Perigo: Fundação Altino Ventura registra 63 casos de vítimas das bolinhas de gel em dez dias

11/12/24
Diario de Pernambuco
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Instituição está realizando, em média, seis atendimentos por dia

 


Enquanto as autoridades ainda tentam encontrar um meio de coibir a nova “febre nas comunidades” do Grande Recife, sobe o número de pessoas machucadas nas “guerras” com  armas que atiram bolinhas de gel. Entre  30 de novembro e esta terça (10), apenas a Fundação Altio Ventura, no Recife, registrou 63 casos de vítimas com lesões nos olhos.

Referência no atendimento oftalmológico de emergência, a fundação vem alertando  para o problema. Afinal, foram  registrados, em média, 6,3 casos por dia. Na semana passada, na  primeira parcial, divulgada pela fundação, eram 17 casos de lesões oculares. Os números de registros na polícia também chamam a atenção.

Em dez dias, a Polícia Militar recebeu 109 chamados pelo telefone de emergência 190 com reclamações sobre o uso da arma de gel em toda Região Metropolitana. Com dados divulgados na segunda (9), isso equivale  a mais de 10 ocorrências por dia. Mesmo com essa quantidade de registros, as autoridades ainda não podem atuar de forma mais incisiva.

É que não existem leis específicas. O projeto de lei que proíbe essa prática ainda nem começou a tramitar na Assembleia Legislativa (Alepe), embora tenha sido enviado na semana passada.

Ainda sem legislação que regularize a “brincadeira”, a Secretaria de Defesa Social (SDS) diz que toda situação é “muito subjetiva” e que precisam que os “pais retomem suas autoridades”.

As ‘blasters’ estão disponíveis para compra no Centro do Recife, em feiras populares e em barracas, com valores entre R$ 90 e R$ 150.

Imagens

Nesta terça (10), circularam nas redes sociais imagens de uma guerra de bolinhas de gel  que aconteceu segunda-feira (9).  Imagens recebidas pelo Diario de Pernambuco mostram um grupo de, mais ou menos, quarenta meninos “batalhando”, alguns deles usam casacos com capuz escondendo os rostos, outros vestem máscaras típicas da série ‘La Casa de Papel’ e há também quem não use nada para se proteger.

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