25/09/23
JC
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Priscila Krause, vice-governadora de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos e o deputado estadual filho – Gabriel Ferreira/ Jc Imagem
Com a aposentadoria do ex-senador, há poucas semanas, é como se o jogo estivesse zerado com o PSB, que ajudou a elegê-lo com Eduardo Campos. A sinalização do apartamento é dado principalmente pelo deputado estadual Jarbas Filho, que se elegeu pelo PSB. Ser chamado nos bastidores de traidor pelo correligionários do PSB dá uma ideia do nível de esgotamento da relação partidária.
“Jarbas Filho se filiou ao PSB para ter uma chapa e se eleger. O PSB colocou bases para ajudar na eleição dele e teve sucesso. No acordo, já estava previsto que ele sairia depois do PSB e voltaria ao MDB. O problema é que, antes mesmo de sair, ele está fazendo oposição ao PSB e batendo no PSB. Ele se elegeu no partido e bate nele?”, afirma um socialista atento ao processo de separação.
Traição e briga na Justiça pelo mandato
Neste meio tempo, aberta a divergência, o suplente Davi Muniz entrou na Justiça pedindo para assumir o mandato. A primeira vista, o movimento foi interpretado como uma retaliação do partido, mas aliados afirmam que não. “Antes de Davi Muniz fazer isto, Jarbinhas já havia traído o PSB”
No PSB, é dado como certo que Fernando Dueire trabalha para a saída. “Dueire não vai dar ponto sem nó. Ele não acha que vai ser o senador de João Campos. Ele gostou da cadeira de senador, mas sabe que na chapa do PSB a concorrência está grande e ficando cada vez maior. Ele sabe que Sílvio Costa Filho vem antes, Miguel Coelho vem antes, Humberto Costa vem antes”, afirma uma fonte do blog ligada ao prefeito.
No lado do MDB, admite-se a cisma e ao que parece a ideia é estimular a dúvida sobre 2024.
“Eduardo Campos mesmo dizia que o aliado cooptado perde o valor, a obsessão virava o próximo a ser convertido”, afirma um integrante da legenda, antes de pontificar sobre 2024 e 2026 em uma única frase. “Em todo governo, há duas colunas. A coluna do poder político e a coluna da gestão. O MDB (até aqui) tem ajudado ela (Raquel Lyra) a fazer as entregas. A opção (pela coluna de poder político) é dela”.
Caso haja um racha, de fato, nem todos devem acompanhar os novos rumos. Samuel Salazar, vereador pelo MDB no Recife, por exemplo, é um nome tido como forte aliado de João Campos, presente em todos os eventos da PCR.
Em uma das especulações para esta nova conformação política, fala-se que o ex-deputado federal Raul Henry poderia assumir a secretaria de Educação. Ele já coordenou a pasta de Educação e Planejamento, nos governo Jarbas Vasconcelos. “O MDB deve assumir educação, no lugar de Ivoneide”, diz um tucano.
“Raquel Lyra já esta jogando o jogo de 2026. Ela conta que não vai tomar a prefeitura de João Campos e quer tirar o MDB do palanque”, afirma um aliado do PSB. A conferir.
Rumores desde o lançamento da biografia de Jarbas
No começo de setembro, em meio às comemorações pelo lançamento da biografia do ex-senador Jarbas Vasconcelos, nos bastidores, já se comentava que o MDB poderia mudar de rotar e buscar uma aliança com o governo Raquel Lyra.
O senador Fernando Dueire, que assumiu o posto de Jarbas, chegou a comentar na imprensa que o partido estaria estudando lançar uma candidatura própria no Recife, em busca de mais espaço e protagonismo. No Recife, o MDB já ocupou a vice do PSB na gestão municipal.
Coincidentemente ou não, na mesma semana, o primeiro suplente da chapa de deputado estadual do PSB, o vereador recifense entrou com uma ação na justiça para apurar a desfiliação partidária do deputado estadual Jarbas Vasconcelos Filho, revelou o blog de Wellington Ribeiro.
O blog diz que o processo pode resultar na perda do cargo eletivo do deputado do parlamentar que se filiou ao MDB.
Segundo a publicação, a desfiliação do deputado Jarbas Filho tem amparo em suposta carta de anuência assinada pelo Presidente do PSB, no entanto Davi Muniz questiona a legitimidade da carta uma vez que ela não foi discutida pelo órgão colegiado do partido e, por disposição estatutária, o PSB deve preservar o caráter democrático e participativo para a tomada de decisões no seio do partido, não podendo o seu presidente atuar sem a outorga dos membros partidários.