21/11/23
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Por Machado Freire
Com experiência política de mais de vinte anos e a vida inteira dedicada à agricultura familiar, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Rurais de Parnamirim, Evangelista Freire (foto) avalia que ” as dificuldades e os problemas causados pela seca no sertão nordestino são os mesmos vividos em todos os municípios, claro que uns são mais castigados, por falta de ação do próprio homem (no caso da ecologia/meio ambiente) e do poder público.”
No caso do seu município – que possui os maiores mananciais do Sertão ( e que se encontram praticamente secos), a solução definitiva do problema seria a implantação do Canal de Entremontes, diz o líder sindical, justificando que este projeto (que é antigo) resultaria na irrigação de mais de 20 mil hectares, gerando emprego e renda para a região do Sertão Central e parte do Araripe.”
Para Evangelista, esta seria “uma iniciativa muito importante (e definitiva) por parte do governo federal que está destinando R$ 90 bilhões para fazer duplicação de estradas e a Ferrovia Transnordestina, em Pernambuco”.
De acordo com Evangelista, ” falta dinheiro para a construção de obras hídricas que, com certeza, não resolveriam todos os problemas, mas a amenizaria os efeitos da seca, contanto também com investimentos em adutoras, tirando milhares de famílias do flagelo de carro pipa”.
O líder sindical conclui se posicionando – como sempre, contra a chamada ” indústria da seca”, e cita o caso dos caminhões- pipas que abastecem Parnamirim, que estão retirando água no distrito do Ibó (mais de 200 quilômetros – ida e volta) em vez de se abastecer no reservatório próximo ao distrito do Uri (Salgueiro), gerando uma economia da metade dos custos, beneficiando um número bem maior de pessoas. “