Morre médico e ex-secretário de Saúde de Pernambuco Antônio Carlos Figueira

24/12/23

Por JC e  Diario de Pernambuco

Ele tinha 63 anos estava em tratamento contra câncer desde 2021copy sharing button
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Antônio Carlos Figueira morreu aos 63 anos (Foto: Arquivo)
Antônio Carlos Figueira morreu aos 63 anos (Foto: Arquivo)
O médico e ex-secretário de Saúde de  Pernambuco Antônio Carlos Figueira morreu neste sábado (23), aos 63 anos.
Ele estava passando por um tratamento contra o câncer desde 2021.
Até a última atualização desta reportagem, os familiares ainda não tinham informado o local nem horário do velório ou do enterro.
O falecimento dele aconteceu na casa da família, em Ipojuca, no Grande Recife.
Integrante da família que construiu o Instituto Materno Infantil (Imip), no Recife, que leva o nome do pai dele, Fernando Figueira, Antônio Carlos participou ativamente da política nos últimos anos.
Ele esteve  na Saúde  no segundo mandato de Eduardo Campos (PSB) e foi secretário da Casa Civil e chefe da Assessoria Especial do Governo nas gestões de Paulo Câmara.
Também atuou como  secretário-adjunto da Secretaria de Saúde do Estado (SES) de dezembro de 1996 a dezembro de 1998.
Em 2020, pediu exoneração para assumir o cargo de diretor presidente da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS).
Figueira se formou em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (1985) e possuía especialização em Perinatologia pelo Centro Latino Americano de Perinatologia da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Também foi presidente do Imip entre os anos de 2009 e 2010.
Ele também era membro da Academia Pernambucana de Medicina, onde ocupava a cadeira de número 1, que também já foi ocupada pelo seu pai, fundador da entidade.

IMIP lamenta morte de Figueira

Por meio de um comunicado enviado à imprensa na noite deste sábado (23), o Instituto de Medicina Integral Profº Fernando Figueira (Imip) lamentou o falecimento de Antônio Carlos Figueira.

O méidco foi superintendente, presidente e membro do Conselho Consultivo do IMIP. “Nesse momento de tristeza e de grande saudade, o IMIP transmite condolências aos familiares, amigos, admiradores e comunidade imipiana”, diz a nota.

Confira a íntegra abaixo:

“É com imenso pesar que o Instituto de Medicina Integral Profº Fernando Figueira-IMIP comunica à sociedade pernambucana o falecimento de Antônio Carlos Figueira, ex-superintendente, ex-presidente, membro do Conselho Consultivo do IMIP e diretor-presidente da Faculdade Pernambucana de Saúde- FPS.

Seguindo o exemplo do seu pai Fernando Figueira, o médico Antonio Carlos Figueira ampliou e consolidou esta instituição que é patrimônio do povo pernambucano, além de ter sido um gestor público em defesa do Sistema Único de Saúde. O velório acontecerá neste domingo, a partir das 08 horas da manhã, e o enterro será às 15 horas no cemitério de Santo Amaro, no Recife.

Nesse momento de tristeza e de grande saudade, o IMIP transmite condolências aos familiares, amigos, admiradores e comunidade imipiana.

Silvia Rissin
Presidente do Imip”

Antônio Carlos Figueira: biografia

Nascido no dia 19 de outubro de 1960, Antônio Carlos Figueira era filho de Fernando Figueira, também ex-secretário de Saúde de Pernambuco na gestão Eraldo Gueiros e fundador do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira, o IMIP.

Era formado em Medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (1985) e possuía especialização em Perinatologia pelo Centro Latino Americano de Perinatologia da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), no Uruguai.

Sua carreira política teve início em 1987, quando assumiu a Assessoria Especial do Governador do Estado de Pernambuco, no primeiro governo de Miguel Arraes, onde ficou até 1990.

Em 1997, depois de passar anos no cargo de Assessor Especial da Superintendência do IMIP, recebeu o convite do então Secretário de Saúde de Pernambuco, Gilliatt Falbo, para assumir o cargo de Secretário Adjunto da SES. Ele permaneceu na função até o final do mandato, em 1998. Depois, passou mais de 10 anos como Superintendente do IMIP.

Em 2010, assumiu a Secretaria Estadual de Saúde a convite de Eduardo Campos. À frente da pasta, foi responsável por reforçar o SAMU no estado e por inaugurar a nova sede do complexo regulador, que concentra a Central de Transplantes, a Gerência de Regulação Ambulatorial e a Gerência de Regulação Hospitalar. Também esteve à frente das estruturas de atendimento da Copa das Confederações e da Copa do Mundo Fifa, em 2013 e 2014, respectivamente, na Arena de Pernambuco.

Em 2015, com Paulo Câmara assumindo o Estado, Antônio Figueira deixou a Secretaria de Saúde e passou a ocupar o cargo de Secretário da Casa Civil de Pernambuco. Na cerimônia de posse do novo secretariado estadual, ele fez o juramento oficial e falou ao povo em nome dos demais secretários.

“Daremos continuidade a um projeto político e administrativo que vem de muito longe, iniciado na primeira passagem pelo Palácio do Campo das Princesas do ex-governador Miguel Arraes de Alencar e que encontrou continuidade nas duas gestões do ex-governador Eduardo Campos. Assim, iremos consolidar e ampliar esse legado, como foco nas necessidades do povo pernambucano”, afirmou.

Em 2017, ele deixou a Casa Civil e assumiu a chefia da Assessoria Especial do Governo do Estado, onde permaneceu até dezembro de 2020, quando deixou deixou a vida pública para assumir a presidência da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), cargo que ocupava até os dias atuais.

“Quero expressar meu agradecimento a Antônio Carlos Figueira por mais de uma década de dedicação ao Estado de Pernambuco, sobretudo nos últimos anos, quando contribuiu com minha gestão em vários cargos. Desejo ao amigo Figueira sucesso nos desafios da nova caminhada”, disse o então governador Paulo Câmara na despedida do secretário.

Antônio Carlos Figueira também foi presidente do IMIP entre os anos de 2009 e 2010. Ele também era membro da Academia Pernambucana de Medicina, onde ocupava a cadeira de número 1, que também já foi ocupada pelo seu pai, fundador da entidade.

Vacinas deixadas por Bolsonaro quase sem validade são queimadas; prejuízo é de mais de R$ 1 bilhão

24/12/23

Por Poliana CasemiroArthur Stabile, g1

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Chegada do primeiro lote das vacinas em Santa Catarina — Foto: Arquivo/Ricardo Wolffenbüttel/ Secom

Chegada do primeiro lote das vacinas em Santa Catarina — Foto: Arquivo/Ricardo Wolffenbüttel/ Secom

O Brasil queimou R$ 1,4 bilhão em vacinas contra a Covid-19 desde 2021. O valor é referente a mais de 39 milhões de doses que venceram sem serem utilizadas e precisaram ser incineradas, de acordo com dados do governo aos quais o g1 teve acesso (veja gráfico abaixo).

O fim da validade e a necessidade de descartar quase 40 milhões de doses foram revelados pela “Folha de S. Paulo” em março. Agora, a incineração de insumos médicos é investigada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão apura se houve improbidade administrativa (quando agentes públicos causam prejuízos aos cofres públicos).

O desperdício, na visão de especialistas (leia mais abaixo), é consequência da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demorou para comprar e distribuir as doses, enquanto o próprio Bolsonaro empreendia uma cruzada contra as vacinas, se recusando a se imunizar e disseminando desinformação, como fez quando associou a vacina da Covid com a Aids. A CPI da Covid, que investigou as condutas do governo federal ao longo da pandemia terminou com o pedido de indiciamento dele por 9 crimes.

O total de vacinas incineradas representa quase 5% do total comprado pelo país. Segundo especialistas em logística na saúde, é comum o descarte de medicamentos vencidos, mas o índice está acima do considerado aceitável de até 3%.

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👉 As primeiras vacinas foram queimadas em 2021, mesmo ano em que começou a imunização no país, e aumentaram em número em 2022, durante o governo Bolsonaro. Neste ano, já no governo Lula, a quantidade foi maior porque mais lotes de vacina venceram sem que houvesse tempo para dar outro destino aos insumos, chegando ao montante bilionário (veja gráfico abaixo).

🚨 Para especialistas, o grande número de vacinas vencidas se explica por problemas de logística, pela falta de campanha de imunização e por forte propaganda antivacina ao longo da pandemia de Covid.

📈 No infográfico abaixo, veja a quantidade de doses queimadas em cada ano e o gasto em valores – já atualizados com a inflação do período para números de hoje.

Gráfico mostra número de vacinas queimadas por estarem vencidas — Foto: Arte/g1

Gráfico mostra número de vacinas queimadas por estarem vencidas — Foto: Arte/g1

Procurada, a assessoria de Bolsonaro disse que o ex-presidente não tinha gerência sobre o descarte de vacinas e que havia dado “autonomia plena para os ministros”.

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazzuelo, que ficou à frente da pasta até março de 2021, não se manifestou.

Seu sucessor, o ex-ministro Marcelo Queiroga, respondeu ao g1 que as compras foram definidas pelas áreas técnicas da pasta e que não tinha responsabilidade sobre o descarte.

A atual gestão do Ministério da Saúde afirma que “herdou um estoque de mais de 157,9 milhões de itens de saúde a vencer até o mês de julho equivalente a R$ 1,2 bilhão” e que criou um comitê para monitorar e mitigar perdas. (Leia os posicionamentos ao final.)

Minuta do relatório da CPI denuncia negligência e indícios de corrupção em negociações para comprar vacinas

Problemas na logística e na aplicação

💉 Ao todo, o Brasil adquiriu 823 milhões de doses contra a Covid entre 2020 e 2023, segundo o Ministério da Saúde.

Após a compra, as vacinas eram distribuídas pelo governo federal aos estados, que as enviavam aos municípios.

Apesar da expertise do Sistema Único de Saúde (SUS) com o Programa Nacional de Imunização (PNI), que é referência internacional, houve uma série de problemas na entrega e na aplicação das vacinas ao longo da pandemia. Por exemplo:

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Por que é aceitável queimar até 3% de insumos?

A logística de compra de insumos exige um cálculo que se baseia na projeção de demanda futura.

👉 Ou seja, no caso das vacinas, é observado o volume de pessoas que precisam do imunizante, o prazo de validade dos lotes e o prazo de entrega do fabricante para que sejam compradas doses em número suficiente até a remessa seguinte.

No entanto, é levada em consideração nesse cálculo a chamada “quebra de estoque”, que é a possibilidade de uma margem de perda diante do volume comprado.

Isso porque, como se trata de uma projeção, o cenário pode não se concretizar por razões como problemas na distribuição.

Segundo Gonzalo Vecina, professor na Faculdade de Medicina da USP e especialista em logística de saúde, o limite considerado aceitável para a perda de insumos é de até 3%. No caso das vacinas de Covid, foram queimados 5% do estoque comprado.

Profissional da saúde prepara vacina contra Covid para aplicação — Foto: Divulgação/Semsa

Profissional da saúde prepara vacina contra Covid para aplicação — Foto: Divulgação/Semsa

Falta de campanha de imunização

Para Vecina, que foi presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a quantidade de vacinas incineradas evidencia um “problema de gestão gravíssimo no Ministério da Saúde” durante o governo Bolsonaro.

Isso é um desperdício. Em cálculos de administração de estoque, você aceita quebra de até 3%, isso é o máximo. Me assusta ver a quantidade de produtos bastante caros que acabaram sendo jogados na lata do lixo.
— Gonzalo Vecina, médico sanitarista especialista em logística de saúde

Na avaliação de Cláudio Maierovitch, que também presidiu a Anvisa e foi diretor de vigilância de doenças transmissíveis no Ministério da Saúde, a questão é que o cálculo de logística não podia prever a campanha antivacina do próprio governo federal.

De um lado, embora houvesse compra e distribuição de vacina, de outro, havia uma cruzada do então presidente Bolsonaro contra as vacinas, se recusando a se imunizar e disseminando desinformação sobre a vacina. A CPI da Covid, que investigou as condutas do governo federal ao longo da pandemia terminou com o pedido de indiciamento dele por 9 crimes.

“Houve uma atitude clara do comando do governo de questionar o valor da vacina, de ser contra a vacina, insinuar que eram problemáticas e, de alguma forma, perigosas. Além disso, não houve investimento em campanhas e era até difícil saber quando estava na hora de vacinar quem. As informações eram desencontradas, não havia divulgação”, afirma Maierovitch.

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Para o deputado estadual Carlos Lula, que durante a pandemia era secretário de Saúde do estado do Maranhão e chefiou o Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde), os erros de logística aconteceram na fase mais crítica, mas não foi isso que impactou com mais força esse desperdício que houve.

“Aconteceram [os problemas], sim, lógico que aconteceram, sobretudo, naquela confusão inicial”, pondera, acrescentando que enfrentou também resistência dos municípios em vacinar.

Ele relembra, porém, que os secretários à época enfrentaram dificuldades porque “nunca sentiram o governo federal como aliado”. “Foi muito difícil naquele momento pautar a vacinação dessa forma, porque era como se estivéssemos sempre remando contra a maré”, diz.

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Investigação da PGR

A investigação que corre na PGR para apurar a incineração de vacinas foi aberta em março deste ano.

Segundo a procuradoria, são apurados “possíveis atos de improbidade administrativa, com dano ao patrimônio, pelo descarte de medicações adquiridas pelo Ministério da Saúde que perderam sua validade nos últimos cinco anos”.

Até o momento, foram tomados depoimentos de servidores, mas não se chegou ainda na fase de apontar responsáveis. Ao fim da investigação, a PGR poderá propor ação civil pública ou um termo de ajustamento de conduta (TAC).

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5 mil decretos sob análise

O professor de direito sanitário da Universidade de São Paulo (USP) Fernando Aith é coautor de um estudo que analisou cerca de 5 mil decretos do governo Bolsonaro ligados ao combate da pandemia. O estudo foi tema do podcast O Assunto. (Ouça abaixo)

Para ele, o desperdício de dinheiro público com a queima das vacinas é “consequência natural da política que estava sendo adotada”.

Na avaliação dele, é possível enquadrar a queima de vacinas por perda de validade como crime contra o patrimônio público porque os gestores “promoveram gastos inúteis e deliberadamente não deixaram que esses recursos chegassem ao destino de política pública”.

Foi um interesse deliberado do governo federal em não promover a vacinação e, por isso, essas vacinas ficaram em estoque. Comprou para dizer que fez a parte dele, mas não se preocupou em distribuir e capacitar os estados e municípios para aplicar, de fato, no braço das pessoas.
— Fernando Aith, professor de direito sanitário da USP

Ele entende que, nesse caso, fica configurada improbidade administrativa, pois houve dolo dos agentes públicos, e crime contra a saúde pública.

“No final das contas, houve uma ação deliberada para evitar que as pessoas tivessem acesso a produtos necessários para a proteção da própria vida”, diz.

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O que diz o governo Bolsonaro

➡️ Assessor de Bolsonaro, o ex-secretário especial de Comunicação social Fabio Wajngarten afirmou ao g1 que o ex-presidente não tinha “nenhuma ingerência [interferência] no tema” ao ser questionado sobre a queima de vacinas de Covid. “Liberdade e autonomia plena para os ministros”, respondeu.

➡️ Já o ex-ministro Marcelo Queiroga disse que o Ministério da Saúde “tomou todas as providências necessárias para conter a crise sanitária” e que as estimativas de compra de vacina “foram feitas pela área técnica” e que “não compete ao ministro da Saúde fazer essas estimativas”.

Sobre a investigação da PGR, o ex-ministro afirmou que “todos devem responder pelos atos que praticam na administração pública”. “Seguramente, as instâncias de controle estão apurando as responsabilidades devidas. Inclusive o que houve em estados e municípios”, disse.

➡️ Procurado por meio de sua assessoria, o ex-ministro Eduardo Pazuello não se pronunciou.

O que diz a atual gestão do Ministério da Saúde

➡️ O g1 também pediu uma manifestação para a atual gestão do Ministério da Saúde, que enviou o posicionamento a seguir:

“A nova gestão do Ministério da Saúde herdou um estoque de mais de 157,9 milhões de itens de saúde a vencer até o mês de julho equivalente a R$ 1,2 bilhão.

Após uma série de ações estratégicas com o compromisso de minimizar as perdas de estoques de insumos, o Ministério da Saúde evitou o desperdício de mais de R$ 251,2 milhões em vacinas. O valor equivale a mais de 12,3 milhões de doses.

Para mais transparência da gestão da pasta, logo no início do ano foi instituído um comitê permanente para monitorar a situação e adotar medidas para mitigar perdas.

Também foi pactuado, junto aos estados e municípios, prioridade logística aos itens de menor prazo de validade, assim como articulação via cooperação internacional para doações humanitárias.

No caso das vacinas, somam-se a essas ações, a retomada das campanhas de vacinação e adoção de estratégias para ampliar cobertura vacinal no país.

Também foi antecipada a campanha de multivacinação, voltada para crianças e adolescentes.”

Estado  investe cerca de R$ 52 milhões para ampliar o acesso à água nos municípios de Sertânia, Arcoverde e Serra Talhada

24/12/23

ImprensaPE

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Um pacote de investimentos para ampliar o abastecimento de água nos Sertões do Moxotó e Pajeú foi anunciado, nesta quinta-feira (21), pela governadora Raquel Lyra e a sua vice, Priscila Krause, durante solenidade no município de Sertânia. Foram assinadas ordens de serviço para execução de obras hídricas nos municípios de Sertânia, Arcoverde e Serra Talhada que, juntas, somam investimentos aproximados de R$ 52 milhões. Todos os serviços serão executados pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
 
“Nosso governo está trabalhando para universalizar o acesso à água em todas as regiões. Essa é uma demanda histórica, e aqui no Sertão, essa história vai mudar. Temos a honra de investir para que as pessoas tenham mais dignidade, reduzindo os prazos de rodízio”, ressaltou Raquel Lyra. 
 
Em Sertânia, a primeira obra contempla o início dos serviços de ampliação e adequação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) no valor de R$ 3,8 milhões. Já a segunda, beneficia a população do distrito de Albuquerque Né, também com a implantação de um Sistema de Abastecimento de Água. Com investimento de R$ 2,5 milhões, serão construídos uma Estação de Tratamento de Água e um reservatório, além da implantação de uma adutora e da rede de distribuição. O abastecimento ao distrito será realizado através de nova interligação na adutora do Pajeú (2ª Etapa) e a expectativa é disponibilizar água para essas famílias de forma contínua.
 
O secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, enfatizou que o Governo tem se empenhado para ampliar o acesso à água. “Estamos trabalhando incansavelmente para que todos possam, o mais breve possível, ter o seu direito garantido”, reforçou o titular da pasta, acompanhado do presidente da Compesa, Alex Campos.
 
No município de Arcoverde, a Compesa fará serviços de melhoria e ampliação do SAA, no valor de R$ 18 milhões. Serão implantados 42 km de rede de distribuição, a substituição da rede de amianto existente por tubos em PVC, a reconstrução da Estação Elevatória de Água Bruta 02, a implantação de novos conjuntos motobomba, quadros elétricos e a implantação de dispositivos de controle e medição e automação das unidades. As intervenções permitirão, além da modernização do sistema, a distribuição mais uniforme do abastecimento de água da cidade de Arcoverde, beneficiando 70 mil pessoas.
 
Presente na solenidade, o vice-prefeito de Sertânia, Antônio Almeida, agradeceu pelos investimentos que estão sendo aportados no município. “A gente agradece e fica extremamente feliz com os anúncios de diversas obras hídricas. Eu tenho o sonho de ver toda população da nossa cidade recebendo água nas torneiras”, declarou.
 
Por fim, para Serra Talhada, o Governo de Pernambuco está aportando R$ 27,4 milhões para ampliação da capacidade de tratamento com expansão e adequação do sistema de abastecimento. A Compesa vai implantar uma nova estação de tratamento de água com capacidade de tratar 200 litros por segundo, que dobrará a produção para a cidade, além de possibilitar o abastecimento de outras localidades atendidas pela Adutora do Pajeú. Cerca de 130 mil pessoas serão beneficiadas com a iniciativa.
 
Também estiveram presentes na solenidade o secretário da Casa Militar, coronel Hercílio Mamede; o executivo da Casa Civil, Rubens Júnior; o assessor especial da governadora, José Pereira; os deputados estaduais Luciano Duque e Kaio Maniçoba; os prefeitos Wellington Maciel (Arcoverde), Zeinha Torres (Iguaracy) e Manuca de Zé do Povo (Custódia); vereadores da região e Pollyanna Abreu, liderança política de Sertânia.
 
Fotos: Miva Filho/Secom

“Chuva de meteoros” é vista em cidades do Nordeste e chama a atenção de moradores

24/12/23

Por Felipe Fernandes

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Fenômeno foi flagrado em Caruaru, Petrolina, Serra Talhada e Santa Cruz do Capibaribe
"Chuva de meteoros" vista em cidades do Nordeste
Moradores de diversas cidades do Nordeste flagraram o que seria uma “chuva de meteoros” entre a noite da última sexta-feira (22) e a madrugada deste sábado (23). O fenômeno foi visto em cidades como CaruaruPetrolinaSerra Talhada, e Santa Cruz do Capibaribe, do Agreste e Sertão de Pernambuco.Moradores do Ceará e da Bahia também relataram sustos, ao ver o que seria uma “bola de fogo” no céu.

 

Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) afirmou, contudo, que o clarão percebido durante a “chuva de meteoros”, na verdade, são restos de lixo espacial formados pela reentrada do foguete chinês Longa Marcha 2C, lançado em janeiro de 2018.

Apesar do espanto que alguns moradores tiveram, o “risco é mínimo“, já que a maioria desses objetos acaba não resistindo à entrada na atmosfera terrestre e se desintegra antes de tocar o solo, afirmou a organização.

Raquel Lyra vistoria obras da PE-265 em Sertânia, investimento de R$42 milhões

23/12/23

ImprensaPE

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Em agenda no Sertão do Moxotó, a governadora Raquel Lyra e a sua vice, Priscila Krause, vistoriaram, nesta quinta-feira (21), as obras de restauração e adequação da PE-265, em Sertânia, contemplando o trecho de 46,4 quilômetros que vai do distrito de Cruzeiro do Nordeste até o povoado de Pernambuquinho, na divisa com a Paraíba. Com investimento da ordem de R$ 42 milhões, as intervenções devem ser concluídas em março de 2024, beneficiando diretamente mais de 32 mil pessoas da região. Em 2023, o Governo de Pernambuco iniciou a recuperação da malha rodoviária do Estado com um investimento de R$ 900 milhões em ações de conservação, duplicação, restauração e triplicação das estradas em todas as regiões.

“Por muito tempo prometeram que essa obra poderia sair do papel. Hoje eu tenho a alegria de poder vir aqui com tantos sonhos e tanta gente, dizer que a obra virou realidade. Iremos fazer a conexão de Pernambuco com a Paraíba, garantindo o ir e vir da população, da segurança, ambulância e todos os que se deslocam por aqui diariamente. Temos o compromisso de fazer o nosso Estado ser um lugar melhor para se viver em cada região”, destacou a governadora.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) está executando os serviços de reciclagem do pavimento e aplicação da camada de asfalto CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) no trecho após a cidade de Sertânia, sentido divisa PE/PB, com o tráfego controlado através do sistema “pare e siga”, somando cerca de 80% dos trabalhos finalizados.

O secretário de Mobilidade e Infraestrutura, Diogo Bezerra, destacou que a restauração da rodovia vai melhorar a trafegabilidade e garantir mais segurança aos seus usuários com um pavimento mais resistente. “Tudo adequado para receber o tráfego de veículos pesados que transportam mercadorias para outras regiões, escoando a produção agrícola como feijão, milho, soja, caju, laranja, bem como a pecuária local”, afirmou.

Também será realizada a recuperação do sistema de drenagem e implantação da sinalização horizontal e vertical, restando finalizar alguns serviços remanescentes no primeiro segmento, que vai de Cruzeiro do Nordeste, no entroncamento com a BR-232, à cidade de Sertânia.

“Essa é uma obra com caráter sustentável. Usamos a reciclagem de pavimento para poder construir a base e agora já estamos fazendo a aplicação do CBUQ nesse trecho. O próximo passo é sinalizar e entregar”, complementou o presidente do DER, Rivaldo Melo.

Acompanharam a vistoria o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Hercílio Mamede; o executivo da Casa Civil, Rubens Júnior; o assessor especial da governadora, José Pereira; os deputados estaduais Luciano Duque e Kaio Maniçoba; os prefeitos Wellington Maciel (Arcoverde) e Zeinha Torres (Iguaracy); o vice-prefeito de Sertânia, Toinho Almeida; vereadores da região e Poliana Abreu, liderança política de Sertânia.

Fotos:  Miva Filho/Secom