Instituições e políticos manifestam repúdio a agressão de jornalistas

03/05/20

Por Coreio Braziliense/blogfolhadosertao.com

 Profissionais da imprensa foram agredidos  quando faziam cobertura de manifestação pró-Bolsonaro, com a presença do presidente da República, em Brasília.


(foto: Carlos Vieira/ CB/ D.A Press)
(foto: Carlos Vieira/ CB/ D.A Press)

Instiuições manifestaram repúdio as agressões sofridas por um fotógrafo e um motorista do jornal Estado de S. Paulo na manifestação pró-Bolsonaro deste domingo (3/5).

 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) se manifestaram por meio de nota e pediram para que o poder público tome as providências. “As entidades exigem ainda que as forças de segurança impeçam atos de violência contra os profissionais, principalmente nas manifestações públicas que vêm ocorrendo”, afirmaram.

As instituições ainda lembraram que mais do que agressões fisicas e verbais, o ato atenta contra a liberdade de imprensa. “Esse tipo de atitude tem um perigoso sentido político, pois ajuda a engrossar o perverso e criminoso coro contra a liberdade de imprensa — que, por uma triste ironia, é lembrada exatamente neste 3 de maio, em todo o mundo.”
A associação Brasileira de Imprensa (ABI) também emitiu nota em que lembrou que as agressões ocorream no Dia Mundial da Imprensa. “Esses atos violentos são mais graves porque não há, e parte do presidente ou de autoridades do governo, qualquer condenação a eles. Pelo contrário, é o próprio presidente e seus ministros que incentivam as agressões contra a imprensa e seus profissionais”, destacou.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também emitiu nota manifesta preocupação com os profissionais da imprensa. “Em pleno Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, jornalistas foram hostilizados e covardemente agredidos por militantes políticos ao realizarem a cobertura de manifestações em apoio ao presidente Jair Bolsonaro na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Tais acontecimentos evidenciam o risco cada vez maior ao qual o discurso belicoso e ultrajante do presidente da República expõe os repórteres brasileiros”, escreveu.
Por meio de nota, também se manifestou o presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil  (Ajufe), Fernando Mendes. “É inaceitável a agressão covarde sofrida por jornalistas no pleno exercício de suas atividades. No dia em que se comemora a liberdade de imprensa, causa perplexidade e indignação os atos de violência contra esses profissionais, mas que também atingem a Democracia e o Estado de Direito. A liberdade de expressão já havia sido atacada recentemente, quando profissionais de saúde sofreram agressões verbais durante uma manifestação pacífica. Atitudes absurdas como essas, devem ser repudiadas com veemência e os responsáveis identificados e punidos dentro de todo o rigor da lei.”

Pronunciamentos do meio político

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro usou o Twitter para defender a liberdade de imprensa como parte indissociável da democracia. “Democracia, liberdades – inclusive de expressão e de imprensa – Estado de Direito, integridade e tolerância caminham juntos e não separados”, disse.
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Nota  do PSDB:

Pelo Twitter, o Partido da Social Democracia Brasileira  (PSDB) também manifestou repúdio. O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) também usou a rede para se manifestar.
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Nota do MDB Nacional:

Neste domingo, a DEMOCRACIA foi mais uma vez atacada.A liberdade de imprensa é um pilar da democracia.As bancadas do MDB exigem que as autoridades identifiquem e punam os agressores. Nossa solidariedade aos jornalistas agredidos enquanto trabalhavam hoje.

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Rodrigo Maia:
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, também se manifestou e lembrou as agressões sofridas por enfermeiros, também por apoiadores do presidente. “Ontem enfermeiras ameaçadas. Hoje jornalistas agredidos. Amanhã qualquer um que se opõe à visão de mundo deles. Cabe às instituições democráticas impor a ordem legal a esse grupo que confunde fazer política com tocar o terror”, escreveu.
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Ministra Carmem Lúcia:
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia afirmou que “quem transgride e ofende a liberdade de imprensa, ofende a Constituição, a democracia e a cidadania brasileira”. Segundo Cármen Lúcia, isso “significa atuar de maneira inconstitucional”.
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Ministro condenam atentado à Democracia.
Ministro Gilmar Mendes:
Outro ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou que “a agressão a jornalistas é uma agressão à liberdade de expressão e uma agressão à própria democracia”. “Isso tem que ficar claro”, completou, durante transmissão ao vivo pela internet promovida pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Mais cedo, o ministro Luís Roberto Barroso também defendeu a liberdade de imprensa.
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Ministro Alexandre de Moraes:
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que o episódio deve ser repudiado “pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito”.
“As agressões contra jornalistas devem ser repudiadas pela covardia do ato e pelo ferimento à Democracia e ao Estado de Direito, não podendo ser toleradas pelas Instituições e pela Sociedade”, disse Moraes em postagem no Twitter.
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Governador João Dória, de São Paulo:
Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou os agressores de “criminosos”. “Milicianos ideológicos agridem covardemente profissionais de saúde num dia. Agridem profissionais de imprensa no outro. São criminosos que atacam a democracia e ferem o Estado de Direito. A Justiça precisa punir esses criminosos.”

 

Milicianos ideológicos agridem covardemente profissionais de saúde num dia. Agridem profissionais de imprensa no outro. São criminosos que atacam a democracia e ferem o Estado de Direito. A Justiça precisa punir esses criminosos.

 

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