Saída de presidente da Eletrobras abre novo embate do governo Lula sobre privatização das estatais

16/08/23

Por  Fernando Castilho/JC

blogfolhadosertao.com.br

MME é o acionista majoritário da empresa, ainda que não seja seu administrador e adverte que um PDV muito forte pode desperdiçar o enorme investimento em treinamento.

Tião Siqueira SJCC
Wlson Ferreira Junior Presidnete da Eleltrobrás – FOTO: Tião Siqueira SJCC

Lula tem sistematicamente criticado a capitalização da companhia no Governo Bolsonaro dizendo que o que a União recebeu não serviu para nada além de pagar custeio e a demissão de Ferreira Jr. pode ser um ponto de novo embate.

que a Eletrobras está desenvolvendo.

Cruz lembra que o MME é o acionista majoritário da empresa, ainda que não seja seu administrador e adverte que um PDV muito forte pode desperdiçar o enorme investimento em treinamento e que a saída de 1.500 funcionários pode provocar dificuldades nos planos de investimentos nas áreas de geração e transmissão.

E pede explicações sobre os reflexos dessas demissões no programa de investimento da empresa.

Ainda não se sabe se esse teria sido o motivo da saída do CEO da Eletrobras, mas a questão vem sendo tratada pelo Governo Lula lembrando a condição de ser detentor de uma ação especial que lhe permite intervir em casos bem específicos.

Wilson Ferreira Jr. foi presidente da empresa quando saiu para cuidar da antiga BR (hoje Vibra) onde fez um trabalho considerado bom para o acionista controlador embora seja alvo de fortes críticas dos sindicatos ligados ao setor.

Na eletrobras ele modificou a estrutura da empresa e definiu uma gestão centralizada com a eliminação de todas as diretorias. Apenas a Chesf que é uma S.A. estruturada ficou com uma presidência e um conselho escolhidos pela Eletrobras. As demais ficaram apenas com diretores.

Mas depois de assumir as entregas de Wilson Ferreira Jr. não foram as esperadas além dos embates com o conselho. No mercado se diz que o Governo mesmo não sendo o administrador que exigia exigir quatro vagas no Conselho de Administração da companhia.

E insiste que o corte de pessoal está sendo muito drástico com uma visão só de caixa, com riscos apontados pelo MME sobre a operação do sistema.

O conselho de administração da empresa elegeu como seu substituto Ivan Monteiro, o ex-funcionário de carreira do Banco do Brasil que presidiu a Petrobras no governo Temer. Respeitado por suas qualidades técnicas, Monteiro já era presidente do conselho da Eletrobras e se envolvia diretamente no dia-a-dia do negócio.

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