14/07/24
Adriano Alves
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Projeto do Coletivo Tripé foi aprovado na Lei Paulo Gustavo Pernambuco
As poéticas ribeirinhas presentes no espetáculo “Janelas Para Navegar Mundos”, do Coletivo Trippé, circulam por lares de idosos e instituições sociais de Petrolina (PE). A “temporada de acolhimento” iniciou na última terça-feira (9) e contemplará cinco sessões atendendo gratuitamente o público da terceira idade.
“Repensar o local da nossa dança e propor a difusão da linguagem para novos espaços da cidade está sempre em nossos planos. Esse espetáculo traz em sua estrutura uma temática poética, voltada para públicos diversos e formação de plateia na Dança, e achamos que seria importante essa ponte com um público tão especial que é a terceira idade”, afirma Adriano Alves, diretor do espetáculo.
A primeira apresentação foi realizada no Cantinho do Aconchego, na tarde de terça. A supervisora da casa, Sandra Campos, 38, destacou a importância de atividades culturais nesses espaços de acolhimento para idosos. “A maioria dos idosos interagiram e gostaram bastante. Queria que tivesse mais vezes, aqui a gente nunca teve apresentação desse tipo e eu gostei bastante”, afirma. O músico aposentado Carlos Souza, 71, que mora no cantinho, diz que “anima, coisa diferente é bom. Ver gente nova”.
Na quarta-feira (11), o projeto chegou ao abrigo para idosos Casa de Vó. “É muito importante para a alegria dos nossos idosos. Muitos deles ficam mais aqui do que saem e trazendo a atividade para dentro da nossa casa é muito bom”, diz a diretora Maria Luzineide Menezes, 54.
Nos próximos dias, também serão contemplados os idosos do Centro Social Urbano (CSU), Cantinho do Abraço e Centro de Convivência de Idosos Mimi Cruz. Todas as sessões contam com o recurso de acessibilidade de intérprete de Libras e um programa de mediação cultural, onde há a realização de bate-papos e distribuição de material educativo.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Lei Paulo Gustavo Pernambuco e tem apoio financeiro do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura do Estado via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.
Sinopse da obra:
O que acontece quando nos permitimos olhar? Contemplar o mundo em seus pequenos detalhes é momento de entendimento, de amplitude, de também se enxergar. Após um mergulho nas correntezas que são as palavras dos poetas da ribeira do São Francisco, entregamos em cena o que ficou úmido nos corpos que se propõem poéticos, nesse doce desejo de ser dança. Rasgos, memórias, nuvens, cheiros e um pouco mais do que até então nos habita deságua agora nessas janelas para que você trace sua própria rota de navegação. Viajemos!
Sobre o coletivo:
O Coletivo Trippé é um espaço que une desejos em comum, vontade de ser cena e afetividade entre corpos. Criado em 2011 com a união de novos criadores do forte movimento que transborda na ribeira do São Francisco, além de espetáculos, também vem investindo em projetos de pesquisa, produção de mostras e experimentações nas áreas de intervenções e performances.
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