Raquel Lyra garante empréstimo de R$ 900 milhões para requalificação de rodovias pernambucanas

07/06/23

Imprensa PE
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Operação de crédito foi assinada no Recife, durante relançamento do Programa Farmácia Popular pelo presidente Lula
Miniatura do anexo
Acompanhada do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, a governadora Raquel Lyra (foto)  assinou, nesta quarta-feira (7), uma operação de crédito entre o Banco do Brasil e o Governo de Pernambuco, no valor de R$ 900 milhões, para a melhoria da infraestrutura do Estado. A solenidade ocorreu no Compaz Ariano Suassuna, no Recife, durante o relançamento do Programa Farmácia Popular.
 
“Esse é o primeiro empréstimo aprovado pela Assembleia Legislativa. Aos deputados, agradeço a confiança. Temos, infelizmente, a segunda pior malha rodoviária do Brasil. Vamos utilizar esse recurso para concluir as obras da PE-15 e recuperar estradas como a PE-33, que vai dar acesso aos estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE); a PE-17 e outras rodovias do Estado”, detalhou Raquel Lyra.
 
A chefe do Executivo estadual ressaltou, ainda, que outros empréstimos que totalizarão R$ 2,5 bilhões viabilizarão melhorias para as unidades hospitalares da rede de saúde estadual. “Cerca de R$ 500 milhões serão destinados neste primeiro momento para garantir dignidade para a população que precisa utilizar o Hospital da Restauração, o Otávio de Freitas, a maternidade do Cisam e demais unidades de saúde que são da rede própria do Estado e, infelizmente, não estão em condições adequadas de atender à sociedade”, complementou a governadora. 
 
O relançamento do programa Farmácia Popular amplia o acesso a medicamentos pelo SUS, com distribuição gratuita de fármacos para asma, hipertensão, diabetes, osteoporose e anticoncepcionais. Outros 40 remédios serão disponibilizados com até 90% de desconto. Todos os medicamentos do programa serão gratuitos para as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família. Ao todo, 55 milhões de pessoas serão contempladas.
 
Em seu discurso, o presidente Lula enfatizou que o cuidado com a saúde será prioridade em seu governo. “O Farmácia Popular é um programa direcionado para as pessoas mais necessitadas. Elas serão tratadas como de primeira classe. Hoje, o cuidado com a doença é muito caro. Por isso que no meu governo cuidar da saúde do povo é investimento. Uma pessoa bem cuidada e com saúde produz muito mais”, afirmou o presidente.
 
“Entendemos que garantir o acesso a medicamentos é resgatar o direito à saúde, e, mais do que isso, é resgatar a dignidade do nosso povo”, completou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
 
Também estiveram presentes no evento os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; da Pesca e Aquicultura, André de Paula; da Educação, Camilo Santana; o chefe da Casa Civil, Rui Costa; os senadores Teresa Leitão e Humberto Costa; o prefeito do Recife, João Campos; a prefeita de Serra Talhada e presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), Márcia Conrado; a superintendente regional do Banco do Brasil, Ana Paula Matos; os secretários estaduais Zilda Cavalcanti (Saúde), Aloísio Ferraz (Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca), Ivaneide Dantas (Educação e Esportes), Fernando Holanda (Assessoria Especial), Regina Célia (Mulher), Carolina Cabral (Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção à Violência e as Drogas) e Diogo Bezerra (Projetos Estratégicos); além de deputados federais e estaduais.
 
Fotos 1 – 4: Miva Filho/ Secom
Foto 5: Ricardo Stuckert/ Presidência da República

‘Voltei para mostrar a elite econômica atrasada que o Brasil vai voltar a crescer’, diz Lula, em Goiana

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Presidente Lula faz discurso na fábrica da Jeep, em Goiana
Guga Matos/JC Imagem
Lula participa de lançamento de novo modelo de carro – FOTO: Guga Matos/JC Imagem

O presidente Lula chegou na fábrica de veículos de Goiana por volta as 16 horas e participou do lançamento do quinto modelo lançado pela planta, montada em 2015, com a ajuda do ex-governador Paulo Câmara. O complexo é responsável pela produção de quatro modelos do grupo: Jeep Renegade, Compass e Comander, e a Fiat Toro. Janja também está presente no evento.

No discurso, Lula agradeceu a acolhida na fábrica e louvou a independência econômica. “Nos vemos aqui um pouco da fotografia do Brasil que queremos construir. O Brasil pode ser assim”, disse Lula, citando que já foi a sexta economia mundial e hoje é a 12.

“Nós voltamos para recuperar este pais. Nós hoje vendemos menos carros do que se vendia em 2010, quando eu deixei o governo. Voltei porque quero mostrar a elite econômica atrasada que o Brasil pode crescer”

“O Brasil não merecia passar pelo que passou, merecia maior sorte”, citou, em uma possível referência a Bolsonaro.

“Este País vai voltar a crescer. Quem ganha com este juros tão alto? quem perde nos sabemos que é o mais pobre”

Lula citou que existem 72 milhões de brasileiros pendurados no Serasa e que o crédito barato precisa voltar, para estimular a produção e o emprego. “O Nordeste vai ser tratado da maneira que merece, com igualdade. .. continuem acreditando neste sonho”

O prefeito do Recife, João Campos, participou da comitiva, como os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão. Raquel Lyra também foi convidada e está presente.

O ministro Rui Costa faz parte da comitiva, bem com o o pernambucano André de Paula e Luciana Santos.

O principal executivo do grupo Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, abriu seu discurso afirmado que Lula era o principal protagonista para que a fábrica tivesse nascido, há oito anos passados.

O empresário citou a edição da MP dos carros populares, em discussão no Congresso. “A fábrica é um sucesso global e o senhor nos disse lá atrás que nós iríamos nos surpreender com o povo do Nordeste. É uma surpresa a cada dia”

Henrique Gomes, presidente do sindicato dos metalúrgicos de Pernambuco, agradeceu a possibilidade da retomada do emprego.

Raquel Lyra disse que o governo de Pernambuco estava sendo bem recebido no governo Federal. Ela citou que o pai João Lyra estava ao lado de Eduardo Campos na iniciativa do lançamento da empresa, hoje a fábrica mais moderna do mundo.

Univasf tem 700 estudantes carentes em fila de espera por bolsas e auxílios

07/06/23

Por Lucas Moraes

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Recomposição orçamentária oferecida pelo MEC atendeu apenas parte da demanda da universidade

Divulgação
Reitoria da Univasf, em Petrolina – FOTO: Divulgação
Ainda sem ter acesso à totalidade de recusos necessária para suprir toda a demanda de auxílios e bolsas ofertadas aos estudantes mais carentes, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que mantém seus campi em Pernambuco, Piauí e Bahia, está com uma fila de espera de 700 estudantes que anseiam pelo recebimento de ajuda para manter os estudos. 

Sem dinheiro, centenas de alunos ainda estão sem respostas sobre os pagamentos de Auxílio Permanência, Auxílio Alimentação, Auxílio Creche e manutenção de alimentando (a) e ou dependente, Bolsa Permanência, Restaurante Universitário e Residência Estudantil.

Junto ao Ministério da Educação (MEC), a Univasf conseguiu a recomposição total do orçamento em 2023 no valor de R$ 6.525.584,00, o que elevou o orçamento da universidade em 2023 para R$ 41.048.261,00, mas o valor ainda não é suficiente para zerar o déficit das bolsas e auxílios, que já se acumulam desde o ano de 2022. 

Com a recomposição, foram destinados R$ 510.400 para ampliar o atendimento da assistência estudantil em mais 204 beneficiados, atendendo parte da demanda reprimida do Processo Seletivo Unificado – PSU-2022, porém a Univasf ainda conta com uma fila de 700 discentes que estão esperando a liberação de recursos.

“Em reunião da Câmara de Assistência Estudantil, foram estabelecidos os critérios de distribuição desses recursos, priorizando os campi que não possuem Restaurante Universitário. O Serviço Social da Proae analisou a situação acadêmica dos estudantes para confirmar aqueles que são elegíveis para receber os benefícios. Dessa forma, conseguimos adequar o quantitativo das modalidades de benefícios de acordo com o perfil de vulnerabilidade econômica de cada beneficiado”, informou em comunicado o reitor da Univasf, Telio Nobre Leite.

A demanda orçamentária para a assistência estudantil zerar a fila de espera seria de aproximadamente R$1.019.200,00.

A este Jornal do Commercio, o MEC já informou que destinou R$ 2,44 bilhões para educação superior e do ensino profissional e tecnológico.

“Ao todo, 70% do montante (R$ 1,7 bilhão) será disponibilizado para a recomposição direta nas universidades e institutos. Desse valor, aproximadamente R$ 1,32 bilhão será direcionado para as universidades e R$ 388 milhões para os institutos federais. Este valor fará com que o montante disponibilizado para todas as universidades e institutos voltem ao montante global de receitas discricionárias de 2019”.

Os outros 30%, segundo o MEC, cerca de R$ 730 milhões, serão destinados para obras e outras ações que ficaram com as despesas descobertas na gestão anterior, como ocorreu com a residência médica e multiprofissional, e com as bolsas de permanência para estudantes.

Apesar dessa liberação, os recursos continuam mostrando-se insuficentes para as demandas reprimidas ainda existentes nas universidades. E não há previsão de suplementação.

A Univasf ainda não publicou edital para novas vagas na assistência estudantil em 2023. A previsão é de que o edital deste ano seja lançado só no início do segundo semestre.

Alepe libera proposta de RAQUEL LYRA e rejeita texto com AUMENTO PARA TODOS OS PROFESSORES

07/06/23

Por Lucas Moraes

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Seguindo o relator, deputado Antônio Moraes (PSB), todos os oito parlamentares que compõem a comissão de Justiça atestaram a constitucionalidade da propostaLucas Moraes

Leoncio Francisco/Divulgação
Sindicato tem pressionado parlamentares para apresentarem alternativa à proposta de Raquel Lyra – FOTO: Leoncio Francisco/Divulgação

O texto enviado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) para pagamento do reajuste do piso dos professores, estipulado em 14,95%, teve a sua constitucionalidade aprovada sem maiores problemas na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça da Alepe, nesta quarta-feira (7).

Seguindo o relator, deputado Antônio Moraes (PSB), todos os oito parlamentares que compõem a comissão atestaram a constitucionalidade da proposta. Foi rejeitado ainda o texto substitutivo assinado por 14 deputados da oposição, que tentava garantir reajuste equivalente para toda a categoria, independente do salário atualmente recebido.

A proposta da governadora garante reajuste do piso para cerca de 6 mil professores, o que tem desagradado a categoria. O sindicato dos profissionais da educação em Pernambuco (Sintepe) afirma que mais de 52 mil profissionais ficam sem reajuste, seguindo o texto do Poder Executivo.

Na Alepe, aprovada a constitucionalidade, o texto agora será analisado agora pelas comissões de Finanças, Administração e também a comissão de Educação.

Antônio Moraes esclareceu que a aprovação – pela unanimidade da CCLJ – limita-se à constitucionalidade do projeto. O mérito da proposta, teor questionado pelo sindicato, ainda será analisado pela Comissão de Educação da Assembleia.

“Cabe à Comissão de Justiça dar parecer apenas sobre a constitucionalidade dos projetos. Ou seja, se está ou não de acordo com a Constituição e as demais leis”, reforçou Antônio Moraes.

As comissões de Finanças e de Administração Pública também deverão oferecer parecer técnico.

Um novo parecer do texto deverá ser apresentado pelo deputado João Paulo Lima e Silva (PT) até o dia 16 deste mês de junho.

Náutico vence Volta Redonda e assume  a vice-liderança da Série C

07/06/23
Por William Tavares/Folhape
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Jael e Souza balançaram as redes no triunfo desta noite, nos Aflitos, pela sétima rodada
Jael comemora gol marcado pelo Náutico
O Náutico vai dormir na vice-liderança da Série C do Campeonato Brasileiro. Nos Aflitos, contra o Volta Redonda, o Timbu venceu nesta terça (6) por 2×0, chegando ao segundo triunfo consecutivo na competição e o quarto sem perder. A equipe está com 13 pontos, abaixo apenas do São Bernardo/SP, com 15, mas ainda pode descer até a quarta posição após o complemento da rodada.

No intervalo de um minuto, o torcedor do Náutico colocou por duas vezes a mão na cabeça por conta de um lance que quase culminou em gol. Na primeira, a sensação foi de alívio. Após escanteio, a bola sobrou para Matheus Santos. Embaixo da barra, o jogador isolou. Na sequência, o sentimento foi de frustração. Villero recebeu em velocidade pela esquerda e bateu cruzado para fora.

A dobradinha “chance lá, chance cá” continuou. Souza, em falta de fora da área, soltou uma bomba para ótima defesa de Jean Drosny – o goleiro também salvou em outra cobrança, agora de Jael. No lado carioca, Marquinhos finalizou em bola que raspou o travessão. Um primeiro tempo de muitas oportunidades, mas nenhum gol.

Experientes decidem vitória

A espera que durou todo um primeiro tempo acabou em no minuto inicial do segundo. A zaga do Volta Redonda falhou ao tentar cortar um cruzamento rasteiro. Jael dominou e finalizou. A bola resvalou na marcação e entrou.

Souza, em nova cobrança de falta, obrigou Drosny a se esticar para evitar o segundo. Parecia que esse duelo particular seria vencido pelo goleiro do Volta. Não foi. Aos 13, o meia do Náutico teve mais uma chance na bola parada. Agora mais perto. Com categoria, ele bateu por cima da barreira e o camisa 12 do clube carioca apenas olhou a rede balançar.

A vantagem permitiu ao Náutico jogar apenas no erro do adversário, criando diversas chances de contra-ataques. O terceiro gol não veio, mas os alvirrubros saíram satisfeitos dos Aflitos.

Executivo de olho

Quem esteve nos Aflitos acompanhando o jogo foi Gustavo Cartaxo. O ex-dirigente do ABC é cotado para assumir o posto de executivo de futebol do Náutico, ocupando a vaga deixada recentemente por Nei Pandolfo. O gestor já trabalhou com o atual comandante alvirrubro, Fernando Marchiori, justamente na equipe potiguar. A oficialização do acerto deve ocorrer nesta quarta (7).

O próximo jogo do Náutico é segunda (12), contra o Confiança, no Batistão. No duelo, os pernambucanos terão os desfalques de Jean Mangabeira e Jael, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo. Juan Gauto e Júlio são os prováveis substitutos.

Ficha técnica

Náutico 2
Vágner; Denilson, Danilo Cardoso, Rennan Siqueira; Victor Ferraz, Jean Mangabeira, Souza (Eduardo), Gabriel Santiago (Regis Tosatti) e Diego Matos; Villero (Diego Ferreira) e Jael (Julio). Técnico: Fernando Marchiori

Volta Redonda 0
Jean Drosny; Wellington Silva (Yuri), Marcão, Matheus Santos e Ricardo Sena (Marcos Pedro); Henrique, Robinho (Bruno Barra) e Júlio César (Mateus Alessandro); Marquinhos, Douglas Skilo (Samuel) e Ítalo. Técnico: Rogério Corrêa

Local: Aflitos (Recife/PE)
Árbitro: Murilo Francisco Misson Junior (MG). Assistentes: Ricardo Junio de Souza e Magno Arantes Lira (ambos de MG)
Gols: Jael (ao 1º do 2ºT) e Souza (aos 13 do 2ºT)
Cartões amarelos: Denilson, Rennan Siqueira, Jael, Jean Mangabeira (N); Henrique Silva, Marcão, Wellington Silva (V)
Público Total: 7.349 torcedores
Renda: R$ 85.859,00

 Câmara dos Deputados confirma a cassação de Deltan Dallagnol

07/06/23

Marcus Vinícius

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A nomeação do suplente que vai ocupar a vaga de Deltan Dallagnol ainda depende de decisão judicial, pois há uma disputa entre Itamar Paim (PL) e Luiz Carlos Hauly (Podemos)

Bruno Spada / Câmara dos Deputados
O deputado Deltan Dallagnol (Pode-PR) teve o seu mandato cassado pelo TSE – FOTO: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados confirmou, nesta terça-feira (6), a decisão de cassação do mandato do deputado Deltan Dallagnol (Podemos – PR).

O caso foi analisado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelos demais membros da Mesa, que confirmaram a decisão apenas uma semana após Deltan Dallagnol apresentar sua defesa.

QUAL O MOTIVO DA CASSAÇÃO DE DALLAGNOL

A decisão foi tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, em 16 de maio.

O TSE cassou o mandato por entender que Deltan Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador da República enquanto tramitavam processos administrativos que poderiam torna-lo inelegível, se fosse condenado.

Dallagnol alega que deixou o cargo para auxiliar o ex-juiz Sergio Moro em sua campanha para a presidência, mas essa candidatura acabou sendo substituída por sua própria candidatura ao Senado.

A DECISÃO DA MESA DIRETORA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Após a defesa de Deltan Dallagnol, que ocorreu há uma semana, a corregedoria tinha um prazo de 30 dias para se pronunciar. No entanto, a Mesa da Câmara não estava sujeita a um limite de tempo para tomar a decisão.

Em nota, a Câmara informou que não foi discutido o “mérito da decisão da Justiça Eleitoral”, mas sim feita uma “análise formal do caso”.

A nomeação do suplente que vai ocupar a vaga de Deltan Dallagnol ainda depende de decisão judicial, pois há uma disputa entre Itamar Paim (PL) e Luiz Carlos Hauly (Podemos).

Leia a íntegra da nota da Câmara sobre a situação:

“A Constituição Federal prevê, em seu art. 55, dois ritos para as hipóteses de perda demandato parlamentar.

No primeiro rito, aplicável aos casos de quebra de decoro, de condenação criminal transitada em julgado e de infrações às proibições constitucionais (art. 55, incisos I, II eVI), compete à Câmara dos Deputados apreciar o mérito e decidir, por maioria absoluta do Plenário, sobre a perda do mandato do Deputado ou da Deputada (art. 55, § 2º).

Já na hipótese de decretação de perda de mandato pela Justiça Eleitoral (art. 55, inciso V),não há decisão de mérito ou julgamento pelo Plenário da Casa.

A competência da Câmara dos Deputados, exercida pela Mesa Diretora nos termos do § 3º do art. 55 da Constituição Federal, é de declarar a perda do mandato. Este é o caso do Deputado Deltan Dallagnol.

Nestas hipóteses, a Câmara dos Deputados segue o Ato da Mesa nº 37, de 2009, que especifica o rito que garante conhecer o decreto da Justiça Eleitoral, avaliar a existência ea exequibilidade de decisão judicial, ouvir o Corregedor da Casa e instruir a Mesa Diretora a declarar a perda nos termos constitucionais.

Fundamentos

As hipóteses de perda de mandato parlamentar estão previstas no artigo 55 daConstituição Federal. No mesmo artigo, são definidos dois ritos distintos para que referidaperda ocorra.

No caso de Parlamentares que incorrerem nas infrações listadas nos incisos I, II e VI(infração das proibições estabelecidas no art. 54, quebra de decoro parlamentar ou condenação criminal transitada em julgado), a perda do mandato será decidida pelo Plenário da Câmara dos Deputados, por maioria absoluta, conforme § 2º do art. 55.

Trata-se de uma decisão política, em que o Plenário, de maneira soberana, decide pela perda ou não do mandato, conforme sua análise do mérito da questão.

Já nas demais hipóteses de perda de mandato, arroladas nos incisos III a V do mesmo artigo (incluído, portanto o caso de perda de mandato decretada pela Justiça Eleitoral -inciso V), compete à Mesa da Câmara dos deputados, nos termos do § 3º do art. 55, tão somente declarar tal perda, após análise apenas formal da decisão da Justiça Eleitoral.

Nesse caso, não há que se falar em decisão da Câmara dos Deputados, mas apenas em declaração da perda do mandato pela Mesa.

No âmbito da Câmara dos Deputados, os procedimentos a serem observados nos processos de perda de mandato previstos nos incisos IV e V da Constituição Federal estão disciplinados no Ato da Mesa n. 37/2009.

Conforme art. 5º do referido Ato da Mesa, a análise, no âmbito da Câmara dos Deputados, restringir-se-á aos aspectos formais da decisão judicial.

Nesse sentido, reitera-se que não cabe à Câmara, ou a qualquer de seus órgãos, discutir o mérito da decisão da Justiça Eleitoral. Assim, não se trata de hipótese de em que aCâmara esteja cassando mandato parlamentar, mas exclusivamente declarando a perda do mandato, conforme já decidido pela Justiça Eleitoral.

Seguindo os procedimentos previstos no Ato da Mesa 37/2009, a comunicação da Justiça Eleitoral é enviada para a Corregedoria da Casa (art. 1º), que remeterá cópia ao Deputadoa que se refere, e abrirá prazo para sua manifestação (art. 3º).

Apresentada a defesa, o Corregedor elabora parecer, que é encaminhado à Mesa Diretora para que declare a perda do mandato.”

Segundo informações do jornal O Globo, Deltan tentou entrar em contato com Lira, mas não teve retorno.

“Procurei Lira, mas ele fechou as portas”, informou Dallagnol.

MEC prorroga consulta pública do ensino médio por mais 30 dias

07/06/23
Da Estadão Conteúdo
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O pedido de prorrogação foi feito por entidades educacionais com o objetivo ampliar as formas de participação social no debate

Filipe FariasGERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO

Ministério da Educação (MEC) prorrogou a consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio por mais 30 dias – FOTO: GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO

Ministério da Educação (MEC) decidiu prorrogar a consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio por mais 30 dias, conforme antecipou o Estadão. O prazo vai agora até 5 de julho. O pedido de prorrogação foi feito por entidades educacionais com o objetivo ampliar as formas de participação social no debate.

“A decisão atende a uma solicitação de instituições que colaboram com o Ministério da Educação na realização da consulta: o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Fórum Nacional de Educação (FNE), o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) e o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed)”, informou o ministério.

Por meio de carta conjunta, as instituições haviam solicitado ao ministro Camilo Santana a prorrogação, “a fim de que sejam garantidas as condições necessárias para aplicação de todos os instrumentos de escuta e a mais ampla participação social”.

Para o MEC, o pedido oferece a oportunidade de participação a todos que ainda queiram contribuir com o debate público. “Atende, portanto, ao interesse público e, por esse motivo, a ampliação foi acolhida pela Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase) do Ministério, incumbida de coordenar o processo”, disse a pasta.

CRONOGRAMA

Depois que a consulta for finalizada, o MEC tem ainda um prazo de 90 dias para organizar um relatório sobre eventuais mudanças no novo ensino médio. Não há definição ainda se isso seria feito por meio de um projeto de lei.

Segundo o Estadão apurou, não havia um consenso no ministério sobre o adiamento ou não da consulta. O ministro Camilo Santana estava reticente em fazer a prorrogação.

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