 
Também em nota, o Ministério das Cidades prometeu atender com mais agilidade as famílias que tiveram moradias atingidas pelas enchentes do ano passado no Rio Grande do Sul.

Para isso, a Caixa Econômica Federal vai contar com o serviço de cerca de 450 empresas contratadas como correspondentes bancários para auxiliar as famílias impactadas a buscar, escolher e comprar imóveis novos ou usados.

Conforme resolução do Banco Central, o correspondente bancário atua para intermediar a relação entre o comprador de um imóvel e o banco até a aprovação do crédito.

Cerca de R$ 3 bilhões estão disponíveis, por meio da Caixa Econômica, para a compra de imóveis em áreas urbanas e rurais. Os recursos foram previstos em duas medidas provisórias propostas no ano passado pelo governo ao Congresso Nacional.

 

Ação de Governo: Prefeitura do Recife investe R$ 8,5 milhões em obra de contenção de encosta em Nova Descoberta

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A Prefeitura do Recife está executando mais uma obra de contenção definitiva de encosta na capital. Desta vez, a área beneficiada é a Rua João Sérgio de Melo, na localidade do Córrego do Beiju, em Nova Descoberta, Zona Norte da cidade. A gestão municipal está investindo R$ 8,5 milhões no serviço, que deve beneficiar diretamente mais de 400 pessoas que vivem no local. O prefeito em exercício, Victor Marques, vistoriou os trabalhos na tarde desta sexta (17).

“Esta encosta une duas tecnologias inovadoras, que são a biomanta e o solo grampeado. É isso que acontece, quando a gente junta soluções inovadoras, vontade política e disposição para ouvir as necessidades de quem mais precisa: a gente transforma de verdade a vida das pessoas. A gente podia falar dos R$ 8,5 milhões que estão sendo investidos, dos 17 mil metros quadrados de solo grampeado, dos mil e setecentos metros quadrados de biomanta que estão sendo aplicados. Mas o que mostra o impacto desta obra é algo que não se mede. É a segurança e a tranquilidade que ela vai trazer para as 400 pessoas que moram aqui. É poder dormir sossegado, sabendo que, mesmo nas chuvas mais fortes, a sua família e a sua casa estão a salvo”, afirmou Victor Marques.

A técnica empregada na obra é a de contenção definitiva em solo grampeado, que utiliza barras de aço e concreto para reforçar a terra e evitar deslocamentos de grandes massas. Para isso, estão sendo feitos quase 17 mil metros de solo grampeado com 3,4 mil m² de concreto projetado, além de 1,7 mil m² de biomanta vegetal.

Na prática, a biomanta retém a umidade do solo, reduz a velocidade da água da chuva que escorre pela encosta, protege as sementes de plantas da erosão e cria um ambiente propício para o crescimento da vegetação. Com o tempo, as raízes das plantas se entrelaçam com a biomanta, fortalecendo ainda mais a estabilidade do solo.

Os trabalhos também incluem a construção de oito muros de arrimo, num total de  303 m², 482 metros de canaleta de drenagem, 9,6 m² de piso em concreto e 431 metros de assentamento de corrimão com guarda-corpo. Os serviços tiveram início em abril de 2024 e devem ser finalizados no início do segundo semestre deste ano.

Moradora há 31 anos da região, Janaína Januário de Andrade, 47 anos, vive na sua casa com seus sete filhos, e, além de ansiosa para a conclusão da obra, disse que está muito agradecida por todas as intervenções realizadas na localidade. “Aqui já teve desabamento e muitos dos meus vizinhos foram prejudicados. Só temos que agradecer pela obra e pelo trabalho da prefeitura. Sei que toda a comunidade está satisfeita”, disse ela.

Desde 2021, a gestão municipal já finalizou 136 obras de contenção definitiva de encostas em toda a cidade, beneficiando diretamente mais de 11 mil famílias e somando investimentos de R$ 214 milhões. Atualmente, estão em andamento mais 25 intervenções, que irão ampliar a proteção para mais 2.250 famílias, com investimentos adicionais de R$ 80 milhões.

Fotos: Marlon Diego/ Prefeitura do Recife

Deu na Imprensa: “Tribunal de Rondônia garante a juízes mais de R$ 400 mil de salário mensal; veja quem lidera a lista”

18/01/24

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A farra dos “penduricalhos”: Luiz Antonio de Paula Luna, aposentado desde 2013, é o número 1 do ranking dos magistrados mais bem remunerados do Tribunal de Justiça do Estado com subsídio líquido de R$ 463 mil (ou R$ 524 mil brutos), em dezembro; Corte pagou mais de R$ 415 mil limpos a outros seis juízes no último mês de 2024

 

Nesta segunda-feira, 13/01, o jornal O Estado de S. Paulo publicou mais uma matéria sobre os escandalosos e absurdos penduricalhos recebidos pelos magistrados. Desde o início de janeiro, o Estadão vem denunciando, seja em reportagens ou em textos de colunistas do jornal, as cifras estratosféricas e vexaminosas que os magistrados recebem. No texto de agora, a coluna começa, inclusive, com o subtítulo “País dos Privilégios”.

Leia, a seguir:

O juiz Luiz Antonio Peixoto de Paula Luna, do Tribunal de Justiça de Rondônia, recebeu um salário bruto de R$ 524 mil em dezembro, o que rendeu, após o descontos de impostos que incidem sobre a folha de pagamento, um total de R$ 463 mil limpos na conta corrente do magistrado. Ele é o juiz que teve o maior contracheque da magistratura em 14 Estados e no Distrito Federal no último mês de 2024.

O subsídio – como é denominado o salário base dos magistrados – de Luiz Antonio Peixoto de Paula Luna é de R$ 35,8 mil. Em dezembro, sua folha foi turbinada com R$ 486 mil em ‘direitos eventuais’, montante quase 14 vezes maior que seu próprio salário.

Desses R$ 486 mil, R$ 279,4 mil são relativos ao pagamento do Adicional por Tempo de Serviço (ATS). Também foram pagos sob o guarda-chuva ‘direitos eventuais’ R$ 64 mil a título de abono natalino e R$ 141,5 mil de juros e atualização monetária relacionados ao ATS.

Luiz Antonio Peixoto de Paula Luna é um juiz que está aposentado por invalidez permanente, em razão de problemas de saúde. Antes de deixar a ativa, em 2013, ele exercia sua função na 1.ª Vara Criminal de Vilhena, cidade de 95 mil habitantes localizada a 700 quilômetros de Porto Velho – considerada uma comarca intermediária.

Luna despontou em dezembro no topo da lista de rendimentos líquidos dos mais de 8,4 mil magistrados que integram os tribunais pesquisados pelo Estadão — Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Santa Catarina, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima, Sergipe e do Distrito Federal.

O Estadão levantou as folhas de pagamento das 15 Cortes a partir do painel de remuneração de magistrados. Os demais tribunais ainda não enviaram ao CNJ os detalhes de suas folhas de pagamento. As planilhas mostram que sete magistrados desses Estados e DF receberam R$ 415 mil líquidos, em dezembro. Seis deles são do Tribunal de Justiça de Rondônia.

Abate teto não atinge juízes
O teto do funcionalismo em todo o País é de R$ 44 mil, valor pago aos ministros do Supremo Tribunal Federal.  Líquido, o teto cai para cerca de R$ 32 mil. Em tese, todo salário de servidor que estourar esse limite deve ser barrado. É o abate-teto. Na prática, porém, o abate-teto não vale para os juízes.

Também não incide imposto de renda sobre o excedente do contracheque dos magistrados, ou seja, o que entra na conta acima de R$ 44 mil fica a salvo da Receita Federal sob argumento de que se trata de ‘verba de natureza indenizatória’.

Não é a primeira vez que a Corte de Rondônia ganha os holofotes em razão de pagamentos milionários a seus magistrados pela via generosa do adicional por tempo de serviço. Em fevereiro do ano passado, o Estadão revelou que 46 juízes rondonienses receberam contracheques encorpados por penduricalhos. Dez deles ganharam R$ 1 milhão líquidos.

O Conselho Nacional de Justiça registrou que 145 magistrados de Rondônia foram os mais bem pagos do País naquele mês.

À época, a Corte estadual informou à reportagem que as ‘vantagens’ que elevaram os subsídios dos magistrados tinham lastro no ATS, indenização de férias e outros benefícios acumulados, “os quais foram devidamente autorizados pelo Conselho Nacional de Justiça e também pelo Tribunal Pleno Administrativo de Rondônia”.

O pagamento de R$ 463 mil líquidos em favor do juiz Luiz Antonio Peixoto de Paula Luna e de colegas dele que também receberam holerites com valores elevados na Corte de Rondônia teve autorização expressa do Conselho Nacional de Justiça.

O Tribunal de Justiça de Rondônia informou, ainda em fevereiro de 2024, que a Corregedoria Nacional de Justiça deu aval para o pagamento do ATS, que estava extinto desde 2006. O bônus entrou na mira do Tribunal de Contas da União, que vetou o desembolso. O tema chegou ao Supremo Tribunal Federal onde, em dezembro de 2023, o ministro Dias Toffoli derrubou a suspensão dos repasses ordenada pelo TCU.

Quando o processo começou a ser julgado no STF, o ministro Gilmar Mendes pediu mais tempo para analisar o processo. Em junho passado, o tema foi liberado à discussão dos ministros, mas ainda não foi marcada data para a retomada do julgamento.

Após reportagem do Estadão, em fevereiro do ano passado, o então corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, decidiu apurar o pagamento de salários milionários a juízes e desembargadores do Tribunal de Rondônia.

No centro da apuração estavam as “informações contraditórias e inconsistentes” da nota que o TJ enviou ao Estadão – texto que colocava na conta do CNJ o aval para o grande penduricalho.

A Corregedoria destacou que não autorizou “em nenhum momento, o pagamento de ATS aos magistrados vinculados aos Tribunais de Justiça de cada Estado da Federação”. “Não houve – por parte da Corregedoria Nacional de Justiça, naquele momento, autorização de pagamento expressa, e nem mesmo tácita, de Adicional por Tempo de Serviço aos magistrados do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.”

O Tribunal narrou, à época, que a decisão administrativa de pagar o ATS, inclusive de retroativos, foi comunicada ao CNJ. Quem analisou os argumentos da Corte estadual foi o ministro Mauro Campbell, atual corregedor nacional de Justiça.

Em setembro, Campbell “advertiu” o Tribunal de Rondônia e depois autorizou o pagamento do ATS. Ele reconheceu ‘equívocos’ na conduta da Corte estadual e deu uma chamada no Tribunal, mas deu o aval para os pagamentos realizados em dezembro.

Campbell argumentou que a Corregedoria não tem competência para “adentrar no mérito administrativo” das decisões de Tribunais que autorizaram o pagamento de valores. Segundo o ministro, o órgão deve respeitar a “autonomia administrativa e financeira dos Tribunais” e não é “instância revisora de decisões administrativas”.

O corregedor anotou que o pagamento de ATS não pode ser feito sem o aval do Conselho Nacional de Justiça. Ele alertou o Tribunal de Rondônia para que seja mais “cônscio” das regras do CNJ e autorizou a Corte a pagar o ATS a seus magistrados “observando sua disponibilidade financeira e orçamentária” e se abstendo de “requerer suporte financeiro complementar para implementação da despesa pública”.