Dia do Trabalhador: PSOL não sobe no palanque com presença de FHC e DEM

01/05/20

Por Folha de São Paulo/blogfolhadosertao.com

Guilherme Boulos   não subiu no palanque  que tinha DEM  e FHC

A presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), entre outros, afugentou o PSOL e o coordenador do MTST Guilherme Boulos do ato virtual em comemoração ao Dia do Trabalho, nesta sexta-feira (1).

Reunida na noite desta quarta-feira (29), a coordenação da Frente Povo Sem Medo decidiu deixar o ato, embora formalmente anunciada como uma de suas organizadoras.

Apesar de concordar com a participação deles nos movimentos em defesa da democracia, a chamada unidade democrática, Boulos alega que o 1º de Maio celebra a luta pela preservação dos direitos dos trabalhadores —contra os quais, afirma ele, PSDB e DEM atuaram.

“Maia comandou a reforma da Previdência, esteve na linha de frente da reforma trabalhista e acaba de aprovar a carteira verde e amarela”, afirma Boulos.

Pelo mesmo motivo, o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, abriu mão de usar a palavra no palanque virtual. “O 1° de maio é o dia de luta dos trabalhadores. Respeito a autonomia das centrais sindicais, mas não me sinto à vontade pra dividir o palanque —mesmo que virtual— com quem está atacando direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Medeiros.

Batizado de “Saúde, emprego e renda. Em defesa da Democracia. Um novo mundo é possível”, o ato será transmitido das 11h30 às 15h30.

Pela programação original, Boulos faria sua apresentação após a intervenção do presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, e antes do representante da Rede. A fala seria exibida antes da participação da ex-ministra Marina Silva.

De acordo com a programação, os discursos de FHC e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcarão o encerramento do ato virtual em comemoração ao Dia do Trabalhador. Transmitidas via internet, suas mensagens serão intercaladas pelas falas da vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PC do B), e dos presidentes das duas maiores centrais sindicais, CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Força Sindical.

Além de Lula, FHC e Marina, o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), participarão do ato, organizado por sete centrais além de CUT e Força Sindical. São elas: UGT, CSB, CTB, CGTB, NCST, Intersindical e A Publica, com o apoio da Frente Brasil Popular. Apesar de figurar no cartaz oficial, a Frente Povo Sem Medo deixou a organização.

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