Ameaçado de inelegibilidade e prisão, Bolsonaro diz que pretende voltar ao Brasil nas próximas semanas 06/02/23 247 blogfolhadosertao.com.br — Jair Bolsonaro e terrorismo em Brasília (Foto: Reuters | Marcelo Camargo/Reuters) — Jair Bolsonaro (PL) disse que pretende voltar ao Brasil “nas próximas semanas” e fazer “oposição responsável ao atual governo”, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tenho que continuar na política. É aquilo (a atividade) na qual me descobri. Por ausência de lideranças de direita no Brasil, me vejo na obrigação de coordenar novas lideranças para que o Brasil não mergulhe de vez no socialismo ou no comunismo”, afirmou em entrevista ao podcast ‘The Charlie Kirk Show’, apresentado pelo militante de extrema-direita americano Charlie Kirk. No Brasil, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse na semana passada que Bolsonaro tinha um plano para tentar um golpe de estado no Brasil. O objetivo seria gravar diálogos do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A iniciativa teria apoio do parlamentar do Podemos-ES, do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). No mês passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves determinou a inclusão da minuta golpista em uma ação de investigação contra Bolsonaro e o candidato a vice, Braga Netto. Policiais federais encontraram o documento em 12 de janeiro na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, em Brasília (DF). Nos EUA, senadores norte-americanas pressional o governo Joe Biden pela extradição de Bolsonaro. Durante o seu governo, Bolsonaro estimulou apoiadores a terem posições críticas em relação ao Judiciário. A ideia seria passar a mensagem de que instituições como o TSE e o STF atrapalhavam a administração federal. O ex-ocupante do Planalto defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição. Em 8 de janeiro, bolsonaristas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, e o STF. Policias federais e promotores investigam os atos terroristas. Em novembro do ano passado, a Justiça multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas.