Compesa e Polícia Militar retiram ligações clandestinas e Jataúba volta a receber água nas torneiras

14/01/24

Ascom Compesa

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As fiscalizações em adutoras na região do Agreste têm resultado na melhoria da distribuição de água para a população. No município de Jataúba, a Companhia Pernambucana de Saneamento – Compesa –, em parceria com a Polícia Militar, realizou uma nova operação de combate às ligações clandestinas, que resultou na remoção de mais de 60 ligações irregulares que estavam conectadas em 16 sangrias ilegais localizadas em sua maioria às margens da PE-160. Com a iniciativa, foi restabelecida a vazão de 11 litros de água por segundo para a cidade, que estava em colapso devido às irregularidades.

A Adutora de Jataúba era o alvo dos infratores e as ligações irregulares estavam prejudicando o fornecimento de água de toda a cidade desde outubro do ano passado. A rede possui uma extensão de 20 quilômetros e a Compesa vinha enfrentado dificuldades para abastecer o município em consequência das ligações clandestinas. Essas práticas ilegais resultavam em perdas hídricas significativas, além de prejudicar a confiabilidade e a quantidade de vazão fornecida para os mais de 15 mil jataubenses. Essa população, vale frisar, reside em uma das regiões mais afetadas pela crise hídrica que atinge o estado, o Agreste.

As operações policiais com o objetivo de retirar ligações clandestinas estão sendo executadas em todas as regiões do estado desde o ano passado e foram intensificadas pela empresa a partir da criação da Coordenação de Segurança Patrimonial. A Compesa ressalta que caso alguém desconfie de ligações irregulares ou identifique algum furto hídrico, pode entrar em contato com a Compesa por meio da Central de Atendimento ao Cliente, pelo 0800 081 0195, e fazer a denúncia. Não é necessário se identificar.

 

Lula sanciona lei que limita uso de celulares nas escolas em todo país

14/01/24

Jornal Nacional

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O presidente Lula sancionou nesta segunda-feira (13) a lei que limita o uso de celulares nas escolas.

Basta um sonzinho para desviar a atenção em plena aula… Isso, sem contar joguinhos, redes sociais, memes…

Segundo o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, alunos que passam mais de cinco horas por dia conectados obtiveram, em média, 49 pontos a menos em matemática do que aqueles que utilizam os aparelhos por até uma hora.

Foi pensando nos impactos negativos do uso excessivo de celulares que um projeto, que estava desde 2015 na Câmara dos Deputados, ganhou apoio. Aprovado no fim de 2024, virou lei, sancionada nesta segunda-feira (13) pelo presidente Lula.

A proibição vale para o ensino público e privado, e para todos os níveis da educação básica: ensino infantil, fundamental e médio.

Não só em sala de aula, mas também nos recreios e intervalos. Os tablets e relógios inteligentes também estão proibidos.

Os alunos até poderão levar os aparelhos. Mas o uso só será permitido em situações específicas, envolvendo problemas de saúde, emergências, e para garantir a acessibilidade e inclusão de alunos com deficiência… Ou para fins pedagógicos ou didáticos, conforme orientação do professor.

Alguns detalhes, como o local de armazenamento dos celulares, dependerão da estrutura e capacidade de fiscalização de cada escola, segundo o Ministério da Educação.

A medida já começa a valer neste ano letivo. Algumas escolas já vinham proibindo o uso dos aparelhos, mas a nova realidade envolve não apenas professores e alunos. Os pais também terão que contribuir. É o caso de Lidiany Portilho que tem uma pré-adolescente e um adolescente.

Repórter: Existe acordo sobre essa questão aqui?

“Não, porque eu sou a favor. E eles, obviamente, são contra. Eu acho que o telefone acaba tirando a atenção, mesmo”, afirma a funcionária pública.

Mesmo discordando, a Isabela, de 9 anos, e o Miguel, de 14, disseram que usarão o celular na escola apenas em casos de emergência.

“Às vezes pode acontecer algum imprevisto, alguma coisa, e minha mãe precisar falar comigo, ou até ela, meu pai. E se não levar, não vai ter como saber, ou o que fazer”, diz o jovem.

Especialistas em educação comemoram a lei.

“A escola promove o desenvolvimento dos alunos em quatro dimensões. A dimensão cognitiva, que é do aprendizado, o desenvolvimento cerebral. O social, que é da interação social. O emocional, a saúde emocional, e o físico. Então, o celular prejudica essas quatro dimensões do desenvolvimento. Esse excesso de telas, o vício nas telas, tem prejudicado o aprendizado dos alunos em todos os países do mundo”, pontua Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.

 

Apac renova alerta de chuva para Grande Recife, Agreste, Zona da Mata e Sertão

14/01/24

Por Diario de Pernambuco

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Segundo a agência, precipitação é causada pelo sistema VCAN (Vórtice Ciclônico de Altos Níveis)

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 (Foto: Romulo Chico/Arquivo DP)

Rômulo Chico/Arquivo

 

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) renovou, por volta das 18h desta segunda-feira (13), o alerta de chuva para Grande Recife, Agreste, Zona da Mata e Sertão.

“O sistema VCAN (Vórtice Ciclônico de Altos Níveis) deve continuar atuando em todo o estado, com maior duração e intensidade na região do Sertão”, disse a agência.

“Nas regiões do Agreste ao Litoral, as chuvas devem ser predominantemente moderadas na noite desta segunda-feira e ao longo da terça-feira (14). Por isso, todas as regiões seguem com Aviso Meteorológico devido os níveis de riscos existentes no momento”, completou a Apac.

De acordo com o Centro de Operações do Recife (COP), as chuvas que atingiram Recife e Olinda nesta segunda-feira foram 30% maiores do que a média histórica para todo o mês de janeiro.

O Centro destacou que em um período de seis horas foi registrado, no pluviômetro do Torreão, 118mm, superando em quase um terço a média de 89,9mm para o período.

Pernambuco tem uma das 12 notas mil da redação do Enem 2024 em todo o Brasil

14/01/24

Mirela Araújo e equipe

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Pernambuco é destaque no Nordeste com redação nota máxima no Enem 2024, seguido por Ceará, Maranhão, Alagoas e Rio Grande do Norte

 

s resultados da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024, divulgados nesta segunda-feira (13), têm gerado diversos questionamentos por parte de candidatos e professores. O principal ponto de debate é o número reduzido de textos que alcançaram a pontuação máxima: apenas 12 redações obtiveram a nota mil em todo o país, representando o menor quantitativo nos últimos dez anos. Em 2023, foram 60 redações com a maior pontuação no exame. Pernambuco está entre os dez estados com redações nota máxima, tendo um participante da rede privada de Belo Jardim,  no Agreste, com nota mil. Camila Aguiar também é aluna do curso de redação Fernanda Pessoa.

No Nordeste, além dele, destacam-se o Ceará (1), Maranhão (1), Alagoas (1) e Rio Grande do Norte (1). Na região Sudeste, figuram São Paulo (1), Rio de Janeiro (2) e Minas Gerais (2). No Centro-Oeste, estão Goiás (1) e o Distrito Federal (1).

Com o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, a redação integrou o primeiro bloco de provas do Enem 2024, realizado no dia 3 de novembro de 2023.

Nas redes sociais, não faltaram críticas às correções, não apenas da Redação, mas também das demais áreas do conhecimento. Muitos candidatos relataram dificuldades para compreender os resultados obtidos e chegaram a questionar a metodologia TRI (Teoria de Resposta ao Item) utilizada na avaliação.

“Tenham respeito com os alunos. Diversos alunos que têm histórico de notas acima de 900 na redação nas provas anteriores, tiveram suas notas bem abaixo disso. Revisão da redação deveria ser um direito”, publicou uma usuária em uma publicação no Instagram do Inep.

Rede pública

Ainda de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)apenas uma das redações nota mil foi escrita por um estudante da rede pública de ensino, localizado em Minas Gerais. As demais foram elaboradas por candidatos da rede particular.

Em Pernambuco, 114 redações receberam notas entre 980 e 1.000, sendo 21 delas de estudantes da rede pública. Já entre as notas 950 e 980, houve um total de 1.928 redações, das quais 352 foram escritas por alunos da rede pública de ensino.

Professores avaliam os cenários

Para Raphael Alves, professor de Língua Portuguesa da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Olinto Victor, há aspectos importantes a serem considerados na discussão sobre o desempenho dos candidatos na redação do Enem.

Um dos pontos levantados pelo professor é o processo de correção dos textos, que passou por uma mudança significativa há dois anos. Antes, a correção era realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas agora está a cargo do Cebraspe.

“Já no ano anterior, percebemos uma mudança. Não nos parâmetros, porque a banca informou que os critérios seriam mantidos, mas os resultados indicaram que alguns ‘vícios’ estavam sendo revistos. Quando uma mesma banca realiza a correção por muito tempo, é natural que certos vícios se consolidem, tornando o processo mais mecânico”, explicou Alves em entrevista à coluna Enem e Educação.

Em novembro do ano passado, o G1 publicou que corretores do Enem relataram ter recebido orientações do Inep para descontar pontos de redações que utilizassem repertórios socioculturais considerados “forçados” ou sem conexão com o contexto proposto, bem como de textos baseados em modelos memorizados ou pré-fabricados, resultando em dissertações desconexas.

Em resposta ao portal, o Inep afirmou apenas que “todos os fatos, informações e citações apresentados no texto devem, necessariamente, estar vinculados à discussão proposta no projeto de texto”.

Para alguns professores, os resultados do Enem 2024 apontam uma tendência de combate aos modelos de redação considerados “engessados”. “Acho que essa é uma questão em evolução e que levará tempo até entendermos o olhar da nova banca”, concluiu Alves.

Outra questão levantada pelo professor da EREM Olinto Victor, diz respeito aos investimentos na rede pública de ensino em relação ao currículo dos estudantes. Segundo ele, o problema não está na falta de mérito ou competência das escolas públicas, mas sim nas dinâmicas que não priorizam a prática da produção textual.

“Na rede privada, por exemplo, a produção textual começa a ser trabalhada desde o ensino fundamental”, destacou o professor.

Ele também destacou as dificuldades enfrentadas no ensino médio, onde os alunos lidam com um currículo mais “estrangulado”. “A prática da escrita exige tempo. Qual professor tem condições de corrigir 150 redações, de três ou quatro turmas?”, questionou Alves, ressaltando os desafios estruturais que dificultam o desenvolvimento da escrita na rede pública.

Com a implementação da reformulação do Novo Ensino Médio, a partir deste ano, Pernambuco passará a contar com uma disciplina específica de produção textual, separada de Língua Portuguesa. No entanto, Alves ponderou: “Eu não vou ter uma banca de correção, como ocorre nos cursinhos, então ainda precisamos cobrar dos agentes públicos para que invistam nesse tipo de trabalho.”

Proficiência média aumentou

Os dados também apontam um aumento na média de proficiência na área de Linguagens, que subiu de 516 pontos em 2023 para 528 pontos em 2024. Na Redação, a média passou de 645 para 660 pontos.

Para Flavia Suassuna, professora de Literatura do Colégio Saber Viver, a originalidade na construção das relações com os repertórios tem se tornado um diferencial nos textos avaliados. Ela destacou a diferença entre ensinar a escrita como uma habilidade ampla e preparar os alunos especificamente para a redação do Enem.

“O aluno vai precisar dessa habilidade construída além do exame. Por exemplo, a redação escrita para o Enem não é a mesma que vale para o SSA”, explicou.

Flavia também ressaltou a relevância da literatura no preparo da escrita. “Perdemos quase sete milhões de leitores nos últimos cinco anos. Pela primeira vez, na série histórica, temos mais não leitores do que leitores”, destacou, apontando que este fator deve ser considerado na análise do desempenho dos estudantes.