28/01/22
Agência Brasil
blogfolhadosertao.com.br

28/01/22
Agência Brasil
blogfolhadosertao.com.br

28/01/22
blogfolhadosertao.com.br

Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente Jair Bolsonaro (foto) preste depoimento na Polícia Federal, hoje (28) , às 14h. O chefe do Executivo terá que explicar vazamento do inquérito do ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Hacker invadiu o Sistema do Tribunal Superior Eleitoral por mais de seis meses e o TSE sempre escondeu o fato. O presidente tornou o fato público. Parece o caso do marido traído que vendeu o sofá.
2 – Pré-vestibular gratuito oferecido na Universidade Federal de Pernambuco abre 70 vagas para novos alunos. https://ivanmauricionoticias.blogspot.com/2022/01/pre-vestibular-gratuito-oferecido-na.html
3 – Inscrições para concurso de promotor de Justiça começam nesta sexta-feira (28).
https://ivanmauricionoticias.blogspot.com/2022/01/inscricoes-para-concurso-de-promotor-de.html
4 – – Prefeitos dizem que reajuste a professores é ‘bomba’ nos cofres municipais e avaliam ir à Justiça. Confederação Nacional dos Municípios calcula impacto de R$ 30,46 bilhões para as prefeituras com decisão de Bolsonaro de conceder aumento de 33,24%.

Ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux terá reunião com elite do funcionalismo público para discutir aumento salarial. Categoria pede por reajuste de 19,99% nos salários. Desde quando aumento salarial é matéria constitucional?
– Banco Central só retomará em 14 de fevereiro consulta a valores esquecidos em bancos.
Manchas de óleo aparecem em pelo menos 12 praias do Ceará. Secretaria estadual do Meio Ambiente e o Ibama afirmaram que estão monitorando a situação. A Marinha declarou que vai analisar o material.
Papa Francisco envia mensagem de pesar a Bolsonaro pela morte da mãe. Carta foi lida para o presidente, ontem, durante a missa de sétimo dia do falecimento de Olinda Bolsonaro.
Dois empresários foram vítimas de um sequestro relâmpago, na manhã da última terça-feira, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Uma das vítimas teve um prejuízo de mais de R$100 mil. As informações são da TV Jornal.
DEDO-DURO DIGITAL
Tribunal Superior Eleitoral – TSE – criou um formulário hospedado no seu site para receber denúncias do que chama de “fake News” durante a campanha eleitoral deste ano. E firmou parceria com o Whatsapp. Agora, TSE corre atrás do Telegram.
ECONOMIA NO BRASIL
Portos brasileiros registram recorde de faturamento e movimentação. Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), até outubro do ano passado, o setor havia movimentado 1,010 bilhão de toneladas de cargas, aumento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
ECONOMIA NO MUNDO
PIB dos Estados Unidos supera expectativas e cresce 5,7% em 2021.
Desemprego na Espanha cai e volta aos níveis pré-pandemia.
FINANÇAS NO BRASIL
Bolsa de Valores sobe para 112.612 pontos. É o terceiro dia seguido de alta do IBovespa. Dólar permanece em queda e euro pode cair abaixo dos 6 reais.
SUAS EXCELÊNCIAS
Pensões vitalícias de ex-governadores deixam de sangrar R$4,7 milhões anuais no Maranhão.
Pré-candidato à Presidência pelo Podemos, advogado Sergio Moro recebeu cerca de R$ 200 mil reais por um parecer de 54 páginas que emitiu em novembro de 2020 em resposta a uma consulta do empresário israelense Beny Steinmetz, pivô de um litígio internacional bilionário com a Vale. Cada página escrita do parecer custou R$ 3.703,70.
LAVA JATO
Conselho Nacional do Ministério Público mantém demissão de procurador que contratou outdoor da Lava Jato. Outodoor contratado pelo procurador Diogo Castor dizia: “bem-vindo à República de Curitiba – terra da Operação Lava Jato – a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre. 17 de março, cinco anos de Operação Lava Jato – O Brasil Agradece”.
ELEIÇÕES
PSDB aprova negociações com Cidadania por federação partidária. ‘O Cidadania tem sido parceiro importante do PSDB’, diz o presidente nacional tucano o pernambucano Bruno Araújo.
COVID EM PERNAMBUCO
Pernambuco confirmou, ontem, mais 5.498 casos da Covid-19 e oito mortes – seis tinha doenças preexistentes. Número de confirmações é o maior registrado em 24 horas neste ano de 2022. Mortes registradas ontem ocorreram entre o dia 2 de abril de 2021 e 25 de janeiro de 2022 – um intervalo de 298 dias.
Sem definição sobre festas privadas no Carnaval 2022, Pernambuco prorroga restrições contra Covid.
Governo de Pernambuco diz que quem não se vacina e não usa máscara “merece ir pro paredão”. Postagem faz alusão ao BBB.
COVID NO BRASIL
Brasil registrou, ontem, 672 mortes e 228.954 novos casos. Brasil bate recorde de casos pelo segundo dia consecutivo.
Quase 1 milhão de crianças tomaram a 1ª dose da vacina.
COVID NO MUNDO
Suécia decide não recomendar vacinação infantil contra Covid-19. De acordo com a Agência de Saúde do país, os riscos superam os benefícios.
AGORA A BOA NOTÍCIA SOBRE O COMBATE AO CORONAVÍRUS
149 milhões e 200 mil de brasileiros completam vacinação, 69,4% da população. Mais que os Estados Unidos e toda Europa.
Dias melhores virão, com certeza. Bom fim de semana. Até segunda-feira. Se Deus quiser.
28/01/22
Felipe Farias
blogfolhadosertao.com.br

O ano mal começou e o Náutico já tem um problema milionário para resolver. Isso porque a Justiça do Trabalho divulgou dois editais marcando as datas dos leilões de bens penhorados do clube para o pagamento das causas do ex-zagueiro Jean Rolt e do ex-volante Martinez. As duas ações, juntas, ultrapassam os R$ 8,4 milhões em dívidas trabalhistas.
O primeiro leilão vai acontecer no dia 7 de fevereiro, às 9h, na modalidade online, referente a ação movida por Martinez, que jogou no Timbu nos anos de 2012 e 2013, atuando em 63 partidas e marcando dois gols. Após defender o alvirrubro, o jogador ainda defendeu o Criciúma, em 2014, antes de pendurar as chuteiras.
O bem a ser leiloado para pagamento ao ex-volante é a garagem do Remo, localizada na Rua da Aurora, no bairro de Santo Amaro, que foi avaliada pela Justiça pela quantia de R$ 3.511.200,00. Entretanto, o valor da execução da causa é de R$ 3.625.555,21, ou seja, mesmo que o arremate seja feito pelo montante que o bem foi avaliado, o Náutico ainda ficaria devendo R$ 114.355,21.
Já o segundo edital de convocação de leilão, para pagamento da ação ingressada por Jean Rolt, foi marcado para acontecer no dia seguinte, 8 de fevereiro, também às 9h, e na modalidade online. Porém, o bem penhorado em questão é o prédio da sede do Náutico, na Avenida Conselheiro Rosa e Silva, que foi avaliada pela Justiça do Trabalho em R$ 100 milhões. O valor da execução, entretanto, é de R$ 4.798.630,82.
O ex-zagueiro vestiu a camisa alvirrubra nas temporadas 2012 e 2013, atuando em apenas 39 partidas e não marcou nenhum gol. Logo após sua passagem pelo Timbu, Jean Rolt se aposentou.
28/01/22
Jamildo Melo
blogfolhadosertao.com.br

A pesquisa Vox Populi, contratada pelo PT Nacional para avaliar a corrida eleitoral em Pernambuco, aponta que o ex-presidente Lula bateria Bolsonaro com facilidade, se as eleições fossem hoje. O petista aparece com 62% das intenções de voto, na pesquisa estimulada. O atual presidente teria 14% das intenções de voto.
Ciro Gomes, do PDT, aparece com 6% no Estado, batendo com folga o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, do Podemos, que teria 2% das intenções e voto.
O tucano João Dória surge com 1%, mesma pontuação obtida pelo senador Alessandro Vieira, apresentado pelo Cidadania.
Neste mesmo cenário, brancos e nulos chegam a 10%. Não sabe ou não respondeu correspondem a 4%.
Rodrigo Pacheco (PSD), Simone Tebete (MDB) e Felipe Dávila, do Novo, nem chegam a pontuar.
De acordo com a pesquisa, Lula também lidera como cabo eleitoral. A Vox Populi perguntou aos entrevistados qual a chance de votar em um dos candidatos apoiados pelos principais caciques.
Para quem respondeu votaria com certeza, Lula tem 35% das citações, contra 10% de Bolsonaro e 6% de Paulo Câmara.
Para quem respondeu poderia votar, Lula aparece com 26% das citações, Paulo Câmara tem 24% e Bolsonaro 12% das citações.
No sentido inverso, para quem respondeu que não votaria de forma alguma, Bolsonaro assume a liderança da rejeição com 56% das citações, contra 47% de Paulo Câmara e 19% de Lula.
A pesquisa para o governo do Estado e Senado foi registrada junto à Justiça Eleitoral sob o número 00374/2022. Já a pesquisa para presidente tem o registro 08912/2022. A amostra somou 800 pessoas entrevistadas, em 37 municípios. A margem de erro é 3,5% para mais ou para menos.
Mais:
28/01/22
Por William Tavares
blogfolhadosertao.com.br
Imagina se não tivesse o VAR? Essa é a frase que muitos devem ter pensado sobre o duelo entre Equador e Brasil, em Quito, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022. A tecnologia foi utilizada diversas vezes para corrigir a série de erros que o árbitro colombiano Wilmar Roldan cometeria, entre pênaltis e expulsões. Em um jogo marcado mais pelo que rolou com a bola parada, as equipes empataram em 1×1, nesta quinta (27). Os brasileiros seguem liderando o torneio, de forma invicta. Os equatorianos estão em terceiro.
Em 20 minutos, o VAR já fora acionado três vezes. O primeiro foi tranquilo, apenas para confirmar o gol de Casemiro, após bate-rebate em escanteio. No segundo, o goleiro Dominguez saiu do gol e acertou a perna no pescoço de Matheus Cunha. Roldan nada marcou. Após consulta com o VAR, porém, ele expulsou o equatoriano.
Minutos depois, Emerson, que já tinha amarelo, fez falta dura e também levou vermelho. A lista de atletas que deixaram o gramado antes do apito final por pouco não inclui Alisson. Ao afastar uma bola, ele acertou a perna em Valencia. O árbitro assinalou vermelho, mas trocou por amarelo ao ver o lance no vídeo.
Roldan não estava em um bom dia. Novamente, o VAR acionou o árbitro para corrigir uma marcação. No caso, anular um pênalti que fora dado, de Raphinha em cima de Estupiñán. A torcida equatoriana já estava sem paciência com as alterações quando, aos 29, os donos da casa deram uma alegria. Após escanteio, Torres se antecipou a Casemiro e cabeceou para empatar a partida.
As lambanças da arbitragem foram até o minuto final. Nos acréscimos, Roldan marcou pênalti de Alison em Preciado. Novamente, o árbitro expulsou o goleiro. Mas adivinha? Após consulta ao VAR, a decisão foi anulada e o empate em 1×1 decretado.
Ficha técnica
Brasil 1
Alisson, Emerson, Éder Militão, Thiago Silva e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Coutinho (Daniel Alves); Vini Jr (Antony), Raphinha (Gabriel Jesus) e Matheus Cunha (Gabigol). Técnico: Tite
Equador 1
Dominguez; An. Preciado (Romario Caicedo), Torres, Hincapie, Estupinan; Franco (Galindez), Guezo (Preciado) e Caicedo (Mendez); Estrada, Valencia e Plata. Técnico: Gustavo Alfaro
Local: Casablanca (Quito/EQU)
Árbitro: Wilmar Roldan (COL). Assistentes: Alexander Guzman e John Leon (COL)
Gols: Casemiro (aos 5 do 1ºT), Torres (aos 29 do 2ºT)
Cartões amarelos: Emerson, Alisson, Raphinha, Éder Militão (B); Valencia, Caicedo (E)
Cartão vermelho: Dominguez (E); Emerson (B)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quinta-feira (27) que a Polícia Federal colha, até esta sexta (28), o depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito que apura o vazamento de documentos sigilosos em uma transmissão do presidente em redes sociais.
Moraes negou um pedido de Bolsonaro para abrir mão de ser ouvido na investigação, e definiu que o depoimento deve ser prestado no início da tarde, na Superintendência da PF em Brasília.
O ministro também retirou o sigilo da investigação e ordenou que, após o interrogatório, a PF conclua o inquérito.
A Advocacia-Geral da União (AGU), responsável por representar o governo na Justiça, foi intimada da decisão. O g1 pediu posicionamento do Palácio do Planalto e aguarda retorno.
Em decisão de 2021, o ministro do STF já havia estabelecido que a PF tinha até esta sexta-feira para ouvir Jair Bolsonaro no inquérito. Até a tarde desta quinta – penúltimo dia do prazo –, no entanto, o depoimento ainda não tinha sido agendado.
O inquérito foi aberto para investigação a divulgação feita por Jair Bolsonaro, em redes sociais, de dados e documentos sigilosos de um inquérito não concluído sobre ataques ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral.
O presidente da República chegou a publicar um link com a íntegra do inquérito sigiloso, que a PF não tinha sequer concluído. O inquérito vazado diz que um hacker teve acesso ao código-fonte da urnas eletrônicas em 2018 – o que não gerou qualquer consequência, porque não possibilitou alterar a votação.
Pedido de Bolsonaro negado
O pedido de Bolsonaro para não depor foi apresentado nesta quinta-feira (27) ao STF pela Advocacia-Geral da União. No documento, a AGU diz que foi surpreendida com o que considerou “vazamento de informação sensível” – em referência à data limite para o depoimento do presidente.
Na decisão, o ministro relatou que, no fim de novembro do ano passado, atendeu a um pedido da Polícia Federal e determinou que o presidente fosse ouvido em 15 dias, sendo que Bolsonaro teria a oportunidade de acertar local, dia e hora.
Moraes afirmou ainda que o presidente tomou ciência da decisão, concordou com a oitiva e pediu prazo adicional de 60 dias para a realização.
À época, segundo o ministro, Bolsonaro alegou que “a agenda presidencial, mormente neste período de final de ano, lhe impõe série de compromissos alguns deles em agendas externas que dificultam sobremaneira a sinalização de dia e hora no exíguo lapso ofertado pela Senhora Delegada de Polícia Federal”.
O relator, então, determinou a prorrogação do prazo para o depoimento – concedeu mais 45 dias para o procedimento, com o prazo se encerrando nesta sexta-feira (28).
“Ocorre, entretanto, que no dia anterior ao vencimento do prazo de 60 (sessenta dias) para que o Presidente da República indicasse local, dia e horário para a realização de sua oitiva, a AGU protocolou nova petição, onde, alterando anterior posicionamento do investigado, deixará não só de indicar local, dia e horário para sua oitiva, mas também de realizar o interrogatório”, afirmou o ministro.
Na decisão, Moraes afirmou que a participação de investigado no inquérito “não é apenas um meio de assegurar que os fatos relevantes sejam trazidos à tona e os argumentos pertinentes considerados”.
Segundo o ministro, o depoimento é importante para o próprio investigado e representa respeito e a consideração que qualquer cidadão merece.
“Em uma República, o investigado – qualquer que seja ele – está normalmente sujeito ao alcance dos poderes compulsórios do Estado necessários para assegurar a confiabilidade da evidência, podendo, se preciso, submeter-se à busca de sua pessoa ou propriedade, dar suas impressões digitais quando autorizado em lei e ser intimado para interrogatório”, escreveu.
Moraes disse ainda que o “respeito às garantias fundamentais não deve ser interpretado para limitar indevidamente o dever estatal de exercer a investigação e a persecução criminal, função de natureza essencial e que visa a garantir, também, o direito fundamental à probidade e segurança de todos os cidadãos”.
Para o ministro, o direito ao silêncio de um investigado não assegura a recusa de prestar depoimento.
“A Constituição Federal consagra o direito ao silêncio e o privilégio contra a autoincriminação, mas não o “direito de recusa prévia e genérica à observância de determinações legais” ao investigado ou réu, ou seja, não lhes é permitido recusar prévia e genericamente a participar de atos procedimentais ou processuais futuros, que poderão ser estabelecidos legalmente dentro do devido processo legal, máxime quando já definidos ou aceitos pela defesa, como na presente hipótese em que, inclusive, houve concordância do acusado em participar do ato procedimental e solicitação de dilação de prazo para agendamento e oportunidade para o presidente da República exercer real, efetiva e concretamente seu direito de defesa, como fator legitimador do processo penal em busca da verdade real e esclarecimento de importantes fatos”.
O inquérito cujo conteúdo foi divulgado pelo presidente ainda não foi concluído pela PF. Por lei, o servidor público tem obrigação de proteger informações sigilosas.
Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento presencial. Essa deve ser uma das últimas etapas da investigação. A PF já ouviu o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que teve acesso ao material e participou da live com Bolsonaro. Também já foi ouvido o delegado que cuidava da apuração sobre o ataque ao TSE.
As informações da apuração foram distorcidas por Bolsonaro e o deputado, e tratadas como definitivas, mesmo sem a conclusão do inquérito pela polícia.
Em seguida, Jair Bolsonaro publicou em rede social a íntegra do inquérito, que até então estava em sigilo. Horas depois da transmissão, o TSE divulgou resposta para esclarecer que o acesso indevido aos sistemas da corte não representou qualquer risco à integridade das eleições de 2018.
Isso porque, explicou o tribunal, o código-fonte dos programas utilizados passa por sucessivas verificações e testes, aptos a identificar qualquer alteração ou manipulação e que nada de anormal ocorreu.
Na manifestação enviada ao Supremo, ao pedir o arquivamento do inquérito, a AGU explicou como foi acesso de Bolsonaro ao inquérito sigiloso sobre o ataque ao TSE e afirma que a conduta do delegado do caso levou a erro o presidente e o deputado Filipe Barros, que participou da live com o presidente.
Segundo a AGU, Filipe Barros enviou ofício à PF em 14 de julho do ano passado pedindo para ter acesso ao material da investigação e dizendo que “com expressa ressalva de que deveriam ser apartados do compartilhamento eventuais dados sigilosos ou cuja divulgação pudesse fragilizar o impulso investigativo”.
O governo afirma que no dia 26 de julho, o delegado enviou a íntegra do inquérito e sem “a contextualização de qualquer óbice para o seu aproveitamento e ampla divulgação, seja no âmbito da Comissão Parlamentar ou em qualquer outra esfera”.
O documento cita trechos do depoimento do delegado Victor Campos, apontando que essa investigação não estava sob segredo de Justiça.
Para a AGU, isso mostra que Bolsonaro não divulgou dados sigilosos – e que, portanto, não ficaria configurado crime. “É cristalina a compreensão de que se está diante de conduta manifestamente atípica por parte do Senhor Presidente da República, na medida em que não divulgou documentos agasalhados pelo timbre do sigilo”.
Segundo o governo, não há distinção entre divulgar o inquérito em uma comissão da Câmara ou na live do presidente.
“Não há distinção ontológica entre a publicidade em live ou aquela levada a efeito na Comissão Parlamentar da Câmara dos Deputados, locus que é a Casa do povo e, nessa dimensão, por corolário lógico, os temas nela versados são de interesse e acesso a toda sociedade, que é destinatária direta de todos os elementos que digam respeito à proposição legislativa, sem sigilo ou restrição de acesso, o que pode ocorrer através de seus representantes (membros da Comissão) ou por acompanhamento do interessado das rodadas de debate”.
A AGU disse que, para efeitos de diálogo, na hipótese de se admitir que os documentos eram sigilosos, o que não ocorre, a conduta da Polícia Federal induziu em erro o deputado Federal Filipe Barros, destinatário de cópia dos autos, e o presidente da República, que, neste caso, estariam incorrendo em erro sobre elemento constitutivo do tipo legal, o que excluiria o dolo, autorizando, noutro giro, a apuração do crime cometido pelo terceiro que determinou”.
O governo aponta ainda que “não havia sigilo, segredo de justiça, diligência em andamento ou tampouco prejuízo aos rumos da investigação”.
A AGU diz, no documento ao STF, que a renúncia ao depoimento não representa uma afronta, mas o exercício de um direito.
“Destaque-se que o declínio de participação em oitiva no âmbito da Polícia Federal não pretende trazer à esfera do interessado qualquer nível de ingerência ou gestão sobre a designação de atos administrativos por parte da Polícia Federal (que, no particular, nada impôs, apenas oportunizou, como já esclarecido), mas tão-somente exortar a escolha subjetiva e individual pelo exercício do direito constitucional e convencional de não comparecer ao ato de oitiva na investigação, com delimitação apriorística do entendimento de que nada há a agregar, por parte do peticionário, nos autos do Inquérito, para além do quanto contido nessa manifestação”.
O governo pediu que o STF acionasse a Procuradoria-Geral da República para investigar o vazamento da data limite para depoimento do presidente.