Há 60 anos: O Golpe Militar de 31 de março de 1964 e o início da ditadura no Brasil

31/03/24

Por Daniel Neves

http://blogfolhadosertao.com.br

1- O Golpe Militar de 1964 foi resultado de uma conspiração realizada por grupos conservadores da sociedade brasileira e deu início ao período da Ditadura Militar no Brasil.

2- O governador de Pernambuco, Miguel Arraes de Alencar foi deposto e preso, não aceitando renunciar ao mandato que lhe foi conferido pelo povo

 

Policiais perseguem estudante no dia que ficou conhecido como "sexta-feira sangrenta", no Rio de Janeiro [1]
Policiais perseguem estudante no dia que ficou conhecido como “sexta-feira sangrenta”, no Rio de Janeiro [1]

O Golpe Civil-Militar de 1964 é o nome que se dá à articulação golpista que, entre 31 de março e 9 de abril de 1964, realizou a tomada de poder, subvertendo a ordem existente no país e dando início à Ditadura Militar, regime ditatorial que se estendeu no Brasil de 1964 até 1985 e foi caracterizado por censurasequestros e execuções cometidas por agentes do governo brasileiro. Durante o golpe realizado em 1964, o presidente então empossado, João Goulart, foi destituído de seu cargo.

Tópicos deste artigo
Contexto histórico

golpe de 1964 foi resultado de uma articulação política golpista realizada por civis e militares na passagem de 1961 para 1962. É importante esclarecer que, apesar dessa conspiração ter efetivamente surgido em 1961, a Quarta República Brasileira foi marcada por diferentes tentativas de subversão da ordem realizadas pela UDN.

O caminho que levou ao golpe de 1964 começou a ser trilhado com a posse de João Goulart (Jango) em 1961. Criaram-se diversos obstáculos à posse de Jango como presidente, que só assumiu porque foi implantado às pressas um sistema parlamentarista que reduzia os poderes do Executivo.

Por causa da estreita relação de Jango com o sindicalismo brasileiro, os grupos conservadores da sociedade viram o político gaúcho com extrema desconfiança e frequentemente o acusavam de ser comunista pelos conservadores. A crise política do governo de Jango fortaleceu-se também por causa de reformas que foram defendidas pelo governo – as Reformas de Base.

A posse de Jango não era um incômodo apenas para os grupos conservadores do Brasil, mas incomodava também o governo dos Estados Unidos, que consideravam João Goulart um político “muito à esquerda” do que se esperava de um presidente brasileiro.

Duas ações do governo de Jango aumentaram essa oposição do governo americano, que passou a financiar as movimentações golpistas no Brasil. A primeira ação foi a Lei de Remessas de Lucros de 1962, que impedia multinacionais de enviar mais do que 10% de seus lucros para o exterior. A segunda medida que desagradava aos americanos era a continuidade da política externa independente do Brasil e praticada pelo Ministro das Relações Exteriores, San Tiago Dantas.

Com isso, a partir de 1962, os Estados Unidos passaram a financiar ativamente grupos e políticos conservadores no Brasil. Dois grupos que recebiam amplo financiamento americano ficaram conhecidos como “complexo Ipes-Ibad”, sendo Ipes o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais, e o Ibad, o Instituto Brasileiro de Ação Democrática.

O Ibad, inclusive, foi alvo de uma CPI em 1962 porque recebeu milhões do governo americano para financiar a campanha de mais de 800 políticos durante as eleições daquele ano. Os políticos apoiados eram políticos conservadores, e o objetivo era criar uma frente parlamentar que barrasse o governo de João Goulart de todas as formas. Segundo a legislação brasileira da época, esse tipo de financiamento era ilegal.

Já o Ipes era um grupo que atuou decisivamente no sucesso do golpe civil-militar em 1964. Em sua fachada pública, o Ipes atuava como instituição que fazia produção intelectual de livros e documentários, mas a atuação secreta do Ipes nos quadros políticos do Brasil é resumida pelas historiadoras Lilia Schwarcz e Heloísa Starling:

[…] o Ipes agiu contra Goulart com uma política de duas vertentes. A primeira consistiu na preparação e execução de um bem orquestrado esforço de desestabilização do governo que incluía custear uma campanha de propaganda anticomunista, bancar manifestações públicas antigovernistas e escorar, inclusive no âmbito financeiro, grupos e associações de oposição ou de extrema-direita1.

desestabilização do governo de Jango também foi, em grande parte, realizada pela imprensa brasileira. Os jornais de grande circulação do Brasil uniram-se em uma articulação golpista que recebeu o irônico nome de Rede da Democracia. A mobilização pelo golpismo da imprensa partia da seguinte leitura da realidade política brasileira:

[…] os jornais passaram a ser peças-chave na conspiração a partir do final de 1963. Tradicionalmente ligada à linha liberal-conservadora, a grande imprensa brasileira consolidou a leitura de que o país caminhava para o comunismo e a subversão no coração do poder, ou seja, a própria presidência da República2.

Leia também: Diferença entre Direita e Esquerda

Radicalização política

A conspiração em curso contra o governo de João Goulart foi resultado do temor de grupos conservadores com a ascensão dos movimentos sociais, como os movimentos de camponeses, operários e estudantes. A sociedade brasileira estava rachada ideologicamente entre direita e esquerda, e um dos grandes alvos de debate foram as Reformas de Base.

As Reformas de Base foram um programa estipulado pelo governo Jango que criou uma agenda e promoveu um debate a respeito de entraves estruturais da sociedade brasileira. Elas estipulavam reforma agrária, tributária, eleitoral, bancária, urbana e educacional. Entre todas essas propostas, a que teve discussão mais avançada nos quadros políticos brasileiros foi a agrária.

reforma agrária dominou o debate político nacional de março até agosto de 1963 e dividiu esquerda e direita. Formaram-se grupos de trabalhadores camponeses que começaram a invadir propriedades rurais e a pressionar o governo pela realização da reforma – mesmo que a força. Os proprietários, por sua vez, eram contrários à reforma agrária.

A proposta defendida pela esquerda estipulava que terras com mais de 500 hectares que fossem improdutivas seriam alvo da reforma e que a desapropriação dessas terras seria realizada mediante indenização de títulos da dívida pública a ser resgatados em longo prazo. Já a direita até aceitava negociar, mas defendia que a reforma agrária deveria acontecer de acordo com os mecanismos constitucionais, ou seja, mediante pagamento indenizatório em dinheiro e à vista conforme valor de mercado.

Isso fez o debate emperrar, e a não realização da reforma agrária agravou a situação. Invasões de propriedades espalharam-se por diversas partes do Brasil. Além disso, por causa do desgaste gerado pelo debate, a base parlamentar de Jango vinculada ao PSD bandeou-se para a oposição udenista.

As dificuldades do governo de Jango aumentavam com a intransigência de muitos grupos da esquerda que queriam realizar as Reformas de Base a todo custo. Essa ala tinha como grande nome Leonel Brizola – cunhado de João Goulart, havia sido governador do Rio Grande do Sul e, a partir de 1963, tornou-se Deputado Federal pela Guanabara.

Essa atuação radicalizada da esquerda na defesa das Reformas de Base foi explorada pelos grupos que articulavam o golpe. Assim, um discurso disseminou-se pelo país:

Para justificar um possível golpe da direita, cada vez mais disseminou-se a ideia de um golpe da esquerda em gestação. […] a artimanha da direita foi a de construir equivalência entre a agenda reformista que pedia mais justiça social e mais democracia, […], e um golpe contra a liberdade e a própria democracia. Essa assertiva levava a uma conclusão lógica: o eventual golpe da direita, na verdade, seria meramente reativo, portanto, legítima defesa da democracia e dos valores “ocidentais e cristãos” contra os “radicais” da esquerda3.

O grande paradoxo de toda essa situação era que, mesmo com o discurso golpista articulado por imprensa, grupos civis e militares, o apoio popular ao governo de João Goulart era consistente. Dados do Ibope de março de 1964 apontam que 45% consideravam o governo vigente “bom” ou “ótimo”, e as intenções de voto para um possível candidatura de Goulart para disputa presidencial em 1965 eram de 49%4.

Leia também: O que é Golpe de Estado?

Enfraquecimento de Jango

No final de 1963, a situação do Brasil era caótica. Camponeses e operários urbanos estavam sublevados, as esquerdas exigiam a ampliação das reformas e defendiam uma postura mais enérgica do governo, e as direitas articulavam-se com as Forças Armadas pela tomada do poder. Nesse contexto, João Goulart deu demonstrações de enfraquecimento.

Em 12 de setembro de 1963, aconteceu em Brasília a Revolta dos Sargentos. Essa revolta foi motivada pela insatisfação dos sargentos, que haviam sido proibidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de ocupar cargos no Legislativo. Os sargentos rebeldes dominaram prédios governamentais em Brasília, mas foram rapidamente contidos, e a situação foi colocada sob controle. Como nenhuma ação punitiva foi tomada por Jango, o governo transpareceu um ar de impunidade para certa ala das Forças Armadas caso houvesse outras rebeliões.

A segunda demonstração de enfraquecimento ocorreu em outubro de 1963, quando João Goulart apresentou ao Congresso uma proposta de decreto de estado de sítio por 30 dia. Há bastante divergência na historiografia acerca dessa medida tomada por Jango.

O historiador americano Thomas Skidmore afirma que Jango havia sido induzido por seus ministros militares para intervir contra a violência causada pelos movimentos sociais e para intervir no Estado da Guanabara por causa de declarações de Carlos Lacerda contra os militares brasileiros5. Já o jornalista Elio Gaspari trata isso como uma tentativa de golpe por parte de João Goulart6.

A proposta foi rejeitada pelos parlamentares de todos os grandes partidos (UDN, PSD e PTB). Três dias depois, Jango retirou a proposta do Congresso. A soma dos dois eventos abalou profundamente a imagem de Jango.

Março de 1964 e o golpe

situação no Brasil continuou extremamente instável e, em março de 1964, tomaram-se as ações que definiram o destino do país. A conspiração dos grupos da extrema-direita estava a pleno vapor, e uma ação de Jango desencadeou de maneira antecipada o golpe no Brasil. Em 13 de março de 1964, foi realizado o Comício da Central do Brasil.

Esse comício mobilizou de 150 mil a 200 mil pessoas. Nele, João Goulart reassumiu seu compromisso com a realização das Reformas de Base. O discurso de Jango deu a entender que o presidente havia abandonado a política de conciliação e que partiria na defesa das Reformas de Base junto aos movimentos sociais.

A reação conservadora foi imediata e ocorreu nas ruas no dia 19 de março com a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Essa passeata mobilizou mais de 500 mil pessoas em São Paulo contra o comunismo e reivindicando a intervenção dos militares na política brasileira. Essa passeata foi organizada pelo Ipes e deixou bem clara a extensão do poder dos grupos golpistas e o temor da classe média com as reformas e com os movimentos sociais que pipocavam pelo país.

Leia também: Igreja e a Ditadura Militar no Brasil

Mapa Mental: Ditadura Militar

Mapa Mental: Ditadura Militar

*Para baixar o mapa mental em PDF, clique aqui!

O golpe contra João Goulart estava organizado para acontecer por volta do dia 10 de abril, em uma ação conjunta de militares, membros do Ipes e dos EUA (os americanos organizavam-se a partir da Operação Brother Sam), mas as coisas não saíram como previsto. No dia 31 de março, uma rebelião organizada por Olympio de Mourão deu início ao golpe civil-militar.

Olympio Mourão era comandante da 4ª Região Militar e iniciou uma rebelião em Juiz de Fora. Suas tropas marcharam em direção ao Rio de Janeiro com o objetivo de derrubar o governo. A rebelião de Mourão contava com o apoio do governador de Minas Gerais, Magalhães Pinto, e, em um primeiro momento, foi vista com desconfiança por membros das Forças Armadas, como Castello Branco.

Durante esses acontecimentos, João Goulart manteve-se totalmente inerte e não tomou ações efetivas para deter os militares que marchavam contra o seu governo. Os grupos da esquerda ficaram esperando uma ordem superior para uma possível resistência, mas essa ordem nunca veio. Jango tinha conhecimento de que o golpe em curso tinha o apoio dos EUA e sabia que uma resistência daria início a uma guera civil – possibilidade rejeitada pelo presidente.

O grande aliado de Jango no exército, Amaury Kruel, retirou seu apoio a Jango, o que lhe colocou em isolamento e afastou as possibilidades de resistência interna nos quadros das Forças Armadas. Enquanto os militares marchavam contra o governo, os parlamentares brasileiros resolveram agir e, no dia 2 de abril de 1964, Auro de Moura, Senador da República, declarou vaga a presidência da República e abriu o caminho para que a Junta Militar tomasse o poder do Brasil. No dia 9 de abril, foi decretado o Ato Institucional nº 1 e a Ditadura Militar no Brasil começou a ganhar forma.

Notas
1 SCHWARCZ, Lilia Moritz e STARLING, Heloísa Murgel. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 441.
2 NAPOLITANO, Marcos. 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2016, p. 46.
3 Idem, p. 50.
4 Idem, p. 47.
5 SKIDMORE, Thomas E. Brasil: de Getúlio a Castello. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 306.
6 GASPARI, Elio. A ditadura envergonhada. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2014, p. 49.

Crédito da imagem

[1] Evandro Teixeira/Instituto Moreira Salles

Por Daniel Neves
Graduado em História


A Deposição do Governador Miguel Arraes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Arraes conversa com oficiais no momento de sua prisão
 

 

deposição de Miguel Arraes foi um evento histórico brasileiro no contexto do golpe de Estado no Brasil em 1964Miguel Arraes ocupava o cargo de governador de Pernambuco e Joaquim Justino Alves Bastos, comandante do Quarto Exército responsável pela região Nordeste do Brasil, ordenou em 1.º de abril a deposição de Arraes. Além de deposto, ele foi preso pelo Exército Brasileiro e sujeito a impeachment pela Assembleia Legislativa, com seu cargo passando ao vice-governador Paulo Guerra.

Durante a administração de Arraes, os conflitos sociais em Pernambuco tinham notoriedade mesmo fora do estado. O governador, representante da esquerda populista, tinha a inimizade de classes como os latifundiários e comerciantes e dos militares nomeados pelo governo federal. O Quarto Exército aderiu ao golpe já tendo como alvos o governo estadual e movimentos como as Ligas Camponesas. No interior e entre a Polícia Militar ocorreram algumas movimentações para defender o mandato de Arraes, mas ele não quis combater. Tropas da Paraíba e Alagoas adentraram o estado, a Polícia Militar foi posta sob controle do Exército, a Marinha aderiu ao golpe e o governador foi cercado no Palácio das Princesas. Pressionado a renunciar ou fazer concessões, aceitou apenas a destituição militar, após a qual ocorreu seu impeachment.

Antecedentes

No início dos anos 60, Pernambuco atraía atenção nacional e mesmo nos Estados Unidos pelo intenso conflito social, com greves urbanas e rurais, denúncias de queima de canaviais e invasões de terras e disputa entre as Ligas Camponesas, Partido Comunista (PCB) e Igreja Católica por influência sobre o movimento camponês. Nesse contexto, em 1962 Miguel Arraes, representante da esquerda populista, foi eleito governador. Ele favoreceu a aplicação da legislação trabalhista no campo. Seu posicionamento em relação aos trabalhadores rurais rendeu-lhe a acusação de “agitador” e definiu a atitude dos militares que o depuseram em 1964. Para os conservadores, ele era um comunista e incendiário do Nordeste.  Suas relações com os americanos também não eram boas, e a Aliança para o Progresso desviou seu foco para outros estados.

Arraes tinha também um isolamento em relação ao governo federal de João Goulart, para o qual era “perigoso concorrente ligado ao Partido Comunista”;  o governador pernambuco almejava a eleição presidencial de 1965. Para o brasilianista Thomas Skidmore, Arraes temia um “golpe preventivo” do governo federal para remover governadores tanto de esquerda quanto de direita. Moniz Bandeira relata um plano frustrado do governo em abril de 1963, arquitetado pelo ministro da Guerra Amaury Kruel, para atacar tanto Arraes quanto Carlos Lacerda, o governador direitista da Guanabara. Porém, não há evidência de que Goulart também pretendesse intervir contra Arraes naquela ocasião.

Ainda assim, ele nomeou ao Quarto Exército generais conservadores (Castelo Branco e Justino) e por mais de uma vez os militares ocuparam os arredores do Palácio das Princesas. Isso foi notório em outubro de 1963, quando o presidente pediu o estado de sítio. Enquanto Arraes condenou o pedido, chamando-o de contrário ao povo e aos direitos e liberdades, as tropas de Justino ocuparam o Recife.A operação, que impediu um comício camponês na cidade, foi elogiada por Goulart. Na época também acusou-se outra operação contra Lacerda. O evento alimentou especulações de golpismo contra o presidente, mas não há evidência empírica.

Em fevereiro de 1964 o governo federal não reagiu a um locaute dos empregadores do Recife; para Skidmore, era a forma de Goulart prolongar o conflito de Arraes contra os latifundiários e comerciantes. As classes conservadores montavam resistência ao governo. Por sua vez, Justino entrou na conspiração para derrubar o presidente, e definiu por escrito que o Quarto Exército teria autonomia para derrubar os governos estaduais da região. Antes do golpe o Quarto Exército já havia definido como alvos os governadores de Pernambuco e do SergipeSeixas Dória. Também havia a expectativa de enfrentar uma forte reação da esquerda como um todo,[15] e os militares alardeavam a potencialidade armada da esquerda em Pernambuco. Paralelamente, apoiavam os latifundiários locais, que acumulavam revólveresescopetas e fuzis.

Ação de Governo: Recife ganha 1º Centro de Referência de Segurança Alimentar e Nutricional do Estado

30/03/24

Imprensa PCR/DP

http://blogfolhadoseertao.com.br

Cresan é o primeiro equipamento de referência em segurança alimentar e nutricional em Pernambuco e o segundo de uma capital do Nordestecopy sharing button
sharethis sharing button
Centro foi inaugurado no Recife  (Foto: Prefeitura do Recife )
Centro foi inaugurado no Recife (Foto: Prefeitura do Recife )
O Cresan é o primeiro equipamento do tipo em Pernambuco e o segundo em uma capital nordestina, depois de São Luís (MA).
O centro fica  na Rua Djalma Farias, no bairro do Torreão, na Zona Norte.
Ele  contará com atendimento ao público de segunda a sexta-feira.
O prefeito João Campos participou da inauguração, que marcou a assinatura de manifestação de interesse para a estratégia de segurança alimentar nacional, o Alimenta Cidades, que funciona como assessoria técnica do Governo Federal a partir do cumprimento de uma série de diretrizes.
A ideia é reafirmar os esforços para combater a fome da população socialmente mais vulnerável.
“Esse documento faz parte de uma política transversal, de comprometimento, e esse equipamento é essencial para isso, fará toda a coordenação de segurança alimentar da cidade. Gestão dos equipamentos, como os restaurantes populares, as casas de acolhimento, o comitê de segurança alimentar, câmara de segurança alimentar. E também a interlocução com as outras secretarias e áreas, tudo a partir daqui”, explicou o prefeito João Campos.
“A cozinha produz mais de mil refeições por dia e ajuda a abastecer a nossa rede de assistência social para as pessoas que mais precisam. Segurança alimentar é algo fundamental e temos que trabalhar todos os dias para garantir isso para todas as pessoas da cidade”, completou o gestor recifense.
Como é
Além de ser um espaço de participação social, o Cresan se torna a sede da Unidade de Segurança Alimentar e Nutricional (Unidsan), que é ligada à Secretaria de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas do Recife. O local conta com horta e cozinha apropriadas para realização de atividades de educação alimentar para, sobretudo, cumprir o objetivo de ser referência no incentivo ao acesso regular à alimentação de qualidade a população em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar.
“Esse é o primeiro centro de segurança alimentar do Recife. Isso é um ganho imenso. Teremos uma acolhida, uma equipe para atender e encaminhar para a nossa rede. Esse centro é de escuta para entender qual insegurança alimentar essa pessoa está passando. Terá avaliação, para saber se precisa de algum outro serviço da nossa rede. Seja um restaurante, um Centro Pop, e também se terá um acompanhamento através do CRAS. Vamos qualificar e aprimorar esse acompanhamento de pessoas em vulnerabilidade”, detalhou Ana Rita Suassuna, secretária de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas Sobre Drogas (SDSDHJPD).
No Cresan, passa a funcionar a gestão das unidades de alimentação das casas de acolhimento institucional, dos restaurantes populares, do Banco de Alimentos e da Cozinha Comunitária do Gurupé. Além disso, o equipamento ficará responsável pelas refeições destinadas aos Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) e ao Abrigo Noturno Irmã Dulce. Tais equipamentos municipais fazem parte da Política Municipal de Segurança Alimentar do Recife.
“A alimentação é direito humano. Cabe ao estado, em todas as suas instâncias, promover políticas públicas para este direito. Quando temos no município um centro de referência como esse criamos um espaço para acolher essas pessoas em estado de vulnerabilidade”, explicou Catarine Santos, nutricionista e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), também coordenadora do Fórum Estadual de Soberania de Segurança Alimentar e Nutricional (FESSAN-PE).
“Dar atenção especial e promover essa alimentação saudável. Porque são dois campos, equipamentos como cozinhas comunitárias, restaurantes populares, bancos de alimentos, mas também tem o lado de promover a alimentação saudável. Não é com qualquer comida que a gente mata a fome. Com esse centro, permite que a gente pense nessas duas perspectivas”, acrescentou a pesquisadora.
Estratégia 
Com a abertura do Cresan, a Prefeitura do Recife lançou o Recife Sem Fome, uma estratégia para o fortalecer o compromisso do poder público no desenvolvimento de ações no combate à fome na cidade. Além do Cresan, também faz parte do Recife Sem Fome a reestruturação da Câmara Intersetorial Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan/Recife), que foi retomada com um maior número de representações, subindo de sete para 20, sendo 14 secretarias e seis órgãos municipais.
A Caisan tem um importante papel na garantia do Direito Humano à Alimentação Nutricional Adequada, pois tem como objetivo promover a política pública, programas e ações de combate à fome de maneira intersetorial dentro do poder público.
O utras iniciativas que fazem parte do Recife Sem Fome e reforçam o compromisso com a segurança alimentar e nutricional da população é a criação do Banco de Alimentos do Recife, a requalificação da Cozinha Comunitária de Gurupé, a gestão dos restaurantes populares e das unidades de alimentação e nutrição nas casas de acolhimento, além da ampliação de ações de Educação Alimentar e Nutricional.

Sexto episódio do “Me Conta, Brasil” mostra como o Minha Casa, Minha Vida une moradia e cultura no mesmo lugar

30/03/24

Ascom Presidência da república

http://blogfolhadoseertao.com.br

 

Material produzido pela Secom reúne informações sobre o programa habitacional, como as bibliotecas que farão parte dos condomínios e serão abastecidas com livros em parceria com a Academia Brasileira de Letras

 

Foto: Reprodução / Secom PR

A união entre habitação e cultura é tema do sexto episódio do videocast “Me Conta, Brasil”, criado pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e disponível nas redes sociais a partir desta quinta-feira, 28 de março. O programa mostra como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) incluiu, nos projetos dos conjuntos habitacionais, bibliotecas que serão abastecidas com livros selecionados em parceria com a Academia Brasileira de Letras.
Sob gestão do Ministério das Cidades, o MCMV oferece subsídio e taxa de juros abaixo do mercado para facilitar a aquisição de moradias populares na cidade ou no campo. O programa federal, em sua nova versão, estabeleceu como meta contratar, até 2026, dois milhões de moradias.

BIBLIOTECAS — Em forma de bate-papo, o videocast traz gestores de diversos ministérios e autarquias federais para explicar as políticas do Governo Federal para a população. No sexto bate-papo, os convidados foram Hailton Madureira, secretário de Habitação do Ministério das Cidades, e Fabiano Piúba, secretário de Informação Cultural, Livro e Leitura do Ministério da Cultura.

Juntos, os agentes públicos explicaram como as bibliotecas nos conjuntos habitacionais são ambientes fundamentais para a formação leitora, e como a família pode incentivar os jovens a criarem o hábito da leitura. “Esse projeto tem muito a ver com a perspectiva de como a gente pode criar ambientes para essa formação na comunidade. Será uma biblioteca comunitária vinculada ao Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, nessa parceria entre os Ministérios da Cidades e Cultura”, detalhou Piúba.
Hailton explicou que a ideia é equipar esses espaços para trazer o máximo de pessoas e tornar as bibliotecas um espaço de convivência dentro das unidades habitacionais. “No próprio condomínio vai ter um espaço para biblioteca, a gente está equipando adequadamente para ser um ambiente de convivência, onde os vizinhos possam se encontrar”, pontuou.
A Academia Brasileira de Letras (ABL) se juntou ao projeto do Governo Federal de ampliar a leitura nos conjuntos habitacionais. “Nós vamos atuar como consultores do programa, ajudando o governo a orientar a montagem das bibliotecas. A gente quer que a literatura tenha um alcance mais amplo, por isso a ABL vai selecionar livros que devem ser encaminhados pelo MCMV”, ressaltou Merval Pereira, presidente da instituição.
“As pessoas vão receber uma chave de casa e, além disso, uma chave de acesso ao conhecimento, à informação. A gente sabe que quem lê amplia suas capacidades críticas, inventivas e de leitura de mundo. É um acesso à educação, à cultura, mas, principalmente, à cidadania”, afirmou Piúba.
OPORTUNIDADE — O cabeleireiro e maquiador Francisco Fransuelson da Silva, 32 anos, é um dos contemplados do MCMV em Patos, na Paraíba. “Hoje eu me sinto muito especial, me sinto inspiração para toda comunidade LGBTQIA+ que acha que não consegue ganhar a casa própria, então acredite nos seus sonhos, o sonho é verdadeiro e você também pode conseguir a sua casa”, declarou.
ISENÇÃO DE PRESTAÇÕES — Hailton Madureira afirmou que beneficiários que recebem o Bolsa Família ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além daqueles que já haviam quitado 60 prestações, passaram a ficar isentos do pagamento de prestações do Minha Casa, Minha Vida e recebem o imóvel quitado.
“A gente fez inovações também dentro das casas. Os apartamentos vão ter varanda, a metragem mínima de 41,5m², teremos um pé direito mais alto que dá mais conforto térmico, lâmpadas de led para economizar energia, pontos de ar condicionado nos quartos. Há também melhorias na localização das casas, estamos trazendo o MCMV para dentro dos centros urbanos, perto de hospitais, escolas, comércio”, disse o secretário de Habitação.
ACESSIBILIDADE E SUSTENTABILIDADE — Os projetos, obras e serviços do Minha Casa, Minha Vida devem levar em consideração aspectos de acessibilidade e sustentabilidade. As unidades precisam ser adaptáveis e acessíveis ao uso por pessoas com deficiência, com mobilidade reduzida ou idosas, e devem ter atenção à sustentabilidade social, econômica, ambiental e climática, com preferência por fontes de energia renováveis, equipamentos de maior eficiência energética e materiais de construção de baixo carbono, incluídos aqueles oriundos de reciclagem.
O QUE É – O “Me Conta, Brasil” é uma ferramenta para dialogar com a população e divulgar informações sobre os programas do Executivo que fazem a diferença na vida das pessoas. A ideia é que o videocast seja um espaço de bate-papo para explicar como as pessoas podem garantir os seus direitos e se beneficiar com as ações federais.
“O videocast é uma oportunidade de construir uma ponte de entendimento entre o governo e o povo, permitindo com que a gente preste contas do que está sendo feito para atingir cada lar brasileiro”, afirmou o ministro da Secom, Paulo Pimenta.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Instagram é condenado a indenizar usuário por invasão a perfil de rede social para uso profissional

30/03/34
Ascom Justiça
http://blogfolhadosertao.com.br
 O 2º Colégio Recursal de Pernambuco, com sede em Caruaru, deu provimento a recurso inominado para condenar Empresa de Plataforma de internet a indenizar o autor, no valor de R$ 3 mil, pelos danos morais sofridos em razão da invasão de seu perfil em rede social.
A parte utiliza seu perfil de rede social (Instagram) em caráter profissional, tendo mais de 6 mil seguidores. O acórdão foi julgado à unanimidade.

A decisão, que teve como relator o juiz Eurico Brandão de Barros Correia, adotou como fundamento a responsabilidade objetiva dos provedores e plataformas de internet, bem como o Parágrafo único, do art. 44 da Lei 13.709/2018 a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Segundo o magistrado relator, a LGPD tem por objeto regular as atividades de tratamento de dados no Brasil.  Para o juiz, ficou demonstrado nos autos que o autor não foi negligente a ponto de vulnerar o acesso de sua conta, havendo falha no dever de segurança da plataforma.

De acordo com o juiz, a Lei Geral de Proteção de Dados é clara ao dispor sobre a responsabilidade do controlador ou operador pelos danos decorrentes da violação da segurança dos dados do usuário ou quando deixar de adotar as medidas de segurança previstas em lei (Art. 44, Parágrafo Único).

O magistrado assevera que a decisão discute tema bastante atual acerca do tratamento de dados por parte dos operadores e plataformas de internet, estabelecendo obrigações e exigindo a adoção de medidas eficazes de segurança.“Por se tratar de uma legislação relativamente nova, está em fase de consolidação pela jurisprudência pátria”, concluiu.

Processo n. 000302-44.2023.8.17.8224

Incentivo: Governo Raquel Lyra publica decreto com benefícios fiscais para a Bacia Leiteira do Estado

30/03/24

Imprensa PE 
http://blogfolhadosertao.com.br
 
Os produtores da bacia leiteira do Agreste e do Sertão ganharão um novo impulso que incentivará a produção de leite no Estado. O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria da Fazenda, publicou, nesta quinta-feira (28), no Diário Oficial, o decreto 56.323 que dispõe sobre a concessão de benefícios fiscais nas operações com o leite e seus derivados para a indústria local. A iniciativa representa um estímulo para os produtores conseguirem produzir e comercializar o leite de suas propriedades, gerando emprego e renda e garantindo um produto de qualidade na mesa dos pernambucanos.
 
“A bacia leiteira é um importante ativo da nossa agropecuária e da nossa economia. Quero dizer a todas as produtoras e produtores de Pernambuco que a nossa gestão está atenta às suas demandas. Com esse decreto, mostramos que o trabalho é sério, é de atenção, é de estímulo às nossas mulheres e aos nossos homens do campo. A bacia leiteira e o arranjo produtivo local de laticínios no Estado vão dar um salto em qualidade porque estamos juntos, lado a lado, fazendo as melhores escolhas para que isso se concretize”, afirma a governadora Raquel Lyra. 
 
A primeira medida adotada pela gestão estadual segue o exemplo do benefício dado pelo estado do Ceará. No território cearense, é concedido um crédito presumido de 95% sobre o saldo devedor resultante da saída de mercadorias industrializadas com o leite. Essa medida será replicada em Pernambuco, desde que 90% do insumo adquirido seja do produtor pernambucano, feito na indústria local. Esse benefício está condicionado à aquisição de leite de produtores rurais pernambucanos pelos fabricantes. A segunda iniciativa, de acordo com o decreto estadual, concede isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas saídas internas de produtos derivados do leite, como queijo, requeijão e doce de leite, realizadas pelo produtor rural, resultante da fabricação artesanal. 
 
De acordo com o secretário da Fazenda, Wilson José de Paula, a governadora Raquel Lyra, sensível ao pleito dos produtores da bacia leiteira, está concedendo uma série de benefícios com o objetivo de estimular a integração, o crescimento da cadeia produtiva e o consumo local. “A isenção do ICMS colabora para o fortalecimento do setor leiteiro, tornando Pernambuco mais competitivo e em igualdade aos estados vizinhos”, ressalta o gestor. 
 
Entre as medidas que ainda estão em tratativas, duas são de importância para o setor: a isenção na operação interestadual do leite in natura e a isenção da manteiga do produtor rural. Para o leite in natura, a proposta pretende autorizar o estado de Pernambuco a conceder isenção nas operações interestaduais para Sergipe e Alagoas com leite em estado natural. Neste momento, o Governo de Pernambuco aguarda o pedido de vistas de Alagoas à proposta de Convênio apresentada no Conselho Nacional de Política Fazendária.
 
PRODUÇÃO – Pernambuco é um dos maiores produtores de leite do Nordeste, com 27 municípios que formam a bacia leiteira do Agreste ao Sertão, somando cerca de 60 mil produtores, responsáveis pela produção de, aproximadamente, 2,3 milhões de litros por dia.
 
 
Crédito: SDA/IPA e divulgação

Oportunidades: Pernambuco tem saldo de 2.145 empregos com carteira assinada em fevereiro

30/03/24

http://blogfolhadosertao.com.br
Dados foram divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego nesta quarta-feira (27)
copy sharing button
sharethis sharing button
O Recife se destacou entre as cidades que registraram os maiores saldos positivos. A capital gerou 2.639 empregos formais no período (Crédito: Sandy James DP Foto)
O Recife se destacou entre as cidades que registraram os maiores saldos positivos. A capital gerou 2.639 empregos formais no período (Crédito: Sandy James DP Foto)
Pernambuco registrou 2.145 postos de trabalho em fevereiro, de acordo com dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta quarta-feira (27), no Novo Caged. Com as informações, o Estado ocupa o terceiro lugar entre os estados que mais geraram emprego no Nordeste.
Cumprindo o papel de cidade mais industrializada do Estado, o Recife se destacou entre as cidades que registraram os maiores saldos positivos. A capital gerou 2.639 empregos formais no período. Esse valor é reflexo da diferença entre 18.131 admissões e 15.492 desligamentos que ocorreram durante o mês passado.
Outros municípios que registraram aumento de postos de trabalho formais foram Olinda, com 63 novos empregos, Jaboatão (535), Petrolina (676) e Garanhuns (237). Já a cidade de Vicência puxou a estatística de Pernambuco para baixo, com um resultado negativo de -1.350 empregos.

Fraude: Gabigol, do Flamengo, é suspenso por dois anos por tentar fraudar exame antidoping

30/03/24

Em Pauta. net

http://blogfolhadosertao.com.br

Atacante foi considerado culpado em julgamento pela Justiça Desportiva Antidopagem

Gabigol, do Flamengo, é suspenso por dois anos por tentar fraudar exame antidoping

O atacante Gabigol, do Flamengo, foi suspenso por dois anos por tentar fraudar um exame antidoping. A decisão foi tomada pela Justiça Desportiva Antidopagem em julgamento que teve início na última semana e foi concluído nesta segunda-feira (25), em sessão de pouco mais de duas horas. O jogador ainda pode recorrer da decisão.

A punição de Gabigol começará a valer em abril e dividiu o júri, já que teve o placar apertado de 5 votos a 4 para que o ídolo rubro-negro fosse punido. Ele foi enquadrado no artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, que fala em “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle” e prevê suspensão de até quatro anos em caso de condenação.

Fonte: O Dia

Prevenção: Além do Recife, mais cidades de Pernambuco receberão vacina contra dengue

30/03/24

Por DP

http://blogfolhadosertao.com.br

Dezenove municípios de Pernambuco e o arquipélago de Fernando de Noronha vão receber o imunizante
sharethis sharing button
O esquema vacinal contra a dengue é composto por duas doses  (Walterson Rosa/MS)
O esquema vacinal contra a dengue é composto por duas doses (Walterson Rosa/MS)
O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (28), a nota técnica que detalha a distribuição da terceira remessa de vacinas contra a dengue. Serão contempladas mais 11 Regiões de Saúde, incluindo a do Recife.
Segundo a pasta, a Região de Saúde do Recife engloba, além da capital pernambucana, Fernando de Noronha e as cidades de Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Vitória de Santo Antão, Cabo de Santo Agostinho, Igarassu, Camaragibe, Abreu e Lima, Olinda, Chã Grande, Araçoiaba, São Lourenço da Mata, Chã de Alegria, Moreno, Itamaracá, Ipojuca, Glória do Goitá, Pombos e Itapissuma.
“Os envios da terceira remessa serão informados por notas técnicas específicas e pelo agendamento com o operador logístico nas centrais estaduais da Rede de Frio”, explica a Saúde, no comunicado.
A previsão é de que na próxima semana as doses redistribuídas comecem a ser utilizadas, a depender do processo de remanejamento próprio de cada localidade.  O imunizante é destinado a pessoas de 10 a 14 anos, público que concentra a maior proporção de hospitalização pela doença. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.
Há 668 mil doses próximas do vencimento, previsto para 30 de abril: 523 mil em junho; e 84 mil em julho. Em entrevista coletiva nessa quarta-feira (27), o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunização (DPNI), Eder Gatti, explicou o esquema de ampliação de municípios contemplados.
Vacina contra dengue (Walterson Rosa/MS)
Vacina contra dengue (Walterson Rosa/MS)
“Não podemos deixar essas doses vencerem. Diante disso, o Ministério trouxe uma solução: redistribuir, dentro das unidades federadas, ou seja, dentro dos estados, para municípios que ainda não foram contemplados”, disse.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco informou que o Programa Estadual de Imunizações de Pernambuco (PEI-PE) vem acompanhando junto ao Ministério da Saúde as definições sobre a vinda do imunobiológico e deverá realizar, ainda na primeira semana de abril, reuniões de alinhamento com os representantes dos municípios contemplados.
“Seguiremos no aguardo de novas notas técnicas que vão orientar o trabalho logístico para a chegada das vacinas em nosso estado. A gente espera realizar um amplo trabalho de parceria com todas as equipes dessas cidades e estamos engajados em conscientizar cada vez mais a população sobre a importância da imunização na prevenção de doenças”, explica a superintendente do PEI-PE, Jeane Tavares Torres.

Presença: Lula vem inaugurar Hemobrás e adutora do Agreste na próxima semana

29/03/24

Por Ricardo Barreto

http://blogfolhadosertao.com.br

 

Vice-presidente nacional do PT, o senador Humberto Costa confirmou, nesta quinta-feira (28), a vinda do presidente Lula a Pernambuco na próxima semana. A previsão é de que o presidente chegue ao estado no próximo dia 4, quinta-feira, e participe de atividades em Arcoverde, no sertão, e em Goiana, na Mata Norte.

De acordo com Humberto, a agenda marca um novo momento para o desenvolvimento do interior de Pernambuco. Em Goiana, Lula vai inaugurar a nova fábrica para a produção de medicamentos recombinantes da Hemobrás, a partir da biotecnologia, fortalecendo a distribuição de hemoderivados aos pacientes do SUS e dando um passo importante para a autossuficiência do Brasil na fabricação deste tipo de produto.

“É um projeto que tenho muito orgulho de ter colaborado para se tornar realidade, já que foi na época em eu que era ministro da Saúde do governo primeiro Lula que trouxemos a fábrica para Pernambuco”, disse Humberto. Recentemente, a Hemobrás reforçou os seus quadros e nomeou a médica Ana Paula Menezes para a presidência da instituição. Esta é a primeira vez que uma mulher é eleita pra comandar a Hemobrás. Ana Paula, que já ocupou diversos cargos públicos, foi secretária-executiva do Ministério da Saúde, entre 2014 e 2015, durante o governo Dilma Rousseff.

Já em Arcoverde, Lula vai inaugurar a Unidade Elevatória da Adutora do Agreste, que vai beneficiar 44 municípios daquela região do estado. “O presidente Lula, pernambucano que é, sabe a importância da água para o nosso interior, e essa agenda é uma prova disso. Foi ele que garantiu a Transposição do Rio São Francisco, que assegurou o maior programa de cisternas do nosso país e que vai agora inaugurar essa importante etapa da Adutora do Agreste. Água chegando à população é qualidade de vida e desenvolvimento para Pernambuco e para o Brasil”, afirmou o senador.

Segundo Humberto, essa agenda é uma das promessas de campanha do governo Lula: assegurar o desenvolvimento para as mais diversas regiões do país. “A gente viveu um tempo em que o Nordeste era discriminado, que era alvo de preconceito de quem governava o Brasil. Agora, a gente vê esse quadro mudar. Lula sabe a importância de levar investimento para todas as regiões, para o Nordeste, especialmente, e nos conduzir a um grande ciclo de crescimento sustentável”, explicou.

Desempenho: Três dias após o lançamento, Mães de Pernambuco já tem mais de 25 mil mulheres confirmadas no programa

29/03/24

Imprensa PE

http://blogfolhadosertao.com.br

Iniciativa atende mães de crianças até seis anos de idade que vivem em situação extrema de vulnerabilidade social
 
Maior programa de transferência de renda e combate à fome do Norte e Nordeste, o Mães de Pernambuco, lançado pela governadora Raquel Lyra na última segunda-feira, já contempla mais de 25 mil mulheres. As beneficiárias que tiveram seus cadastros liberados representam 25,2% do total de 100 mil mães que a iniciativa irá atender.
O cadastramento ainda identificou mais de 82 mil pernambucanas que estão elegíveis e liberadas para ter acesso à renda de R$ 300 mensais. Para conferir se está entre as selecionadas, a mulher deve acessar o site www.maesdepernambuco.pe.gov.br, preencher com o Número de Identificação Social (NIS) e data de nascimento. O prazo para confirmação do interesse em participar do programa vai até o dia 25 de abril.
 
Caso se mantenha durante todo o ano no programa, a mãe receberá um reforço total no orçamento familiar de R$ 3,6 mil no período. “O Mães de Pernambuco é uma prioridade do nosso governo. Estamos na fase das confirmações das beneficiadas, com mais de 80 mil mulheres elegíveis e mais de 25 mil já confirmadas para receber o auxílio mensal. Os recursos já estão garantidos e as mães começam a receber já no mês de maio. Sabemos que esse valor proporciona mais dignidade às mulheres pernambucanas que estão em situação extrema de vulnerabilidade social”, destaca Raquel Lyra.
 
Segundo levantamento realizado pela Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas, 25.289 mulheres já estão confirmadas no programa, alcançando 30.746 crianças na faixa etária de 0 a 6 anos. Entre essas, 8.813 são do Agreste, 7.624 vivem no Sertão, 5.309 residem na Região Metropolitana do Recife e 4.169 na Zona da Mata. Jaboatão dos Guararapes lidera entre os municípios com mais mulheres atendidas (1.117), seguindo de Petrolina (952), no Sertão, e o Recife (654).
 
“O ritmo de confirmações está sendo muito bom e é uma notícia que nos deixa muito felizes, sabendo que o Mães de Pernambuco será executado plenamente, em breve, com o pagamento de R$ 300 por mês a essas chefes de família. O programa também significa a valorização dessas mulheres, fortalecendo o protagonismo delas e oferecendo esse benefício como os passos iniciais no caminho de um futuro mais próspero”, avalia o secretário de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas, Carlos Braga.
 
Para receber o auxílio é necessário morar em Pernambuco; ser beneficiária do Programa Bolsa Família; estar com os dados do Cadastro Único (CadÚnico) atualizados; ser responsável familiar; estar gestante, ser mãe ou responsável por criança de 0 a 6 anos (72 meses);  e não ter vínculo empregatício formal.
 
As dúvidas com relação ao programa podem ser esclarecidas por meio da Ouvidoria Social pelo telefone 0800.081.4421, pelo e-mail documentosmaes@sas.gov.pe.br ou pelo WhatsApp (81) 9.8494.1298.