Compesa reaproveita água do seu processo de tratamento em Fernando de Noronha

05/03/23

AscomCompesa

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      Cerca de 90 mil litros de água por mês  são recuperados  que, antes, seriam descartados
Miniatura do anexo
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Preservar mananciais, reduzir perdas e aumentar ganhos. São esses os resultados que a Compesa espera obter com o recente investimento feito no sistema de tratamento de água em Fernando de Noronha. A Companhia começou a operar na ilha uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETEF) capaz de reaproveitar cerca de 90 mil litros de água por mês que, antes, seriam descartados. O projeto, orçado em R$ 440 mil, foi desenvolvido e implantado pelo quadro técnico da Compesa e representa uma economia de recursos para a empresa e um benefício ambiental para os 7,5 mil habitantes da ilha.A ETEF opera dentro da Estação de Tratamento de Água (ETA) Boldró, que faz a captação de água doce no açude Xaréu, responsável por boa parte do atendimento aos moradores. Para que esteja própria para o consumo, essa água passa por diversos processos, sendo um deles a filtragem. É nessa etapa que a ETEF atua. Essa estação consegue recuperar mais da metade da água que é usada na filtragem e devolvê-la novamente para o sistema, podendo ser reaproveitada.O engenheiro civil Artur Santos, gerente da Unidade de Negócios de Fernando de Noronha, explica que a ETEF recupera os efluentes gerados nas etapas de lavagem dos filtros sem causar danos ao meio ambiente ou gerar resíduos impróprios. “Usamos polímeros para quebrar as partículas e clarificar a água usada nesse processo. A parte sólida vira um lodo e a líquida volta para o sistema, diminuindo as perdas”, detalha o especialista. “Esse processo de reaproveitamento de praticamente 100% da água de lavagem dos filtros permite reduzir os custos operacionais e as perdas de água no processo da ETA Boldró, sendo um exemplo de prática sustentável de gestão dos recursos hídricos”, complementa.Já a parte sólida fruto da ETEF constitui o lodo, que é acumulado em bolsas de decantação por um período que vai de seis meses a um ano. Após esse tempo, ele já estará em estado sólido e poderá ser aplicado em diversas soluções sustentáveis. “O beneficiamento e o direcionamento adequado dos resíduos de ETAs representam um assunto de interesse da Compesa, que já desenvolve diversas parcerias e acordos junto a instituições de ensino e pesquisas que visam melhores destinações e aplicações para esses materiais”, adiantou o gerente.Compromisso ambiental – O retorno da água de lavagem dos filtros oferece diversas vantagens para o meio ambiente, a população e a empresa. Com o uso dessa tecnologia, o volume de água que é captado no açude pode ser reduzido, bem como a quantidade de efluentes no manancial. “Essa prática deve ser considerada parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional da água. A redução da produção de lodo, o aumento de sua concentração, a reutilização da água da lavagem dos filtros, a não contaminação dos cursos d’água e a destinação adequada do lodo são alguns dos benefícios alcançados com o tratamento desse resíduo que cooperam com a preservação do meio ambiente”, finaliza.

 

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