Emresário denuncia corrupção no Ministério da Educação

24/09/22

Por Ricardo Noblat

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presidente jair bolsonaro conversa com ex ministro da educação Milton Ribeiro
Bolsonao e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro – Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ailson Souto da Trindade, empresário do setor da construção civil e candidato a deputado estadual pelo PP no Pará, contou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro deu aval para que contratos de obras federais de escolas fossem negociados em troca de propina para os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

O acordo previa que o dinheiro vivo, segundo Trindade, seria escondido na roda de uma caminhonete para ser levado de Belém (PA) até Goiânia (GO), onde está a sede da igreja dos pastores. A propina cobrada era de R$ 5 milhões. Um dos pastores, Gilmar, havia sido recomendado a Ribeiro pelo próprio Bolsonaro. Trindade com a palavra:

“Funcionou assim: o ministro fez uma reunião com todos os prefeitos (no prédio do MEC, dia 13 de janeiro de 2021). Depois houve o coquetel, num andar mais acima. Lá, a gente conversou, teve essa conversa com o ministro. Eu não sabia nem quem era o ministro.”

“Ele se apresentou: ‘Eu sou Milton, o ministro da Educação, e o Gilmar já me passou o que ele propôs para você, e eu preciso colocar a tua empresa para ganhar licitações. Em troca você ajuda a igreja. O pastor Gilmar vai conversar com você”.

Trindade responde por crime de estelionato depois de ser acusado de aplicar golpes com promessa de liberação de empréstimos para beneficiários do Bolsa Família. Segundo o jornal, ele diz que jamais foi intimado judicialmente e por isso ainda nem recorreu. Também afirma que não há impedimento para ser candidato.

As datas dos encontros relatados pelo empresário batem com o registro de entrada dele no ministério, em Brasília, com fotos nas redes sociais e com a agenda do ex-ministro e dos pastores. Parte da negociação teria ocorrido durante um almoço. Para que as obras fossem garantidas, o primeiro repasse deveria ser imediato.

“Eles queriam R$ 5 milhões em dois dias. Eu falei: ‘Mas eu não posso fazer esse tipo de negócio, eu sou empresário, eu não vou fazer uma coisa assim sem nenhum contrato’. E eles queriam que eu colocasse no pneu de uma caminhonete e mandasse para lá. Eu disse: ‘Não, gente, vamos fazer em conta, porque como é que eu vou saber… se não der certo, como vou provar que eu paguei?’ Aí eu fiquei com medo desse tipo de negociata. Daí queriam 5 milhões logo e depois de 15 dias queriam mais R$ 50 milhões”.

Por que o empresário só agora resolveu fazer essa denúncia? Segundo Trindade, porque intimidações e ameaças de ex-aliados seus se tornaram insustentáveis. Familiares dele têm sido abordados por interlocutores dos pastores. Trindade precisou reforçar sua segurança pessoal. O ex-ministro da Educação nega tudo.

No Rio, vereador Chico Alencar é ameaçado por bolsonarista

24/09/22

O Estado de Minas

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Suspeito, identificado como Vinicius Melo, diz saber onde o parlamentar mora e que irá mandar alguém assassiná-lo

 


Vereador Chico Alencar – Por TIAGO MINERVINO – Folhapress

Vereador e candidato a deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro, Chico Alencar recebeu ameaça de morte enviada por um bolsonarista nas redes sociais. Na mensagem enviada no direct do Instagram, o suspeito, identificado como Vinicius Melo, diz saber onde o parlamentar mora e que irá mandar alguém assassiná-lo.

“Vou mandar matar você. Sei onde você mora”, escreveu Vinicius.Em sua página no Instagram, Vinicius Melo se identifica como “patriota”, “pró Bolsonaro” e a favor do armamento. Entre suas publicações há críticas ao comunismo, à esquerda e em defesa do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Após receber a ameaça, Chico Alencar notificou a Procuradoria da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, que pediu ao TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio) e a Polícia Civil para investigar o caso. Conforme a assessoria do vereador, já foi feito um registro de ocorrência na DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática).

Nas redes sociais, o PSOL carioca demonstrou apoio ao vereador, classificou a ameaça como “bárbara e absurda”, e exigiu que seja realizada uma investigação porque “ameaças como esta não podem ser toleradas”.

“Estamos com você, Chico! Em plenas eleições, a violência política contra a esquerda aumenta e ameaças como esta não podem ser toleradas. Exigimos investigações, isso precisa parar! Toda nossa solidariedade e carinho ao Chico Alencar diante dessa ameaça bárbara e absurda”, disse o partido.

 

CLIMA DE VIOLÊNCIA NAS ELEIÇÕES

Vários casos de violência têm sido registrados durante o período eleitoral e preocupa quanto a segurança dos eleitores. Ontem, a janela de um prédio no Recife que tinha a bandeira do PT foi atingida por tiros.

Para o Partido dos Trabalhadores, esse tipo de comportamento é uma “clara tentativa de intimidação aos que apoiam a democracia e querem um país melhor para todos os brasileiros”, e exigiu “uma investigação séria e célere do ato e que os responsáveis sejam punidos”.

Na terça-feira (20), um pesquisador do instituto Datafolha foi agredido com chutes e socos por um bolsonarista em Ariranha, no interior de São Paulo. O pesquisador entrevistava uma pessoa, quando o agressor, identificado como Rafael Bianchini, se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido para o levantamento. “Só pega Lula” e “vagabundo” foram termos gritados pelo bolsonarista no meio da rua.

No começo do mês, um eleitor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi morto por um apoiador de Jair Bolsonaro após uma discussão em Confresa, na zona rural de Mato Grosso.

A Polícia Civil de Mato Grosso informou que Benedito dos Santos foi assassinado a golpes de faca e machado por Rafael de Oliveira, após uma discussão política entre ambos na zona rural de Confresa, no Nordeste do Estado, descambar para a briga na noite de 7 de setembro. O suspeito foi preso.

Em julho, o guarda municipal Marcelo Arruda, apoiador do PT e de Lula, foi morto pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, enquanto celebra o aniversário de 50 anos ao lado de familiares e amigos, em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Internautas citam denúncia de propina escondida em pneu e Michelão vai ao TT

24/09/22

247

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Michelle Bolsonaro foi ao Trending Topics do Twitter após internautas citarem a corrupção no MEC, que era comandado por Milton Ribeiro, aliado da esposa de Jair Bolsonaro

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(Foto: Reuters | MEC | Pixabay)Internautas foram nesta sexta-feira (23) ao Twitter criticar a corrupção e citaram Michelle Bolsonaro após a informação de que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro autorizou a negociação de contratos de obras federais em escolas públicas em troca de reformas nas igrejas dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.O criminalista Daniel Bialski, advogado da esposa de Jair Bolsonaro (PL), assumiu este ano a defesa de Milton Ribeiro sobre as investigações de irregularidades na liberação de dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em junho, Michelle afirmou que “Deus vai provar” que o ex-ministro é “uma pessoa honesta”.

Sobre a denúncia desta semana, o empresário do setor da construção civil Ailson Souto da Trindade afirmou ter sido feito um pedido de propina de R$ 5 milhões em dinheiro, que deveria ser escondido no pneu de uma caminhonete.

“O Michelão do MEC”, disse uma pessoa no Twitter. Um internauta escreveu: “a família Broxonaro são mesmo empreendedores: loja de chocolate, imobiliária, pneus Michelão etc

E aceitam todo tipo de pagamento: cheque, dinheiro vivo, rachadinha, milícia… vc escolhe”.Outro usuário disse que “a moda agora é dinheiro na roda do pastor de direita. Propina e corrupção é roubo”. “Esta escrito, não roubarás satanas. Propina no pneu Michelão”.

“Hoje nos postos teremos gasolina de graça e pneus da marca Michelão calibrados com notinhas novinhas de Duzentão!”.