15/10/23
blogfolhadosertao.com.br
Betânia Santana
Machado Freire
Lucas Ramos já conversou com os ex-prefeitos Guilherme Coelho (PSDB), Júlio Lóssio ( PSD) e Odacy Amorim, do PT visando a formação de uma frente ampla para enfrentar a oligarquia da família Coelho
Miguel Arraes de Alencar fez história na sua longa carreira política ( três mandatos de governador, três de deputado federal, dois de deputado estadual e um mandato de prefeito do Recife), além de ter sofrido uma interrupção de 20 anos, entre a prisão em Fernando de Noronha e o exilio na Argélia, que foi até 1979.
Político de esquerda (jamais foi comunista), o ex- governador não guardava rancor e jamais foi preconceituoso no trato com políticos de direita ou de centro direita. “O meu diálogo com eles ( adversários) não significa que eu estou indo pra eles, mas que os recebo sem nenhuma objeção, sem que eu mude minhas convicções”, costumava dizer Miguel Arraes quando chamado a explicar seu “jeito diferente” de fazer política.
Esta semana, em uma matéria interessante, assinada pela minha colega Betânia Santana, da Folha de Pernambuco, sobre as articulações das eleições que vão acontecer daqui a um ano em Petrolina, o deputado federal Lucas Ramos (foto- PSB) deixou bem clara a sua disposição de manter um diálogo com as forças políticas que fazem oposição ao palanque do grupo Coelho do ex-senador FBC.
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Lucas Ramos reafirmou sua disposição de disputar a prefeitura em outubro de 2024, deixando bem clara a importância formar ” uma frente ampla ” com a participação das lideranças oposicionistas do município que abriga o maior colégio eleitoral do Sertão, adiantando que já procurou os ex-prefeitos de Júlio Lóssio (PSD), Guilherme Coelho (PSDB) e Odacy Amorim (PT).
O parlamentar mostrou que não existe possibilidade de diálogo com o palanque do atual prefeito Simão Durando, aliado da família Coelho: “Eu não tenho nenhuma disponibilidade de discutir aliança com o grupo do ex-prefeito Miguel Coelho. Para mim, é muito clara a posição em que o eleitor me colocou, em 2022, com mais de 20 mil votos na Capital do Sertão: é a de oposição. O eleitor quer me ver prefeito de Petrolina para fazer o que o grupo de Miguel não fez.”
Quanto ao fato do deputado estadual (licenciado) Antonio Coelho, irmão do ex-prefeito de Miguel Coelho integrar a administração do prefeito do Recife, João Campos e enxergue nele um construtor de pontes – literal e politicamente – considerou precipitada a aproximação com os Coelho. “Entendo a movimentação política. Quem desconheceu a liderança de Miguel foi a governadora Raquel Lyra, que no 1º turno teve 5 mil votos em Petrolina e depois do apoio espontâneo dele chegou a 89 mil votos no 2º turno.”
E lembrou ter sugerido ao prefeito do Recife esperar as eleições de 2024 para dimensionar o tamanho de Miguel Coelho, a partir da quantidade de prefeitos que conseguir eleger.
“Estamos de um lado e Miguel, do outro. Em cidades de pequeno porte é difícil todas as forças políticas juntas em torno de uma mesma candidatura a governador, por exemplo. É uma questão de sobrevivência local.”
Além disso, em municípios como Petrolina, com mais de 200 mil habitantes, o deputado defende candidatura própria do PSB, e tem colocado para o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. Onde não houver, vale a parceria com o PT.
“Sou o maior defensor dessa unidade. Acho que ganhamos importantes eleições juntos.” A discussão da política municipal tem que ser aprofundada, reforça Lucas.
A história registra – e é bom lembrar que a “Petrolina dos impossíveis” do Monsenhor Ângelo Sampaio tem sido bastante generosa com a família Coelho, ao longo de mais de 50 anos: Nilo Coelho foi governador e sanador, Osvaldo foi deputado federal por vários mandatos, Augusto e Geraldo foram prefeitos, enquanto Fernando foi deputado estadual, federal, senador e prefeito mais de um mandato, enquanto os filhos Antonio é deputado estadual e secretário da Prefeitura do Recife e Miguel foi prefeito eleito e reeleito, enquanto Fernando Filho é deputado federal por vários mandatos.
O que o clã dos Coelho quer mais do eleitor e contribuinte de Petrolina, hein ? Petrolina não pode ser vista eternamente como “um curral” eleitoral !
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Mendonça visita Distrito Pau Ferro, em Salgueiro

Múcio Angelim apresenta a Raquel Lyra pleitos importantes para Parnamirim
O ex -vice- prefeito de Parnamirim, Múcio Angelim fez uma visita ao Palácio do Campo das Princesas e apresentou uma série de demandas encaminhadas pelo grupo de oposição local, à governadora Raquel, com prioridade para a implantação das adutoras do Serrote do Tom Feio, Jatobá e do Cacheiro.
Múcio também pediu para inserir Parnamirim no programa de transporte escolar e assim receber ônibus escolares para suprir a falta desses veículos no município, visto que “este serviço tem sido prestado de maneira precária pelo poder público.”
O blog de Cinara Marques registrou que o integrante da oposição solicitou ainda à governadora Raquel Lyra, melhorias no abastecimento de água do povoado do Matias.
Múcio destacou a importância da união do grupo de oposição em Parnamirim e que as ações junto ao governo do estado, serão uma constante cobrança do grupo.
“Foi uma agenda positiva e que avalio de grande importância para que a governadora possa trabalhar de forma constante por nosso município”, constatou Múcio Angelim.
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Univasf: Grupo de pais do Vale do São Francisco emite nota sobre redução de vagas, salários e semestre cancelado
Aos Professores e demais funcionários da Univasf.
No manifesto que os pais de terceiranistas e pré-vestibulandos, tanto de rede pública como privada, divulgado para a imprensa a leitura isolada do trecho adiante “- o corpo técnico e os professores que receberam os salários sem nenhum desconto, ao cancelarem um semestre, significa ter recebido por 6 meses o salário sem prestar o serviço à sociedade; isso é justo?
Aparenta ser um desrespeito aos professores e corpo técnico da Univasf. Mas, apenas questiona o cancelamento de um semestre de 2024 (decisão já escolhida pelo Conuni na reunião de 25/08/23). O que, EM TESE, como está no documento, cancela 50% das vagas de todos os cursos.
Como pais e adultos que somos, temos ciência que DURANTE A PANDEMIA, todos os trabalhadores da iniciativa pública e privada, receberam seus salários, mesmo quando em trabalho remoto.
Também sabemos que a UNIVERSIDADE atua no tripé: ENSINO-PESQUISA-EXTENSÃO.
Todavia, não é por acaso, que no tripé – ENSINO – vem em primeiro lugar. A pesquisa e a extensão estão alicerçadas, inclusive, no Ensino, pois a pesquisa envolve estudantes junto com professores nos laboratórios/campo de pesquisa e a extensão envolve estudantes e professores realizando trabalhos na comunidade.
A pesquisa e a extensão não dispensam o estudante, que, recebeu o Ensino na modalidade EAD, pelo grande esforço de cada professor até a retomada das atividades presenciais, em datas bem diferentes entre universidades, como cita o manifesto.
A Pandemia impôs desafios e perdas a todos.
Caso, as categorias tenham se detido apenas a esse frase destacada acima, pedimos desculpas, mas, no manifesto destacamos que as outras universidades federais atuaram na regularização do descompasso acadêmico, logo quando as aulas foram retomadas. Isso evitou desgastes no descompasso entre a aprovação no SISU e o ingresso na UNIVERSIDADE.
Nosso questionamento foi saber o porquê da Univasf ter demorado a agir nesse descompasso e ter decidido pela proposta de cancelamento de um semestre (aprovado pelo CONUNI em 25/08/23).
Como está escrito no manifesto:
Como há saídas técnicas para o não cancelamento do semestre, que seria a 1ª proposta, nós, pais de terceiranistas e pré-vestibulandos, solicitamos que o CONUNI reveja sua decisão, pois, a UNIVASF, embora tenha autonomia, deve seguir o exemplo das outras universidades brasileiras, que não cancelaram semestres letivos, que não impuseram um “castigo” aos jovens prestes a serem excluídos da sua possível aprovação.
Esse é o nosso pedido. Não haver redução de vagas, já imensamente restritas.
Além do mais, esse processo de divulgação do cancelamento do semestre ocorre há 30 dias do Enem, afetando a saúde emocional dos terceiranistas e vestibulandos. Reiteramos nosso respeito pela UNIVASF, tanto que estamos lutando para nossos filhos serem aprovados na nossa universidade.
Aguardamos que o CONUNI decida sobre as vagas para 2024 analisando o tripé: sociedade-economia-humanismo. Reduzir vagas é “castigar” os terceiranistas e vestibulandos, jovens que já enfrentaram os desafios impostos pela pandemia na sua trajetória de estudos.
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Raquel Lyra autoriza seleção de gestores escolares da Rede Estadual de Ensino
São 897 vagas para gestor escolar e adjunto das escolas de Pernambuco. As inscrições começam no dia 20 de outubro
A governadora Raquel Lyra regulamentou os critérios para a realização do processo de seleção para gestor escolar em unidades da Rede Estadual de Ensino, exceto nas quilombolas e indígenas. A escolha dos gestores será realizada por meio de processo seletivo interno, com inscrições disponíveis de 20 de outubro a 31 de outubro de 2023. Serão 897 vagas para gestor escolar e adjunto das escolas. A seleção está prevista no decreto nº 55.509, publicado no Diário Oficial de Pernambuco na quinta-feira (12).
“A educação é uma prioridade da nossa gestão. Por meio desta seleção, assim como fizemos com os Gerentes Regionais de Educação, vamos promover a valorização dos profissionais da área, o que é um dos pilares do programa Juntos pela Educação. Esta seleção vem da necessidade de formar gestores escolares aptos a assumirem papéis de liderança nas nossas escolas e que promovam o aprimoramento do nosso sistema educacional”, destacou a governadora Raquel Lyra.
O processo vai consistir em duas etapas: a avaliação do currículo do candidato e a apresentação do Plano de Trabalho da Gestão. Vai ficar a critério do candidato a escolha de uma unidade escolar na qual irá se inscrever para concorrer à gestão escolar, limitando-se a uma unidade por candidato.
Poderão participar do processo de escolha de gestores escolares das Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino, os integrantes do Quadro do Magistério que tenham, no mínimo, cinco anos de docência na rede pública, estadual e/ou municipal, de Pernambuco.