Especial de Domingo: Carta ALERTA à Pernambuco

17/12/23

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De imediato, queremos chamar atenção para os investimentos imprescindíveis de ampliação e modernização no Terminal Aquaviário da Transpetro de Suape e a implantação do Terminal Terrestre da Transpetro de combustíveis, fertilizantes nitrogenados, ureia agrícola e pecuária em Salgueiro.

ENTIDADES QUE ASSINAN ESSA CARTA: 
ASSOCIAÇÃO NORDESTINA DE LOGÍSTICA – ANELOG
CLUBE DE ENGENHARIA DE PE
CUT – PE
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DE PE
– CREA PE
FEDERAÇÃO INTERESTADUAL DE SINDICATOS DE
ENGENHEIROS – FISENGE
SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DE
PERNAMBUCO – SENGE PE
SINDICATO DOS FERROVIÁRIOS DO NORDESTE – SINDFERNE
SINDICATO DOS URBANITARIOS DE PERNAMBUCO – SINDURB PE
SINDICATO DOS METROVIÁRIOS DE PE – SINDIMETRO PE
SINDICATO DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
E GÁS NATURAL DOS ESTADOS DE PERNANBUCO E PARAIBA

 

Carta “Alerta Pernambuco”

 

A finalidade da presente carta é de chamar a atenção para a população, Governo do Estado e parlamentares de Pernambuco, para os investimentos principalmente em Logística. Tanto em qualidade quanto em quantidade, os investimentos na região fazem com que Pernambuco se consolide como importante polo logístico para a região Nordeste.

O Estado de Pernambuco vem se desenvolvendo cada vez mais em virtude de investimentos do próprio Governo e de empresas de diversos  segmentos, motivadas por fatores como malha viária, aeroportos, porto de Suape, porto do Recife e da demanda na região, fazendo com que consolide-se como nova alternativa logística para o Nordeste.

De imediato, queremos chamar atenção, para os investimentos imprescindíveis de ampliação e modernização no Terminal Aquaviário da Transpetro de Suape e a implantação do Terminal Terrestre da Transpetro de combustíveis, fertilizantes nitrogenados, ureia agrícola e pecuária em Salgueiro.

O novo PAC-Programa de Aceleração do Crescimento, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê investimentos de R$ 1,7 trilhão e a criação de cerca de 4 milhões de empregos em todo o Brasil. Um dos focos do programa é a área de “Transportes Eficientes e Sustentáveis”, que inclui recursos para novos aeroportos, rodovias,
portos, ferrovias, metrôs e hidrovias nas 27 Unidades da Federação. Uma das metas é integrar grandes cidades com regiões mais remotas.

O Nordeste será um dos principais beneficiados pelo novo PAC, com investimentos em nove ferrovias na região. O objetivo é ampliar e modernizar a malha ferroviária nordestina, melhorando a mobilidade, a logística e o desenvolvimento econômico e social. Ao todo, somente os recursos para malha ferroviária chegam perto de R$ 100 bilhões.

O trecho ferroviário Salgueiro-Suape, é fundamental para o desenvolvimento de Pernambuco e do Nordeste. Com as recentes notícias que a atual concessionária Transnordestina Logística S.A.- TLSA não tem interesse em fazer este trecho. Torna-se de fundamental importância a união de todos Pernambucanos, em especial da nossa Governadora com toda bancada de deputados Estaduais, Federais e nossos Senadores. A economia estadual avança com o surgimento de novas cadeias produtivas, do qual decorrem investimentos significativos com repercussão importante no crescimento do emprego total e, em particular, do emprego formal.

No que se refere à indústria vale mencionar, a presença marcante o desenvolvimento e modernização de atividades tradicionais que, no novo contexto, registram maior dinamismo. Entre as novas cadeias produtivas que se instalaram no Estado merece destaque, a indústria automobilística que se instalou em Goiana, município que hoje integra a Região Metropolitana do Recife. Ademais, outros novos segmentos de refino, petroquímica, construção naval,
farmoquímico e energias renováveis. Ocorreu também nas últimas décadas, um processo de modernização de  atividades econômicas tradicionais, especialmente nas indústrias de alimentos, bebidas, e metalmecânica. O surgimento do polo cervejeiro na mata norte e de alimentos no agreste, fez coincidir um movimento de
modernização com o de interiorização da indústria.

A expansão, modernização e consolidação do Grupo Moura em Belo Jardim colocando novas demandas sobre o sistema de transporte e logística que  o Estado dispõe a desejar no que diz respeito ao acolhimento dos insumos para a sua produção quanto ao escoamento dos produtos acabados.

Na socioeconomia de Pernambuco importantes mudanças vem ocorrendo trazendo alterações significativas na composição das exportações. As exportações de veículos na fábrica de Goiana da FiatChrysler a partir de 2015, bem como, itens associados aos derivados de  petróleo aumentaram também a participação no total exportado.
Outros produtos se encontram presentes na pauta das exportações, como frutas dos sertões pernambucanos, no Vale do São Francisco,  quando da construção do trecho ferroviário Salgueiro – Suape, com certeza trará crescimento substancial nas exportações.

Da mesma maneira, com a construção do trecho ferroviário, deverá  atender o polo gesseiro do Araripe, onde se concentram 95 % das  reservas nacionais de gipsita. A expectativa dos produtores de gesso é  que a ferrovia propicie uma redução de até 50 % nos custos dos  transportes dos 2,2 milhões de toneladas de gesso e gipsita  produzidas anualmente na região. O crescimento projetado para  a produção do polo gesseiro do Araripe, após a instalação da
ferrovia, é de 100 %.

Cabe ressaltar que o açúcar, produto que durante séculos registrou  posição hegemônica na pauta de exportação estadual, poderá aumentar  significativamente no valor total das exportações pernambucanas.

O Sindipetro PE/PB, elaborou um documento denominado:  TRANSNORDESTINA E O ABASTECIMENTO DE COMBUSTÍVEIS  NO NORDESTE. Documento esse distribuído para alguns parlamentares  e entregue ao grupo parlamentar, deputados estaduais, em defesa da  Transnordestina. Onde apresenta a sugestão de se construir um terminal  de combustíveis, fertilizantes nitrogenados e ureia agrícola e pecuária,  na Cidade de Salgueiro.

O documento mostra a viabilidade econômica de distribuição de  combustíveis mais barato para a região do sertão nordestino e de  fertilizantes e ureias, com esse projeto. Com a sua concretização o  projeto do Terminal Terrestre da Transpetro em Salgueiro,  viabilizaria também de forma econômica e financeira o trecho  ferroviário Salgueiro-Suape.

ALERTAMOS que é preciso fazer gestão junto a Petrobras e Transpetro,  para o início IMEDIATO dos estudos dos referidos projetos da  modernização e ampliação do Terminal da Transpetro em Suape,   pois teremos um aumento da capacidade de produção da Refinaria  Abreu e Lima, com a construção do Trem2. Portanto, o Terminal da
Transpetro em Suape, tem que estar adequado e preparado para esse  novo momento da Refinaria. Da mesma maneira, a construção de um  novo Terminal Terrestre em Salgueiro, que poderá como  homenagem, se denominar TTSL (Terminal Terrestre de Salgueiro –  Presidente Luiz Inácio Lula da Silva).

Os projetos da ampliação e modernização do Terminal da Transpetro em  Suape e da Transnordestina potencializa o escoamento de combustíveis  e fertilizantes nitrogenados e ureias para o sertão nordestino, com  preços mais competitivos a partir da construção de um Terminal de  Armazenamento em Salgueiro (PE) e integração entre os modais de  transporte.

O Terminal de Suape já possui plataforma de carregamento ferroviário,  onde no passado movimentava etanol pela ferrovia. O consumo médio  mensal de aproximadamente 150.000 m³ de combustíveis na região  também sinaliza uma grande oportunidade de negócio, ainda podendo   se expandir para o Centro-Norte e Vale São-Francisco da Bahia, bem  como o Sudeste do Piauí.

Além de gasolina, diesel e etanol, o Terminal Terrestre poderá   armazenar e distribuir QAV (combustível para aviação), bem como GLP,  barateando o preço também desses combustíveis. A estimativa é que  esses empreendimentos tenham investimento de aproximadamente R$ 2 bilhões  e gere cerca de 800 empregos diretos e indiretos quando  estiverem funcionando.

Informamos que, a parcela liberada em 20 de outubro de 2023 pela  Diretoria Colegiada da Sudene, autarquia vinculada ao Ministério da   Integração e Desenvolvimento Regional, aprovou o valor de R$ 811  milhões do financiamento da Transnordestina Logística (TLSA) para a  construção da ferrovia que liga o município Eliseu Martins (PI) ao  Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CE), considerada prioritária  para o governo federal, incluída no Novo PAC.

Cabe ressaltar, que a parcela de R$ 811 milhões, não contempla o trecho  ferroviário Salgueiro (PE) – Porto de SUAPE (PE) por nós reivindicado,  motivador de nossa carta “ALERTA PERNAMBUCO”.
Reiteramos nosso “ALERTA PERNAMBUCO” para não deixarmos  passar essa grande oportunidade para nosso Estado.

 

A União de toda a  sociedade e dos nossos políticos se faz necessária e fundamental para  este desafio, concluirmos o trecho ferroviário Salgueiro-Suape da  Transnordestina e fazer a ampliação e modernização do Terminal da  Transpetro em Suape. Desta forma colocar Pernambuco como grande  centro logístico do Nordeste, uma de suas grandes vocações.

Raquel Lyra assina ordem de trecho da Adutora do Agreste

17/12/23
Por DP
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Durante o anúncio, a gestora estadual também acompanhou os testes da primeira etapa de obras da Adutora, que já possibilitou a chegada a Caruaru da água da Transposição
 (Foto: Janaína Pepeu / Secom)
Foto: Janaína Pepeu / Secom
Em agenda no Agreste do Estado neste sábado (16), a governadora Raquel Lyra assinou a ordem de serviço de mais um trecho da Adutora do Agreste, que vai de Caruaru a Gravatá, beneficiando também o município de Bezerros. Ao todo, são 28 km de extensão do novo trecho. Ao lado da vice-governadora Priscila Krause, a gestora também acompanhou, em Caruaru, a operação que começou no início desta semana levando água da Transposição do Rio São Francisco para Caruaru, através da Adutora.
”Buscamos a parceria com o governo federal para atrair recursos e construir as parcerias necessárias, colocando como uma das prioridades a Adutora do Agreste. Celebramos hoje essa conquista da água do São Francisco mudando para melhor a vida dos moradores do Agreste, além da garantia da ordem de serviço para a continuidade da chegada da água em outras cidades”, destacou a governadora Raquel Lyra.
Com a chegada da água em Caruaru, a meta é que entre o fim deste mês e o início de janeiro o município já receba 100 litros de água por segundo, vindos do São Francisco, ajudando a tirar os bairros Santa Rosa, Indianópolis e Inocoop do rodízio e melhorando a vida de 30 mil pessoas. As ações do Governo do Estado para garantir segurança hídrica aos pernambucanos vão além da Capital do Agreste e chegarão a milhares de famílias de outros municípios.
”Esse é um sonho que dura 28 anos. O volume de água já começa a chegar nesse momento e nós vamos, gradativamente, aumentar a vazão. É um teste delicado, que precisa ser feito aos poucos. Isso é um fato que muda a história do nosso povo”, frisou o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo.
”Nesse primeiro instante são 30 mil pessoas beneficiadas em três bairros de Caruaru, mas isso é só a partida. A gente tem uma série de obras e intervenções, derivações a partir do eixo principal da Adutora, que vão beneficiar outros municípios do Agreste pernambucano”, registrou o presidente da Compesa, Alex Campos.
A primeira vez que a água da Transposição chegou a Caruaru foi no domingo passado (10), quando um volume de 50 litros de água por segundo percorreu o Estado para desembocar na Estação de Tratamento de Água (ETA) Petrópolis. A iniciativa faz parte da fase de testes do novo trecho da Adutora do Agreste que vai atender, inicialmente, seis municípios, abastecendo Caruaru pela primeira vez e reforçando o abastecimento de Pesqueira, Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim e Tacaimbó, cidades que já recebem água dessa adutora por meio da integração com a Adutora do Moxotó, em Sertânia, no Sertão. Em um segundo momento, São Caetano e São Bento do Una também serão beneficiados.
Essa obra, juntamente com a conclusão da Adutora do Alto Capibaribe e da Adutora do Serro Azul, somam três sistemas de grande porte que modificarão a realidade do Agreste quando estiverem em pleno funcionamento. A região tem menor disponibilidade hídrica per capita do país.
O primeiro a operar será o Sistema Adutor do Agreste. Em sua primeira etapa, a obra tem valor total de R$ 2 bilhões e beneficiará 23 cidades e 1 milhão de pessoas, que passarão a ter água de qualidade na torneira. A Adutora de Serro Azul está 90% concluída e levará água da barragem de Serro Azul, em Palmares, por 58 quilômetros até a interligação com a Adutora do Agreste, entre os municípios de Caruaru e Bezerros. O valor do investimento é de R$ 222 milhões, beneficiando cerca de 1 milhão de pessoas. Já a Adutora do Alto Capibaribe, implantada em Santa Cruz do Capibaribe, tem um investimento de 92% milhões e 90% do projeto executado.
”Em parceria, estamos levando ainda mais cidadania ao povo que merece e precisa. O final de 2023 ficará marcado por uma grande entrega de mais acesso à água aos caruaruenses”, disse o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro.
Estiveram presentes os secretários estaduais Diogo Bezerra (Mobilidade e Infraestrutura), Coronel Hercílio Mamede (Casa Militar) e Carlos Braga (Secretário de Assistência Social);  o deputado federal Fernando Rodolfo; os deputados estaduais Joãozinho Tenório e Débora Almeida; os prefeitos Luciele Laurentino (Bezerros) e Dioclécio Filho (Riacho das Almas); e Fúlvio Wagner, Presidente da EPC.

Carlos Lyra já teria seu nome na história simplesmente por ajudar a definir o que seria Bossa Nova

17/12/23

Por Agência o Globo

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Sem deixar de fazer canções líricas, compôs também o Hino da UNE e fez a comédia musical “Pobre menina rica”; romantismo e política misturados para descrever o País
Carlos Lyra
Carlos Lyra já teria seu nome na história simplesmente por ajudar a definir – ao lado de Tom Jobim e, como os dois, ninguém mais – o que seria Bossa Nova, sobretudo em sambas curtos, diretos, modernos e buliçosos como “Você e eu”, “Lobo bobo” e “Saudade fez um samba”, e canções líricas e não menos modernas como “Coisa mais linda” e “Se é tarde me perdoa”, todas escolhidas para cantar por João Gilberto, arranjadas por Tom, letradas por Vinicius de Moraes ou Ronaldo Bôscoli. Bossa Nova estabelecida, ponto. Primeira revolução.

Adeus. Morre Carlos Lyra, ícone da bossa nova

Mas tinha um país no meio do caminho. E um país nada bossa nova, leve e amoroso. Por isso, deixou por um tempo as manhãs da Ipanema onde vivia e compunha, e as noites da Copacabana onde tocava e ouvia música (sobretudo Johnny Alf, na boate do Plaza, sua maior influência), e tornou-se diretor musical do Teatro de Arena em São Paulo e engajou-se no Partido Comunista Brasileiro (“lá ninguém falava de Marx e Lênin, só de Brasil, cultura brasileira”).

De volta ao Rio, com Ferreira Gullar, Oduvaldo Vianna Filho e outros artistas fundou, como dissidência ainda mais rebelde do Arena, o Centro Popular de Cultura (CPC), da União Nacional do Estudantes. Lá, como diretor musical, tramou outra revolução: imbuído de buscar a música operária brasileira aproximou-se dos sambistas “de morro” Zé Kéti (com quem fez o “Samba da legalidade”), Cartola, Elton Medeiros e Nelson Cavaquinho; faria o mesmo com a “música camponesa”, trazendo João do Vale, promovendo um novo encontro do “povo” com as elites culturais, que seria fundamental para a canção e a cultura brasileiras daí para frente, e imediatamente influenciando movimentos como o bar Zicartola, o espetáculo “Opinião” e toda a geração seguinte de cantores, músicos e compositores.

Sem nunca deixar de fazer as mais líricas canções, como “Minha namorada” e “Primavera”, compôs também com Vinicius o Hino da UNE, e com Chico de Assis “O subdesenvolvido”, suíte satírica que seria a canção-símbolo desse momento. Com sua discípula Nara Leão e seu parceiro Vinicius – a ala de esquerda da bossa nova – faria a comédia musical “Pobre menina rica”, talvez sua obra-prima, romantismo e política misturados para descrever um país que precisava ser socialmente transformado.

A virada do dia 31 de março para 1º de abril de 1964 encontrou Carlos Lyra na sede da UNE na Praia do Flamengo. Ainda à noite viu as primeiras balas das milícias de extrema direita, que se aliava ao Golpe Militar em curso, ricocheteando nas paredes. De manhã, o prédio seria incendiado. Traumatizado por esses eventos que descreveria a vida inteira em seus shows, ele se exilou no México e nos Estados Unidos, valendo-se da fama conquistada depois que participou do famoso show da bossa nova no Carnneggie Hall, em 1962.

Com duas revoluções nas costas, a da bossa nova e o da politização da moderna canção brasileira que redundaria na MPB (ou segunda fase da bossa nova), Carlos Lyra passaria a vida divulgando esse imenso cancioneiro desenvolvidos entre 1956 e 1964, período que chamava de “as vacas gordas da cultura brasileira”. Sem a mesma divulgação, nunca parou de compor canções cada vez mais lindas com parceiros notáveis como Chico Buarque (“Essa passou”, lançada por Beth Carvalho), Ruy Guerra (“Entrudo”, por Elis Regina), Paulo César Pinheiro (“O bem da vida”, redescoberta por Monica Salmaso), Joyce Moreno (“E era Copacabana”).

Tinha uma utopia formal – a de que a Bossa Nova estava muito além dos sambas que a originaram, poderia abarcar todo e qualquer gênero – e de certa forma realizou-a em seu último trabalho de fôlego, 19 canções em parceria com Aldir Blanc para o musical “E era no tempo do rei”, cada uma de um gênero diferente, tudo bossa nova, todas políticas e de relevância social, a síntese que Carlos Lyra criou e sem a qual não existiriam Chico, Gil, Caetano, Milton e as gerações seguintes, num trabalho consciente que fez Vinicius de Moraes definir seu “parceirinho cem por cento” como aquele que “une a ação ao pensamento e ao sentimento”.

Lula diz que governo aprovou reforma tributária com minoria no Congresso, ‘um fato histórico’

17/12/23

Por Estadão Conteúdo

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‘Haddad merece uma salva de palmas especial por ter coordenado isso’, acrescentou, durante evento do Minha Casa Minha Vida em Itaquera (SP)

A aprovação da reforma tributária em um ambiente democrático e por um governo com minoria no Congresso é um “fato histórico”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante um evento em Itaquera, na zona leste de São Paulo, em área que vai abrigar o empreendimento Copa do Povo, obra do Minha Casa Minha Vida (MCMV).

“Ontem conseguimos aprovar pela primeira vez na história da República brasileira uma política de reforma tributária numa votação democrática, num Congresso em que a gente tem minoria”, disse Lula, acrescentando que isso foi possível graças à capacidade de membros do governo, como os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“O que aconteceu ontem foi um fato histórico, Haddad merece uma salva de palmas especial por ter coordenado isso”, acrescentou. O presidente não mencionou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nem os relatores da reforma tributária em seus comentários sobre a aprovação do texto.

Pronunciamento

Durante o pronunciamento, porém, Lula fez questão de anunciar que os governos do Estado e do município de São Paulo também contribuíram financeiramente – cada um com R$ 53 milhões – com os esforços para a construção de moradias populares que estavam sendo anunciados pelo governo federal hoje, e alfinetou o governador paulista, Tarcísio de Freitas.

“Normalmente, quando ele faz uma coisa que o governo federal participa, não cita o governo federal. Nós não escondemos”, disse Lula. “Acho que foram convidados, não vieram. Se viessem seriam tratados com o maior respeito”, afirmou o presidente, referindo-se a representantes do governo estadual e da prefeitura de São Paulo.

Boulos

Lula também acenou ao deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol-SP), ao dizer que deve voltar à capital paulista em breve para anunciar o começo da construção do campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em Itaquera. Além disso, firmou compromisso de levar institutos federais aos bairros Jardim Ângela e Cidade Tiradentes.

Boulos falou mais cedo no evento e foi o primeiro a ser citado por Lula nos agradecimentos, no início do discurso. O Partido dos Trabalhadores (PT) deverá indicar o vice da chapa do psolista.