Entidades estudantis participam do Grito do Excluídos e fazem distribuição de alimentos no Recife e em mais 18 capitais neste 7 de setembro

07/09/22

Por Adriana Guarda

blogfolhadosertao.com.br

 

A segurança alimentar é um dos sete eixos discutidos pelo 28º Grito dos Excluídos, que terá como tema “200 anos de (in) dependência para quem?”

BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
GRITO DOS EXCLUÍDOS No ano passado, manifestação protestou contra o presidente Jair Bolsonaro – FOTO: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM
Nos 200 anos da independência do Brasil, a 28ª edição do Grito dos Excluídos vai promover uma distribuição de alimentos no Recife e nas outras 18 capitais que integram a mobilização nacional, nesta quarta, 7 de setembro.

Entidades estudantis como UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES e ANPG (Associação Nacional de Pós Graduandos) vão distribuir marmitas e alimentos para as pessoas em vulnerabilidade em todas as manifestações do Grito pelo País.

DAY SANTOS/JC IMAGEM
INSEGURANÇA ALIMENTAR Desde 2021, o País voltou ao Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas – DAY SANTOS/JC IMAGEM

Em 2020, 19,1 milhões de pessoas passavam fome no Brasil. No ano passado, este número explobiu para 33,1 milhões, motivada pela pandemia da covid-19, pela crise econômica e pela desarticulação de políticas sociais para populações vulneráveis.

A segurança alimentar é um dos sete eixos discutidos pelo 28º Grito dos Excluídos, que terá como tema “200 anos de (in) dependência para quem?”. 

“Utilizaremos o nosso alcance e capilaridade para uma ação solidária urgente. Devemos ter em mente que os milhões de brasileiros com fome atualmente revelam a falta de um projeto de soberania e de desenvolvimento. Esse é o momento de debater o Brasil que a gente quer nos próximos 100 anos, e com um grande pacto pela redução das desigualdades sociais”, destaca a a presidente da UNE, Bruna Brelaz.

Independência e eleições

Já a presidente da UBES, Jade Beatriz, questiona o bicentenário da Independência dentro do clima político das Eleições 2022. Para ela, o  marco da data tem sido ofuscado pelos discursos antidemocráticos.

“Enquanto deveríamos estar debatendo medidas para avançar, investir em educação e em  desenvolvimento, o governo usa essa data para atacar o sistema eleitoral e inflamar sua base, criando mais ‘cortina de fumaça’ para a crise que causou”, critica.

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