Mourão pede altivez na derrota, cita 2026 e diz que golpe colocaria país em situação difícil

03/11/22
João Gabriel/Folha do S. Paulo
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 O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) defendeu, no fim da tarde desta quarta-feira (2), o que chamou de manifestações ordeiras de bolsonaristas, mas afirmou que uma eventual ação de militares, como pedem os atos golpistas, é prejudicial ao Brasil.

***ARQUIVO*** BRASÍLIA, DF, BRASIL, 23-05-2022, O vice presidente Hamilton Mourão concede entrevista coletiva no Palácio do Itamaraty Foto: Gabriela Biló /Folhapress)

 O vice presidente Hamilton Mourão concede entrevista coletiva no Palácio do Itamaraty Foto: Gabriela Biló /Folhapress)© Fornecido por Folha de S.Paulo

“Agora querem que as Forças Armadas deem um golpe e coloquem o país numa situação difícil perante a comunidade internacional. As manifestações ordeiras, em justa indignação, são bem-vindas”, afirmou nas redes sociais.

Senador eleito pelo Rio Grande do Sul, Mourão pediu “altivez” na derrota e citou a força para “bloquear as pautas puramente esquerdistas” e retornar “muito mais fortes em 2026”.

No entanto, repetiu o tom do presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu primeiro pronunciamento desde a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, e afirmou que os atos pacíficos são “bem-vindos”.

“As manifestações ordeiras, em justa indignação, são bem-vindas”, disse.

O vice-presidente ainda tentou imputar à anulação das condenações de Lula o motivo pelo qual os bolsonaristas pedem o golpe militar, afirmando que a “frustração” dos manifestantes surge no momento em que o STF (Supremo Tribunal Federal) fez aquele julgamento.

“Está na hora de lançar um manifesto explicando isso e dizendo que temos força para bloquear as pautas puramente esquerdistas, além de termos total capacidade de retornarmos muito mais fortes em 2026”, afirmou.

Desde a derrota de Bolsonaro nas urnas, no domingo (30), manifestantes bolsonaristas têm bloqueado estradas em todo o país, em manifestações antidemocráticas que pedem por um golpe militar –que chamam de “intervenção federal”– no Brasil.

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