Governo ainda não dá respostas para o drama do Sassepe

07/03/23

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O Instituto de Recursos Humanos (IRH) é responsável pela administração do Sassepe (Google 20221200)
O Instituto de Recursos Humanos (IRH) é responsável pela administração do Sassepe (Google 20221200)
“O Sassepe (Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco) é uma conquista da luta do conjunto dos servidores, garante a assistência de quase 180 mil beneficiários e beneficiárias”, garante a presidenta da Associação de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco (Assepe), Fiorentina Cabral. Ela cobra providências da presidência do Instituto de Recursos Humanos (IRH) e respostas do governo do estado, que ainda não vieram.
Oficialmente, o silêncio impera quando o assunto é o que Fiorentina Cabral define como “caos” do Sassepe. Desde a segunda-feira, a reportagem do Diario de Pernambuco cobrou posicionamento do Sassepe sobre o drama envolvendo a funcionária pública estadual “Marene Azeira”, aprisionada num leito hospitalar, em coma, com falência do fígado e renal enquanto espera tratamentos (clique aqui). Para a presidenta da Assepe, a maioria da população pernambucana pode enfrentar muitos problemas na saúde se o Sassepe não se reerguer, “Infelizmente, 99%  dos beneficiários e beneficiárias do Sassepe vão disputar no SUS (Sistema Único de Saúde) uma assistência que já é deficitária”, diz.
Caruaru e o Estado
Na terça-feira, a Assepe vai realizar uma assembleia pela Internet para discutir o “caos” do Sassepe. Segundo Fiorentina Cabral, a base de onde saiu para se eleger a governadora Raquel Lyra, Caruaru, tem destaque na crise. “O Santa Efigênia é o único hospital que atende beneficiárias e beneficiários do Sassepe e nem emergência estão aceitando por conta da questão do débito”, conta, acrescentando que, em Petrolina, a agência do Sassepe está às vésperas de fechar porque “não tem insumo para funcionar, além da estrutura física do setor, totalmente sucateado”.
No Recife, o destaque do “caos” é o Hospital dos Servidores do Estado (HSE), que, segundo a presidenta da Assepe, vive situação “gritante”, tendo chegado a ficar sem diretor e gerências médica, de enfermagem e do ambulatório, consideradas estratégicas. Um documento foi elaborado e encaminhado ao IRH, e, antes da posse foi solicitada reunião com a governadora Raquel Lyra. E acrescenta que, por falta de pagamento, está sendo suspenso  o atendimento para beneficiárias e beneficiários do Sassepe em todo o Estado. Na noite da quinta-feira, o vice-presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos de Pernambuco (CEHM-PE), Álvaro Campos, se referiu à assistência a beneficiárias(os) do Sassepe, destacando que “os médicos estão no limite”. Segundo ele, “essa situação já existe há anos e está insustentável”, salientando que não descartam a “suspensão do atendimento de cirurgias e exames eletivos nos próximos dias”.

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