11/09/22
Por Júlio César Martins
Técnico alvirrubro admitiu que time evoluiu, e focou na melhora do desempenho dentro de campo
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A vitória sobre o Brusque foi a segunda seguida do Náutico na Série B do Campeonato Brasileiro. Conseguindo o feito apenas pela segunda vez na competição, o clube alvirrubro chegou aos 27 pontos e viu a distância diminuir em relação aos concorrentes da zona de rebaixamento. O treinador Dado Cavalcanti elogiou a evolução dentro de campo e confirmou que os três pontos deixam o time mais confiante para a sequência.
“Se torna redundante falar da importância da vitória. Fazia tempo que o Náutico não tinha uma sequência de vitórias. Mas ressalto que é o segundo jogo que o time não leva gols, apesar de ter a pior defesa. Isso traz um feedback positivo para mim. O resultado nos coloca no campeonato. Até então, o Náutico estava fora do campeonato. Conseguimos enxergar uma luz no fim do túnel, porque antes era tudo muito nebuloso”.
“Entendo que evoluimos. Essa evolução passa por sequência de jogos, com combinações. Os jogadores se conectam em campo. Quando se mudam muito vai quebrando as conexões entre os atletas. Acho que saímos mais facilmente de pressão do adversário. Os nossos zagueiros tiveram um pouco mais de dificuldade na construção por terem sido mais exigidos, já que o Brusque desceu muito a marcação. Abrimos uma conexão boa entre Souza e Everton Brito, com Victor Ferraz e Everton. O Thomaz tem capacidade de flutuação no meio, mas está jogando aberto e esteve bem com João Lucas. O Geuvânio em dois jogos participou de três gols efetivamente. Acho que evoluímos, mas acho que tem margem para evoluir mais. Precisamos evoluir para conseguir os resultados”.
Com um time com jogadores mais intensos, principalmente no meio-campo, o Timbu conseguiu controlar a partida e não sofreu muito na defesa. O ponto interessante foi a utilização de Jean Carlos apenas no segundo tempo. O camisa 10 alvirrubro começou no banco de reservas, por escolha de Dado.
Sendo acionado durante o confronto, o “Mágico” foi quem deu a bela assistência para o gol de Geuvânio, ao realizar um cruzamento do lado esquerdo de ataque. Desde o primeiro tempo, a torcida do Náutico já gritava o nome do atleta, que entrou em campo no intervalo, no lugar de Kieza.
“Ainda continuo preocupado como estamos finalizando os jogos. Não tem motivo para me vangloriar, mas é uma condição que estrategicamente está trazendo resultados. Essa preocupação com a equipe que finaliza. O Jean é um ídolo da torcida, tecnicamente acima da média. Os jogadores são participativos ou decisivos. O Jean é decisivo. A opção do Jean no banco foi porque eu quis manter o time que finalizou o jogo passado. Quando a gente tem no banco atletas que podem mudar o jogo no banco é positivo para o treinador. No banco também ficaram Jobson e Wellington. A gente precisa de um equilíbrio coletivo”, explicou o comandante.
“Talvez a presença de Jean desde o início talvez não traria tanta diferença do que no meio do jogo. Mas isso não quer dizer que eu vou continuar mantendo o Jean no banco de reservas. Visualizo como natural o apego por Jean, porque é um cara vitorioso no Náutico. Dessa vez eu fiz essa opção, de Jean no segundo tempo. Ele fez a diferença. Poderia até fazer diferença no primeiro tempo também, mas durante a construção da semana, faria tudo de novo. Eu disse quando cheguei que teria que tomar decisões, e por vezes elas seriam impopulares”, finalizou.