08/10/23
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O amor intenso vivido pelo casal de cangaceiros Lampião e Maria Bonita, que inclusive foram assassinados juntos pelas volantes em 1938, em Sergipe, sempre inspiraram histórias. Mesmo depois de tantos anos da morte do mais famoso casal do cangaço nordestino, esse amor continua inspirando escritores, poetas e pesquisadores que se dedicam ao tema.
Carlos Sinésio e Wanessa Campos
Agora é a vez da escritora e jornalista pernambucana Wanessa Campos (foto), nascida no município de Triunfo, especialista no tema cangaço, narrar essa paixão de forma ainda mais romanceada. Ela lançou’, nesta sexta-feira (6), na abertura da XIV Bienal Internacional do Livro de Pernambuco, o livro “Amor de Ferro e Flor”, escrito com base em muitas horas de pesquisa sobre o assunto.
A narrativa romanceada de Wanessa Campos, que já publicou outros trabalhos voltados à temática do cangaço, foi inspirada, em parte, no poema “Amor de Ferro e Flor”, escrito pelo poeta e jornalista pernambucano (filho de PPesqueir) Carlos Sinésio em 2020 e que também dá título ao livro. A obra da escritora tem prefácio do jornalista, escritor e professor José Mário Austregésilo e lustrações do artista plástico Cavani Rosas.
O lançamento aconteceu no estande da Livraria Cultura Nordestina, em um espaço voltado para o Sertão com roupas, sapatos e outros objetos que remetem à Maria do Capitão. A Bienal se estende até o dia 15, e até lá o livro permanecerá disponível para aquisição do público interessado na vida e na história dos cangaceiros.
O poema de Carlos Sinésio:
A estrofe inicial do poema de Carlos Sinésio diz: Uma bela história de amor/ Nas entranhas do Sertão/ Maria Bonita e Lampião/ Feitos de ferro e de flor…/ Se foram motivo de pavor/ Nas cidades e no mato/ Tiveram uma vida de fato/ Ardente na bala e na cama/ Sua paixão construiu fama/ Sem precisar de contrato.