Integrantes do MST são expulsos de fazenda na Chapada Diamantina

o4/03/23

Por Correio

blogfolhadosertao.com.br

 

Integrantes do MST são expulsos de fazenda na Chapada Diamantina(Reprodução/Redes Sociais)

Confusão começou após moradores e produtores locais se unirem para destruir o acampamento nesta sexta (3)

Um acampamento formado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que foi montado na Fazenda Limoeiro, no distrito de Itaitu, no município de Jacobina, na região da Chapada Diamantina, foi destruído nesta sexta-feira (3) por grupos de produtores locais e moradores.

A terra foi invadida pelos integrantes do MST na última segunda-feira (27). O movimento afirmou que a área estava abandonada há pelo menos 15 anos, mas o proprietário nega.

“Isso aqui não está abandonado, todos os impostos estão pago, todas as declarações feitas, como é que é abandono?”, disse João Lima, dono da área, em entrevista à TV Bahia.

A confusão começou após moradores e produtores locais se unirem para expulsar os sem-terra. Em vídeos que circulam nas redes sociais, manifestantes afirmam que “o MST invadiu e os produtores, proprietários de terra, se uniram e desocuparam. E fica o recado, onde for invadido terras aqui na Chapada Diamantina todos estarão firmes e unidos para desocupar, o recado está dado.”

A Polícia Militar acompanhou a disputa entre os manifestantes e sem-terra, usando balas de borracha para dispersar aglomerações e conflitos. Em nota, a corporação informou que policiais militares da 24ª CIPM foram acionados com intuito de cumprir um mandado de reintegração de posse, em uma fazenda, no Distrito de Itaitu, Município de Jacobina. No local, foram identificados alguns manifestantes e suas respectivas lideranças, momento em que houve a mediação do conflito e a saída espontânea dos invasores do terreno. “O cumprimento do mandado ocorreu tranquilamente e guarnições permanecem no local”, acrescentou.

Ao final da manhã, os integrantes do MST deixaram a área da fazenda.

Em nota enviada ao Jornal Nacional, o Governo da Bahia declarou que criou uma comissão para promover o diálogo entre as partes. Sobre a reintegração de posse, o governo disse que não foi notificado oficialmente e que respeitará a decisão judicial.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário declarou que também está trabalhando para mediar o conflito e que tem atuado para acelerar o programa de reforma agrária.

Ocupações na Bahia

Na madrugada da última segunda-feira (27), cerca de 1.700 famílias sem terra, vinculadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ocuparam três fazendas de monocultivo de eucalipto, da empresa Suzano Papel e Celulose, radicadas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no Extremo Sul da Bahia.

De acordo com a empresa Suzano Papel e Celulose, as três áreas produtivas de sua propriedade foram “invadidas e danificadas ilegalmente pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)”. A empresa afirma que tais atos violam o direito à propriedade privada e estão sujeitos à adoção de medidas judiciais para reintegrar a posse dessas áreas.

Para o MST, o ato não foi de invasão, mas de ocupação e reivindicação contra a monocultura de eucalipto na região e uso de agrotóxicos pela empresa, que, segundo eles, prejudica as poucas áreas cultivadas pelas famílias camponesas e gera o êxodo rural provocado pela monocultura do eucalipto na região, além de causar impactos ambientais irreversível, provocando um descontrole ambiental com chuvas torrenciais, enchentes, deslizamentos de terra, secas prolongadas e incêndios devastadores.

Em nota, a Suzano reiterou que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas aplicáveis às áreas em que mantém atividades, tendo como premissas em suas operações o desenvolvimento sustentável e a geração de valor e renda, reforçando, assim, seu compromisso com as comunidades locais e com o meio ambiente.

Ainda, no sul da Bahia, a empresa alega que gera aproximadamente 7.000 mil empregos diretos, mais de 20.000 postos de trabalho indiretos e beneficia cerca de 37.000 pessoas pelo efeito renda, conforme metodologia adotada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

Em nota, a Ibá também repudiou as ‘invasões’ verificadas em três propriedades produtivas de sua associada Suzano e indicou ter total confiança no sistema judicial. “Espera-se a pronta reversão dessa situação criada. Ademais, o governo baiano também tem tradição de saber promover a pacífica restauração da indispensável harmonia social que serve de base, por meio do diálogo construtivo, para o verdadeiro desenvolvimento social e econômico”, afirma.

Reintegração de posse

justiça da Bahia determinou a reintegração de posse de uma fazenda da Suzano invadida na segunda-feira (27), por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra em Mucuri. Na primeira onda de invasões deflagrada no novo governo Lula, o MST ocupou três áreas da empresa e uma quarta fazenda de outro proprietário no sul do Estado. O juiz Renan Souza Moreira fixou multa de R$ 5 mil por dia aos sem-terra em caso de descumprimento e autoriza o uso de força policial para a desocupação, se necessário.

A decisão vale para a fazenda de cultivo de eucalipto localizada no município de Mucuri. As ações de reintegração de posse relativas às outras áreas da Suzano ocupadas nos municípios de Caravelas e Teixeira de Freitas ainda eram analisadas pela justiça estadual na manhã desta quinta-feira, 2.

BOLSONARO sinaliza concorrer às ELEIÇÕES EM 2026 e não cita escândalo das JOIAS

03/03/23
jc
blogfolhadosertao.com.br

Durante discurso, Bolsonaro criticou a esquerda e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e chamou a também ex-presidente Dilma Rousseff de “comunista”

Governo Bolsonaro tentou trazer para o País colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em US$ 3 mFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasililhões (R$ 16,5 milhões). – FOTO: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sinalizou que vai concorrer às próximas eleições no Brasil, em 2026, durante o Conservative Political Action Conference (CPAC), maior evento de conservadores do mundo, que acontece em Washington DC.

Bolsonaro falou por cerca de 25 minutos, exaltou os Estados Unidos, os americanos, citou a sua relação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas não mencionou o escândalo das joias ilegais, revelado pelo Estadão.

O governo Bolsonaro tentou trazer para o País colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes avaliados em US$ 3 milhões (R$ 16,5 milhões).

As joias, que eram um presente do regime saudita para ele e a então primeira-dama Michelle Bolsonaro, foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos.

“Nessa terra, eu me sinto no Brasil, terra de bravos, da liberdade, do progresso e da ordem. É o que muito político sempre fala. Não é fácil ser político pelo menos para aqueles que querem honrar sua palavra e fazer bem ao próximo”, disse Bolsonaro, ao iniciar o seu discurso, sem mencionar nomes.

Ele afirmou que decidiu concorrer às eleições no País após a reeleição de Dilma, quando a chamou de “comunista”.

“Jamais esperava ser presidente do Brasil, mas quando vi uma comunista ser reeleita no meus País, resolvi enfrentar esse desafio”, disse. “Eu sinto lá no fundo que essa missão ainda não acabou”, emendou.

MPF-PR pede que novo juiz da Lava Jato seja declarado suspeito

04/03/23

Conteúdo estadão

blogfolhadosertao.com.br

O órgão entrou com a chamada ‘petição de arguição de suspeição’Lucas Moraes

Divulgação/ JFPR
O juiz federal Eduardo Appio passou a ser o responsável pela Lava Jato – FOTO: Divulgação/ JFPR

O Ministério Público Federal no Paraná (MPF-PR) pediu à Justiça que o juiz Eduardo Fernando Appio, que assumiu no mês passado a 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba, seja impedido de julgar processos derivados da Operação Lava Jato.

O órgão entrou com a chamada ‘petição de arguição de suspeição’, instrumento usado para afastar o juiz da causa quando há desconfiança de parcialidade.

O documento é assinado por uma procuradora de Ponta Grossa. Procurado pelo Estadão, o juiz disse que vai entrar com uma reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pedindo que ela seja afastada. De acordo com o magistrado, a procuradora atua em um único processo da Lava Jato na 13.ª Vara, envolvendo uma construtora e nenhum político, e ‘não fala pela instituição’ Ministério Público.

“Eu tenho independência para condenar e absolver. A procuradora (de Ponta Grossa) não representa o Ministério Público Federal. Ela não fala pela instituição. Me parece que ela age como ‘longa manus’ do Deltan (ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, hoje deputado federal). Ora, quem foi para a política ótimo, seja feliz na política. Mas me deixem trabalhar em paz. Parem com esse tsunami de fake news”, afirma Appio ao blog.

O pedido de afastamento cita uma doação eleitoral de R$ 13 para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirma que o juiz escolheu a assinatura ‘LUL22’ como login para acessar o sistema da Justiça Federal. Também alega que o magistrado curtiu publicações feitas pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, e pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nas redes sociais. Eduardo Appio nega todas as afirmações.

“Não foi eu quem causou a erosão da Lava Jato. Ninguém está aqui para jogar qualquer coisa debaixo do tapete. Desde o primeiro dia que assumi a 13.ª Vara sou submetido a uma sórdida guerrilha de fake news, ou de calúnias. Não tenho conta no Twitter”, afirma. “O alvo já está nas minhas costas. Se algo acontecer comigo ou com minha família que todos fiquem cientes que a origem disso tudo são as fake news com as quais procuram me atingir.”

Eduardo Appio é um crítico declarado dos antigos métodos da Lava Jato, o que tem rendido uma oposição contundente de antigos membros da força-tarefa e de apoiadores da operação.

O ex-procurador da República e atual deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que foi coordenador da Lava Jato no Paraná, pediu que a Polícia Federal (PF) investigue se o juiz doou dinheiro para a campanha de Lula.

Em entrevista ao Estadão, o juiz também negou alinhamento com a esquerda e afirmou que tem como missão fazer a Lava Jato ‘sobreviver’. Garantiu ainda que, apesar da pressão, não deixará o cargo.

Os processos que tramitam hoje em Curitiba, origem da Lava Jato, correspondem a 40% do acervo original da operação. São cerca de 240 procedimentos penais. O restante foi enviado para a Justiça Eleitoral ou para outros Estados, por força de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Jovem de Brasília Teimosa é aprovada na USP, UFPE e UPE e será a primeira universitária da família

o4/03/23

Lucas Moraes/JC

blogfolhadosertao.com.br

Mais de dez alunos do IJCPM conseguiram pontuações acima de 800, com quatro deles alcançando entre 900 e 920

Moysés Barreto
Nicole Alves, aprovada na UPS, UFPE e UPE – FOTO: Moysés Barreto

Nicole Alves, aos 18 anos, foi aprovada em três instituições públicas – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade de Pernambuco (UPE), e a Universidade de São Paulo (USP) – para formações em Física e Engenharia Elétrica.

Moradora de Brasília Teimosa, sua rotina de estudos foi intensa. “Era aluna do ensino integral, estudei no João Bezerra, no turno que se iniciava às 7h30 e seguia até as 17 horas. À noite, participava das aulas do Pré-universitário do Instituto JCPM para me focar em matérias mais específicas”, comenta ela que, para melhorar o desempenho, usava a hora do recreio para fazer exercícios.

Nicole, como muitos outros jovens que participam do programa do IJCPM, será a primeira da família a ter uma formação do Ensino Superior. Na sua infância, recorda-se do apoio da tia Fabiana, que trabalha com educação, e sempre a estimulou a estudar.

“Nunca imaginei que fosse conseguir”, diz ela.

O Pré-Universitário registrou também boas notas na redação. Mais de dez alunos conseguiram pontuações acima de 800, com quatro deles alcançando entre 900 e 920.

“É muito gratificante ver esses jovens que durante todo o ano enfrentam um cotidiano de muito esforço, estudando no ensino integral ou trabalhando durante o dia e frequentando um curso noturno diário, conseguindo alcançar o objetivo de entrar em uma universidade pública”, destaca a coordenadora de Desenvolvimento Social do IJCPM, Fábia Siqueira.

Gabriela Dário, de 19 anos, é uma das aprovadas em Administração na UFPE e somou 920 na redação. Ela relembra o momento entre o término da pandemia e a retomada total dos estudos presenciais.

“Fiz a prova em 2022 pela segunda vez. A primeira vez do ENEM foi em meio à pandemia e isso refletiu nos estudos. Desta vez, com um pouco mais de tempo (Gabriela é Jovem Aprendiz no Grupo JCPM), pude me dividir entre o treinamento da função de Jovem Aprendiz e os estudos do Pré-universitário já que tinha concluído o Ensino Médio no ano anterior”, comenta.

Enilly França conseguiu vaga em Publicidade e se inspirou na presença forte de grandes marcas na memória dos consumidores para escolher a profissão. “Gosto de ver as estratégias usadas pelas empresas na construção no nome e na disputa do mercado”, pontua ela.

Moysés Barreto
Alunos do pré-vestibular do IJCPM – Moysés Barreto
Pré-Universitário

Todos os anos, o IJCPM oferece gratuitamente um pré-universitário formatado especialmente para atender as necessidades de aprendizado observando as maiores dificuldades enfrentadas por cada jovem. Desde sua criação, em 2012, cerca de 800 estudantes tiveram acesso ao reforço diário para o exame. O curso é um dos mais concorridos do IJCPM e tem bons índices de aprovação, chegando a 40% em alguns anos.

Governo Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao país joias de R$ 16,5 milhões dadas para Michelle

04/03/23

Agência O Globo

blogfolhadosertao.com.br

Ex-primeira-dama ganhou colar, anel, relógio e brincos da Arábia Saudita; gestão mobilizou funcionários, militares e até ministros para tentar reaver os itens, que deveriam ter sido declaradas à Receita
Michelle e Jair Bolsonaro
-O governo de Jair Bolsonaro tentou entrar no país ilegalmente com joias avaliadas em 3 milhões de euros, o equivalente, na cotação atual, a aproximadamente R$ 16,5 milhões. O episódio, revelado pelo jornal Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (3), aconteceu em outubro de 2021 e envolveu várias tentativas subsequentes de liberar os itens da alfândega no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde o material acabou apreendido por não ter sido devidamente declarado. As pedras preciosas haviam sido um presente do governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Segundo a publicação, o conjunto com colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante estava na mochila de um militar, assessor do então ministro Bento Albuquerque. O titular das Minas e Energia fez parte da comitiva que acompanhou Bolsonaro pelo Oriente Médio na ocasião. Ainda de acordo com o jornal, ao saber que as joias haviam sido apreendidas, Albuquerque retornou à área da alfândega e tentou, ele próprio, retirar os itens, informando que se trataria de um presente pessoal para Michelle.

A cena foi registrada pelas câmeras de segurança do local. A legislação brasileira impõe, contudo, que é obrigatório declarar qualquer bem avaliado em mais de mil dólares (pouco mais de R$ 5 mil) na chegada ao país. Procurado pelo Estadão, Bento Albuquerque confirmou o relato, mas alegou que desconhecia o que estava dentro do pacote fechado transportado pelo assessor. “Nenhum de nós sabia o que eram aquelas caixas”, disse ao jornal.

O Estadão relata que a gestão Bolsonaro tentou reaver o material em pelo menos quatro ocasiões, escalando na missão militares e diferentes ministérios. Em 3 de novembro de 2021, coube ao Itamaraty exercer pressão sobre a Receita Federal na busca pelas joias. O Ministério das Relações Exteriores pediu ao órgão fiscal que tomasse as “providências necessárias para liberação dos bens retidos”, mas a Receita retrucou que só seria possível fazer a retirada mediante os procedimentos de praxe nestes casos, com quitação da multa e do imposto devidos.

Nessas situações, só é possível resgatar o item apreendido pagando um tributo equivalente a 50% do valor estimado do material. Além disso, também é cobrada uma multa de 25% sobre o valor cheio. No caso das joias para Michelle, portanto, a soma chegaria a aproximadamente R$ 12,3 milhões.

O governo Bolsonaro também poderia ter informado oficialmente de antemão se tratar de um presente para Michelle ou para o casal. Neste caso, não seria cobrado qualquer imposto, mas as joias seriam tratadas como propriedade do Estado brasileiro.
Leia também
• Relógios de luxo dados à comitiva de Bolsonaro no Catar podem custar até R$ 53 mil
• Bolsonaro, Anitta, Bonner e Huck foram alvos de acessos irregulares na Receita

Polícia suspeita de feminicídio em caso da morte da presidente da Câmara de Juazeiro do Norte

04/03/23
Agência O Globo
blogfolhadosertao.com.br
De acordo com os levantamentos policiais, os corpos de um casal, com idades de 26 e 27 anos, foram localizados em um imóvel no bairro Lagoa Seca
Presidente da Câmara de Juazeiro do Norte e namorado são encontrados mortos dentro de casa, no Ceará
Presidente da Câmara de Juazeiro do Norte e namorado são encontrados mortos dentro de casa, no Ceará – Foto: Reprodução / Redes Sociais

A principal linha de investigação do caso da morte da presidente da Câmara de Juazeiro do Norte, Yanny Brena, encontrada morta na manhã desta sexta-feira (3) com o namorado dentro de casa, no interior do Ceará, é que o caso trata-se de um feminicídio seguido de suicídio.

De acordo com os levantamentos policiais, os corpos de um casal, com idades de 26 e 27 anos, foram localizados em um imóvel no bairro Lagoa Seca. O homem possuía antecedentes por posse ilegal de arma de fogo.

Eles foram encontrados pela empregada doméstica que trabalha com eles, que logo entrou em contato com as autoridades. Na casa, não existem sinais de invasão. Em Yanny e Rickson, não há evidências de ferimentos provocados por armas de fogo. Segundo a TV Verdes Mares Cariri, afiliada da Globo, apuração preliminar da polícia indica que havia cordas onde os corpos foram encontrados, e os dois teriam morrido de mãos dadas.

Conforme assessores da vereadora informaram ao g1, Yanny não presidiu a sessão da Câmara de quinta-feira (2) e não falou com os colegas de trabalho desde o dia anterior.

Na última sessão que presidiu, na terça-feira, Yanny comemorou a aprovação do reajuste do pagamento dos servidores municipais e afirmou que, em sua gestão, “o servidor público é respeitado e valorizado”.

— Aprovamos há pouco, por unanimidade, o projeto de autoria da Mesa Diretora que reajusta em 11,7% os vencimentos dos servidores efetivos da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. Na nossa gestão, o servidor público é respeitado e valorizado — disse, na ocasião.

Luto de três dias
O prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), decretou luto oficial de três dias. Em uma rede social, ele disse ter recebido a notícia das mortes “com muita consternação”.

“Com muita consternação recebi a notícia do falecimento da nossa querida Yanny Brena, presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte. Neste momento de dor, externo os meus mais sinceros sentimentos de pesar aos seus familiares, aos amigos, aos vereadores e ao povo da nossa cidade de modo em geral. Que Deus dê conformação a todos, neste momento de grande comoção”, escreveu o prefeito.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), também utilizou uma rede social para lamentar a morte da vereadora e do namorado.

“Lamento profundamente o falecimento da vereadora e presidente da Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, Yanny Brena, e de seu namorado, Rickson Pinto. A causa das mortes está sendo investigada. Que Deus conforte as famílias e os amigos neste momento de imensa dor”, publicou o governador.