18/10/23
P>or Magno Martins, de Brasília
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Além do ex-presidente, a relatora Eliziane Gama também pede o indiciamento de integrantes militares ligados ao ex-mandatário, a exemplo do general Braga Netto e do general Augusto Heleno.
“As investigações aqui realizadas, os depoimentos colhidos, os documentos recebidos permitiram que chegássemos a um nome em evidência e a várias conclusões. O nome é Jair Messias Bolsonaro”, escreveu em seu relatório final a senadora.
Segundo ela, os fatos relatados na CPMI demonstram, exaustivamente, que Jair Messias Bolsonaro, então ocupante do cargo de presidente da República, foi autor, seja intelectual, seja moral, dos ataques perpetrados contra as instituições, que culminou no dia 8 de janeiro de 2023.
Além do ex-presidente, a relatora também pede o indiciamento de integrantes militares ligados ao ex-mandatário, a exemplo do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa; general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional; general Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, além da deputada federal Carla Zambelli também estão na lista de nomes que podem ser indiciados por sugestão da relatora.
Em seu entendimento, Ibaneis foi omisso, uma vez que mesmo em posse de todas essas informações, inclusive do Ministro da Justiça e do Presidente do Congresso Nacional, não requisitou tempestivamente o emprego da Força Nacional para auxiliar na contenção dos vândalos golpistas.
“O governador ignorou a situação preocupante que se desvelava no Distrito Federal, mormente com a chegada de inúmeros indivíduos em caravanas, com claro intuito de realizar atos violentos na capital federal”, escreveu a relatora.
Ainda sobre Ibaneis, o relatório finaliza com o seguinte argumento: “Contudo, em razão de esta Comissão não possuir competência constitucional para investigar governadores de Estados-membros, apontamos a necessidade de aprofundamento das investigações pelas autoridades competentes”, pontua.