14/12/24
Midis Sociais
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A prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto foi mantida pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na tarde deste sábado (14), após realização da audiência de custódia.
A audiência foi realizada por videoconferência e conduzida por Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, juiz do Tribunal de Justiça de São Paul e auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes —que, por sua vez, manteve a prisão. A lei prevê esse procedimento para que se verifique a regularidade da prisão e o tratamento dado ao detido.
O ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL) e também candidato a vice na chapa derrotada de 2022 foi preso na manhã de sábado sob o argumento de que houve obstrução às investigações sobre uma trama golpista que visava impedir a posse do presidente Lula (PT). Endereços ligados ao general também foram alvo de buscas e apreensões.
Ao ser preso na manhã deste sábado (14) em operação da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, o general Walter Braga Netto torna-se o oitavo militar a ser detido por suspeita de envolvimento na tentativa de golpe de Estado que sucedeu as eleições presidenciais de 2022. Ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL), Braga Netto é o primeiro general de quatro estrelas, a mais alta patente militar, a ser preso desde a redemocratização do Brasil. A investigação já indiciou 27 militares, muitos vinculados a um grupo de elite do Exército conhecido como “kids preto”.
A operação que levou à prisão de Braga Netto é parte de uma série de investigações que, desde maio de 2023, têm como foco o suposto envolvimento de militares em articulações golpistas. O primeiro a ser preso foi Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que, após firmar acordo de delação premiada, teve momentos alternados de liberdade e reclusão devido a supostas violações das condições do acordo. Outros nomes de destaque, como os coronéis Bernardo Romão Corrêa Neto e Marcelo Câmara, foram apontados como peças-chave na trama e atualmente cumprem prisão domiciliar.