Política Federal encontra na casa de Anderson Torrres minuta para Bolsonaro mudar eleição

13/01/23

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Medida teria objetivo de alterar o resultado nas urnas; ato é inconstitucional (Crédito: Evaristo Sá/AFP)
Medida teria objetivo de alterar o resultado nas urnas; ato é inconstitucional (Crédito: Evaristo Sá/AFP)
A Polícia Federal (PF) encontrou na casa do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, uma minuta de um decreto para instaurar Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O texto representava a intenção de alterar o resultado da eleição que consagrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o novo presidente do país. A medida é considerada inconstitucional.
Segundo apuração da Folha de S.Paulo, o documento estava em um armário de Torres, e foi encontrado pela PF durante busca e apreensão na última terça-feira (10). Bolsonaro defendeu, durante sua gestão, a participação das Forças Armadas na apuração do resultado das eleições, além de questionar inúmeras vezes a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro. O ex-ministro de Bolsonaro era o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal no último domingo (8), quando terroristas depredaram os prédios dos Três Poderes.
O Estado de Defesa tem o objetivo de “preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza”.

Advogado de Anderson Torres diz que minuta não foi escrita por ele; ex-ministro responde

Rodrigo Roca disse que a proposta do decreto é um manuscrito e que a perícia provará que não é de autoria do ex-ministro da Justiça

O advogado do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, Rodrigo Roca, afirmou nesta quinta-feira (12) que a minuta encontrada na casa do ex-ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tinha sido escrita por ele.

O documento foi achado pela Polícia Federal na residência do ex-ministro da Justiça e contém um decreto para o então presidente instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o advogado, a proposta do decreto é, na verdade, um manuscrito e que a perícia comprovará que não é de autoria de Anderson Torres. Rodrigo Roca disse ainda que ele, quando atuou como Secretário Nacional do Consumidor (Senacon), também recebeu documentos do tipo, tendo ignorado todos.

Vale lembrar que Rodrigo Roca já atuou na defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e está à frente de um grupo de 11 advogados que ficarão responsáveis pela defesa de Anderson Torres.

No Twitter, o ex-ministro se defendeu das acusações, afirmando que a minuta era um documento para ser descartado.

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