Precatórios: Governo do Estado explica demora e diz que já fez maioria dos pagamentos

24/03/23

Lucas Moraes/JC

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Beneficiários têm reclamado do tempo de espera pelo dinheiro

Lucas Moraes

Ascom Educação PE
Precatórios já começaram a ser pagos em Pernambuco – FOTO: Ascom Educação PE

Quase um mês após o prazo dado pelo governo para início do pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) para herdeiros, os beneficiáriso dessa categoria ainda se queixam de não terem acesso ao dinheiro. O pagamento da primeira parcela foi liberado desde o último dia 28 de fevereiro, mas para alguns, o dinherio ainda não caiu na conta.

O calendário de pagamento havia sido divulgado em 15 de fevereiro pela gestão Raquel Lyra (PSDB) com as datas de repasse para os servidores ativos sem vínculos e herdeiros que não receberam a primeira parcela – uma ação que beneficiaria mais de 11 mil pessoas.

“Tão logo seja concluída essa análise, o pagamento será feito a todas as pessoas que estiverem aptas a receber”, garante a secretaria.

O Governo de Pernambuco ganhou na Justiça ação movida contra a União no valor de R$ 4,3 bilhões referentes a repasses do Fundef que deveriam ter ocorrido entre 1997 e 2006, uma ação impetrada em 2002 e que tramitou por 20 anos. Nesse período, os repasses ocorreram em valores menores que o devido.

Estão sendo beneficiados professores que estavam em efetivo exercício em sala de aula nesse período. A primeira parcela dos precatórios foi repassada em agosto de 2022 e correspondeu a R$ 1,7 bilhão.

A segunda e a terceira parcelas corresponderão a aproximadamente R$ 1,3 bilhão cada. Do total desse montante, 60% são destinados para repasses aos professores ativos, inativos e herdeiros.

O governo ainda aguarda a liberação da segunda parcela do Fundef, que tem previsão de acontecer no mês de agosto deste ano.

A SEE informa ainda que disponibiliza dois canais de atendimento para quem tiver qualquer dúvida sobre o assunto. E-mail: precatoriosfundef@educacao.pe.gov.br ou o telefone 0800 286 00 86.

Veja o calendário do Fundef

Herdeiros – Pagamento: 28/02/2023

Lotes residuais:

2º lote: 31/03/2023
3º lote: 28/04/2023
4º lote: 31/05/2023
5º lote: 30/06/2023
6º lote: 31/07/2023
7º lote: 31/08/2023
8º lote: 29/09/2023
9º lote: 31/10/2023
10º lote: 30/11/2023
11º lote: 29/12/2023

Servidores sem vínculo – Pagamento: 29/03/2023

Lotes residuais:

2º lote: 26/04/2023
3º lote: 29/05/2023
4º lote: 28/06/2023
5º lote: 28/07/2023
6º lote: 29/08/2023
7º lote: 27/09/2023
8º lote: 27/10/2023
9º lote: 28/11/2023
10º lote: 26/12/2023

Piso da enfermagem: manutenção de postos de trabalho preocupa o setor

24/03/23

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De acordo com o estudo da Finance Consultoria, somente ao longo do ano de 2021, os estados reduziram em até 76% o número de funcionários contratados via empregos formais no setor (Foto: Ed Alves/CB)
De acordo com o estudo da Finance Consultoria, somente ao longo do ano de 2021, os estados reduziram em até 76% o número de funcionários contratados via empregos formais no setor (Foto: Ed Alves/CB)
Enquanto o governo prolonga a expectativa para a publicação de medida provisória para resolver a fonte pagadora do piso nacional da enfermagem, o setor segue debatendo os impactos para o sistema da saúde. Atualmente, o principal problema é quanto à modalidade de contratação de funcionários.
De acordo com o estudo da Finance Consultoria, somente ao longo do ano de 2021, os estados reduziram em até 76% o número de funcionários contratados via empregos formais. O Piauí foi o estado que apresentou a maior redução de contratações, caindo de 4.682 empregados para 3.576.
“É inegável que há uma reorganização do trabalho”, avalia o consultor Geraldo Biasoto. A declaração ocorreu durante o evento Desafios para o setor da saúde, realizado pela Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) com apoio do Correio Braziliense, nos últimos dias 22 e 23 de março.
A situação também se agravou em outros estados. O Ceará perdeu 13.685 vagas, a Bahia 17.913, São Paulo 26.813 e Minas Gerais, 35.201.
O piso nacional da enfermagem foi regulamentado pela Lei nº 14.434, de 4 de agosto de 2022, fixando piso salarial em R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicas e técnicos em Enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras. A legislação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) até que o governo defina uma fonte pagadora.
Ainda de acordo com a Finance Consultoria, o piso nacional da enfermagem terá impacto de R$ 3,5 bilhões para entidades sem fins lucrativos; de R$ 4,08 bilhões no setor público e R$ 4,79 para instituições privadas ou mista.