Em Brasília, no lançamento do ranking de competitividade dos estados, Raquel Lyra destaca ações para melhorar situação econômica e social em PE

24/08/23

ImprensaPE

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Chefe do Executivo estadual participou do XII Congresso CONSAD de Gestão Pública.

 

 

A governadora Raquel Lyra  (foto) participou nesta quarta (23), do lançamento do Ranking de Competitividade dos Estados e dos Municípios 2023, que ocorreu em Brasília, durante o durante o XII Congresso CONSAD de Gestão Pública, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A gestora aproveitou a ocasião para apresentar algumas políticas públicas do Governo do Estado para melhorar a posição de Pernambuco no ranking, visto que a edição atual foi produzida com os dados de 2022.

“De acordo com os dados do ano passado, Pernambuco caiu uma posição no Ranking de Competitividade dos Estados, saindo do 15° para o 16° lugar. Seguimos trabalhando com o desafio de fazer a mudança e colocar nosso Estado nos melhores indicadores”, ressaltou a chefe do Executivo.

A gestora estadual participou do painel “O desenvolvimento regional sob a ótica da inteligência pública”, no qual falou ainda sobre os caminhos que Pernambuco deve trilhar para recuperar o protagonismo no Nordeste. “O Nordeste precisa combater as desigualdades sociais e regionais que assolam nosso Brasil. Pernambuco tem pressa e eu tenho certeza de que nada vence a força do trabalho. Assim, já estamos conseguindo avançar com a execução de políticas públicas, a exemplo do Juntos pela Segurança, onde asseguramos investimento de R$ 1 bilhão e o Juntos pela Educação com o aporte de R$ 5 bilhões. Esses são apenas dois exemplos de como a mudança está chegando na vida do nosso povo”, enfatizou Raquel Lyra, que também destacou que tem buscado recursos por meio de empréstimos para a recuperação de estradas e a conclusão de obras hídricas.

O Ranking de Competitividade dos Estados é uma ferramenta que tem o objetivo de traçar um entendimento profundo das 27 Unidades da Federação e entregar esses dados à população através de uma ferramenta simples, que ajude os gestores de cada estado a melhorar as suas próprias administrações. No âmbito municipal, a iniciativa pretende pautar a atuação dos líderes públicos do País na melhoria da competitividade das suas cidades. A ideia é fornecer a esses gestores uma visão global das cidades, destacando a atenção à pauta municipalista.

Também participaram da solenidade os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Renan Filho (Transportes), Esther Dweck (Gestão e da Inovação em Serviços Públicos); o secretário estadual chefe da Assessoria Especial, Fernando Holanda; os governadores Helder Barbalho (Pará), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ronaldo Caiado (Goiás) e Gladson Camelli (Acre), além do sócio-diretor da Houer, Camillo Fraga.

Fotos: Divulgação.

Em Lagoa Grande: Legislativo firma TAC com Ministério Público para corrigir irregularidades nos gastos com combustíveis

24/08/23

Midias Sociais

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O presidente da Mesa Diretora da Câmara dos Vereadores de Lagoa Grande firmou um significativo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) perante o Ministério Público do Estado de Pernambuco (MPPE), por meio  da Promotoria de Justiça local. O acordo visa corrigir, no prazo de 30 dias, irregularidades detectadas na auditoria especial realizada pelo Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), consistente na realização de gastos com aquisição de combustíveis.

A presidência da Câmara municipal se comprometeu em resolver questões relacionadas à falta de controle de despesas com aquisição de combustíveis sem o devido controle das requisições de abastecimentos, bem como na autorização de despesas com a concessão de adiantamentos por quilômetros rodados em desacordo com a legislação, que foram identificadas nas auditorias.

Além disso, o compromissário acordou em apresentar um plano detalhado para a implementação de um sistema de controle de abastecimento de combustível e utilização dos veículos da Câmara Municipal. Esse sistema inclui requisitos para a aquisição de combustíveis e lubrificantes, além da publicação regular de notas fiscais e relatórios mensais no Portal de Transparência.

O acordo também estabelece penalidades em caso de não cumprimento das medidas estabelecidas,  incluindo multas diárias de 500 mil reais e possíveis medidas de responsabilização administrativas e penais cabíveis. O Termo de Ajustamento de Conduta de autoria do Promotor de Justiça Filipe Regueira de Oliveira Lima foi publicado integralmente no Diário Oficial Eletrônico (DOE) do MPPE do dia 22 de agosto de 2023.

Com apoio do PL, Câmara aprova MP que reajusta salário mínimo e garante ganhos reais

24/08/23
Por Agência O Globo
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Proposta ainda eleva a faixa de isenção do imposto de renda para R$2640. Taxação de offshores foi retirada do texto
Câmara aprova MP com aumento do salário mínimo e correção do Imposto de  Renda – Política – CartaCapital
A medida provisória que eleva o salário mínimo para R$1.320, editada pelo governo em maio deste ano, foi aprovada nesta quarta-feira (23) na Câmara dos Deputados. O mesmo texto ainda muda a política de valorização anual do salário e aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda.
 

O aumento do salário mínimo será regido por uma regra fixa de cálculo de valorização, todos os anos, considerando a correção pela inflação, por meio do INPC, e mais o PIB consolidado dos últimos dois anos.

— Ainda não foi possível fazer o máximo, mas pelo menos se faz alguma coisa. Não tem nada mais importante que o aumento do salário mínimo. É através do salário mínimo que você dá ao cidadão a possibilidade de não depender de nenhum governo — afirmou a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).

A MP ainda garante que quem ganha até dois salários mínimos (R$ 2.640 hoje) não precisará pagar Imposto de Renda.

— Os maiores beneficiados são cerca de 13 milhões de contribuintes de baixa renda — disse o relator da MP, Merlong Solano (PT-PI)

A votação foi simbólica, ou seja, os deputados não precisaram registrar seus votos. Isso foi possível porque todas as bancadas, incluindo a oposição e o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, orientaram seus parlamentares a votar sim.

Os deputados bolsonaristas não deixaram de protestar. Nos discursos, disseram que Lula mentiu ao dizer na campanha que iria aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$5 mil reais e afirmaram que o reajuste do salário mínimo deveria ser maior. Mesmo assim, não quiseram ser contra os benefícios.

Acordo
A pauta e aprovação da Medida Provisória foi possível após acordo que retirou do texto a taxação de fundos de investimento no exterior (offshore). Esse novo imposto havia sido sugerido pelo governo como uma forma de compensar as perdas com a isenção maior de IR.

Depois de conversar com líderes da Câmara, o Ministério da Fazenda concordou em enviar a proposta em um projeto de lei separado.

Para uma compensação mais rápida de perdas, os parlamentares concordaram que o governo envie ainda neste mês uma Medida Provisória para taxação de fundos exclusivos que operam dentro do Brasil.
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Raquel Lyra se reúne com prefeitos para dialogar sobre o Descomplica PE, proposta para modernizar o sistema tributário

24/08/23

ImprensaPE

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Em Brasília, governadora Raquel Lyra se reúne com vereadores do Sertão do Araripe para tratar da Adutora de Negreiros

Ainda cumprindo agenda no Distrito Federal, a governadora Raquel Lyra se reuniu com 38 vereadores do Sertão do Araripe, na tarde desta quarta-feira (23), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, após o lançamento do Ranking de Competitividade dos Estados e dos Municípios 2023. Entre os assuntos tratados esteve a obra da Adutora de Negreiros, que irá levar água da Transposição do Rio São Francisco para os municípios da região do Sertão do Araripe.

“Viemos a Brasília para falar um pouco sobre os desafios de Pernambuco e buscar investimentos. Encontramos aqui com vereadores de todo o Araripe para tratar sobre a Adutora de Negreiros. Esse é um tema de interesse para nosso estado porque irá garantir segurança hídrica para quem mora no Sertão. Já estamos dando andamento à Adutora do Agreste e outras obras importantes para garantir água na torneira e mais qualidade de vida para todos os pernambucanos”, afirmou Raquel Lyra.

O grupo de vereadores chegou a Brasília na última segunda (21), para reuniões com senadores e deputados estaduais. Ontem a comitiva ainda foi recebida pelo secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, André Ceciliano. O grupo solicitou que a Adutora de Negreiros seja contemplada pelo Novo PAC, lançado no último dia 11 de agosto pelo presidente Lula.

O vereador de Ouricuri Cezar de Preto afirmou que a conclusão da obra irá beneficiar 400 mil habitantes dos 10 municípios do Araripe e outras duas cidades do Sertão Central. “Viemos a Brasília para uma intensa agenda com a bancada federal de Pernambuco, senadores e com André Ceciliano. Nós pleiteamos que a Adutora de Negreiros seja incluída no Novo PAC. Essa obra irá levar água para 400 mil famílias do Araripe. Hoje fomos recebidos pela governadora Raquel Lyra, que se comprometeu com nossa causa. Então estamos satisfeitos com toda a atenção que recebemos. Estamos todos de mãos dadas para resolver a questão do abastecimento de água”, disse.

Foto: Divulgação.

O Governo de Pernambuco recebeu, na noite desta quarta-feira (23), no Palácio do Campo das Princesas, prefeitos de todas as regiões do Estado para dialogar sobre o pacote de justiça fiscal da gestão estadual, o Descomplica PE, que vai desburocratizar e modernizar a cobrança de tributos estaduais. Durante a reunião, secretários estaduais conversaram com uma comissão composta por 11 prefeitos sobre o fortalecimento que os municípios terão a partir do projeto para que consigam dar sequência a políticas públicas nos seus locais de gestão.

Comandado pelos secretários Túlio Vilaça, da Casa Civil, Fabrício Marques, de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional, e Wilson José de Paula, da Fazenda, o encontro reforçou que o Descomplica PE vai promover uma mudança no Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em Pernambuco, promovendo a menor alíquota do imposto no Nordeste: 2,4% para automóveis. Além disso, a gestão estadual modifica a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com a eliminação da cobrança antecipada para a indústria.

O pacote fiscal foi enviado para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na terça-feira. “O projeto promove um reequilíbrio da carga tributária. Tivemos o cuidado para esclarecer todas as dúvidas com os prefeitos, cada um dentro do seu universo local. Estamos à disposição para sempre dialogar”, registrou o secretário Túlio Vilaça.

O secretário Fabrício Marques explicou que o Governo vem fazendo um diálogo desde o início do ano, com reuniões já realizadas com todos os prefeitos do Estado. “Neste momento, após a governadora Raquel Lyra enviar um projeto de lei com mudanças importantes, a gente recebeu uma comissão representativa dos prefeitos para explicar um pouco desse projeto, que traz um fortalecimento das finanças do Estado, mas também terá um efeito positivo sobre as finanças dos municípios”, ressaltou o secretário Fabrício Marques.

Prefeitos que compõem todas as regiões do Estado estiveram presentes com organização da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), em nome da presidente da instituição e prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado. “Queremos fazer as políticas públicas com boa qualidade, então a gente sentou junto ao Governo do Estado e fomos muito bem recebidos. Uma equipe técnica vai procurar nos dar alguma solução para os problemas enfrentados pelos municípios, afinal a gente precisa unir forças para que Pernambuco se fortaleça”, disse Márcia Conrado.

Estiveram também presentes na reunião o secretário estadual de Comunicação, Rodolfo Costa Pinto; o vice-presidente da Amupe e prefeito de Paudalho, Marcelo Gouveia; o prefeito de Brejinho, Gilson Bento; o de Ferreiros, José Roberto de Oliveira; a de Frei Miguelinho, Adriana Assunção; o de Quipapá, Álvaro Porto; a de Jataúba, Cátia Junsara; a de Catende, Dona Graça; o de Santa Cruz da Baixa Verde, Irlando Parabólicas; o de Vicência; Guilherme Nunes, e o prefeito de Moreno, Edmilson Cupertino.

Fotos: Eduarda Barbosa/Secom

Rússia confirma morte de Yevgeny Prigozhin, chefe do Grupo Wagner

24/08/23
porAna Maria Miranda
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Líder do Grupo Wagner morreu em queda de avião, confirma Rússia

De acordo com a autoridade russa, os sete passageiros e três tripulantes que estavam no avião do Grupo Wagner morreram. As informações são da Associated Press e da AFP.

QUEDA DE AVIÃO NA RÚSSIA

Segundo o Rosaviatsia (serviço da aeronáutica), o avião privado Legacy, da fabricante brasileira Embraer, caiu perto da cidade de Kujenkino, na região de Tver, a noroeste de Moscou.

“De acordo com a companhia aérea, os seguintes passageiros estavam a bordo do avião Embraer – 135”, informou, citando o nome de Prigozhin, bem como o de seu braço direito, Dmitry Utkin.

De acordo com a agência, o voo era realizado “sob uma licença de espaço aéreo devidamente emitida”.

O Wagner é um grupo paramilitar da Rússia que liderou, em junho, uma rebelião contra o exército russo, a qual desafiou o presidente Vladimir Putin.

Putin havia chamado Prigozhin de “traidor” quando ele liderou a rebelião contra o estado-maior russo e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, tomando quartéis no sul da Rússia e iniciando uma marcha rumo a Moscou.

Mas o motim foi interrompido menos de 24 horas depois, após um acordo que previa a partida de Prigozhin para Belarus e que os milicianos do grupo Wagner se incorporass

Corregedor defende investigação de desembargador que “soltou” traficante que “virou fumaça”

24/08/23

Por Anahi Zurutuza

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Corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, durante sessão do CNJ na tarde desta terça-feira (22) (Foto: Reprodução)

 

O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, adiantou, na sessão desta terça-feira (22), ser a favor de investigação contra o desembargador Divoncir Schreiner Maran, responsável por ter colocado Gerson Palermo, traficante com pena de 100 anos a cumprir, em prisão domiciliar horas antes de o homem “virar fumaça”. Conhecido como “Pigmeu”, “Italiano” ou “Charles” e apontado como liderança no PCC (Primeiro Comando da Capital), o homem rompeu tornozeleira eletrônica e fugiu depois da concessão do benefício, em plantão judicial.

Para o corregedor, que também é relator da reclamação disciplinar feita contra o desembargador que atua em Mato Grosso do Sul, as circunstância da decisão merecem investigação. “É bastante estranho”, disse, durante breve consideração, completando: “É no mínimo necessário, no meu modo de perceber, uma apuração mais aprofundada”.

Ele também considera a situação grave, uma vez que Palermo continua foragido. “Não é um fato só, mas o conjunto das circunstâncias que foram apontando para essa falta de cuidado, que naquele momento, não era prudente colocar em prisão domiciliar um condenado a 126 anos, piloto de aeronave, ligado a criminalidade organizada”, ponderou.

André Borges, advogado de Divoncir Maran, durante sustentação oral (Foto: Reprodução)
Defesa – O advogado André Borges, que defende o desembargador, sustentou não existir “justa causa para a abertura do PAD [Processo Administrativo Disciplinar]”. Argumentou que não era vedada, naquele período da pandemia, a concessão de prisão domiciliar a traficantes e que o magistrado se ateve aos fatos – idade e condição de saúde do condenado – para tomar a decisão.

O defensor alegou ainda que “só em Mato Grosso do Sul, naquele período de 2020, 18 presos provisórios beneficiados com a prisão domiciliar e com a tornozeleira se evadiram” e disse que se o cliente pudesse imaginar que “o mundo cairia sobre sua cabeça”, não daria a decisão. “Se ele olhasse essa situação de traz para frente, não teria dado essa liminar”.

Por fim, o advogado disse que o gabinete de Maran foi inspecionado após o episódio e nada irregular foi encontrado para “apontar que houve dolo, má-fé ou erro grave a justificar a abertura de um PAD por conta estritamente de uma decisão judicial”.

A votação, que começou em sessão na tarde desta terça-feira (22), foi adiada após pedido de vistas. A ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), concedeu o prazo ao conselheiro que quer analisar melhor a reclamação, mas alertou que o CNJ precisa dar resposta o quanto antes para o caso.

Gerson Palermo no dia da prisão pela Polícia Federal (Foto: Campo Grande News/Arquivo)
Fuga escandalosa – Beneficiado por liminar do desembargador Divoncir Scheirener Maran, durante o plantão do Judiciário no feriado de Tiradentes, Palermo colocou tornozeleira eletrônica ao meio-dia do dia 22 de abril de 2020 e às 17h, outra decisão judicial, do desembargador Jonas Hass, reverteu a liminar, mandando Palermo voltar para a prisão. Mas, às 20h14 daquele dia, a unidade de monitoramento virtual de presos identificou o rompimento da tornozeleira, ou seja, a fuga. –

Municípios vinculados ao Cisape aderem à paralisação e mobilização contra a grave queda nos repasses do FPM para as prefeituras

23/08/23

Por Cidinha Medrado

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O Cisape – Consórcio Intermunicipal do Araripe, em nome do presidente Raimundinho Saraiva (Prefeito de Exu) publicou uma nota comunicando que todos os municípios consorciados, Afrânio, Araripina, Bodocó, Dormentes, Exu, Granito, Ipubi, Ouricuri, Moreilândia, Parnamirim, Santa Cruz, Santa Filomena e Trindade, vão aderir à paralisação e mobilização contra a grave queda nos repasses do FPM – Fundo de Participação dos Municípios para as prefeituras, que nos últimos meses enfrentam dificuldades financeiras por causa das quedas nos repasses.

“Diante desse cenário, o CISAPE vem a público prestar solidariedade aos movimentos municipalistas que estão se articulando em vários municípios, de vários estados brasileiros, que no próximo dia 30 de agosto vão suspender suas atividades como forma de protesto e sensibilização. A iniciativa conta com o apoio de entidades municipalistas, como Associação Municipalista de Pernambuco – AMUPE e outras prefeituras, que deverão se mobilizar com faixas de protestos estendidas nas fachadas de suas sedes e publicações explicativas em suas redes sociais”, diz a nota.

A paralisação não incluirá os serviços essenciais prestados pelas prefeituras, o objetivo é fazer com que o Governo Federal e o Congresso Nacional atentem para a situação dos municípios, que beira a um colapso. Em julho, a queda no FPM chegou a 34% em relação ao mesmo período do ano passado e o primeiro repasse de agosto foi 20,32% menor que os R$ 8,8 bilhões repassados no mesmo período de 2022, considerando como principais causas para a redução, a menor arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e o aumento das restituições do Imposto de Renda.

Estudos realizados pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), afirma que 51% dos municípios estão no vermelho neste semestre devido à diminuição de receitas e aumento das despesas. Além da queda de 23,54% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), neste mês de agosto, os municípios também amargam retenção das emendas parlamentares e atraso no repasse dos royalties de minerais e petróleo. Os municípios pernambucanos, em defendem o aumento de 1.5% no FPM sugerido PEC 25/2022.

Fiscalização do Tribunal de Contas constata que 47% dos municípios do Estado têm falta de alguma vacina

23/08/23

Por Cyntia Leite

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A fiscalização, realizada entre junho e julho deste ano, durou 40 dias e foi motivada pelas baixas coberturas vacinais entre crianças

RENATO RAMOS/JC IMAGEM

A fiscalização, realizada entre junho e julho deste ano, durou 40 dias e foi motivada pelas baixas coberturas vacinais.

Os resultados da operação foram divulgados nesta terça-feira (22), em coletiva de imprensa, na sede do TCE, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife.

A blitz, entre outros indicadores, verificou a disponibilidade de quatro imunizantes, voltados a crianças no primeiro ano de vida.

Segundo a vistoria do TCE, há unidades básicas de saúde (UBSs) de saúde sem alguma destas vacinas: pneumocócica, tríplice viral, pentavalente e poliomielite. Para todas elas, por sinal, Pernambuco ficou abaixo da meta estabelecida, de imunizar 95% das crianças até 1 ano de idade.

Preocupa o fato de que, entre os 184 municípios avaliados, 47% apresentavam, no momento da vistoria, falta de alguma das quatro vacinas incluídas na análise.

A reportagem do JC consultou, na tarde desta terça-feira (22), o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Foi verificado que, em 2022 e em 2023 (até o momento), Pernambuco não atingiu meta de cobertura vacinal de crianças para as quatro vacinas. Em 2022, as taxas variaram entre 51,17% e 80,43%; neste ano, de 51,97% a 54,54%.

“A grande motivação para a auditoria foi a queda na vacinação. Nosso objetivo é mostrar as causas aos gestores estaduais e municipais, especialmente pela falta de um trabalho de busca ativa. Esse é o ponto de maior importância na nossa fiscalização”, destacou o presidente Ranilson Ramos.

A blitz do TCE revelou que 69% dos municípios pernambucanos não realizam procedimento de busca ativa de crianças que ainda não estavam imunizadas contra as doenças.

“As unidades básicas de saúde possuem o controle das crianças que foram ou não vacinadas. Esse é o principal quesito que precisa ser melhorado para um avanço na imunização de nossas crianças“, frisou Ranilson.

O presidente acrescentou que uma das prioridades atuais do TCE é avaliar as políticas públicas voltadas ao atendimento à primeira infância.

Durante 40 dias, as equipes de auditoria do Departamento de Economia e Saúde e de Controle Externo Regional do TCE visitaram 1.662 unidades básicas de saúde em todos os 184 municípios. Foram observados itens como equipamentos, estrutura física, armazenamento de vacinas e profissionais envolvidos.

Com a fiscalização, o TCE traçou um panorama da vacinação em Pernambuco e classificou cada município por meio do Índice de Fiscalização do Programa Nacional de Imunizações (IFPNI), um indicador criado pelo próprio órgão estadual.

Dentro do IFPNI, os municípios foram classificados nos níveis satisfatório, moderado, grave ou crítico, conforme a situação encontrada nas salas de vacinação.

O índice varia em uma escala que vai de zero a 100 e reflete a adequação do município na execução do PNI.

IFPNI não considera a cobertura vacinal de cada município, mas analisa pontos que influenciam diretamente no alcance da taxa de imunização, como na qualidade do serviço prestado à população.

Os itens analisados se referem à estrutura física das salas de vacina, equipamento de refrigeração, processos de trabalho e equipes de saúde.

De acordo com o levantamento:

  • 23 municípios se enquadram no nível satisfatório de execução do PNI
  • 70 estão no nível moderado
  • 71 no grave
  • 20 no nível crítico

Os 10 municípios com os melhores resultados (classificação satisfatória) no Índice de Fiscalização do Programa Nacional de Imunizações (IFPNI):

  1. Santa Cruz – 93,74
  2. Lagoa dos Gatos – 91,89
  3. Cupira – 91,62
  4. São Vicente Férrer – 91,52
  5. Brejinho – 90,99
  6. Lagoa do Ouro – 90,62
  7. Poção – 90,62
  8. Solidão – 90,36
  9. Carpina – 89,91
  10. Bom Conselho – 89,82

Os 10 municípios com os piores resultados (classificação crítica) no Índice de Fiscalização do Programa Nacional de Imunizações (IFPNI):

  1. Chã de Alegria – 34,53
  2. Moreno – 38,40
  3. Ilha de Itamaracá – 41,45
  4. Canhotinho – 41,83
  5. Sairé – 41,94
  6. Xexéu – 42,41
  7. Orocó – 43,56
  8. Toritama – 44,21
  9. Buíque – 45,56
  10. Nazaré da Mata – 45,81
O QUE DIZ A SECRETARIA DE SAÚDE DE PERNAMBUCO

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde, por meio do Programa Estadual de Imunização, informa ao JC que é responsável pelo envio de imunobiológicos e insumos para os 184 municípios pernambucanos e Fernando Noronha, através das 12 Gerências Regionais de Saúde.

“Não há notícia formal de desabastecimento total de imunobiológicos”, diz.

A SES-PE também “reforça que toda queixa formal enviada pelos municípios é repassada ao Ministério da Saúde (MS), que faz reserva técnica estratégica para atender a demanda emergencial”.

Além disso, a pasta ressalta que, “no ano de 2022, houve desabastecimento, a nível nacional, de vacinas do calendário básico, como pentavalente e triplíce viral”.

Dessa maneira, a SES-PE acrescenta que, “a partir da contratação de novos fornecedores, o abastecimento vem sendo gradualmente normalizado, inclusive, com nova apresentação do frasco (doses) da vacina tríplice viral, facilitando a execução das ações dos municípios na operacionalização da vacinação, com diminuição de perdas e desperdícios de doses”.

PF intima Bolsonaro para depor em inquérito que apura discussão sobre golpe

23/08/23

Por: Renato Souza – Correio Braziliense

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Em grupos de mensagens, empresários defenderam golpe caso Lula ganhasse as eleições
Bolsonaro deve depor na quinta-feira (31/08) por pedir aos aliados que compartilhassem mensagens contra o TSE (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
Bolsonaro deve depor na quinta-feira (31/08) por pedir aos aliados que compartilhassem mensagens contra o TSE (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)

A Polícia Federal intimou, nesta terça-feira (22), o ex-presidente Jair Bolsonaro para prestar depoimento em um inquérito que apura tentativa de golpe de Estado. O político é citado em algumas conversas e foram identificadas mensagens compartilhadas por ele que estariam incentivando atos antidemocráticos.

O ex-presidente deve depor na quinta-feira (31), em Brasília, de acordo com fontes da corporação ouvidas pelo Correio. Os investigadores encontraram mensagens de empresários incentivando e discutindo financiamento para um golpe de Estado. O inquérito corre sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Em uma das mensagens compartilhadas, o ex-presidente estaria questionando a integridade das urnas, sem provas e teria solicitado que seus contatos repassassem a mensagem, a fim de difundir as acusações em larga escala.

 

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo, arquivou investigações contra os empresários Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot. No entanto, concedeu mais dois meses para que a corporação investigue Luciano Hang e Meyer Joseph Nigri. Hang é acusado de ter ligação com Bolsonaro.

 

Contas Públicas: Câmara aprova o novo arcabouço fiscal

23/08/23

Agência O Globo

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Nova regra vai substituir o teto de gastos, criado em 2016 e que funcionou com várias exceções
Desenhado pela equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com a participação de técnicos de outras pastas, como as de Planejamento e Gestão, o novo arcabouço fiscal foi aprovado na Câmara 379 votos a favor e 64 contrários, e vai agora para a sanção presidencial.

O conjunto de regras vai permitir que o governo tenha recursos para programas sociais e para manter funcionando a máquina pública sem que haja um descontrole de gastos e um excesso de endividamento.

Manter as contas públicas em ordem é fundamental para que se aumente a confiança dos investidores na economia brasileira e, assim, haja espaço para o Banco Central continuar o ciclo de redução da taxa de juros do país, permitindo um maior crescimento econômico e a geração de mais empregos.

Entenda a seguir os principais pontos do projeto.

O que é e para que serve o novo arcabouço fiscal
O novo arcabouço vai substituir o teto de gastos, criado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), que impede o crescimento das despesas federais acima da inflação, ou seja, na prática congelando o tamanho da máquina pública e dos investimentos do governo.

Introduzido na Constituição brasileira em 2016, desde então o teto de gastos teve exceções aprovada por sete propostas de emendas constitucionais (PECs) que permitiram aumentos de despesas — o que, na visão de seus críticos, evidencia como o regime era excessivamente rígido.

A PEC da Transição, aprovada no fim do ano passado, previu o fim do teto de gastos e a criação de uma nova regra fiscal que seria instituída como lei, sem necessidade de previsão constitucional.

A nova âncora fiscal permitirá que os gastos públicos cresçam entre 0,6% e 2,5% acima da inflação. O objetivo de estabelecer uma banda para o avanço dos gatos é criar um mecanismo anticíclico: quando a economia estiver crescendo menos, o governo terá espaço para ampliar as despesas. Em tempos de bonança, a alta dos gastos fica mais limitada.

Como vai funcionar a nova regra
Na elaboração do Orçamento da União, as despesas poderão crescer num ritmo acima da inflação registrada no ano anterior. Mas essa expansão será atrelada ao aumento da arrecadação do governo. O governo só poderá gastar a mais o equivalente a 70% do incremento real (descontada a inflação) da arrecadação no ano anterior, dentro de uma faixa que garantirá ampliação das despesas entre 0,6% e 2,5% acima da inflação a cada ano.

Metas para contas públicas no azul

O encontro entre receitas e despesas da União perseguirão uma meta a cada ano. Atualmente, esse resultado (diferença entre despesas e receitas, sem contar o pagamento de juros) está negativo: a previsão é que o país terá déficit fiscal primário de 2,2% do PIB este ano.

O objetivo do novo arcabouço é sair do vermelho e zerar o déficit fiscal em 2024 e produzir, a partir de 2025, resultados positivos, no azul. Essas metas terão um intervalo de cumprimento em percentual do PIB. O texto prevê um superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026. A meta estará cumprida se oscilar 0,25 ponto percentual do PIB para cima ou para baixo.

Caso o resultado fique abaixo do piso da meta, os gastos no ano seguinte só poderão crescer o equivalente a até 50% da alta real da receita em vez de 70%. Se o resultado ficar acima do limite da meta, o excedente será usado para investimentos públicos, como obras de infraestrutura, saneamento e habitação. Estão sob as regras as despesas dos Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Haverá um piso para investimentos públicos
Atualmente, as restrições impostas pelo teto vêm reduzindo a parcela livre do Orçamento para investimentos. Com o novo arcabouço, haverá um mínimo de gastos desse tipo. A Fazenda propôs um piso de cerca de R$ 75 bilhões, atualizado anualmente pela inflação, mas o texto aprovado na Câmara definiu esse patamar em 0,6% do PIB, o que em 2024 representará algo em torno de R$ 60 bilhões.

O governo poderá gastar mais que isso se conseguir ampliar espaço no Orçamento sem desobedecer os critérios estabelecidos no arcabouço.

Gastos em 2024
Com o novo arcabouço, o crescimento das despesas em 2024 vai considerar, primeiramente, a arrecadação acumulada entre julho de 2022 e junho de 2023.

Depois será feita uma comparação entre a arrecadação de 2023 e o projetado para 2024. A diferença entre esses dois indicadores, se positiva, vira aumento real de despesas, limitado a 2,5%.

A cada Orçamento, o índice de inflação (IPCA) usado para corrigir os gastos será o acumulado num período de 12 meses até junho do ano anterior. Se o IPCA do ano fechado for maior, a diferença pode se tornar aumento de despesas.

Gatilhos obrigam ajustes se meta for descumprida
Na primeira rodada na Câmara, foram acrescentadas medidas de ajuste caso a meta fiscal do ano, fixada no início de cada governo, não seja cumprida.

Se isso acontecer por um ano, o governo fica proibido de: criar cargos ou funções que impliquem em aumento de despesas; alterar estrutura de carreiras do funcionalismo que possam elevar o gasto com pessoal; criar ou elevar auxílios para servidores públicos; conceder ou ampliar incentivos fiscais a empresas e setores econômicos.

Se o descumprimento da meta fiscal ocorrer por dois anos seguidos, além das restrições anteriores, o governo ficará proibido de conceder reajuste salarial ao funcionalismo e realizar concursos para a contratação de novos servidores. O presidente Lula conseguiu garantir que o reajuste do salário mínimo, que afeta benefícios do INSS, ficará preservado, fora das sanções previstas em caso de descumprimento da meta.

Presidente poderá propor ajustes ao Congresso
Em caso de descumprimento da meta e acionamento dos gatilhos, o presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional, acompanhada de um projeto de lei, propondo medidas de aumento de receitas ou de corte de gastos. Se as medidas forem suficientes para corrigir o rumo, os efeitos dos gatilhos serão reduzidos ou retirados.

Despesas obrigatórias não poderão superar 95%
Os deputados também incluíram um outro gatilho no arcabouço para forçar o equilíbrio fiscal. Quando as despesas obrigatórias (como salários, benefícios e repasses constitucionais com saúde e educação) atingirem 95% dos gastos totais, serão acionados todos os mecanismos de ajuste previstos para o caso de descumprimento da meta. Atualmente, as despesas obrigatórias são cerca de 90% do Orçamento.

Contingenciamentos ao longo do ano
A Câmara também mudou a proposta para a dinâmica de contingenciamento de gastos ao longo do ano, caso o monitoramento das despesas aponte que o governo está se distanciando da meta estabelecida. A União terá de bloquear na mesma proporção gastos com investimentos, custeio da máquina pública e emendas parlamentares.

Atualmente, é feito um relatório a cada dois meses para verificar se a meta fiscal está sendo cumprida. Se não estiver, o governo define quais gastos vai bloquear para garantir o cumprimento. Para o novo arcabouço, a Fazenda propôs relatórios de avaliação trimestrais, em março, junho e setembro, sem obrigação de contingenciamento.

Mas os deputados mantiveram os relatórios bimestrais, com contingenciamento linear obrigatório em caso de descumprimento, mas com limites. Será preciso preservar um nível mínimo de despesas discricionárias (que não são obrigatórias) consideradas necessárias ao funcionamento da máquina pública. A cada ano, será definido esse nível mínimo.

Descumprimento de meta pode levar a punição

O relator também fez alterações na forma como o presidente da República será punido se descumprir as metas fiscais. Atualmente, isso é considerado um crime de responsabilidade, passível de impeachment a ser decidido pelo Congresso. O governo propôs que o descumprimento da meta não mais caracterize crime de responsabilidade, mas os deputados mantiveram algum tipo de responsabilização do governante.

Só será considerado crime de responsabilidade o descumprimento da meta sem que o governo tenha feito contingenciamentos, respeitando os limites estabelecidos na lei, ou tenha autorizado gastos como a criação de cargos e auxílios em meio a um cenário de descumprimento do objetivo fiscal do ano.