Jogo e muita confusão: Brasil perde por 1×0 da Argentina nas Eliminatórias

22/11/23

Por William Tavares

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Brasileiros perderam pela primeira vez um jogo da competição atuando no País; gol argentino foi de Otamendi
Lance de Brasil 0x1 Argentina

No futebol, os termos para simbolizar o enfrentamento entre as equipes só tem valor quando é no sentido figurativo. “Batalha”, “briga”, “adversário”, “dar o sangue”. Nesta terça (21) no Maracanã, algumas palavras ganharam vida de maneira literal, infelizmente. Tudo o que um clássico do tamanho de Brasil e Argentina não merecia. Muita confusão nas arquibancadas antes de a bola rolar pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026, iniciadas com as vaias ao hino dos visitantes. Assentos foram arrancados do estádio.

Os jogadores argentinos, irritados com a ação da polícia para conter os torcedores, chegaram a deixar o gramado, ameaçando não disputar a partida. Depois de alguns minutos, a bola finalmente rolou. E com um desfecho ruim para os brasileiros. Com gol de Otamendi, os atuais campeões do mundo venceram por 1×0. A primeira derrota em casa na história da competição, terminando a rodada em sexto lugar, com sete pontos.

No fim, gritos de “vergonha”. O que serve tanto para o que aconteceu dentro como fora das quatro linhas.Ânimos exaltados também em campo.Brasil e Argentina, ao natural, já é um jogo nervoso. Depois do que rolou, a tensão foi potencializada. Muitas faltas, discussões, e cartões (todos de brasileiros). Intensidade alta, com muita correria, mas pouca inspiração. Os mandantes roubaram diversas bolas, mas não conseguiram uma finalização perigosa.

O melhor lance do primeiro tempo foi aos 43 minutos. Após escanteio, Martinez afastou mal a bola. Martinelli pegou o rebote e chutou. A bola tinha o endereço das redes, mas Romero tirou quase em cima da linha

 

Policial acusa argentina de racismo

 

Um policial militar alegou que foi chamado de “macaco” por uma argentina. A mulher foi interrogada no Juizado Especial Criminal (Jecrim). O local estava com cerca de 20 pessoas detidas, entre participantes na briga e outros denunciados por cambismo.

“Percebemos que a organização do evento efetuou venda de ingressos por todo o estádio de maneira mista. Isso foi um dificultador muito grande para a segurança privada, que solicitou apoio da polícia militar. Tivemos de usar os meios necessários, com oito presos, estabilizando o tumulto por meio de um isolamento físico com os policiais. Toda ação corresponde a uma reação. Existe um histórico de torcidas que tem um enfrentamento maior com os órgãos de segurança. Acredito que a causa foi essa, com necessidade de utilizar o uso progressivo da força. Iniciamos com a verbalização e depois o bastão, sem uso de balas de borracha ou gás”, afirmou o Coronel Ferreira, do Batalhão Especial de Policiamento em Estádios.

 

Voltando ao futebol, o Brasil seguiu em cima da Argentina. Gabriel Martinelli, após jogada individual de Jesus, novamente quase marcou – agora parando nas mãos de Martinez. O problema é que foram os visitantes que abriram o placar. Otamendi subiu alto após escanteio e acertou o ângulo de Alisson.

 

Diniz colocou o time para cima. Acionou a dupla palmeirense formada por Endrick e Raphael Veiga. Quem também entrou foi o pernambucano Joelinton, mas não terminou a partida após receber cartão vermelho. Com menos um, a reação não veio. Um dia que começou e terminou mal.

 

Ficha técnica

 

Brasil 0

 

Alisson; Emerson Royal, Marquinhos (Nino), Gabriel Magalhães (Joelinton) e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães (Douglas Luiz); Raphinha (Endrick), Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli (Raphael Veiga). Técnico: Fernando Diniz.

 

Argentina 1

Dibu Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña (Tagliafico); Enzo Fernández (Paredes), Mac Allister, De Paul e Lo Celso (Nicolas Gonzalez); Messi (Di Maria) e Julián Álvarez (Lautaro Martinez). Técnico: Lionel Scaloni

 

Local: Maracanã (Rio de Janeiro/Brasil)

Árbitro: Piedro Maza (CHI)

Assistentes: Claudio Urrutia e Miguel Rocha (ambos do Chile)

VAR: Juan Lara (CHI)

Gols: Otamendi (aos 17 do 2ºT)

Cartões amarelos: Gabriel Jesus, Raphinha, Carlos Augusto (B)

Público: 68.138 torcedores

Guerra no Oriente Médio: Israel aprova acordo para libertar reféns em Gaza

O governo de Israel aprovou um acordo para libertar 50 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinos e de uma trégua, segundo um comunicado oficial enviado à AFP pelo gabinete do primeiro-ministro.

“O governo aprovou as linhas gerais do primeiro estágio de um acordo pelo qual pelo menos 50 pessoas sequestradas – mulheres e crianças – serão libertadas nos próximos quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates”, diz a nota

Apesar da trégua, Israel disse que ‘continuará guerra’ contra o Hamas . “O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza”, disse o governo em uma nota enviada à AFP.

LIBERTAÇÃO DE REFÉNS E TRÉGUA

O acordo para libertar os reféns sequestrados pelo Hamas em troca de uma trégua na Faixa de Gaza, onde Israel trava uma guerra com o movimento islamista vinha sendo costurado pelo Catar e os Estados Unidos, mediadores-chave juntamente com o Egito.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou, nesta terça, que aceitar um acordo é “uma decisão complicada, mas é uma decisão correta”, durante reunião com seu governo sobre o tema.

“Estamos perto de alcançar um acordo sobre uma trégua”, disse o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em mensagem publicada no Telegram.

Netanyahu, que condicionou qualquer cessar-fogo à libertação dos reféns, disse que o presidente americano, Joe Biden, ajudou a melhorar a proposta “para incluir mais reféns a um custo menor”.

POSIÇÃO DO HAMAS

O Hamas comemorou o acordo de “trégua humanitária” aprovado por Israel. “As disposições deste acordo foram formuladas em conformidade com a visão da resistência e da determinação que buscam servir o nosso povo e reforçar sua tenacidade diante da agressão”, disse o Hamas em um comunicado.

“Confirmamos que nossos dedos vão continuar nos gatilhos e que nossos batalhões triunfantes vão permanecer de prontidão”, acrescentou.

COSTURA DE ACORDO

“Agora estamos muito, muito perto” de um acordo, disse Biden. “Mas não quero entrar em detalhes porque nada está feito até que esteja feito”, acrescentou o presidente dos EUA antes do anúncio.

As negociações chegaram à sua “fase final”, informou, por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores do Catar.

Em seu ataque de 7 de outubro contra o sul de Israel, os combatentes do Hamas mataram 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 240 reféns, que foram levados para Gaza.

Israel, que prometeu “aniquilar” o movimento islamista, respondeu com bombardeios incessantes e operações terrestres na Faixa de Gaza que, segundo o Ministério da Saúde deste território controlado pelo Hamas, mataram mais de 14.000 pessoas, entre elas milhares de menores.

Alepe aprova ampliação do prazo de credenciamento das escolas particulares

22/11/23

Ascom Alepe

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Comissão de Justiça aprovou, nesta terça, projeto que aumenta para dez anos o prazo de validade do ato administrativo de credenciamento ou recredenciamento das escolas particulares no Estado. O colegiado decidiu ampliar o debate para tratar de outras atividades econômicas com demandas semelhantes relacionadas ao licenciamento. Essa discussão deverá acontecer por meio de um grupo de trabalho e uma audiência pública.

O projeto modifica o Marco Regulatório da Educação Básica, que estabelece as normas para o funcionamento de instituições de ensino no Estado. O texto atual prevê que as instituições particulares devem passar por um processo de credenciamento ou recredenciamento, junto à Secretaria de Educação, para garantir a qualidade do ensino. Atualmente, esse ato administrativo tem validade de cinco anos, contados da data de publicação.

Na avaliação do deputado Waldemar Borges, do PSB, que apresentou a proposição, o prazo vigente é considerado curto, diante da burocracia envolvida no processo. Também na avaliação do parlamentar, algumas exigências foram colocadas na legislação “em outro momento” e “em outras circunstâncias” e não dão para serem cumpridas em sua totalidade atualmente, especialmente por escolas de pequeno porte. Ele citou, por exemplo, a necessidade de toda escola ter um bibliotecário, o que em alguns municípios do interior seria difícil.

Então, é preciso que a gente faça essas adequações, entendendo que um projeto desse atinge principalmente pequenas e médias escolas, mas sobretudo as pequenas e sobretudo no interior. Então, o que o nosso projeto propõe é uma ampliação desse prazo para que a gente possa discutir melhor essas exigências e assim possibilitar às escolas de fazerem seu credenciamento, seu recredenciamento, dentro de um tempo suficiente para se adequarem.

Borges informou que a matéria tramita em regime de urgência para evitar prejuízos ao ano letivo de 2024, já que as matrículas começam no fim do ano, e que foi apresentada à secretária estadual de Educação, Ivaneide Dantas, que teria concordado com a iniciativa. O projeto foi aprovado por unanimidade, com relatório favorável apresentado pelo deputado Sileno Guedes, do PSB.

Ainda durante a reunião, o presidente da Comissão de JustiçaAntônio Moraes, do PP, sugeriu  a criação de um grupo de deputados para formatar uma proposta de mudança legislativa facilitando o licenciamento de outras atividades econômicas, como hotéis. Entre outros pontos, ele sustenta que os requisitos para novas edificações muitas vezes não podem ser aplicados em casos de construções mais antigas. A gente vai, a partir de fevereiro já, fazer uma comissão na questão referente ao Corpo de Bombeiro, que é sem dúvida um grande entrave para qualquer negócio aqui no estado de Pernambuco.”

O deputado Coronel Alberto Feitosa, do PL, afirmou que houve realmente um endurecimento na concessão do licenciamento após a tragédia do incêndio da Boate Kiss, no ano de 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ele lamentou, no entanto, que empresas venham fechando e demitindo funcionários por não conseguirem a autorização de funcionamento, e sugeriu a convocação do Corpo de Bombeiros para a audiência pública. Feitosa avaliou que, atualmente, a instituição não tem estrutura para a fiscalização necessária.