Moral de campeã: Skatista mirim pernambucana disputa campeonato em Natal

28/05/23

Por Rachel Motta ]

blogfolhadosertao.com.br

Maytê Pires é campeã brasileira (2019) e nordestina (2022) e leva o nome de Pernambuco e da patrocinadora Art Tattoo Expo

 

 

 

A skatista mirim Maytê Pires, do Cabo de Santo Agostinho, campeã brasileira em 2019 e campeã nordestina iniciante 2022, leva o nome de Pernambuco e da Art Tattoo Expo, sua patrocinadora, para o Circuito Nacional de Skate em Natal   hoje (28). A menina participa da disputa na modalidade street.

O Circuito Norte Riograndense Skate acontece na Praça do Disco Voador na praia de Ponta Negra. São esperados residentes de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Sergipe. Valendo uma vaga para a seletiva Nordeste.

Aos 12 anos, Maytê começou a andar de skate aos cinco anos, quando seu pai a levava depois da aula para uma pista atrás da escola. O primeiro skate foi presente dos padrinhos e aos oito anos participou do primeiro campeonato brasileiro em São Paulo, consagrando-se campeã na categoria street infantil. “De lá para cá tenho me dedicado e treinado bastante. Onde venho me destacando e evoluindo a cada competição. Tenho como inspiração Raissa Leal. Meu objetivo é participar das Olímpiadas e ser Campeã mundial”, afirma a garota.

PATROCINADORA – A Art Tattoo Expo é uma convenção de tatuagem com uma competição de alto nível com os artistas expositores, além de marcas, produtos e serviços que envolvem o universo da tatuagem. Este ano o evento está programado para 30 de novembro a 3 de dezembro no Riomar Shopping com expectativa de participação de mais de 300 expositores e um público superior a dez mil pessoas.
Conquistas Maytê Pires

•Campeã brasileira 2019 infantil

•Campeã nordestina 2022 iniciante

•Campeã pernambucana 2022 open

•Campeã Zoado skate board 2022 open

•Campeã ki7 Skate board 2022 open

•Campeã batalha das Escadarias 2022 open

•Campeã Cactus sport park 2022 iniciante

•3° Lugar King of Nordeste iniciante

•3°Lugar Descentraliza Open

•15° STU Recife categoria Profissional

•16° Brasileiro feminino fem 2

CPMI do 8 de janeiro mira 45 militares, incluindo Heleno e Braga Netto

28/05/23

Redação O Antagonista

blogfolhadosertao.com.br

 

Levantamento feito a partir de mais de 400 requerimentos mostra nomes de figuras que integraram o alto escalão do governo Bolsonaro e da gestão Lula
CPMI do 8 de janeiro mira 45 militares, incluindo Heleno e Braga Netto
Foto: Carolina Antunes/PR
A CPMI do 8 de Janeiro mira ao menos 45 militares para depor no colegiado, incluindo os generais Braga Netto e Augusto Heleno, além do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

Levantamento do Globo feito a partir de mais de 400 requerimentos apresentados por senadores e deputados mostra nomes de figuras que integraram o alto escalão do governo anterior, da gestão Lula e policiais envolvidos nos atos de vandalismo nas sedes dos Três Poderes.

A lista inclui também o ex-major Ailton Barros, preso por suspeita de envolvimento no esquema de fraude de dados do cartão de vacinação de Bolsonaro.

Há ainda nomes como Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI, Júlio César Arruda, ex-comandante do Exército, general Marcos Amaro, atual titular do GSI, e o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.

TCE impõe à Câmara de Vereadores de Serra Talhada devolução de gastos indevidos

28/05/23

Ascom TCE/PE

blogfolhadosertao.com.br

O total das despesas indevidas foi calculado em torno de R$ 316.750,00.

A Segunda  Câmara do TCE julgou irregular o objeto de uma Auditoria Especial realizada na Câmara Municipal de Serra Talhada referente ao exercício de 2020. Sob a relatoria do conselheiro substituto Carlos Pimentel, o processo (n° 21100290-2) analisou gastos com eventos sem realização comprovada.

A equipe técnica do TCE examinou a execução de despesas envolvendo a contratação de duas empresas de capacitação, a IMB Cursos e a Treinar – Tecnologia e Capacitação, além de inscrições de agentes públicos e pagamentos de diárias em eventos nas cidades de João Pessoa e Maceió. De acordo com os documentos apresentados pela Câmara, cinco deles teriam datas coincidentes com o isolamento social motivado pela Covid 19 e outro, com o período carnavalesco.

Conforme o relatório de auditoria, apenas com inscrições de funcionários nos eventos, foi despendido o montante de R$ 70.700,00; já com pagamentos de diárias, foram gastos R$ 246.050,00. O total das despesas indevidas foi calculado em torno de R$ 316.750,00.

Gastos sem comprovação, ainda mais em época de pandemia, são indícios de improbidade administrativa e peculato, atentando contra o interesse público. Diante disso, tanto a procuradora Germana Laureano, do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPC-PE), quanto a equipe de auditoria argumentaram que os valores devem ser restituídos aos cofres públicos a partir da imposição de débito, além de ser cabível a aplicação de multa ao responsável pelas despesas, o presidente da Câmara de Serra Talhada, vereador Manoel Casciano da Silva.

Ao responsável, foi imputada uma multa no valor de R$ 9.183,00, além de débito de R$ 246.050,00. Foram impostos, ainda, débitos solidários de R$ 32.200,00, junto à empresa IMB Cursos, e de R$ 38.500,00, com a empresa Treinar – Tecnologia e Capacitação.

Por fim, o conselheiro substituto Carlos Pimentel determinou que os autos do processo sejam enviados ao MPC-PE para que avalie a necessidade de encaminhar ao Ministério Público Estadual. O órgão competente avaliará a adoção de medidas cabíveis em relação às irregularidades.

SESSÃO – Estiveram presentes na sessão, o presidente da Segunda Câmara, conselheiro Dirceu Rodolfo, o conselheiro Carlos Neves e o conselheiro substituto Marcos Nóbrega, que assume interinamente a vaga da conselheira Teresa Duere. Representou o Ministério Público de Contas o procurador Ricardo Alexandre. Os interessados ainda podem recorrer da decisão.

Irregularidade: Estado anula cessão de imovel do Centro do Idoso para a Prefeitura do Recife

 28/05/23
Imprensa PE 
blogfolhadosertao.com.br
Miniatura do anexo
 
O Governo do Estado, através da Secretaria de Saúde, reverteu ao Estado a posse do imóvel onde está instalado o Centro de Referência do Idoso, em Areias. A decisão, assinada nesta sexta-feira pela titular da pasta, Zilda Cavalcanti, foi baseada na constatação, após processo administrativo, da “existência de vícios insanáveis que maculam o Termo de Prestação de Contas e Compensação Financeira”. Na prática, ela torna nula a cessão do imóvel – que pertence ao Estado – à Prefeitura do Recife, feita no dia 30 de dezembro do ano passado, no penúltimo dia da gestão Paulo Câmara.
 
Agora, a Prefeitura do Recife deverá desocupar o imóvel e devolvê-lo ao Estado após intimação. Antes disso, o município poderá agendar a retirada de equipamentos que possam ter sido instalados no espaço. A decisão também determinou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) seja oficiado.
 
A atual gestão estadual identificou, no início do ano, possíveis irregularidades em um convênio de cooperação técnica assinado entre Estado e Prefeitura do Recife na gestão anterior. Por esse motivo, o Governo de Pernambuco decidiu abrir, no fim de abril, um processo administrativo. Como desdobramento, uma decisão judicial determinou que a prefeitura não poderia inaugurar, mas a gestão municipal não cumpriu a determinação.
 
Nesta sexta-feira, o processo administrativo foi concluído e identificou “múltiplas irregularidades”. Entre elas, a ausência de justificativa e divulgação, via portaria, a respeito dos repasses de materiais hospitalares e medicamentos feitos pela Prefeitura do Recife à gestão anterior do Governo do Estado.
 
O processo administrativo ainda identificou que a cessão do imóvel não foi autorizada pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e a Procuradoria Geral do Estado não validou a previamente a celebração da prestação de contas. Por fim, a prestação de contas não tinha detalhamento sobre o valor da compensação financeira. Dois relatórios técnicos do TCE-PE identificaram que os repasses de medicamentos pela Prefeitura do Recife ao Governo do Estado causaram um prejuízo de R$ 12,2 milhões.
 
O Centro de Referência do Idoso deverá ser inaugurado nos próximos dias, com capacidade para realizar 96,5 mil atendimentos por ano, beneficiando idosos de todas as regiões do Estado.
 
Foto: Miva Filho/Secom.

No Maranhão: Raquel Lyra debate modelos de políticas públicas que fomentam a humanização do sistema penitenciário

27/05/23

Imprensa PE

blogfolhadosertao.om.br

Miniatura do anexo

A governadora Raquel Lyra realizou, nesta sexta-feira (26), uma visita institucional ao Maranhão para conhecer as políticas penitenciárias desenvolvidas no Estado. Acompanhada do governador Carlos Brandão, a gestora conheceu a Unidade Prisional de Ressocialização Feminina (UPFEM) e o Complexo Penitenciário São Luís, e destacou que é importante conhecer o funcionamento de ações que geraram melhores resultados na humanização das políticas públicas locais.
 
“Estamos visitando o sistema penitenciário do Maranhão, que já teve uma penitenciária considerada a pior do Brasil. Hoje vimos que o sistema mudou a partir do incentivo ao servidor, com planejamento, trabalho, com inclusão de educação e ressocialização. Queremos levar modelos como esse, que deram certo, para o nosso Estado. Assim a gente muda Pernambuco para melhor e diminui a criminalidade e a reincidência criminal”, ressaltou a chefe do Executivo pernambucano.
 
Na ocasião, Raquel Lyra pôde conhecer as ações implementadas no Maranhão na área de humanização, sobretudo nas frentes de trabalho realizadas pelos reeducandos do sistema prisional do Estado. Durante a visita, os governadores foram à UPFEM, onde participaram de uma apresentação institucional. Em seguida, a comitiva conheceu a Padaria, Malharia e o Projeto Digitalização, localizadas também na UPFEM. Após isso, eles seguiram para o Complexo Penitenciário São Luís, com visita às seguintes frentes de trabalho: Fábrica de Estofados, Lavanderia, Cadeiras de Escritório, Meu Ganha Pão, Produção de Conjuntos Escolares e Fábricas de blocos. 
 
“Conhecer as boas práticas de Estados que vêm se destacando no processo de ressocialização é essencial para que possamos levar essas experiências para serem replicadas em Pernambuco. Pegamos um sistema prisional falido da antiga gestão e estamos empenhados em mudar essa realidade”, frisou a secretária de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Lucinha Mota, que também acompanhou a agenda.
 
Em Pernambuco, pelo menos 2.300 pessoas privadas de liberdade (PPLs) trabalham nas 23 unidades prisionais do estado. Eles atuam na limpeza, conservação, preparação de alimentos, hortas, marcenaria, manutenção e capinação nas unidades prisionais, entre outras atividades.
 
Fotos: Fernando do Anjos/Governo do Maranhão

Antigo prédio da Sudene  tem aporte de R$ 10 milhões para reabrir com 30 empresas e novo restaurante

27/05/23
JC
blogfolhadosertao.com.br

Prédio passou para domínio da Universidade Federal de Pernambuco após acordo com a SPULucas Moraes

Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem.
Antigo prédio da Sudene, na BR-101 – FOTO: Sérgio Bernardo/Acervo JC Imagem.

O antigo prédio da Sudene, imponente construção localizada no bairro do Engenho do Meio, às margens da BR-101, está recomeçando a ter vida. A expectativa é de que parte da ocupação da edificação comece a ser feita em 2024, contando com investimento de R$ 10 milhões.

Após cinco anos da cessão, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está começando a tirar do papel os projetos para a área construída de 72.704,81 m². Atualmente, a universidade já mantém no local, denominado oficialmente como edifício Celso Furtado, os setores de transporte e de segurança da UFPE, mas pretende, a partir do ano que vem, começar a ampliar essa ocupação.

“Temos o grande desafio de popular o prédio Celso Furtado. Ele está dividido num grande projeto, que envolve o parque tecnológico da universidade. Temos recursos da Finep (empresa pública financiadora de estudos e projetos) para ocupar três andares, ou seja, 40% do prédio e outra parte está voltada a parcerias, numa perspectiva de sustentabilidade”, detalha o reitor da UFPE, professor Alfredo Gomes.

Pelo projeto estruturado pela UFPE, o prédio está dividido em duas lâminas (norte e sul). No caso da área norte, deverão ser instaladas startups que atualmente já funcionam no campus da universidade, com abertura de um novo restaurante universitário.

“A parte norte é voltada para ocupação pública. Dentre outras coisas, teremos lá o parque tecnológico, que claramente está em funcionamento em outros espaços da universidade. Isso implicou em recursos da Finep de R$ 10 milhões, parte (do dinheiro) já chegou”, confirma o reitor.

Ele adianta ainda que o conjunto de startups da universidade reúne atualmente mais de 30 em funcionamento que deverão ser transferidas para o antigo prédio da Sudene, assim como a criação de centros de estudos voltados para áreas estratégicas para a economia da região.

“Temos três áreas essenciais que articulam a universidade com projetos estratégicos, locais e nacionais, de energia renováveis, bioeconomia e na área de saúde. Temos feito articulações internas e externas para desenvolvimento de centros de estudos e referência nessas áreas. Nesse sentido, a ministra de Ciência e Tecnologia esteve aqui na UFPE e anunciou a implementação do Centro de Estudos e Pesquisas de Energias Renováveis no Nordeste, que parte funcionará no prédio. São muitas iniciativas,mas achamos que no próximo ano começa a ser ocupado (o prédio da Sudene)”, explica.

A universidade pretende inaugurar ainda um novo restaurante universitário na área térreo do prédio, para atender a demanda da UFPE no novo setor. Além disso, na chamada lâmina sul, a ideia é fechar parcerias para ocupação do espaço pensando em rentabilidade para sobrevida da edificação.

“Existem discussões na área de hotelaria e saúde, mas estamos analisando essa questão”, pontua Gomes. Uma estimativa do próprio órgão condômino, criado em 2003 para gerenciar o uso do imóvel, previa a necessidade de cerca de R$ 40 milhões para deixar o antigo prédio da Sudene totalmente utilizável e com todas as atividades em operação.

Oportunidade de emprego: Eletrobras oferece 351 vagas, em primeiro processo de contratação pós-privatiização

27/05/23

Agência O Globo

blogfolhadosertao.com.br

Segundo a empresa, estas são as primeiras vagas das mais de 800 que serão disponibilizadas nos próximos meses, de forma escalonada

No primeiro processo seletivo promovido desde a privatização, em 2022, a Eletrobras abriu 351 vagas para contratação de profissionais pelas suas subsidiárias Eletrobras CGT Eletrosul, Chesf, Eletronorte e Furnas, presentes em todas as regiões do Brasil.

O processo, que havia sido lançado em abril, foi cancelado por causa da rescisão de contrato com a empresa responsável pelo processo de recrutamento e seleção. Segundo a empresa, quem já havia feito a inscrição terá que refazer para se candidatar.

As contratações serão realizadas via regime CLT para áreas operacionais, de manutenção e operação, com oportunidades para nível superior e técnico. Segundo a empresa, estas são as primeiras vagas das mais de 800 que serão disponibilizadas nos próximos meses, de forma escalonada.

As candidaturas serão realizadas por meio da plataforma Gupy, em que os candidatos criam seus perfis, preenchem todos os dados solicitados e respondem às perguntas disponibilizadas. Confira as vagas disponíveis no site da Eletrobras.

Veja quanto tempo deve durar programa do governo Lula para reduzir preço dos carros populares

27/05/23
Da Estadão Conteúdo
blogfolhadosertao.com.br

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que iniciativa para baratear carro popular será temporária-

FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad – FOTO: FABIO RODRIGUES-POZZEBOM/ AGÊNCIA BRASIL

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (26) que os incentivos anunciados para a indústria de veículos serão temporários e visam apoiar o setor na transição entre o início do ciclo da queda dos juros e a recuperação do mercado.

Em entrevista no período da tarde desta sexta à GloboNews, Haddad classificou a tentativa de resgate dos carros populares como um programa “tópico”, que, prometeu, não vai se estender para além deste ano.

“Estamos falando de um programa que pode durar três ou quatro meses, não é estrutural”, declarou o ministro, acrescentando que a duração ainda está em definição.

Na quinta, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, disse que o pleito da indústria automotiva é que os incentivos durem pelo menos um ano. Nesse caso, o programa poderia aumentar as vendas de automóveis entre 200 mil e 300 mil unidades em 12 meses, afirmou.

Haddad disse que pretende apresentar os detalhes da desoneração dos automóveis já na semana que vem, antes do prazo de 15 dias dado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

O ministro citou o fechamento de montadoras nos últimos anos ao justificar a preocupação com a estagnação do mercado de carros.

Com o início dos cortes de juros, inflação controlada e melhora na perspectiva de crescimento econômico, projetou, as vendas de bens duráveis devem se recuperar com a volta do crédito, tornando os estímulos desnecessários. “Tem um hiato que está nos preocupando.”

Ao rebater críticas de que a desoneração dos carros não atende consumidores de baixa renda, o ministro da Fazenda sustentou que o governo tem tomado medidas para todas as classes sociais, citando o reforço do Bolsa Família, o reajuste acima da inflação do salário mínimo e a atualização da tabela do imposto de renda.

“Estamos com foco em todos os problemas herdados e direcionando soluções”, afirmou.

“Não passa perto de um programa para 12 meses, estamos discutindo o prazo”, acrescentou o ministro.

Contas feitas até domingo

Na entrevista à GloboNews, Haddad disse que sua pasta e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o MDIC, devem fazer contas até domingo sobre o impacto da desoneração dos automóveis.

Haddad adiantou que o programa não deve chegar a um quarto do impacto fiscal estimado pelo mercado, de R$ 8 bilhões. As contas, disse Haddad, vão levar em consideração a perspectiva de redução dos juros, que deve tornar desnecessário o estímulo às vendas de carros antes do fim do ano.

Os cálculos preliminares já foram feitos, porém, disse o ministro, a equipe econômica precisa fechar a equação seguindo os critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Não posso apresentar conta ao presidente sem estar fechada”, explicou.

The Affter: Lula busca alternativas para reverter desmonte de MP, mas admite fraqueza no Congresso

27/05/23

Por João Gabriel/Julia Chaib/Matheus Teixeira/Renato Machado//Folhapress

blogfolhadosertao.com.br

 

 

Em reunião nesta sexta-feira (26), o presidente Lula (PT) disse às ministras Marina Silva (Meio Ambiente) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas) que precisará buscar alternativas para reverter o desmonte ambiental, admitindo que está sem força no Congresso.

Segundo interlocutores disseram à reportagem, Lula assegurou que, independentemente do setor onde instrumentos como o CAR (Cadastro Ambiental Rural) e a demarcação de terras indígenas estejam, sua gestão cumprirá o compromisso de preservar o meio ambiente e a defesa dos povos.

A reunião aconteceu após o Congresso desidratar as pastas de Sonia e Marina na discussão da medida provisória que estrutura a Esplanada dos Ministérios.

Na última quarta-feira (24), a comissão mista para analisar o tema aprovou o relatório do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL) no qual ele retira do Meio Ambiente o CAR, a ANA (Agência Nacional de Águas), além de uma série de sistemas.

O primeiro instrumento vai para a Gestão (da ministra Esther Dweck) e o segundo para o Desenvolvimento Regional (de Waldez Goés); o Sinisa (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico), o Sinir (Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos) e o Singreh (Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos) vão para o Ministério das Cidades (de Jader Filho).

Já o reconhecimento e a demarcação de terras indígenas, hoje no Ministério dos Povos Indígenas, vão para a Justiça.

Na mesma quarta, a Câmara também aplicou mais duas derrotas à política ambiental do governo, avançando o projeto de lei do Marco Temporal para demarcação de terras e uma medida provisória do governo de Jair Bolsonaro (PL) que, em razão de uma emenda, afrouxa a proteção à mata atlântica.

O movimento do Congresso desagradou o setor ambiental do governo e fez Lula convocar uma reunião com Marina Silva e Sonia Guajajara, além de seu conselho político —Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil), Paulo Pimenta (Comunicação), o líder do governo no Congresso Randolfe Rodrigues e o líder do governo na Câmara José Guimarães (PT).

Após o encontro, Rui afirmou que o texto da MP (medida provisória) da reestruturação da Esplanada dos Ministérios está “desalinhado” com a visão do governo, que trabalhará para reverter as mudanças durante a votação no plenário da Câmara dos Deputados e no Senado.

Durante o encontro, Lula discutiu com os ministros a possibilidade de realizar, por exemplo, uma gestão compartilhada tanto da demarcação de terras indígenas quanto do CAR.

O diagnóstico é que, sem forças no Congresso, é difícil que qualquer dessas alterações consiga ser desfeita no plenário da Câmara e do Senado e que, por isso, é necessário buscar alternativas que dependam apenas de normas internas ao Executivo, como portarias.

O resultado do encontro é que, agora, o governo além de ainda tentar articular no Congresso, já vai estudar qual a melhor forma de construir essa estrutura sem depender de parlamentares.

Segundo interlocutores dos setores do governo presentes na reunião, uma das possibilidades, por exemplo, é que tanto as decisões do CAR quanto sobre demarcação de terras sejam referendadas por Meio Ambiente e Povos Indígenas, respectivamente.

Outra é a criação de conselhos, chefiados pela Casa Civil, mas com presença de membros dessas pastas, para atuar no processo de cada um destes instrumentos retirados de suas áreas originais.

Em resumo, o entendimento é que o relatório aprovado pela comissão do Congresso abre brecha para que a parte técnica e a fundamentação das decisões sobre as políticas ambientais sigam a cargo do Meio Ambiente ou dos Povos Indígenas.

Portanto, faz mais sentido diante do cenário atual aprovar a medida como ela está do que tentar bancar uma disputa que pode custar ainda mais ao governo —por exemplo, os parlamentares deixarem a medida provisória caducar, o que faria o Executivo ter todo seu desenho da Esplanada desfeito.

Segundo presentes, o tom da reunião ditado por Lula foi o de que o governo vai assegurar a efetivação das políticas ambientais.

No encontro, não se chegou a uma conclusão sobre qual a melhor solução. As alternativas de veto ou de judicialização foram descartadas.

Um veto no caso da demarcação, por exemplo, seria ineficaz no entendimento dos presentes, uma vez que faria a estrutura do governo retornar ao que era na gestão Bolsonaro (ou seja, quando a delimitação dos territórios já era competência da Justiça).

No entendimento de membros do ministério de Sonia, o fato de Flavio Dino ser o atual ministro da Justiça dá segurança de que os processos seguirão tendo a celeridade que necessitam.

Após o encontro, Padilha afirmou que trabalhará para reverter a situação, mas disse que a eventual manutenção da decisão do Congresso de esvaziar as pastas ambientais não evitará o governo de implementar o projeto do presidente Lula de, segundo ele, proteger a natureza.

Rui, por sua vez, relativizou a derrota sofrida no Legislativo: “A maior parte dos pontos preservou aquilo que era conceito original da MP, mas alguns pontos não foram mantidos. Portanto o governo trabalhará em outros espaços legislativos para que pontos que foram mexidos e, em nossa opinião, estão desalinhados com as políticas que precisam ser implementadas, possam retomar o conceito original”.

A negociação que prejudicou as duas ministras contou com aval do Palácio do Planalto.

O chefe do Executivo priorizou manter as atribuições da Casa Civil, por exemplo, na articulação com o Congresso, em vez de ter se esforçado em favor das pautas ambientais.

O principal temor do governo no embate entre Marina e o Congresso é que, caso haja esforço efetivo do governo para que o Senado altere pontos, a Câmara decida retaliar o Planalto e deixe a MP da reorganização da Esplanada dos Ministérios perder validade. Na prática, isso implicaria na volta da estrutura administrativa de Bolsonaro.

A proposta ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado e ter sua tramitação concluída até 1º de junho.

Desde o início, o governo já previa que as concessões previstas no relatório seriam inevitáveis devido à atual correlação de forças no Congresso. A ala política tinha o diagnóstico de que seria muito difícil enfrentar a articulação da bancada ruralista na área agrária e ambiental.

Rui, entretanto, afirmou que a votação foi apenas na comissão e prometeu trabalhar para reverter a situação. “Agora, nas outras instâncias, vamos focar nesses pontos para reabilitar o conceito original da medida provisória”.

“A definição e os critérios que garantem o equilíbrio ambiental e o regramento que a lei e a Constituição estabelecem sobre as prioridades de uso da água, esses, no nosso entender têm que ficar no Ministério do Meio Ambiente e nós trabalharemos nas outras instâncias”, afirmou.