Em entrevista à Rádio Jornal, Alex Campos destacou serão investidos cerca de R$ 3 bi para enfrentar problema histórico no estado
Vazamento de água e roubo de hidrômetro – IZABEL WANDERLEY / VOZ DO LEITOR
Apesar da escassez no abastecimento de recursos hídricos em Pernambuco, cerca de 50% da água disponível ainda é desperdiçada na distribuição no estado. Em entrevista ao Programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, o presidente da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), Alex Campos, explicou que há um sucateamento da infraestrutura que precisa ser enfrentado.
“É preciso investimentos para trocar as tubulações e fazer novas ampliações. Nós temos previstos para os próximos três anos cerca de R$ 3 bi para esgoto e água, que vão permitir que enfrentemos essa realidade”, destacou.
De acordo com a companhia, o percentual de quase 50% não significa que toda a água é desperdiçada, pois parte das perdas na distribuição é do tipo comercial, ou seja, a água chega ao destino final, mas não é possível registrar o consumo em função dos furtos de água, ligações clandestinas e fraudes nos hidrômetros. Além disso, há uma parcela de perdas pelo vazamento.
O presidente da Compesa pontuou, ainda, que o estado é um dos piores do Brasil quanto ao racionamento de água e que é preciso reestruturar as tubulações que são obsoletas. De acordo com ele, para melhorar o abastecimento de água em Pernambuco e cumprir com o calendário de entregas e os esquemas de rodízio, parte dos investimentos será destinada para a troca de grandes adutoras.
“Ainda há municípios, como Jaboatão, Olinda, São Lourenço e Camaragibe, que convivem com o esquema de racionamento. Mas há muito investimento previsto para a Região Metropolitana que mudam a dinâmica do serviço prestado”, disse Alex Campos.
A população pode colaborar com a companhia e informar sobre a necessidade de trocas de tubulações e hidrômetros através do aplicativo Compesa Mobile, disponível para Android e iPhone.
