31/03/22
Redação Notícias
blogfolhadosertao.com.br
- Ex-ministro informou que não poderá participar de audiência chamada pela Comissão de Educação do Senado;
- A comissão aprovou um convite a Ribeiro para que ele desse explicações sobre favorecimento a pastores.
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O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro informou que não poderá participar de audiência chamada pela Comissão de Educação do Senado para explicar irregularidades no MEC, prevista para esta quinta-feira (31). “Informo a impossibilidade de seu comparecimento, tendo em vista a publicação do Decreto de 28 de março de 2022, em edição extra do Diário Oficial da União”, diz a resposta. As informações são do G1.
Ribeiro pediu exoneração do cargo nesta segunda-feira (28). Enquanto ministro, ele foi convidado para prestar esclarecimentos sobre a interferência de dois pastores evangélicos no Ministério da Educação (MEC). À pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ministro priorizava os pedidos dos religiosos para a liberação de verbas para prefeitos. As informações foram reveladas em áudios do próprio ministro.
Em ofício endereçado ao senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente do colegiado, Ribeiro informa “a impossibilidade de seu comparecimento” e cita publicação no “Diário Oficial da União” da data de sua demissão da pasta.
“Informo a impossibilidade de seu comparecimento, tendo em vista a publicação do Decreto de 28 de março de 2022, em edição extra do Diário Oficial da União”, diz o ofício enviado ao presidente da CE. Na última quinta-feira (24), a comissão aprovou um convite a Milton Ribeiro para que ele desse explicações sobre suposto favorecimento a pastores na liberação de verbas da pasta.
Originalmente, o pedido era de convocação do ex-ministro, o que tornaria o seu comparecimento obrigatório e tem um peso político maior. os senadores decidiram transformar a convocação em convite, quando a pessoa não é obrigada a comparecer.
Bolsonaro defende o ministro
Nos últimos dias, a pressão de aliados de Bolsonaro para que Milton Ribeiro deixasse o cargo cresceu. O objetivo era aplacar a crise no MEC, gerada após áudios de Ribeiro serem vazados.
Nas gravações, Milton Ribeiro afirma que o MEC tem favorecido pastores evangélicos com repasse de verbas do ministério, a pedido de Jair Bolsonaro. Os municípios que recebem os recursos são os indicados por líderes religiosos, como Gilmar Santos e Arilton Moura.