01/02/23
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Há quem diga que o pleito no Senado seria uma espécie de terceiro turno da eleição presidencial de 2022, devido ao ar de polarização que tem dominado a pré-votação
Os candidatos à presidência do Senado, Rogério Marinho (PL) e Rodrigo Pacheco (PSD). – FOTO: Blog Imagem
Há quem diga, inclusive, que o pleito no Senado seria uma espécie de terceiro turno da eleição presidencial de 2022, devido ao ar de polarização que tem dominado a pré-votação. Se, de um lado, Pacheco conta com o apoio de Lula (PT), defendendo pautas ligadas à retomada do desenvolvimento no País e a consolidação da harmonia entre os Três Poderes, do outro Marinho deseja manter a discussão de temas defendidos pelo bolsonarismo, como pautas de costumes.
Nos bastidores, comenta-se que a situação de Pacheco estaria mais difícil do que a de Lira, na Câmara, porque o presidente da Casa Alta teria feito diversas declarações a favor da defesa da democracia e do Estado Democrático de Direito, o que causou a antipatia de senadores mais fiéis ao bolsonarismo. Lira, por sua vez, foi mais discreto nessa seara.
Pacheco, no entanto, tem algumas vantagens ao seu favor. Uma delas é que ele é bem visto pelos seus pares, tem o apoio de Lula, além da simpatia de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o jornal Correio Braziliense, Pacheco já teria o voto de 43 senadores, sendo que precisa de 41 para se reeleger. Estrategistas da campanha dele teriam afirmado à publicação que consideram difícil que haja alguma defecção entre estes parlamentares.
A ideia, contudo, é que Pacheco consiga uma vantagem ainda maior contra Marinho, para que, de certa forma, a polaridade que se desenha na Casa Alta seja “sepultada”. Além disso, o placar jogaria para escanteio qualquer tentativa de reavivar pautas de costumes que a extrema direita deseja discutir e esvaziaria o bolsonarismo para as eleições de 2024.