Flávio Dino não descarta incluir Bolsonaro em inquéritos sobre atos golpistas

02/01/23

247

blogfolhadosertao.com.br

 

O ministro disse ter passado à PF a determinação de reunir ‘inquéritos relativos a crime contra o Estado de Direito’

www.brasil247.com - Solenidade de transmissão de cargo a Flávio Dino como ministro da Justiça e Segurança Pública
Solenidade de transmissão de cargo a Flávio Dino como ministro da Justiça e Segurança Pública (Foto: Isaac Amorim/MJSP)–

 Em seu discurso de posse, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), sinalizou nesta segunda-feira (2) que Jair Bolsonaro (PL) pode ser investigado por envolvimento em atos favoráveis a um golpe de Estado no País. A informação foi publicada pelo portal Uol.

O titular da pasta disse ter passado ao delegado Andrei Passos Rodrigues, novo diretor da Polícia Federal (PF), a determinação de reunir todos os “inquéritos relativos a crime contra o Estado de Direito, terrorismo, incitação das Forças Armadas e atos hostis contra poderes constitucionais” desde o dia 30 de outubro, quando houve o segundo turno das eleições..

O ministro prometeu trabalhar para evitar no País crimes contra o Estado Democrático de Direito, que são “inafiançáveis e imprescritíveis”, conforme destacou Flávio Dino.

“Ponderação não significa fechar os olhos em relação ao que aconteceu. significa defesa da lei, fazer com que cada um responda de acordo com suas ações e omissões. Democracia não tem apenas o direito, mas tem o dever de se defender contra aqueles que querem destruí-la —e que não desapareceram”, disse.

Lula confirma presença no velorio de Pelé amanhã (03)

02/01/23

Lucas Moraes –Com informações da AFP

blogfolhadosertao.com.br

Pelé faleceu na quinta-feira (29), aos 82 anosLucas Moraes

AFP
Pelé é homenageado durante cerimônia de posse de Lula – FOTO: AFP
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), viajará nesta terça-feira (2) a Santos para participar do velório de Pelé, falecido na quinta-feira (29) aos 82 anos, informou um comunicado oficial.

Lula “prestará seu respeito e homenagem a Edson Arantes de Nascimento, o Pelé, e solidariedade para sua família” às 9h nesta terça-feira, pouco antes do fim do velório do ex-jogador na Vila Belmiro, estádio do Santos.

Sepultamento de Pelé

Com o fim do velório na Vila Belmiro, o corpo será levado em cortejo fúnebre até o canal 6 (Avenida Joaquim Montenegro) onde mora a mãe de Pelé, Celeste Arantes.

Depois ela irá ao Memorial Necrópole Ecumênica, para o sepultamento, reservado a familiares.

A previsão é de que o corpo chegue ao cemitério às 12h e a cerimônia comece às 14h. Ele será enterrado no mausoléu que fica no primeiro andar do Memorial, homologado há mais de 20 anos como o mais alto cemitério do mundo.


Mais:

Raquel Lyra empossa secretariado da nova gestão do Estado

02/01/23

Imprensa PE 
blogfolhadosertao.com.br
Compõem o governo 27 pastas; Estão no comando do primeiro escalão 14 homens e 13 mulheres
Miniatura do anexoMiniatura do anexo
Miniatura do anexoMiniatura do anexo
———————————————————————————————————————————-
A governadora Raquel Lyra empossou, na manhã desta segunda-feira (02.01), no Palácio do Campo das Princesas, acompanhada da vice-governadora, Priscila Krause, o novo secretariado do Governo do Estado. Serão 27 pastas na sua gestão, sendo 14 chefiadas por homens e 13 por mulheres. Durante a solenidade, Raquel enfatizou que o critério de escolha dos nomes priorizou a capacidade técnica e a sensibilidade política. Características, que de acordo com a governadora, se somarão à força de trabalho de milhares de trabalhadores e servidores estaduais para cumprir o compromisso com o povo pernambucano.
 
“O nosso grande desafio é superar a pobreza, garantir comida na mesa das pessoas e, desde o primeiro dia, já começamos a trabalhar com essa missão. Vamos fazer Pernambuco uma referência no Brasil em geração de oportunidades, no cuidado com a saúde, no combate à criminalidade e, principalmente, no olhar atento às pessoas”, reforçou Raquel Lyra.
 
O secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça, discursou em nome dos escolhidos para o primeiro escalão e empossados nesta manhã. Ele enfatizou que a equipe está unida, aguerrida e, certamente, cumprirá a missão que lhes foi dada. “É um governo que vai olhar para quem mais precisa de forma rápida e eficiente. Estamos abertos ao diálogo. Teremos uma gestão baseada em transparência e também em troca de informações com todos os entes públicos”, assegurou.
 
A vice-governadora Priscila Krause também deixou uma mensagem aos presentes na solenidade. “Esse será um governo, como diz Raquel, construído de baixo para cima, olhando para os invisíveis, para a pluralidade e diversidade do nosso povo, honrando nossas tradições libertárias”, ressaltou a vice-governadora, desejando sorte ao novo secretariado.
 
Prestigiaram a solenidade os ex-governadores João Lyra Neto e Mendonça Filho; o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Eriberto Medeiros; a desembargadora do Tribunal de Justiça de Pernambuco, Daisy Andrade – representando o presidente do TJPE; e os deputados estaduais Aluísio Lessa e Romero Sales Filho.
 
Fotos: sinalizados na legenda
 
Confira a lista com todos os secretários e secretárias empossados nesta segunda (02.01):
 
Casa Civil – Tulio Vilaça
Casa Militar – Coronel Mamede
Justiça e Direitos Humanos – Lucinha Mota
Fazenda – Wilson José de Paula
Desenvolvimento Agrário, Agricultura, Pecuária e Pesca – Aloisio Ferraz
Saúde – Zilda do Rego Cavalcante
Educação e Esportes – Ivaneide Dantas 
Administração – Ana Maraíza
Mobilidade e Infraestrutura – Evandro Avelar
Recursos Hídricos e Saneamento – José Almir Cirilo
Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Regional – Fabrício Marques Santos
Desenvolvimento Urbano e Habitação – Simone Benevides 
Turismo e Lazer – Daniel Coelho 
Comunicação – Rodolfo Costa Pinto
Ciência, Tecnologia e Inovação – Mauricélia Vidal 
Procuradoria-Geral do Estado – Bianca Teixeira
Cultura – Silverio Pessoa
Desenvolvimento Econômico – Guilherme Cavalcanti 
Defesa Social – Del. Carla Patrícia Cunha
Desenvolvimento Social, Criança, Juventude e Prevenção às Drogas – Carolina Cabral
Mulher – Regina Célia
Controladoria Geral do Estado – Érika Lacet
Desenvolvimento Profissional e Empreendedorismo – Amanda Aires
Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha – Ana Luiza Ferreira
Chefe de Gabinete da governadora – Eduardo Vieira 
Assessoria Especial – Fernando Holanda
Gabinete de Projetos Estratégicos – Diogo Bezerra

Lula zera PIS/Cofins de diesel, biodiesel e GLP por 1 ano; gasolina e etanol, até 28/02

02/01/23

IstoÉ Dinheiro
blogfolhadosertao.com.br
tagreuters.com2023binary_LYNXMPEJ0108H-BASEIMAGE
RIO DE JANEIRO (Reuters) – Medida Provisória publicada nesta segunda-feira reduziu a zero alíquotas de PIS/Cofins para diesel, biodiesel e gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, até 31 de dezembro de 2023.

A MP publicada no Diário Oficial da União, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também zerou as alíquotas do tributo para gasolina e etanol até 28 de fevereiro de 2023.

A decisão amplia desonerações federais realizadas no ano passado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que buscava conter a inflação, em meio a uma alta dos preços do petróleo no mercado internacional.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira que uma esperada demora para a mudança na gestão da Petrobras estaria por trás da extensão da desoneração. Segundo ele, Lula quer esperar novos executivos da petroleira para tomar uma decisão sobre combustíveis.

Haddad havia pedido ao governo anterior que deixasse vencer no dia 31 de dezembro a desoneração de impostos federais sobre combustíveis, mas uma das primeiras medidas do novo governo foi prorrogá-las, em meio a preocupações com impacto inflacionário.

A extensão da isenção sobre gasolina gerou imediatamente reações negativas do setor de etanol, uma vez que o combustível renovável tinha uma vantagem tributária em relação ao seu concorrente nas bombas. De outro lado, a desoneração de diesel e gasolina tende a beneficiar vendas da Petrobras.

A MP também reduziu a zero até 28 de fevereiro o PIS/Cofins sobre operações com querosene de aviação e gás natural veicular (GNV).

(Por Marta Nogueira; reportagem adicional de Camila Moreira)

Lula revoga decreto de Bolsonaro que reduzia em R$ 5,8 bi tributos pagos por grandes empresas

02/01/23
247
blogfolhadosertao.com.br

 

Decreto havia sido publicado em edição extra do Diário Oficial da União da sexta-feira (30)

www.brasil247.com - Lula durante sessão solene destinada a posse no Congresso Nacional
Lula durante sessão solene destinada a posse no Congresso Nacional (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (PT) revogou, no domingo (1), um decreto do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que reduzia à metade as alíquotas pagas por grandes empresas. O decreto, que retirava R$ 5,8 bilhões dos cofres públicos, assinado pelo ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), havia sido publicado em edição extra do Diário Oficial da União da sexta-feira (30).“A revogação já era esperada. Antes mesmo da posse, a equipe do ministro Fernando Haddad (Fazenda) havia manifestado preocupação com decisões do governo anterior que pudessem provocar perda de arrecadação para Lula, em meio a um aumento de despesas autorizado pelo Congresso Nacional que pode elevar a perspectiva de rombo nas contas para além dos R$ 200 bilhões neste ano”, destaca o jornal Folha de S. Paulo.

O decreto assinado por Lula também revogou as medidas adotadas pelo governo anterior que reduziram à metade “as alíquotas do adicional ao frete para a renovação da marinha mercante. Além disso, decreto de Mourão prorrogou a vigência de incentivos fiscais do Padis (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores)”.

Lula volta ao poder prometendo resolver os diversos problemas sociais e econômicos do País

02/01/23

Agência Brasil/Midias Sociais

blogfolhadosertao.com.br

Lula tomou posse no domingo (1º), falou em ‘virar página’ e reconstruir o País diante de quadro de destruiçãoDa redação

Marcelo Camargo/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia de posse, no Palácio do Planalto. – FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O novo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmou, em seu pronunciamento à Nação no Palácio do Planalto, no domingo (1º), que a eleição presidencial de 2022 foi a mais importante desde a redemocratização e que agora é preciso olhar para frente e reconstruir o País, que está diante de “um quadro de destruição”, conforme o relatório do governo de transição.

“O pesadelo chegou ao fim pelo voto soberano”, disse. “Eleição foi vitória da democracia e nos obriga a olhar para frente. Nossas diferenças são menores do que nos une, o amor pelo Brasil”, afirmou no Parlatório.

Ao discursar no parlatório do Palácio do Planalto para o povo, o presidente recém-empossado reassumiu o compromisso de cuidar dos brasileiros. Após ser empossado no Congresso horas antes, Lula disse que todas a formas de desigualdade serão combatidas durante o seu terceiro mandato.

“Reassumo o compromisso de cuidar de todos, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome. Temos um imenso legado, ainda vivo na memória de cada brasileiro e brasileira”, afirmou.

Ao se dirigir aos apoiadores que o aguardavam na Praça dos Três Poderes, o presidente agradeceu o voto de seus eleitores, mas afirmou que vai governar para todos os brasileiros.

“Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votou em mim. Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado”, disse.

Lula se emocionou ao pedir ajuda da população para combater a fome no país. Ele citou casos de pessoas que passaram a procurar ossadas em açougues para comer e considerou “inadmissível que os 5% mais ricos detenham a mesma fatia de renda que os demais 95%”.

“Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando lixo, em busca do alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de jatinhos particulares”, questionou.

Posse

Lula foi empossado presidente do Brasil pela terceira vez, no domingo (1º), durante cerimônia no Congresso Nacional, em Brasília, marcada pela ausência de seu antecessor, Jair Bolsonaro.

Exatamente 20 anos após chegar ao poder pela primeira vez, Lula, de 77 anos, foi proclamado presidente juntamente com seu vice, Geraldo Alckmin, ao pronunciar seu “compromisso constitucional”.

A cerimônia começou com um minuto de silêncio em memória a Pelé, o rei do futebol, e o papa emérito Bento XVI, falecidos esta semana, respectivamente aos 82 e 95 anos.

Vestindo terno e gravata azuis, Lula prometeu em seu seu discurso inaugural “reconstruir” o país sobre as “ruínas” deixadas por Bolsonaro.

“Esvaziaram os recursos da saúde, desmontaram a educação, a cultura, a ciência e tecnologia, destruíram a proteção do meio ambiente”, disse Lula, que também reafirmou seu compromisso de reduzir a zero o desmatamento na Amazônia.

“Não é preciso derrubar nenhuma árvore”, disse o presidente, assegurando que isto não impedirá o desenvolvimento do poderoso setor agrícola brasileiro. “A gente vai poder viver sem derrubar madeira, sem fazer queimada e sem precisar invadir os nossos biomas”, reforçou.

Lula chegou ao Congresso no tradicional Rolls Royce preto conversível, ao lado da primeira-dama, Janja, sob os vivas da multidão de apoiadores que o saudaram, alguns com lágrimas nos olhos, constatou a AFP.

Contrariando a tradição, seu antecessor se ausentou. Bolsonaro viajou na sexta-feira para os Estados Unidos, dois dias antes do fim de seu mandato.

Pela primeira vez desde 1985, um presidente sainte não passará a faixa presidencial ao sucessor, ato que ocorrerá mais tarde no Palácio do Planalto.

Lula foi cumprimentado por cerca de 20 chefes de Estado – um número recorde para uma cerimônia de posse no país.

Entre eles estavam os presidentes de Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Honduras e Uruguai, além do rei da Espanha, Felipe VI.

Washington enviou sua secretária do Interior, Deb Haaland, a primeira indígena a integrar um gabinete nos Estados Unidos e dura crítica de Bolsonaro, enquanto o vice-presidente Wang Qishan representou a China.

Faixa presidencial e discurso

Com a ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que viajou para os Estados Unidos na sexta-feira, 30, o presidente Lula a faixa presidencial de uma mulher negra catadora. Aline Sousa faz parte da secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores e tem 33 anos.

Além dela, outros representantes da sociedade civil acompanharam o petista durante a cerimônia – entre eles, estava o cacique Raoni Metuktire, de 90 anos, líder do povo Kayapó, o menino Francisco Carlos do Nascimento e Silva, o professor Murilo de Quadros Jesus, Jucimara Fausto dos Santos, que participou da vigília em defesa de Lula, o influenciador da inclusão Ivan Vitor Dantas Pereira e o metalúrgico Weslley Viesba Rodrigues Rocha.

Ao lado da esposa Janja da Silva, o petista subiu a rampa com a cadela Resistência, que foi adotada por militantes durante a vigília petista em frente à sede da Polícia Federal no Paraná.

Em seguida, discursou para cerca de 30.000 pessoas, a maioria vestindo roupas vermelhas, a cor do Partido dos Trabalhadores (PT).

Sapuia Kalapalo, um indígena mato-grossense de de 32 anos não quis perder a cerimônia e foi a Brasília acompanhado da esposa e seus dois filhos.

“Os quatro anos desse governo que se foi (Bolsonaro) foram muito ruins para nós”, explicou Sapuia, que vive há três meses na capital federal. Lula “é uma esperança para nós. Tanto para nossos direitos, a demarcação das terras indígenas”, acrescentou.

Segurança

A cerimônia de posse contou com um dispositivo de segurança inédito, com até 8.000 agentes mobilizados. A Polícia deteve um homem que tentava entrar na Esplanada com uma faca e fogos de artifício, detectados na revista de segurança. O suspeito, vindo do Rio de Janeiro, foi preso.

Os preparativos para a posse foram sacudidos depois da detenção de um bolsonarista, que instalou um explosivo perto do aeroporto de Brasília para “causar o caos”, provocar a declaração de um estado de sítio e, assim, evitar a posse de Lula, segundo sua própria confissão.

Desde o segundo turno, milhares de apoiadores de Bolsonaro se mobilizaram em várias cidades para rechaçar o resultado das urnas e pedir uma intervenção militar.

Desafios imediatos

Lula terá desafios imediatos na Presidência maiores dos que enfrentou em seus dois mandatos anteriores, que deixou com uma popularidade incomum de 87%.

Cerca de 30 milhões dos 215 milhões de brasileiros passam fome e a economia se recupera a duras penas do impacto da pandemia.

“Os primeiros 100 dias serão para sinalizar que rumo terá [o governo] Lula 3. A vitória nas eleições foi apertada e [Lula] vai enfrentar um país dividido, com uma oposição aguerrida. Precisa sinalizar uma pacificação ao país, um governo de união nacional”, explicou Leandro Consentino, cientista político do instituto Insper de São Paulo.

Lula venceu Bolsonaro no segundo turno, em 30 de outubro, por 50,9% dos votos contra 49,1%, um resultado que evidenciou a profunda polarização da sociedade brasileira.

O ex-líder sindical terá que conquistar “credibilidade” sobre a gestão das contas públicas frente a uma situação fiscal delicada, apesar de suas promessas de campanha exigirem um aumento dos gastos para financiar programas sociais, segundo Consentino.

Segundo uma pesquisa do instituto Datafolha, apenas 51% dos brasileiros acreditam que Lula fará um governo melhor do que o de Bolsonaro, divulgou o jornal Folha de S. Paulo na noite de sábado (31).

Cerimônias do funeral de Pelé começam nesta segunda-feira em Santos (SP)

02/01/23

247

blogfolhadosertao.com.br

 

Corpo do Rei do Futebol ficará no centro do gramado da Vila Belmiro das 19h desta segunda até as 10h de terça

www.brasil247.com -
(Foto: Hannibal Hanschke/Reuers/Ag.Brasil)A partir desta segunda-feira (2), começa o funeral de Pelé.

O corpo do Rei do Futebol foi levado do hospital Albert Einstein, na madrugada deste dia 2 de janeiro, para a Vila Belmiro, onde acontecerá o velório aberto no centro do gramado do estádio, para que os fãs possam se despedir do ídolo, a partir das 10h.

Aos fãs entrarão pelos portões 2 e 3, com saída pelos portões 7 e 8. Autoridades terão acesso pelo portão 10. São esperados representantes da Fifa e da Conmebol no funeral.O velório terá duração de 24 horas, das 10h desta segunda até às 10h do dia 3, quando começará o cortejo com o corpo do Rei do Futebol pelas ruas de Santos, passando pela casa de Dona Celeste, mãe de Pelé, até o cemitério vertical Memorial Necrópole Ecumênica. O enterro será reservado apenas para os familiares, informa O Globo.

O maior jogador de todos os tempos faleceu na última quinta-feira em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon. Pelé estava internado no hospital Albert Einstein desde o dia 29 de novembro.

Raquel Lyra toma posse como primeira governadora de PE, se compromete a combater a fome e pede união em prol do estado

02/01/23

Por Pedro Alves – G1 PE

blogfolhadoseertao.com.br

Cerimônia aconteceu na sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na tarde deste domingo (1º). A vice, Priscila Krause, também foi empossada.


Raquel Lyra toma posse como primeira governadora de Pernambuco
———————————————————————————————————————–
Raquel Lyra (PSDB) faz primeiro discurso como primeira governadora de Pernambuco — Foto: Pedro Alves/g1
 Raquel  Lyra toma posse como primeira governadora de Pernambuco

 

A nova governadora e a vice foram empossadas por volta das 16h30, em cerimônia realizada no Edifício Miguel Arraes, sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Centro do Recife. Depois disso, também houve solenidade de transmissão do cargo, no Palácio do Campo das Princesas.

A posse foi comandada pelo presidente da Alepe, deputado estadual Eriberto Medeiros (PSB). Raquel Lyra e Priscila Krause chegaram à casa às 15h50, acompanhadas dos pais, João Lyra Neto e Gustavo Krause, respectivamente.

Ambos já foram governadores de Pernambuco. Também chegaram com elas os filhos e outros parentes. Elas foram aplaudidas ao chegar na assembleia, e entraram no plenário ao som de uma versão instrumental de “Asa Branca”, música de Luiz Gonzaga.

Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania) são empossadas como governadora de Pernambuco e vice, respectivamente — Foto: Pedro Alves/g1

Em seu primeiro discurso como governadora, na tribuna do plenário da Alepe, Raquel Lyra falou sobre o combate à fome como prioridade máxima do novo governo. Disse, ainda, que pretende retomar o protagonismo do estado no cenário nacional.

“Nos últimos anos, sobretudo, vimos grandes conquistas se perdendo, o aumento da miséria, da violência e a perda do protagonismo – que sempre foi nossa marca. Deixamos de ser ouvidos nacionalmente. Pernambuco deixou de ser uma postura para virar uma lembrança. Enquanto nós estamos aqui reunidos, nesta linda cerimônia, cumprindo os ritos democráticos, do lado de fora desses salões, milhões de mães e pais não sabem se vão ter o que servir aos filhos para comer. É com essas famílias que mais me importo e é para quem mais vamos trabalhar”, disse.

“Nos últimos anos, sobretudo, vimos grandes conquistas se perdendo, o aumento da miséria, da violência e a perda do protagonismo – que sempre foi nossa marca. Deixamos de ser ouvidos nacionalmente. Pernambuco deixou de ser uma postura para virar uma lembrança. Enquanto nós estamos aqui reunidos, nesta linda cerimônia, cumprindo os ritos democráticos, do lado de fora desses salões, milhões de mães e pais não sabem se vão ter o que servir aos filhos para comer. É com essas famílias que mais me importo e é para quem mais vamos trabalhar”, disse.

Raquel Lyra chega à Alepe para tomar posse como primeira governadora de Pernambuco — Foto: Pedro Alves/g1

Raquel Lyra chega à Alepe para tomar posse como primeira governadora de Pernambuco — Foto: Pedro Alves/g1

A posse foi acompanhada de perto por mais de 730 pessoas, entre deputados, autoridades do Poder Judiciário e convidados. Um telão teve que ser montado num auditório fora do plenário, para que 170 pessoas pudessem acompanhar a cerimônia.

“Não podemos errar e nem perder tempo com erros que já vimos os outros cometendo. O Brasil e o mundo vivem um clima de muita polarização, tantas vezes transformada em ódio e inimizade. A disputa política leva as pessoas a escolhas diferentes, que são naturais e democráticas. Porém, as divergências não podem estar acima da cidadania, da empatia e da solidariedade. Vou ser a governadora de todas as pernambucanas e pernambucanos, não importando que escolhas fizeram nas urnas. Quero pedir esse voto de confiança aos deputados, prefeitos e todos aqueles que sabem da importância de fazer com que Pernambuco viva um novo tempo. Vamos trabalhar juntos”, afirmou.

No sábado (31), Raquel Lyra anunciou a lista completa de sua equipe de governo. Serão 24 secretarias, além da Procuradoria-Geral do Estado e de outros órgãos de segundo escalão.

A governadora prometeu fazer uma reforma administrativa no estado, para fazer com que os serviços públicos cheguem mais rápido à população.

“Temos um time de secretários e secretárias também sendo empossados a partir de amanhã [segunda]. É uma equipe equilibrada, de homens e mulheres, composta por gente muito bem capacitada, com grande sensibilidade política e de todas as regiões do estado. Temos uma reforma administrativa para encaminhar. Vamos reorganizar a máquina do estado para que ela se torne mais eficiente. E, por eficiência, o que quero dizer é: construir um governo que chegue mais rápido na vida das pessoas e não se perca em si mesmo”, declarou.

Raquel Lyra nasceu no Recife e tem 44 anos. Ela é mãe de João, de 12 anos, e de Fernando, de 10 anos (veja vídeo acima). O pai de Raquel, João Lyra Neto (PSDB), foi vice-governador de Eduardo Campos. Na época, quando era do PSB, ele assumiu o governo em 2014, quando Campos deixou o cargo para concorrer à Presidência.

Raquel é viúva. Ela era casada com o empresário Fernando Lucena, que morreu no dia 2 de outubro deste ano, dia das eleições para o primeiro turno. Ele tinha 44 anos e estava em casa, em Caruaru, no Agreste, quando se sentiu mal. Foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu.

Formada em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Raquel já trabalhou como advogada do Banco do Nordeste e, em 2002, assumiu o cargo concursado de delegada da Polícia Federal, onde permaneceu até 2005. Ela renunciou ao cargo após passar no concurso para a Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Entre 2007 e 2016, foi filiada ao PSB. Entre 2007 e 2010, foi chefe da Procuradoria de Apoio Jurídico e Legislativo do governo de Eduardo Campos. Em 2010, foi eleita deputada estadual, mas se licenciou para assumir a Secretaria da Criança e da Juventude no segundo mandato de Eduardo Campos. Em 2014, foi reeleita deputada estadual.

Saiu do PSB em 2016, ano em que se filiou ao PSDB e se candidatou à prefeitura de Caruaru. Foi eleita prefeita em segundo turno, e foi a primeira mulher a assumir o cargo na cidade. Em 2020, se reelegeu, também em primeiro turno. Renunciou à prefeitura em março de 2022, para concorrer ao governo.

Confira, na íntegra, o primeiro discurso de Raquel Lyra depois de eleita
Depois de tomar posse ao lado da a vice-governadora, Priscila Krause, na tarde deste domingo (1º) e participar da tramsissão de cargos no Palácio do Campo das Princesas, a governadora Raquel Lyra fez o seu primeiro discurso como chefe do executivo estadual.

Confira o discurso da governadora Raquel Lyra, na íntegra:

“Boa noite, gente. Que bom poder estar aqui hoje com vocês. Quero iniciar minhas palavras cumprimentando Priscila Krause, vice-governadora eleita, companheira de jornada. Obrigada, Priscila. O que vem pela frente ainda é muito melhor e maior do que a gente construiu até agora. Que Deus nos abençoe.

Eu quero começar esse meu primeiro discurso como governadora de Pernambuco em um dia histórico para a nossa sociedade me dirigindo especialmente às mulheres. Pela primeira vez desde que nos tornamos uma unidade federativa, uma mulher igual a cada uma de vocês, eleita pela vontade do povo vai ocupar este lugar. É uma honra, um orgulho e uma enorme responsabilidade que esta mulher seja eu. Tendo ao meu lado Priscila Krause, vice-governadora eleita.

Tenham a certeza e a confiança que assim como as heroínas de Tejucupapo, estaremos alertas, vigilantes e determinadas a defender nossa terra, seja qual for o desafio. Junto conosco estão os sonhos e as esperanças de muitas outras. De minha mãe, Mércia Lyra, minhas irmãs Nara e Paula, de tantas Severinas, Marinas, Vanessa, Paulas, que têm esperança de um futuro melhor.Esperança, essa palavra feminina que junto de uma outra, a coragem, vão levar Pernambuco para um novo tempo.
Quem se dirige a vocês no dia de hoje é a nova governadora de Pernambuco mas, antes de tudo, a mãe de João e Nando, amores da minha vida. E que me deram a força para chegar até aqui. Vocês, meus filhos, tenham a certeza de que tudo que farei aqui será sempre para que no final de cada dia vocês tenham orgulho da mãe que têm.Se cheguei aqui hoje é porque eu tive ao longo de muitos anos um parceiro de fé inabalável que sonhou meus sonhos comigo, lutou minhas lutas e, dessa maneira, fez com que todo sonho e toda luta não fossem apenas meus, mas fossem nossos. Deu certo, ‘nego’. Você estará comigo aqui hoje e sempre.Eu quero nessas primeiras palavras trazer a inspiração do que vi na vida. Do que a política me mostrou de melhor. Porque é pela política que podemos garantir a democracia, unir pessoas e melhorar a vida delas olhando de forma especial para os que mais precisam da ação do poder público. Aquelas que se sentem invisíveis porque governo nenhum chega nelas.
Há muitos anos eu ainda era uma menina e meu pai, João Lyra, então prefeito de Caruaru, me levava junto com minha mãe para rodar a cidade inteira, ver quais eram os problemas. Os buracos nas ruas, olhar nos olhos das pessoas, conversar. Numa dessas andanças lembro de algo que me marcou para sempre. Eu vi a fome, o rosto dela. Seus cabelos e olhos escuros. Era uma mulher e seus filhos. Uma família que tinha muito pouco, quase nada. Só tinham a si mesmos e a esperança de que alguém fizesse por eles.Passados tantos anos, aquela menina está aqui diante de vocês como governadora.
Mas a fome ainda permanece no rosto de milhões de mães, pais e filhos de Pernambuco. Não podemos seguir com esse que é o sinal mais claro e doloroso da falta do Estado na vida do povo. É por aí que a mudança vai começar, com mães de Pernambuco.
No auxílio financeiro que vai chegar para quem mais precisa para ajudar a colocar comida no prato.Meu tio, Fernando Lyra, que foi o ministro da Justiça que assinou a Lei que acabou com a censura no Brasil afirmou certa vez que o maior problema brasileiro era o apaartheid social. Como se existissem países diferentes dentro do mesmo território. Como se existissem Pernambucos diferentes dentro de um mesmo território. Dividindo os mais ricos e os que não têm nada.Diminuir estas fronteiras levando educação, trabalho, moradia, saúde, cidadania e dignidade não é apenas uma meta para mim. É, antes de tudo, uma definição de vida. É o que me motiva a estar aqui. É o que vamos perseguir diariamente.

Neste novo ciclo que começamos a construir juntos a partir de agora, ainda há mais a ser feito do que havia em 2007, quando Eduardo Campos e João Lyra assumiram o Governo de Pernambuco. Muito do que foi construído em um passado recente foi perdido nos últimos anos.

O Pernambuco que recebemos lidera indicadores nacionais de desemprego, miséria, violência e desalento. Não podemos aceitar sermos uma sociedade em que parte das pessoas não come enquanto outra parte não dorme com medo da violência.

Os ingredientes da paz social são o amor, o trabalho e o pão. A pobreza novamente é um desafio a ser enfrentado exigindo de todos nós unidade, capacidade de dialogar e entrega de trabalho. Sabemos que as pessoas esperam de nós uma gestão pautada, Priscila, pela Justiça. Sensível às desigualdades, criativa em busca das soluções e com agilidade para fazer mais.

Dom Helder Câmara costumava dizer que é graça divina começar bem. Graça maior, persistir na caminhada certa. Mas, graça das graças, é não desistir nunca e a gente não desiste. O nosso governo persiste e não desistirá. Não podemos mais dar raízes para os problemas. temos que dar gotas das soluções.

Para combater a violência que aflige nosso Estado, vamos construir uma política pública eficiente, chamando todas as forças envolvidas nesse processo para participar e ajudar a pacificar as ruas.

Quem mora aqu não pode continuar vivendo com medo. Quem vem nos visitar tem que voltar para casa com o desejo de retornar mais vezes à nossa terra. O Juntos Pela Segurança vai ser uma das nossas prioridades, assim como a saúde que anda tão combalida.

É preciso requalificar os hospitais e construir novas instalações. Agir emergencialmente para reduzir as filas de exames e consultas. Não é do dia para a noite que a gente resolve essas questões. Mas a gente vai trabalhar exaustivamente para que pouco a pouco, passo a passo, elas passem a ser solucionadas.

Como afirmamos durante a  campanha olhando nos olhos das pernambucanas e pernambucanos, vamos trazer de volta as oportunidade para que o povo tenha trabalho. Para que os jovens possam estudar, se qualificar e depois tenham uma  vaga de emprego.  Para que as mães vejam filhas e filhos crescendo com segurança.

O Governo tem a tarefa de induzir o desenvolvimento, de preparar o Estado e facilitar a vida de quem quer empreender e gerar os novos negócios  no nosso estado. De quem vive aqui e de quem pode chegar de fora para investir no Estado que já foi líder do Nordeste brasileiro. gerando um ambiente de negócio que seja dinâmico, arrojado e ativo.

O Desenvolvimento não pode e não estará restrito a apenas uma região do nosso Estado. Sou filha do Interior. A primeira a ser eleita governadora de Pernambuco. Eu sei das dificuldades para quem vive e quer trabalhar por lá. Conheço esse Estado inteiro, cada região. Sei das suas diferenças, das suas vocações e possibilidades.

Mas sei também que ninguém faz nada só. Não iremos governar de cima para baixo, sob a força da caneta, da coação e nem do medo. Vou continuar percorrendo Pernambuco, escutando as pessoas e fazendo as escolhas com elas. Quem tem habilidade para escutar mais certamente vai errar menos.

Desde os tempos em que éramos uma colônia portuguesa, Pernambuco sempre teve uma postura de liderança. Mesmo sendo um Estado pobre, Pernambuco se fazia ouvir e respeitar com voz, altivez, coragem e atitude. Esse protagonismo estava apagado, está apagado. Teremos importância e relevância no cenário nacional. Tenho convicção: esse tempo acabou. Essa página está virada.

Nós vamos trazer de volta a força dos pernambucanos. Nos colocando nos debates nacionais, participando e discutindo a pauta brasileira. Pernambuco sempre foi e vai novamente fazer  questão de ser ouvido. Nossa bandeira e nossas mãos vão estar o tempo inteiro prontas a erguer pontes, mas sem nunca deixar que sejamos subjugados ou colocados em segundo plano.

Estamos assumindo no dia de hoje, no Governo do Estado, em uma casa que ao que tudo indica está bagunçada e mal cuidada. E nisso, o olhar de não apenas uma, mas muitas mulheres que entram nesse governo junto comigo, fará toda a diferença.

Teremos dificuldades, mas vamos superá-las. teremos dias ruins, mas se seguirão de dias bons. teremos pedras no  caminho, mas o nosso caminho nunca foi fácil. Dessas pedras construiremos as pontes que nos levarão ao futuro.

Aqui, bem perto das pontes que caracterizam nossa capital. Que unem os dois lados do capibaribe, eu reafirmo que vocês terão em mim uma líder capaz de construir o Estado construindo pontes, jamais muros.

Pontes com os nosso representantes no Legislativo, a quem agradeço a confiança, a presença. No Legislativo Estadual, no municipal, aos milhares de vereadoras e vereadores que tem no Estado de Pernambuco, na Câmara dos deputados e no Senado federal. Com nossos prefeitos e prefeitas, como um governo amigo das cidades, sempre atendo às suas demandas e às suas especificidades. Pontes com o Judiciário, com o Ministério Público, com os representantes da sociedade civil e ponte com o Governo Federal.

Estarei em Brasília em breve para apresentar nossas demandas emergenciais e aquelas que são estruturais. Farei isso quantas vezes for necessário. Eu torço para que o presidente LÇul, eleito pela vontade do povo brasileiro, que também tomou posse hoje, não falte ao nosso estado e trabalharei para que isso não aconteça.

Se somos conhecidos como Leões do Norte, coragem temos de sobra para buscar os recursos, apoios e parcerias necessários a garantir os investimentos para que Pernambuco saia desse estado de marasmo.

O Brasil e boa parte do mundo vivem um momento em que a polarização política deixou de fazer adversários para fazer inimigos. As eleições acabaram, não há mais palanques na praça. Nosso mandato foi dado pelo povo de Pernambuco e queremos governar para todas as pessoas. As picuinhas e desavenças não vão nos ajudar em nada nem nos levar a canto algum.

Aprendi que um governante precisa estar disposto a conversar com franqueza e serenidade. Diferente de nós, é um direito que só a democracia nos dá e é por isso que ela é tão delicada. Respeitar a opinião dos contrários e encontrar nas críticas motivos que nos façam refletir, mostrar a maturidade de quem governa.
Estou sempre pronta e de coração aberto para as pessoas que quiserem debater Pernambuco mas, sobretudo, construir um novo Pernambuco independente das suas preferências políticas. Com a mesma serenidade que me trouxe até aqui irei governar o nosso Estado.

Eu e Priscila. Olhando para as pessoas, fazendo o agora acontecer e mirando o futuro. Temos a pressa de quem precisa caminhar veloz porque o tempo não vai nos esperar. Temos a fé de nossa gente, a certeza da caminhada e a raça de uma mulher pernambucana.

Sem ódio, sem medo e com o coração tomado de coragem, amor e esperança. Que Deus nos proteja nessa nossa jornada. Eu conto com vocês”.

LEIA TAMBÉM:

Choro, semelhanças com 2003, críticas a Bolsonaro e mais: a posse de Lula em sete pontos

02/01/23

Por Agência O Globo

blogfolhadosertao.com.br

 

Primeiro dia do terceiro mandato de Lula teve inovações no protocolo de transmissão do cargo, mas também similaridades com sua

Lula e a primeira-dama, Janja

A cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República, neste domingo, alternou discursos conciliatórios do novo presidente com críticas a seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL).

Houve inovações no protocolo de transmissão do cargo, mas em meio a similaridades com a chegada do petista ao Palácio do Planalto em 2003, no seu primeiro mandato. Lula também foi às lágrimas durante seu discurso no parlatório, após receber a faixa presidencial, diante de dezenas de milhares de apoiadores na Esplanada dos Ministérios em Brasília.

Veja a seguir, em sete pontos, alguns dos principais momentos da posse de Lula:

1 – Representantes do povo na rampa do Planalto
Devido à ausência de Bolsonaro, que deixou o país rumo aos Estados Unidos na antevéspera da posse, a transmissão da faixa presidencial não contou com o antecessor, praxe em posses anteriores. Em lugar disto, Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto acompanhando por oito representantes da sociedade civil, grupo que incluiu uma catadora, um metalúrgico, uma pessoa com deficiência e uma criança negra.

O grupo foi responsável pela passagem da faixa e acompanhou toda a cerimônia ao lado do presidente, que também levou a cadela Resistência, acolhida pela vigília realizada no entorno da sede da Polícia Federal em Curitiba durante a prisão de Lula.

2 – “Sem revanche” e “sem anistia”
Em seu discurso de posse no Congresso Nacional, Lula afirmou não carregar “nenhum ânimo de revanche contra os que tentaram subjugar a nação a seus desígnios pessoais e ideológicos”, numa crítica velada a Bolsonaro, mas frisou que espera uma resposta através da “lei e suas mais duras consequências” a quem “errou”.

“Não temos nenhum ânimo de revanche, mas vamos garantir o primado da lei. Quem errou responderá por seus erros, com direito à ampla defesa dentro do devido processo legal. Ao ódio responderemos com amor, à mentira com verdade, ao terror e violência com as leis e suas mais duras consequências”, disse Lula perante o Congresso.

Momentos depois, durante o discurso do presidente no parlatório do Palácio do Planalto, o público reagiu com gritos de “sem anistia” após Lula citar erros do governo Bolsonaro em temas como a gestão da pandemia da Covid-19 e o combate ao desmatamento na Amazônia.

3 – Apelo à “reconstrução” do país
Também no discurso de posse no Congresso, Lula pregou uma reconstrução do país e da democracia. Ele lembrou do que disse há 20 anos, quando assumiu em seu primeiro mandato como presidente da República, e disse que naquele momento a palavra era “mudança”. Mais uma vez sem citar nominalmente seu antecessor, Jair Bolsonaro, Lula disse que o momento é de fortalecer a democracia.

“Depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer: “Democracia para sempre”. Para confirmar essas palavras, teremos de reconstruir em bases sólidas a democracia em nosso país”, afirmou o petista.

O tom foi o mesmo ao fim de seu segundo discurso do dia, agora no parlatório. Lula pregou união para formar “uma frente ampla contra a desigualdade, que envolva a sociedade como um todo, artistas, governadores, prefeitos, sindicatos, movimentos sociais, associações de classe, servidores públicos, profissionais liberais, líderes religiosos, cidadãos e cidadãs comuns”.

4 – Lágrimas
Em discurso em tom emocional no Planalto, após receber a faixa presidencial de representantes da população, Lula elencou como uma de suas prioridades o combate à desigualdade e à extrema pobreza. Durante o pronunciamento, ele chorou ao elencar exemplos de retrocesso do país na área social. O petista defendeu ser “urgente e necessária a formação de uma frente ampla contra a desigualdade”.

A primeira vez em que o choro interrompeu o discurso de Lula foi ao citar “trabalhadoras e trabalhadores desempregados exibindo, nos semáforos, cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: ‘Por favor, me ajuda’”.

O petista listou episódios que retratam a extrema pobreza, acentuada com a pandemia de Covid-19, como filas nos açougues em busca de ossos. E lembrou o compromisso assumido há 20 anos, quando iniciou seu primeiro mandato, de acabar com a fome e a miséria.

“Muito do que fizemos foi desfeito de forma irresponsável e criminosa. A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer”, discursou Lula. “A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro”.

5 – Revogaço
Os primeiros atos de Lula como presidente neste terceiro mandato foram realizados já neste domingo. Entre decretos, medidas provisórias (MP) e despachos, as decisões tratam de temas como armas, Amazônia, sigilo de informações públicas, Bolsa Família e desoneração de combustíveis, entre outros.

Parte do que foi assinado, durante a cerimônia da posse no Planalto, revoga atos do ex-presidente Jair Bolsonaro. As medidas tratam de temas sensíveis da gestão de seu antecessor, o que foi alvo de críticas de Lula durante a campanha eleitoral, como a política de flexibilização de posse e porte de armas e a decretação de sigilos de 100 anos em determinados documentos.

No caso das armas, por exemplo, o decreto suspende o registro de novas armas de uso restrito do grupo conhecido como caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) e também as autorizações de novos clubes de tiro. O texto ainda condiciona a autorização de porte de arma à efetiva comprovação de necessidade.

6 – Parceria com Alckmin
O vice-presidente Geraldo Alckmin, citado de forma recorrente na campanha como um exemplo do conceito de “frente ampla” na candidatura de Lula – já que ambos chegaram a ser adversários pela Presidência em 2006 -, teve papel central na cerimônia de posse. Lula dividiu o Rolls Royce no trajeto pela Esplanada dos Ministérios com Alckmin e com as mulheres de ambos – Rosângela Silva, a Janja, e Lu Alckmin, respectivamente -, numa espécie de releitura da posse do petista em 2003, quando ficou ao lado do então vice José Alencar no veículo.

Em um gesto simbólico, Alckmin usou uma gravata vermelha, cor normalmente associada ao PT e a Lula, enquanto o presidente usou uma gravata azul — tonalidade que costumava ser adotada pelo PSDB, antigo partido de Alckmin, em disputas eleitorais contra candidatos petistas.

Numa outra cena da dobradinha entre Lula e Alckmin, o vice foi flagrado pelas câmeras sussurrando para o presidente que “o povo está feliz”, quando ambos subiram ao parlatório.

7 – Defesa da “democracia sempre”
“Democracia” foi uma das palavras mais usadas por Lula em seu discurso perante o Congresso Nacional, e apareceu até em um novo lema cunhado pelo presidente eleito em sua posse.

“Sob os ventos da redemocratização, dizíamos: “ditadura nunca mais”. Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer “democracia para sempre”.

Leia também

• ‘Governo disposto a ser diverso’, diz Ivan Baron, influenciador que subiu a rampa ao lado de Lula

• Catadora diz que equipe de Lula pediu segredo sobre passagem de faixa

• Entenda o que acontece com o preço dos combustíveis no início do governo Lula