Carnaval 2024: Em Olinda, Priscila Krause visita a sede do Homem da Meia-Noite e a Casa dos Bonecos Gigantes e reforça parceria do Governo com símbolos culturais de Pernambuco

02/12/23

ImprensaPE

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Miniatura do anexo
Miniatura do anexo

A governadora de Pernambuco em exercício, Priscila Krause, visitou, nesta sexta-feira (1°), as sedes de dois ícones da identidade cultural do carnaval do Estado, o Homem da Meia-Noite e os Bonecos Gigantes de Olinda, ambos na Cidade Alta. Durante o encontro, foram tratados temas relativos à realização da festa de Momo em 2024.

 

“Estes são dois lugares icônicos para o carnaval de Pernambuco. O Governo do Estado está chegando junto, dando o apoio necessário para sua sustentabilidade e manutenção, para reforçarmos parcerias, que reforçam a cultura e a economia criativa. Nosso compromisso é garantir a manutenção das tradições, que expressam para o futuro um legado cultural incomparável”, destacou Priscila Krause.

 

A secretária de Cultura do Estado, Cacau de Paula, esteve presente no encontro e enfatizou que, em 2024, Pernambuco terá o maior carnaval da história. “Estamos planejando e conversando na ponta com quem faz o nosso carnaval, e nos traz o sentimento de pertencimento e orgulho de ser pernambucano”, ressaltou Cacau, que esteve acompanhada do secretário de Turismo e Lazer, Daniel Coelho. “O governo vai estar sempre presente, não somente no carnaval, mas desde agora, ajudando a quem carrega a nossa história”, concluiu. A presidente da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Renata Borba, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira, também acompanharam a visita.

 

Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2006, o Homem da Meia-Noite surgiu como uma dissidência da Troça Carnavalesca Mista Cariri Olindense (que também é Patrimônio Vivo), em dezembro de 1931. De fraque, cartola, gravata borboleta e dente de ouro, o calunga sai tradicionalmente à meia-noite do Sábado de Zé Pereira para passear pelas ladeiras de Olinda.

 

“Estou há 22 anos conduzindo o Homem da Meia-Noite, e é a primeira vez na história que uma governadora nos visita. É motivo de orgulho e de honra ver o Governo do Estado próximo ao gigante de Olinda, e isso tem um significado imenso, porque quando ele está próximo do Homem da Meia-Noite, ele está próximo do povo pernambucano”, afirmou Luiz Adolpho, presidente da agremiação.

 

Ainda na Cidade Alta, Priscila Krause visitou o artista plástico Silvio Botelho, idealizador dos Bonecos Gigantes de OIinda. Em 1974, o profissional criou seu primeiro boneco gigante, o Menino da Tarde, “filho” do encontro entre o Homem da Meia-Noite e A Mulher do Dia. E por trás de muitos outros bonecos gigantes de Olinda, existe um trabalho artístico que, na maioria das vezes, foi realizado no seu ateliê. “Essa ação da governadora de visitar in loco quem faz o carnaval de Pernambuco é de suma importância. Valoriza o artista e é uma demonstração de que ela reconhece e que não quer ter notícia, mas sim, estar presente”, detalhou o artista plástico.

 

Fotos: Janaína Pepeu/Secom

Maceió em risco iminente após 10 anos de avisos

02/12/23
Etadão Conteúdo
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Cientistas alertam há 10 anos para risco em Maceió; ruína é iminente

Nesta sexta-feira, a Defesa Civil de Maceió divulgou nota sobre o risco iminente de colapso de uma mina da petroquímica, o que causou alerta máximo de órgãos da prefeitura, do governo de Alagoas e do Serviço Geológico do Brasil. Segundo a informação divulgada às 9h56 de ontem, o deslocamento vertical acumulado da mina é de 1,42 metro e a velocidade vertical é de 2,6 centímetros por hora.

10 ANOS DE AVISOS

Pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) afirmam que apontavam para riscos de afundamentos em Maceió há mais de uma década. “Um estudo publicado na revista científica Geophysical Journal International mostrou que a exploração do sal-gema pela Braskem estava provocando aumento do nível do lençol freático na região. Esse aumento de pressão poderia causar o afundamento do solo”, diz texto divulgado nesta semana no site da Ufal, citando publicação cientifica de 2010. “Em 2011, outro estudo, publicado na revista científica Engineering Geology, chegou à mesma conclusão. Os pesquisadores estimaram que o afundamento poderia atingir até 1,5 m em algumas áreas da cidade”, acrescenta o texto.

SISMOS E ABALOS

Sobre os sismos que têm sido detectados nos últimos dias, a geóloga Regla Toujaguez, professora dos cursos de Engenharia e Ciências Agrárias da Ufal, diz que eles são esperados na atual situação. “Tirou o sal e ficam muitas cavidades. Essas cavidades são preenchidas com fluido. A mineração parou, mas eles precisam manter o sistema e fazer monitoramento diário.”

A própria professora da Ufal foi afetada pelo caso. Ela morava no bairro Pinheiro, um dos que precisaram ser desocupados. “Nosso prédio teve problema, muitas casas tinham rachaduras. Como os vizinhos sabiam que eu era geóloga, a todo momento vinham bater na minha porta para perguntar se era seguro”, conta Regla. Todos eles foram removidos, a partir de 2018, e indenizados pela Braskem.

Francisco Dourado, professor de Geologia da Universidade do Estado do Rio (Uerj) e coordenador do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres da instituição, explica que os colapsos ocorrem se há perda da autossustentação de uma estrutura. “Quando falamos de cavernas, minas subterrâneas ou qualquer cavidade subterrânea, os colapsos causam a subsidência (afundamento) da camada acima dessa cavidade.” Dourado diz que esse tipo de incidente não é raro. “Os colapsos causados pelo homem geralmente estão associados a minerações, mas há outras causas, como as construções de túneis para o sistema de transporte”, cita. Ele lembra o caso da escavação para a Linha-4 do metrô do Rio, que causou problemas em edificações na Gávea, zona sul da capital fluminense.

RISCO IMINENTE

Ontem, a equipe de análise da Defesa Civil disse se basear em dados contínuos, incluindo análises sísmicas, para afirmar que há risco iminente de colapso. Já a Braskem diz que vem “tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências”.

A mina 18, onde o problema teve origem, está localizada no bairro de Mutange. Estudos têm mostrado o aumento significativo na movimentação do solo na mina, indicando a possibilidade de rompimento e surgimento de um sinkhole, ou seja, uma enorme cratera pode ser aberta na região afetada. Após um período de estabilização, o deslocamento da mina começou a se intensificar nos últimos dias.

Em 3 de março de 2018, um tremor de terra causou rachaduras em ruas e casas e o afundamento do solo em cinco bairros: Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e em uma parte do Farol. Mais de 55 mil pessoas foram forçadas a deixar suas casas naquele ano. Agora, uma decisão judicial determinou a saída de 27 famílias da área de risco. Dessas, 14 ainda não tinham saído de casa até a noite de quinta-feira.

GOVERNADOR DE ALAGOAS SE ENCONTRA COM ALCKMIN

Uma reunião entre o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, e o governador do Alagoas, Paulo Dantas, está agendada para 5 de dezembro. Nela, Dantas pedirá ao governo federal que esteja preparado para ajudar Alagoas em caso de necessidade.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que está em Dubai, nos Emirados Árabes, onde participa da COP-28, afirmou ontem que o Ibama acompanha de perto a situação envolvendo a mina da Braskem em Maceió. “É um licenciamento feito pelo governo do Estado, mas o Ibama está acompanhando. Os nossos especialistas em risco ambiental estão acompanhando de perto”, disse a ministra. Segundo ela, neste caso, o órgão do governo federal atua de maneira suplementar

MONITORAMENTO DA BRASKEM

Em nota, a Braskem declarou que “continua mobilizada e monitorando a situação da mina 18” e “tomando todas as medidas cabíveis para minimização do impacto de possíveis ocorrências”. O texto acrescenta que “todos os dados colhidos estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades”. Ainda segundo a empresa, a extração de sal-gema em Maceió foi totalmente encerrada em maio de 2019.

Brasil assume presidência do G20 com fome e desigualdade no topo da agenda

02/12/23
O Globo
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750 milhões de pessoas sofrem fome crônica no mundo, e 2 bilhões têm acesso irregular a alimentos
Lula
Brasil assume nesta sexta-feira (1º), pela primeira vez, a presidência rotativa do G20, o grupo das principais economias do planeta e mais a União Europeia e a União Africana criado em 1999 após a crise financeira asiática. Com mandato de um ano, o objetivo do país é promover três bandeiras centrais: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável e reforma da governança global.
presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu orientações claras aos diplomatas à frente da organização de 130 reuniões que serão realizadas nas cinco regiões do país, a partir de dezembro: o Brasil, como anfitrião, deve apresentar projetos concretos com efeitos práticos na vida das pessoas. Uma das iniciativas, já pronta, é a proposta de lançar uma aliança global contra a fome.— Na visão do Brasil, a fome deve estar no centro da agenda internacional e deveria causar indignação, como disse o presidente Lula — diz o embaixador Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros e sherpa (representante do chefe de Estado nas reuniões) brasileiro.

Atualmente, lembra Lyrio, 750 milhões de pessoas sofrem fome crônica no mundo, e 2 bilhões têm acesso irregular a alimentos. O governo brasileiro quer ir muito além de declarações — que requerem consenso — de boa vontade. Lula espera encerrar a presidência brasileira, no encontro presidencial de 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio, com um legado à vida real das pessoas, frisa Lyrio.

Mais peso para Sul Global
O Brasil também espera que seja iniciada uma nova etapa de trabalho e convivência nos organismos multilaterais, na qual os países do Sul Global tenham mais peso e, paralelamente, recebam mais ajuda financeira para implementar programas sociais e alcançar os objetivos traçados. Não basta ter doadores, acrescentou o sherpa brasileiro, é preciso desenhar programas sociais eficientes.

— O governo brasileiro tem como eixos centrais a redução das desigualdades, a mobilização contra a mudança do clima e a transição energética dos países — afirma o embaixador.

A agenda de trabalho que será liderada pelo Brasil durante o próximo ano inclui, ainda, novidades como uma reunião ministerial sobre empoderamento feminino. A reforma da governança global é outro dos temais centrais da presidência brasileira, que busca, explica Lyrio, reforçar organizações como as Nações Unidas, e torná-las mais eficientes.

— O G20 ganhou importância pela dificuldade de ação de outras organizações e deve ser palco para promover, por exemplo, uma reforma da ONU. As organizações multilaterais, como declarou o presidente Lula, não estão adequadas do ponto de vista da capacidade de representação e de ação. Sem uma ONU forte é mais difícil alcançar a paz — enfatiza o embaixador.

O G20 foi criado como um fórum para ministros das Finanças e governadores dos Banco Centrais, mas em 2008, após a crise financeira global daquele ano, ganhou a chamada Trilha de Sherpas, integrada por emissários dos chefes de Estado e governo, âmbito no qual é discutida, também, uma agenda política.

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Trabalho em sintonia
A Trilha de Finanças, que existe desde 1999, agora corre em paralelo à Trilha dos Sherpas, e na presidência brasileira, pela primeira vez haverá, no início do mandato, uma reunião entre ambas as trilhas — até agora isso acontecia nos últimos meses de trabalho. Segundo as fontes consultadas, Lula defende uma aproximação das duas trilhas para criar um ambiente de sintonia entre os grupos — e assim garantir que ambos trabalhem com os mesmos objetivos.

As primeiras reuniões presidenciais ocorrerão em Brasília, começado no dia 11 de dezembro. Além de representantes dos países-membros, virão oito convidados especiais e 12 organismos internacionais, entre eles Fundo Monetário Internacional (FMI), e Banco Mundial.

— Este será um G20 de austeridade, porque são tempos de austeridade. Foi uma instrução do presidente Lula — conta Carlos Villanova, coordenador nacional de logística do G20.

Ele está encarregado de uma área complexa da presidência brasileira. Num período de 12 meses, ocorrerão 30 reuniões virtuais, 25 em Brasília, 50 de grupos de trabalho em outras regiões do país, 20 reuniões ministeriais e um encontro presidencial. Em fevereiro, haverá reunião de ministros da Fazenda em São Paulo, e de chanceleres no Rio.

Em paralelo aos encontros oficiais, existe, ainda, a agenda dos grupos de engajamento, que passarão de 9 para 12. São entidades da sociedade civil que orbitam em torno do G20, e cuja relação com o grupo Lula quer aprofundar.

Na opinião do embaixador Rubens Barbosa, a presidência brasileira “deve focar nos três pontos principais já anunciados”. Ele ressalta que “o Brasil não tem força para influir em temas militares, mas temos força para influir nessas áreas em que somos uma potência. Alimentos, combate à desigualdade, defesa do meio ambiente e transição energética”.

— A luz do mundo estará voltada para o Brasil, e o Brasil tem que ter ideias concretas sobre o que temos de defender — diz Barbosa.

“O mundo mudou”
Ele frisa a importância de avançar no projeto de reforma da governança global:

Os países em desenvolvimento têm o que reclamar. A governança global nasceu após a Segunda Guerra, e o mundo mudou. Existem outros centros de poder. O Brasil vai defender mudanças no FMI, na Organização Mundial do Comércio, na ONU… Estão todos emperrados, sem funcionar direito.

O anfitrião do G20 no próximo ano quer mostrar seus avanços em matéria de transição energética e reforçar o pedido de que os países mais desenvolvidos cumpram os compromissos assumidos em negociações internacionais e reconheçam o que já foi feito por outras nações, entre elas o Brasil.

Pernambuco entra no Consórcio Brasil Verde, articulação interestadual de desenvolvimento sustentável

02/12/23

Por DP

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A ideia é fortalecer projetos regionais e fomentar a troca de experiências entre os estados brasileiros
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Raquel Lyra participou de reunião na COP-28, em Dubai (Foto: Divulgação/ Governo de Pernambuco)
Raquel Lyra participou de reunião na COP-28, em Dubai (Foto: Divulgação/ Governo de Pernambuco)
O Governo de Pernambuco aderiu ao Consórcio Brasil Verde.
Essa iniciativa reúne políticas conjuntas entre os estados para promover o desenvolvimento de cadeias econômicas, fortalecendo a governança socioambiental.
O anúncio foi feito pela governadora Raquel Lyra (PSDB), durante a 28ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que acontece em Dubai.
“O Nordeste brasileiro tem muito potencial, só precisamos ter a capacidade de nos unir para garantir os investimentos necessários. Investir em pesquisas, tecnologia e educação para que a gente possa ser o que o mundo espera de nós. Então é fundamental que os entes subnacionais possam colocar de maneira muito eficaz as suas metas e indicadores das iniciativas verde-econômicas e focar na nova matriz econômica que o mundo nos exige”, destacou Raquel Lyra.
O Consórcio Brasil Verde foi instituído em 2021 pela coalizão Governadores pelo Clima.
O objetivo é promover ações de regeneração ambiental e proteção das populações mais vulneráveis dos riscos associados às mudanças climáticas.
A partir do Consórcio, os estados participantes trabalham de maneira conjunta, fortalecendo a governança climática e buscando financiamentos internacionais para os projetos desenvolvidos.
Participam do Consórcio Verde os seguintes estados:
Acre
Amapá
Bahia
Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Distrito Federal
Agenda
Na primeira agenda da manhã, Lyra participou da  mesa redonda “GWEC – Consórcio Nordeste e ABEEólica”, no Pavilhão Global Wind Energy Council.
Com outros governos do Nordeste, foram debatidos o potencial para produção de energia eólica da região. A mesa foi uma co-organização da Global Wind Energy Council (GWEC) com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), na qual teve como mediadora a presidente da ABEEólica, Elbia Gannoum.
A participação da governadora foi a convite da Bloomberg Foundation, organização que custeou a participação de líderes de todas as regiões do mundo no evento.
Estiveram presentes os secretários estaduais Ana Luiza Ferreira (Meio Ambiente), Guilherme Cavalcanti (Desenvolvimento Econômico) e Rodolfo Costa Pinto (Comunicação).